Instrumentos da Economia Monetária Governo FHC
Tipo de documento:Artigo acadêmico
Área de estudo:Economia
A macroeconomia é um ramo das Ciências Econômicas que se preocupam em analisar os grandes agregados econômicos, tais como renda, produto, nível de investimento, poupança, consumo, nível geral dos preços, emprego e desemprego, taxas de câmbio e de juros, estoque de moeda, entre outros. A preocupação do macroeconomista é com questões ditas de curto prazo ou questões conjunturais como por exemplo o nível de desemprego da economia e a inflação. Logo, o objetivo é minimizar o número de desempregados na economia e manter a estabilidade monetária. Para conseguir atingir seus objetivos, os macroeconomistas dispõem de diversas políticas macroeconômicas como a política fiscal, política cambial, política de renda, política comercial e a política monetária, esta será alvo de estudo neste trabalho.
Segundo Rossetti e Lopes (2005, p. A operacionalidade da fixação da taxa de reserva dentro da política monetária é a seguinte: quando o Banco Central aumenta a taxa de reservas compulsórias exigidas dos bancos comerciais, há redução da disponibilidade de meios de pagamentos do sistema bancário para empréstimos, reduzindo a quantidade de meios de pagamento disponíveis; já quando o Banco Central diminui a taxa de reservas compulsórias, haverá maior disponibilidade de meios de pagamentos. Redesconto ou empréstimo de liquidez Nas palavras de Rossetti e Lopes (2005, p. “as operações de redesconto são um instrumento de política monetária que consiste na concessão de assistência financeira de liquidez aos bancos comerciais”. Neste caso, o Banco Central funciona como emprestador de última instância dos bancos e como o banco dos bancos no sentido de que a autoridade monetária desconta títulos dos bancos comerciais a uma taxa prefixada para atender necessidades momentâneas de caixa.
A operação de redesconto executada pelo Banco Central pode ser feita de diversas maneiras, como por exemplo: • Expansão da taxa de juros de redesconto, redução dos prazos de resgate, redução dos limites operacionais e maiores restrições quanto aos tipos de títulos redescontáveis. Essa forma de atuação do Banco Central é muito contestada pelos economistas monetaristas ortodoxos pois esta intervenção faria com que houvesse o não livre funcionamento do mercado e isto provocaria uma alocação ineficiente dos recursos. Persuasão Moral Conforme explicita Rossetti e Lopes (2005, p. A lógica inerente ao funcionamento deste instrumento de política monetária é de que, existindo interesses coincidentes das autoridades monetárias e do sistema bancário, basta que aquelas façam uma explanação clara e franca dos objetivos da política monetária dos banqueiros para que estes passem a agir voluntariamente na direção pretendida pelo Banco Central.
Portanto, este tipo de instrumento de política monetária depende muito mais de uma espécie de acordo de cavalheiros entre os agentes do sistema bancário e das autoridades monetárias, a depender da fragmentação deste sistema bancário. Defasagem da política monetária Por fim, o uso dos instrumentos de política monetária deve ser usado de maneira cautelar pois conforme economistas de cunho monetaristas, existem defasagem na aplicação da política monetária o que pode incorrer em efeitos desestabilizadores na economia (ROSSETTI e LOPES, 2005). • Efeitos de disponibilidade de crédito. • Mudanças nas expectativas quanto ao futuro. Seção 2: O governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) O governo Fernando Henrique Cardoso (FHC) no âmbito da política econômica pode ser dividido em duas partes bastante distintas: a ancoragem cambial (1995-1998) e o tripé macroeconômico (1999-2002).
A ancoragem cambial foi a estratégia adotada que contribuiu para que o país eliminasse a hiperinflação que assolava a economia brasileira desde metade da década de 1980. O atrelamento da nova unidade monetária (Real) a uma moeda forte (Dólar americano) trazia uma consequência importante: um barateamento das importações que se traduziria em dois efeitos: aumento da concorrência com produtos estrangeiros (desestimulando os produtores brasileiros a aumentar preço) e menores custos de produção (produtos importados mais baratos). Os autores apontam que no início do Plano, com o intuito de definitivamente expurgar a inflação da vida dos brasileiros, o Banco Central promoveu um grande aperto de liquidez. No que tange à fixação da taxa de reserva (estabelecimento do depósito compulsório), o Banco Central brasileiro aumentou as exigências dos bancos comerciais, chegando ao ápice de na data de 30/06/1994 determinar o recolhimento de 100% dos depósitos comerciais reduzindo à mínima (1,0) o efeito multiplicador da moeda.
Ademais aumentou o recolhimento compulsório sobre a poupança de 15% para 20%, instituindo também 20% de compulsório sobre os acréscimos nos depósitos a prazo e em outros instrumentos de captação no sistema financeiro (ROSSETTI e LOPES, 2005). Ao longo do primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso (FHC), as exigências com relação ao compulsório foram sendo relaxadas entre os anos de 1995 e 1997, mas ainda sim continuava em patamares extremamente elevados. Os compulsórios sobre depósitos à vista terminaram 1996 com percentual de 83% sendo que no começo do ano seguinte houve uma redução para 75%. As sucessivas crises nas economias emergentes fizeram com que o mercado financeiro internacional atacasse a moeda brasileira, na crença de que o Banco Central não teria folego para manter a paridade entre o Real e o Dólar.
Vencida a eleição, o governo FHC permitiu a flutuação do câmbio e a economia precisaria de outra âncora para manter a inflação controlada. A escolha foi pelo regime de metas de inflação que estabeleceria uma meta para inflação e a política monetária seria utilizada para atingir esse objetivo. O instrumento para tal seria a manipulação da taxa de juros de curto prazo (SELIC).
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