INCLUSÃO NO ENSINO INFANTIL E FUNDAMENTAL I NA REDE PRIVADA DE ENSINO

Ms. Ângela Esteves Modestos e Profs. Ms. Catalina Naomi Kaneta (Docente de Metodologia). São Paulo 2019 RESUMO O presente estudo visa levantar as dificuldades da equipe docente no processo de inclusão dos alunos portadores de necessidades especiais do ensino fundamental I oferecido na rede de educação privada. Keywords: Inclusion. Education. Special Needs. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO. Objetivos. ANEXO. Anexo A - Perguntas utilizadas em entrevista. Anexo B - Termo consentimento. Anexo C - Termo do Participante. INTRODUÇÃO A escola é a maior responsável pelo primeiro contato social das crianças fora do âmbito familiar, sendo assim, é necessário ter uma escola que promova a integração de todos os seus alunos não apenas em âmbito do desenvolvimento, mas também de extrema importância para a construção social do sujeito.

Objetivo O presente estudo tem como objetivo principal levantar as dificuldades de professoras no processo de inclusão oferecido na rede de educação privada. Método A presente pesquisa foi desenvolvida dentro de duas escolas de rede privada na cidade de São Paulo, de ensino infantil e ensino fundamental I. Uma das escolas utiliza o método de ensino Montessori, tendo como princípio a ênfase na autonomia e liberdade e tem esse nome por resultados de pesquisas cientificas desenvolvida pela médica e pedagoga Maria Montessori. A segunda escola utiliza o método de ensino Humanista, tendo como princípio o aluno como sujeito do processo de aprendizagem. Tais escolas atendem prioritariamente o púbico de classe média de São Paulo. C1. Inclusão é oferecer oportunidades iguais para todos independente de classe social, gênero, deficiência entre outros.

Sempre garantir a educação igualitária. C2. Inclusão é deixar a criança mais à vontade possível, não tratar diferente dos outros e preparar atividades onde todos possam participar. A RELEVÂNCIA DO PROFESSOR NO PROCESSO DE INCLUÇÃO. Percebe-se que referente ao papel do professor como mediador no processo inclusivo diante das novas demandas há uma necessidade de buscar formas criativas para incluir a todos que fazem parte da escola. C1. O professor tem uma relevância muito grande, pois o professor é o mediador de todo o processo de inclusão dentro da escola. C2. criaram o termo estigma para se referirem a sinais corporais com os quais se procurava evidenciar alguma coisa de extraordinário ou mau sobre o status moral de quem apresentava. Podem-se mencionar três tipos de estigma: em primeiro lugar há as abominações do corpo – as várias deformidades físicas; em segundo as culpas de caráter individual, percebidas como vontade fraca, paixões tirânicas ou não naturais, crenças falsas e rígidas, [.

distúrbio mental, homossexualidade e comportamento radical; por fim, há os estigmas de raça, nação e religião (GOFFMAN, 1988, p. Assim, os indivíduos sempre encontram uma maneira de discriminar os que fazem parte de algum estigma social, já que eles fogem dessas normas pré-estabelecidas e não se encaixam no padrão adotado pelo senso comum. E o professor, como agente direto da escola deve trabalhar, frequentemente, o conceito de diversidade dentro do ambiente escolar a fim de promover essa mediação. Ainda mais no nosso caso que recebemos todos os tipos de inclusão. É evidente a dificuldade que surge no processo de formação do professor. E cada vez mais as famílias que possuem crianças com alguma necessidade especial, têm buscado informação e os direitos que as leis oferecem para eles, aumentando o número de matrículas nas escolas, fazendo com que elas estejam preparadas para receber os alunos que necessitam de inclusão.

Entretanto, é preciso atualizar os conteúdos nas formações pedagógicas, já que ainda há muita falta de preparo tanto prático quanto teórico por parte dos professores. A ESCOLA DISPONIBILIZA RECURSOS E MATERIAIS PEDAGÓGICOS ADEQUADOS PARA TRABALHAR COM INCLUSÃO? Nesta categoria as professoras relatam dificuldades em adaptação de material e um plano individualizado para alunos de inclusão. Para garantir uma educação inclusiva e intervenções pedagógicas assertivas é necessário um envolvimento de todos os agentes e apoio da coordenação, para estratégias criativas visando à formação de uma escola democrática, qualificando a socialização, processo de ensino e a aprendizagem. Além disso, é preciso que o professor se sinta motivado na busca por atualização do conhecimento, já que nem sempre as escolas irão disponibilizar os recursos necessários para o desenvolvimento escolar dos alunos que requerem uma atenção especial 2.

A MAIOR DIFICULDADE NA SOCIALIZAÇÃO OU APRENDIZAGEM Algumas participantes relatam maior dificuldade na socialização, enquanto as demais se referem à resistência das outras crianças frente ao aluno de inclusão. C1. A dificuldade maior é a inclusão na socialização de um aluno com deficiência, pois muitos professores ainda se sentem despreparados para atender um aluno assim, e às vezes a escola não disponibiliza recursos e nem acessibilidade para aprendizagem desse aluno. Depende. Na socialização, na sala, você pode até incluir essa criança nos trabalhos, pedir para que os colegas trabalhem com ele. Por mais que você estimule você não pode obrigar, a criança acaba ficando sozinha. A socialização é uma temática importante em relação à inclusão e pouco abordada a interação com os colegas é limitada ou inexistente.

Entretanto, nem sempre os professores reconhecem suas próprias dificuldades ou erros que cometem nesse processo de aprendizagem com os alunos, por acharem que, em sua grande maioria, já fazem um trabalho suficiente com essas crianças. Resumindo, aprendemos apenas a lidar com a parte fácil da inclusão, mas não nos preparam para lidar com as dificuldades também. C2. Sim, abordou muito bem a questão da inclusão eu tive matérias especificas, onde a gente preparou atividades, jogos e brincadeiras onde pudéssemos incluir essa criança e também com intencionalidade pedagógica, porém eu gostaria de ter sido mais preparada para lidar no dia-a-dia mesmo se de repente a criança ficasse nervosa e agressiva, lidar com comportamentos de birra, fuga de atividades.

Para que a gente não fique tão dependente de terceiros (AT) em sala de aula e tenha um bom domínio sobre o aluno. M1. A instituição de ensino por sua vez, mostra-se quase sempre apática ao auxiliar os professores durante esse processo ao não disponibilizar para os alunos que necessitam de inclusão materiais adequados para o desenvolvimento de suas capacidades cognitivas. Além disso, é interessante que haja uma iniciativa para a formação continuada dessas professoras a fim de explorar as ferramentas adequadas para o trabalho no desenvolvimento dessas crianças. É importante ressaltar, ainda, que a graduação de pedagogia deve enfatizar a questão da inclusão tanto teoricamente, como na prática, fornecendo ao aluno a oportunidade de vivenciar situações do cotidiano que o permitam explorar alternativas e resoluções que gerem experiência ao ingressarem no mercado de trabalho.

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