FILOSOFIA - ARISTÓTELES
Tipo de documento:Revisão Textual
Área de estudo:Serviço Social
– 5 POLÍTICA. – 6 CIENCIA. METAFÍSICA. – 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS. – 12 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS. Filho de Nicômaco, médico do rei Amintas, gozou de circunstâncias favoráveis para seus estudos. Em 367 a. C. aos seus 17 anos, foi enviado para a Academia de Platão em Atenas, na qual permanecerá por 20 anos, inicialmente como discípulo, depois como professor, até a morte do mestre em 347 a. C. C. Aristóteles permanece nessa função somente dois anos, após os quais, acontece o totalmente inesperado - o assassinato do rei Felipe II. Foi assim que já cedo o jovem Alexandre teve que assumir o trono, em 336 a. C. com apenas 20 anos. com Teofrasto, outro homem notável pelo saber. Auxiliado sempre por Alexandre, que o prestigiava, em 334 a. C Aristóteles funda o Liceu no ginásio do templo de Apolo Liceu.
Em pouco mais de dez anos de atividade, Aristóteles faz de sua escola um centro de adiantados estudos, em que os mestres se distribuíam por especialidades, inclusive em ciências positivas. Com o falecimento prematuro de Alexandre em 323 a. Aristóteles é o criador da lógica, como ciência especial, sobre a base socrático-platônica; e é denominada por ele analítica e representa a metodologia científica. Aristóteles trata os problemas lógicos e gnosiológicos no conjunto daqueles escritos que tomaram mais tarde o nome de Órganon. Limitar-nos-emos mais especialmente aos problemas gerais da lógica de Aristóteles, porque aí está a sua gnosiologia. Foi dito que em geral, a ciência, a filosofia - conforme Aristóteles, bem como segundo Platão - tem como objeto o universal e o necessário; pois não pode haver ciência em torno do individual e do contingente, conhecidos sensivelmente.
Sob o ponto de vista metafísico, o objeto da ciência aristotélica é a forma, como ideia, era o objeto da ciência platônica. A política, contudo, é distinta da moral, porquanto esta tem como objetivo o indivíduo, aquela, a coletividade. A ética é a doutrina moral individual, a política é a doutrina moral social. O Estado, então, é superior ao indivíduo, porquanto a coletividade é superior ao indivíduo, o bem comum superior ao bem particular. Unicamente no Estado efetua-se a satisfação de todas as necessidades, pois o homem, sendo naturalmente animal social, político, não pode realizar a sua perfeição sem a sociedade do Estado. Visto que o Estado se compõe de uma comunidade de famílias, assim como estas se compõem de muitos indivíduos, antes de tratar propriamente do Estado será mister falar da família, que precede cronologicamente o Estado, como as partes precedem o todo.
Compreende-se, então, como seja tarefa essencial do Estado a educação, que deve desenvolver harmônica e hierarquicamente todas as faculdades: Antes de tudo as espirituais, intelectuais e, subordinadamente, as materiais, físicas. O fim da educação é formar homens mediante as artes liberais, importantíssimas à poesia e à música, e não máquinas, mediante um treinamento profissional. Eis porque Aristóteles, como Platão, condena o Estado que, ao invés de se preocupar com uma pacífica educação científica e moral, visa a conquista e a guerra. E critica, dessa forma, a educação militar de Esparta, que faz da guerra a tarefa precípua do Estado, e põe a conquista acima da virtude, enquanto a guerra, como o trabalho, são apenas meios para a paz e o lazer sapiente.
CIENCIA. Mais distante outra esfera sustentava as estrelas fixas. Os corpos celestes não continham os quatro elementos terrestres; eram antes constituídos por um quinto elemento, ou quintessência. Além de corpos, possuíam almas: intelectos vivos divinos que guiavam as suas viagens ao longo do céu. Estes intelectos eram responsáveis pelo movimento, estando eles próprios em movimento, e por detrás deles, afirmava Aristóteles, deveria existir uma fonte de movimento, estando ela própria, no entanto, imóvel. Era a divindade última e imutável que punha em movimento todos os outros seres “em resultado do amor” — o mesmo amor que, nas últimas palavras do Paraíso de Dante, movia o Sol e as primeiras estrelas. Necessariamente, se “p” é conhecida, “p” é verdadeira. Se “p” é conhecida, “p” é necessariamente verdadeira, o que não é de modo algum a mesma coisa.
É uma verdade necessária que se eu sei que há uma mosca na minha sopa, há uma mosca na minha sopa. Mas, mesmo que eu saiba que há uma mosca na minha sopa, não é necessariamente verdade que haja uma mosca na minha sopa: posso tirá-la de lá. Mas talvez Aristóteles estivesse definindo a palavra grega para “conhecimento” de modo a restringir-se ao conhecimento científico. Aristóteles investiga as causas finais não só da ação humana, como também do comportamento animal (Por que razão as aranhas tecem as teias?) e dos seus traços estruturais (Por que razão os patos têm membranas interdigitais?). Existem causas finais também para a atividade das plantas (tais como a pressão descendente das raízes) e dos elementos inanimados (tais como o impulso ascendente das chamas).
Às explicações deste tipo chamamos teleológicas, a partir da palavra grega telos, que significa “fim” ou “causa final”. Ao procurar explicações teleológicas, Aristóteles não atribui intenções a objetos inconscientes ou inanimados, nem pensou em termos de um Arquiteto Supremo. Está, sim, enfatizando a função de diversas atividades e estruturas. Diz-se também que é a ciência da substância ou substâncias. Em determinado ponto, Aristóteles afirma que a velha questão “O que é o Ser?” equivale à questão “O que é a substância?” Assim, a filosofia primeira pode ser considerada a teoria da substância primeira e universal. Serão todas estas definições do objeto de estudo da filosofia equivalentes ou mesmo compatíveis? Alguns historiadores, considerando-as incompatíveis, atribuíram os diferentes tipos de definições a diferentes períodos da vida de Aristóteles.
Mas, com algum esforço, podemos mostrar que é possível conciliá-las. CONSIDERAÇÕES FINAIS Será talvez um erro procurar na obra de Aristóteles um só tratamento da existência? Quando os filósofos levantam questões a propósito das coisas que realmente existem e daquelas que não existem, é possível que tenham em mente três contrastes diferentes: entre o abstrato e o concreto (por exemplo, sabedoria versus Sócrates), entre o ficcional e o factual (por exemplo, Pégaso versus Bucéfalo) e entre o existente e o defunto (por exemplo, a Grande Pirâmide versus o Colosso de Rodes). Não é estudar um tipo de Ser especial nem procurar as causas de um tipo de Ser especial. Ora, a ciência aristotélica é uma ciência de causas, pelo que a ciência do Ser enquanto ser será uma ciência que procura as causas da existência de qualquer verdade acerca de toda e qualquer coisa.
Poderão existir tais causas? Não é difícil conferir sentido ao fato de um tipo particular de ser possuir uma causa enquanto ser. Se eu nunca tivesse sido concebido, nunca existiriam quaisquer verdades sobre mim; Aristóteles afirma que se Sócrates nunca tivesse existido, as frases “Sócrates está bem” e “Sócrates não está bem” jamais poderiam ser verdadeiras. Portanto os meus pais, que me deram existência, são as minhas causas enquanto ser (são também as minhas causas enquanto ser humano). E este é o divino, o objeto da teologia. O motor imóvel é anterior às outras substâncias, e estas são anteriores a todos os outros seres. “Anterior” é aqui utilizado não num sentido temporal, mas para denotar dependência: A é anterior a B, se pudermos ter A sem B mas não B sem A.
Se não existisse um motor imóvel, não existiriam os céus e a natureza; se não houvesse substâncias, não haveria qualquer outra coisa. Podemos agora entender por que motivo Aristóteles afirmava que aquilo que é anterior possui um poder explicativo mais elevado do que aquilo que é posterior, e por que razão a ciência dos seres divinos, sendo anterior, pode entender-se como a mais universal das ciências: porque lida com seres que são anteriores, isto é, mais recuados na cadeia da dependência. Na verdade, o primeiro passo em direção a essa compreensão é a tomada de consciência de que o Ser enquanto Ser é um espectro quimérico engendrado por não se prestar atenção à lógica aristotélica. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
Bertrand Russell; Laura Alves (2004). História do Pensamento Ocidental. S. l. UNESP. p. Giovanni Reale (2001). Metafísica de Aristóteles I. Escritos de filosofia IV - Introdução à ética filosófica 1. S. l. Edições Loyola. p.
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