LEITE DE JANAÚBA PARA TRATAMENTO DE ÚLCERA GÁSTRICA

O presente artigo tem por objetivo geral apresentar como alternativa fitoterápica o leite de janaúba para o tratamento de úlceras gástricas, a partir do que foi encontrado em literatura. A justificativa para a exploração deste tema reside na prática de uso do leite de janaúba em vários estados do Brasil que vem sendo realizada e que mesmo sem comprovações científicas pode auxiliar em mais estudos e conhecimento em pesquisa. Este trabalho é uma revisão de literatura que fez uso de acervo bibliotecário pessoal, assim, pois, livros, trabalhos de conclusão de curso e revistas científicas foram consultados em amplitude. À conclusão se corrobora com os autores sobre o que eles apresentaram no tocante à eficácia do leite de janaúba para o tratamento de úlceras gástricas.

Palavras-chaves: Úlceras gástricas. Devido ao uso eficaz, embora ainda não cientificamente comprovado pelos órgãos oficiais, a possibilidade de aprofundamento de pesquisa e de disseminação de informação relevante para a comunidade acadêmica e público em geral acerca da utilização do leite de janaúba para o tratamento de úlceras gástricas, justifica a feitura do presente trabalho. Esta revisão de literatura tomou como principais fontes de pesquisa livros, revistas, bem como trabalhos de conclusão de curso especializados no assunto. O meio de conteúdo utilizado é parte de acervo bibliotecário pessoal e foi amplamente explorado. ÚLCERAS GÁSTRICAS: DEFINIÇÃO E CAUSAS Qualquer enfermidade que o ser humano possa adquirir, já seja por razões da própria debilidade de saúde, ou por razões desconhecidas, implica uma reflexão e ao mesmo tempo uma ação: a primeira passa pelo questionamento em saber os motivos, e a segunda convida o indivíduo a buscar assistência profissional.

Assim, as úlceras gástricas causam um número significativo de consultas ambulatoriais e é a causa de uma alta taxa de internações hospitalares. O sintoma mais comum é uma queimação no estômago seguida de eventuais dores. PEDROSO, 2018). A dor pode aparecer entre as refeições ou à noite, ao mesmo tempo em que pode desaparecer depois do individuo comer algo ou tomar um antiácido, porém o incômodo da dor segue indo e vindo por vários dias ou semanas. JUNIOR, 2018). As úlceras gástricas ocorrem quando os ácidos que ajudam a digerir os alimentos danificam as paredes do estômago ou duodeno. Normalmente, o corpo libera pequenas quantidades de gastrina após comer, o que faz com que o estômago produza ácido gástrico que ajuda a quebrar os alimentos e os líquidos no estômago.

O ácido extra causa a formação de úlceras no duodeno e em outras partes do intestino superior. Os tumores observados na síndrome de Zollinger-Ellison às vezes são cancerosos e podem se espalhar para outras áreas do corpo. FRAGOSO, 2019). SINTOMAS E TRATAMENTOS CONVENCIONAIS Os sintomas da úlcera gástrica são muitas vezes confundidos com dispepsia, que segundo Júnior (2019), refere-se a um desconforto e/ou dor que ocorre na parte superior do abdômen. Os esquemas convencionais que tratam de úlceras gástricas dependem muito de sua causa motora. Quando o surgimento das úlceras é associado ao consumo excessivo de remédios, se administra anti-secretores como o omeprazol, a cimetidina e a ranitidina, para citar alguns. Em alguns casos, em que o paciente não pode suspender o uso dos medicamentos causadores do problema, se agrega ao tratamento algum tipo de protetor de mucosa gástrica, como Misoprostol, ou Acexamato de zinco.

JUNIOR, 2018). No caso de infecção pela Helicobacter pylori, além da administração de anti-secretores também se adotam regimes triplos e quádruplos de terapia, que, nos dizeres de fulano de tal, se tornaram as melhores opções terapêuticas para este tipo causador da enfermidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que mais de 80% da população mundial usa rotineiramente a medicina tradicional para atender às suas necessidades primárias de saúde, e que grande parte do tratamento tradicional envolve o uso de extratos de plantas ou seus princípios ativos. BRASIL, 2006). Os avanços da ciência permitem um maior conhecimento das plantas medicinais, os produtos derivados delas, suas concentrações ideais, compostos ativos, etc. Nos últimos anos, a fitoterapia vem ganhando força em diversos setores.

Com o uso da fitoterapia, tenta-se tratar o efeito de algumas doenças por meio do uso de plantas e amenizar, prevenir ou mesmo restaurar. Tratam-se de preparações que se dissolvem por exemplo em álcool e nas quais se realizam diferentes tipos de extração. Contudo, também existem formas semi líquidas e sólidas, como pomadas, cremes e geis, e cápsulas, raízes em pó, etc. GONÇALVES, 2019). Embora se acredite que por ser um produto natural não pode fazer mal à saúde, não se deve esquecer que pode causar efeitos adversos ou secundários. Além disso, se for tomado com outros medicamentos, deve sempre ser supervisionado por um profissional de saúde para evitar possíveis interações. No entanto, conforme se viu, esses medicamentos são conhecidos por provocar efeitos adversos, como irritações gastrointestinais.

Portanto, é necessária a busca por drogas antiinflamatórias alternativas, principalmente ervas naturais. GONÇALVES, 2019). A janaúba, nome popular que é dado à espécie Himatanthus drasticus, pertence à família Apocynaceae. Trata-se de uma árvore que chega a atingir 7 metros de altura, com densa folhagem nas pontas dos ramos. CASTRO, 2015). Além dos triterpenos pentacíclicos, a janaúba é também relatada por apresentar depsídeos, iridóides e alcalóides. Com base no uso popular do leite da janaúba, por sua ação antitumoral, antifúngica e antiinflamatória, os estudos com essa planta têm se intensificado. A proteína do leite da janaúba não tem efeito citotóxico ou caráter hemolítico, mas tem efeitos antitumorais. SOUZA, 2009). A mistura deve ser mantida em ambiente frio e é indicada para ingestão de uma dose correspondente a um copo médio, três vezes ao dia.

LINHARES; PINHEIRO, 2013). Durante a pesquisa que originou este trabalho se viu que o potencial farmacológico do leite de janaúba foi comprovado em diversos estudos pré-clínicos, que indicam uma alta concentração de trabalhos relacionados às propriedades anti inflamatórias, anti nociceptivas, antitumorais e gastroprotetoras de seu látex, casca e folha. USO DE LEITE DE JANAÚBA NO TRATAMENTO DE ÚLCERAS GÁSTRICAS. A utilização de qualquer tipo de medicação deve ser avaliado por um especialista, essa é a regra-mãe para se evitar uma eventual problema de saúde gerado por meio de uma administração realizado a partir da automedicação. É fato que a eficácia de um tratamento é comprovada pelo resultado que produz, promovendo a cura e parece ser o caso do leite de janaúba, então não é à toa que ela é considerada milagrosa.

AUR, 2019). O seu potencial medicinal é tão contundente que em diversas regiões do Brasil a planta é considerada milagrosa, por ser imbatível contra inflamações, a tal ponto de ser usada, embora sem amparo científico, no tratamento da Aids. O GLOBO, 2017). Castro (2015), assegura que a atividade antitumoral do extrato bruto etanólico das folhas da janaúba confirmou sua atividade antineoplásica que vem auxiliar no tratamento do sistema digestivo. A aplicação de fitoterápicos tem tido grande efeito no tratamento das feridas. A fitoterapia preserva o conhecimento das plantas medicinais, muito porque possui importantes ferramentas para documentar o uso experimental de plantas medicinais nas sociedades tradicionais, com o objetivo de gerar conhecimentos úteis para o desenvolvimento de novos fármacos, conservação da biodiversidade e desenvolvimento do conhecimento.

Nesse sentido o leite de janaúba que, conforme se viu, é uma espécie lactífera distribuída em regiões do Brasil que a partir do seu látex quando adicionado à água, se torna em um subsídio popular para o tratamento de várias enfermidades, especialmente as úlceras gástricas. Seu potencial farmacológico aponta para a presença de ações antiinflamatórias, antinociceptivas, antitumorais e gastroprotetoras. Considerando todo o conteúdo da literatura encontrada sobre o assunto do leite de janaúba com relação ao tratamento de úlceras gástricas, o aporte dos autores e toda a prática de cunho popular das pessoas simples que realizam tratamentos a partir deste fitoterápico, entende-se sua eficácia terapêutica e, a partir da pesquisa realizada, se apresenta contundente toda a fundamentação que formata o presente trabalho.

Departamento de Assistência Farmacêutica. Política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica. – Brasília: Ministério da saúde, 2006. CASTRO, Allison Jhonatan Gomes. Estudo do efeito e do mecanismo de ação de triterpenos naturais e da 1,25(OH)2, vitamina D3 na homeostasia da glicose: papel destes compostos como secretagogos de insulina e/ou insulinomiméticos. HENRY, Maria Aparecida Coelho de Arruda. Diagnóstico e tratamento da doença do refluxo gastroesofágico. ABCD, arq. bras. cir. Manual de gastroenterologia para clínicos e residentes. Rio de Janeiro: Atheneu, 2018. LINHARES, Jairo Fernando Pereira; PINHEIRO, Claudio Urbano Bittencourt. Caracterização do sistema de extração de látex de janaúba (Himatanthus Willd.

ex Schult. S; SANTOS, A. C. LIMA, F. C. MACHADO, K. MATOS, Mayara Patrícia Viana. Aspectos bioquímicos e etnofarmacológicos do látex de Himatanthus drasticus. fls. Trabalho de conclusão de curso (Mestrado em Bioquímica). Universidade Federal do Paraná, Fortaleza, 2013. L. C. Farmacobotânica: aspectos teóricos e aplicação. Porto Alegre: Artmed, 2017. O GLOBO. Saúde, Brasília, v. n. pp. jan-mar, 2015. PEDROSO, E. PEREIRA, M. F. C. Enciclopédia de medicina natural. São Paulo: Madras, 2000. da população mundial utiliza plantas medicinais. Disponível em:<https://noticias. cancaonova. com/brasil/80-da-populacao-mundial-utiliza-plantas-medicinais/>. Acesso em 22 set 2020. n.