Ética na arquitetura
Tipo de documento:Artigo cientifíco
Área de estudo:Arquitetura e urbanismo
Pretende-se afirmar que em meio a um mundo altamente capitalista torna-se quase impossível haver arte, arquitetura e urbanismo condensando valores éticos e estéticos de alto valor social. Desde o surgimento desse sistema econômico, as artes se encontram, salvo algumas exceções pontuais, impossibilitadas de expor seus reais valores de transformação social. A contribuição de teóricos pode nos fornecer luzes para esclarecer os motivos dessa crise que as artes enfrentam desde os séculos anteriores, com a aceleração do sistema capitalista; em particular a arquitetura. No século 20, com o florescimento do movimento moderno na arquitetura e suas repercussões nas artes plásticas, valores estéticos tornou-se um reflexo da ausência de valores éticos. O problema se tornou um problema do ser social em diversas profissões.
Mas porque não devemos trabalhar de forma antiética? Será que temos que concordar com as práticas do mercado. Todo tipo de profissão tem o seu próprio código de ética com a finalidade de, por um lado, determinar uma convivência pacífica e produtiva entre os próprios colegas de profissão e por outro lado, o de proteger a sociedade e o cliente em particular de profissionais mal-intencionados. O artigo também aborda o direito à acessibilidade universal, e a nova ABNT NBR 9050/2015, que se refere a “Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos”, que tem como objetivo assegurar o acesso de todas as pessoas que apresentam alguma deficiência física ou que estão provisoriamente com a mobilidade reduzida, de forma independente aos espaços de uso público, independente se edificados ou não.
As pessoas com deficiência física encaram diariamente limitações em sua vida. Essas limitações estão diretamente ligadas a problemas de acessibilidade, contribuindo para o processo de exclusão social. O arquiteto é definido no Dicionário da Academia Francesa (edição de 1878) nestes termos: “O artista que compõe os edifícios, determina suas proporções, as distribuições, a decoração, e os faz executar sob suas ordens, controlando as despesas”. Em conseqüência, o arquiteto é, a um só tempo, um artista e um prático. Sua função é a de conceber e estudar a composição de um edifício, de dirigir e supervisionar a execução dele, de verificar e controlar as contas de despesas a ele relativas. Ele exerce uma profissão liberal e não comercial.
Esta profissão é incompatível com aquela de empresário, industrial ou fornecedor de materiais ou objetos utilizados na construção. Quando houver reuniões entre muitos arquitetos, elas ocorrerão no escritório do mais velho. Se o arquiteto empregar em seu escritório, como desenhistas ou aprendizes, jovens que se achem ainda num estágio de instrução profissional, ele utiliza o concurso de sua experiência e os trata com os cuidados requeridos pelo coleguismo. II. DEVERES DO ARQUITETO EM RELAÇÃO A SEUS CLIENTES 9. O arquiteto consagra a seu cliente: O concurso de todo seu saber e de sua experiência no estudo de projetos que lhe são solicitados, na direção e supervisão dos seus trabalhos, assim como nos pareceres e conselhos que lhe dá; Toda sua dedicação à defesa dos interesses que lhe são confiados.
Ocorre o mesmo quando ele já tiver dado um parecer para uma das pessoas em litígio. Quando atua como árbitro suas obrigações são as mesmas. III. DEVERES DO ARQUITETO EM RELAÇÃO AOS EMPREENDEDORES E AO PESSOAL DA CONSTRUÇÃO 16. O arquiteto emprega sua autoridade moral buscando garantir aos operários da obra condições de trabalho as menos penosas possíveis e assegurar uma boa harmonia, cordialidade e honorabilidade nas relações entre todas as pessoas que se ocupam destes trabalhos. No processo evolutivo da pesquisa projetual sobre o tema foram levados em consideração as teorias e o processo histórico, bem como os projetos referenciais sobre o tema abordado no caso da pesquisa sobre a ontologia, que fundamentou e deu consistência ao estudo realizado.
A proposta de pesquisa trata-se de uma abordagem exploratória, pois tem por propósito proporcionar familiaridade com o problema relatado no decorrer do trabalho. Estas pesquisas têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado. Durand (1972, p. que logo no princípio de sua obra ressalta que é percebido um drama segundo o qual o arquiteto é um profissional extravagante, mais próximo da figura melindrosa e irrequieta do artista do que do conformismo do técnico em relação à organização burocrática e às oportunidades de carreira que esta lhe abre, ou ainda, da perspicácia e do espírito de lucro do empresário.
Agravando o quadro apontado por Durand em 1972, é preciso ressaltar que a profissão do arquiteto e urbanista se encontrava, até dezembro de 2011, inserida sob a regulação do Sistema CREA/ CONFEA, órgão que esclarece, em sua página virtual75, ser responsável por centenas de diferentes títulos profissionais, totalizando por volta de novecentos mil profissionais registrados, regidos todos pelo mesmo Código de Ética Profissional. Não é difícil negar que diante de tal cenário existia uma grande dificuldade no alcance de uma identidade estreita do arquiteto e urbanista e também um prejuízo na formação da uma unidade no comportamento da categoria profissional. Segundo Piazza (2000, p. A maioria estabeleceu-se definitivamente na cidade, enquanto alguns voltaram a sua pátria após a execução de suas obras.
Muitos imigrantes enriqueceram rapidamente com o comércio e a indústria, formando uma clientela abastada, que naturalmente dava preferência aos compatriotas estabelecidos na cidade, quando não ia buscar arquitetos e construtores diretamente na Itália. Portanto, existia um ambiente italiano em São Paulo nas últimas décadas do século XIX e principalmente nas primeiras décadas do século XX. Fundado em 1880 no Rio de Janeiro, já funcionava o Clube de Engenharia. Mas, segundo Ficher (2005, p. O arquiteto e urbanista deve reconhecer, respeitar e defender as realizações arquitetônicas e urbanísticas como parte do patrimônio socioambiental e cultural, devendo contribuir para o aprimoramento deste patrimônio. Obrigações com o interesse público Regras: 2. O arquiteto e urbanista deve considerar o impacto social e ambiental de suas atividades profissionais na execução de obras sob sua responsabilidade.
O arquiteto e urbanista deve adotar soluções que garantam a qualidade da construção, o bem-estar e a segurança das pessoas, nos serviços de sua autoria e responsabilidade. Obrigações para com os colegas Regras: 5. Esses diversos comportamentos são o objeto de estudo da ética, que pretende, a partir disso, moldar os homens para que eles ajam sempre tendo em vista o bem. Ao longo da história, esse significado inicial, dado às palavras ética e moral, será modificado, irão se atribuir a essas palavras, definições até mesmo contraditórias ao sentido etimológico delas. Assim, quando Hobbes diz que o homem é naturalmente mau, ele diz que a força de auto-afirmação do homem é maior do que a de integração, desse modo, é necessário que haja um instrumento que equilibre essas duas forças, esse instrumento é a ética.
Se o homem nasce mau, a ética, então, se faz necessária como instrumento indispensável para que o homem não vire o lobo do homem, ou seja, para que o homem não seja o seu próprio predador, pois ética, por definição, trata dos princípios necessários para que haja o respeito pelo próximo, para que o ser humano, sendo um ser livre que pratica seu livre-arbítrio, não interfira na liberdade do outro. A ética é uma ferramenta que controla. A Arquitetura e Urbanismo é uma profissão regulamentada. Essa regulamentação não tem como função a restrição do exercício da profissão a um grupo, mas sim, garantir que o exercício das atividades de Arquitetura e Urbanismo sejam feitas por profissionais habilitados e capacitados para integrar os interesses particulares dos clientes ao interesse maior da sociedade.
A definição das atividades privativas de arquitetos e urbanistas ajuda na garantia de que apenas profissionais com conhecimento e capacidade técnicas comprovados atuem em determinadas áreas, o que resguarda tanto o profissional, quanto o contratante. É uma forma de inibir a atuação de amadores. Em conjunto coma Resolução Nº 51, o Código de Ética vêm para disciplinar à prática destes profissionais, de forma que os Arquitetos e Urbanistas tenham um melhor entendimento da profissão e de como ela deve ser apresentada à Sociedade. São Paulo: Perspectiva S. A. PIAZZA, G. Fundamentos da Ética e Exercício Profissional. Porto Alegre: CREA-RS, 2000. br/cauxx_arquivos/RES-6(CETIDOES-VALIDADE)CAU-BR(FINAL). pdf>. Acesso em: 13 Janeiro 2012. CONFEA. Resolução 114. CASTILHO, José Roberto Fernandes. O arquiteto como profissional liberal O Código Guadet (1895).
Vitruvius, 2014.
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