Estudo sobre a composição de máscaras faciais
Tipo de documento:Artigo cientifíco
Área de estudo:Medicina
É necessário ter em mente as diferenciações de pele das diversas etnias existentes, para que assim possam ser aplicadas e aproveitadas de forma efetiva os princípios ativos presentes em cada máscara. Palavras-chave: Máscaras faciais; Coreanas; Formulação. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 6 2. História da rotina de beleza e do crescimento do skin care nos cosméticos. INTRODUÇÃO Com a difusão dos produtos veganos, os consumidores têm se preocupado muito mais acerca da composição dos produtos que estão utilizando bem como com o potencial risco a saúde que eles podem oferecer (GALEMBECK, CSORDAS, 2009). Nos últimos 10 anos, o setor de cosméticos vem crescendo muito no Brasil, saindo de uma receita de R$ 4,9 bilhões em 1996 para R$ 17,5 bilhões em 2006 (EMPREENDEDOR, 2009). De acordo com a Forbes, o Brasil é o quarto maior mercado de cosméticos do mundo, ficando atrás apenas dos EUA, China e Japão (WEBER, 2020).
Conforme o Euromonitor Internacional, nos próximos cinco anos o engajamento digital, o posicionamento ético e atributos orgânicos e naturais, se tornarão os principais direcionamentos, tanto para as grandes empresas da área da beleza, quanto para as pequenas, que de acordo com a Anvisa, somavam em 2018, cerca de 2. empresas (WEBER, 2020). Posteriormente, surgiu as misturas de óleos e pimentos, na Grécia e Roma, como forma de incorporar outros personagens nas peças teatrais apresentadas. Mortes por envenenamento de chumbo e mercúrio, eram comuns, já que boa parte dos pigmentos utilizados eram de origem mineral (GALEMBECK, CSORDAS, 2009). Ao final da Dinastia Shang e início da Dinastia Zhou, a medicina chinesa se baseava exclusivamente em um paradigma mágico-ritualístico, onde não havia separação entre os campos da religião e da medicina, que geralmente eram abordados pelos sacerdotes que desempenhavam funções de curandeiros (SOUZA, 2008).
Segundo alguns pesquisadores, foi em meados de 1520 a. C até 1030 a. Cerca de 20 médicos trabalharam na correção e recompilação do material, que levou de 657 a. C a 659 a. C, que resultou um novo livro intitulado Tang Ben Cao (Matéria Médica dos Tang), se tornando a mais antiga farmacopéia no mundo promulgada pelo Estado, contendo 54 volumes que abordam cerca de 850 remédios, que exerceram grande influência fora da China (FRÓIO, 2006). No século 20, houve um grande crescimento dos cosméticos, com inovações onde destacam-se: os desodorantes em tubos, os produtos químicos para ondulação dos cabelos, os xampus sem sabão, os laquês em aerossol, as tinturas de cabelo pouco tóxicas e a pasta de dentes com flúor (GALEMBECK, CSORDAS, 2009).
Apesar dos derivados do petróleo, serem amplamente utilizados na indústria cosmética há muitos anos, por motivos de baixo custo e boa estabilidade nas formulações, fornecendo produtos bons que mantinham o nível de satisfação e custo-benefício oferecido aos consumidores (GALEMBECK, CSORDAS, 2009); os estudos acerca do malefícios possivelmente trazidos por esses compostos, cresceu e trouxe à tona os movimentos veganos e cruelty-free, nos quais os produtos asiáticos já vinham se encaixando a alguns anos, fazendo com que os consumidores ocidentais começassem a dar maior importância aos cuidados com a pele. • Estrato lúcido: formado por células achatadas e translúcidas. Não é possível notar sua presença em algumas regiões do corpo, onde a pele é muito fina. • Estrato espinhoso: formada por 5 a 10 camadas de células cuboides e, pouco achatadas e núcleo central.
• Estrato germinativo: camada mais profunda, onde os queratinócitos produzidos são empurrados para as camadas superiores. Derme: É formada por tecido conjuntivo e se mostra mais elástica e firme, devido à presença de colágeno e elastina. “No início do século XX, Helena Rubinstein, uma das pioneiras da indústria cosmética, desenvolveu a classificação da pele em quatro tipos distintos: pele oleosa ou lipídica, pele seca ou alipídica, pele mista ou combinada e pele sensível”. Esse conceito se mostra bastante atual, levando em consideração que nas análises de avaliação dos parâmetros de pele, haveria uma infinidade de combinações de parâmetros, mostrando que cada pessoa possui uma pele única, e que apenas é determinada o seu tipo numa classificação geral (GOMES; DAMAZIO, 2009).
• Alipídica ou seca: com pouca produção de óleo, desidratada, descamativa, geralmente sensível e fina, sem brilho e áspera. • Lipídica ou oleosa: grande produção de óleo, óstios dilatados, brilhante, espessa, aspecto grosseiro e presença de comedões. • Eudérmica ou normal: equilíbrio na produção de óleo, hidratada, firme, lisa e aveludada. Crescimento do uso de Ácido Hialurônico em cosméticos Uma pele seca e ou desidratada apresenta sinais de envelhecimento mais precocemente que uma pele oleosa/mista (já que a secreção das glândulas sebáceas, atua como uma barreira na perda de água e diminuição da hidratação). O índice de hidratação da pele está diretamente ligado a gravidade dos casos de envelhecimento, já que as mesmas podem apresentar rídulas e rugas mais profundas, difíceis de serem revertidas posteriormente, demonstrando também características como menor firmeza e elasticidade, fatores esse, que podem ser atenuados ao se manter níveis adequados de hidratação da pele ao longo dos anos, bem como a associação ao uso de protetor solar (FERREIRA, CAPOBIANCO, 2016).
Atualmente a hidratação ocorre por dois mecanismos: • Hidratação por fixação de água endógena: preparações para suprir a insuficiência da barreira natural (camada hidrolipídica), que evitam a evaporação excessiva de água como: hidrocarbonetos diversos, ceras e óleos vegetais (FERREIRA; CAPOBIANCO, 2016). • Hidratação por fixação de água exógena: preparações que recorrem a produtos higroscópicos e umectantes como: polióis hidrossolúveis, ácido pirrolidona carboxílico, lactato de sódio e ureia (FERREIRA, CAPOBIANCO, 2016). O Ácido Hialurônico é um biopolímero formado pelo ácido glucurônico e a N-acetilglicosamina, encontrado no líquido sinovial, humor vítreo e no tecido conjuntivo colágeno de inúmeros organismos e que tem fórmula molecular (C14H21NO11)n. Ex: sistema óleo em água (O/A) ou água em óleo (A/O), poli fases (A/O/A) (PEREIRA, 2013).
• Gel: geralmente hidrofílico é formado por duas fases: água e um agente gelificante, tendo uma preparação semissólida com textura gelatinosa, não oleosa e de fácil absorção pela pele (PEREIRA, 2013). • Gel-creme: sistema com alta concentração de água, baixa concentração de óleo e o uso de um estabilizante do tipo polímero hidrofílico mais a presença de um tensoativo. Traz o sensorial refrescante dos géis e a maciez, sedosidade e emoliência dos cremes (PEREIRA, 2013). • Pós: são preparações relativamente simples, com a mistura de componentes sólidos na forma de pó, que podem ser utilizados diretamente na pele ou com o uso de solventes. Marcas brasileiras como Quem disse, Berenice? Ou mesmo a Boticário estão buscando bastante entrar nas tendências do K-beauty, se adaptando aos princípios base das coreanas aos gostos das brasileiras (NEGRÃO, 2018).
Metodologia Pesquisa qualitativa, levantamento bibliográfico e comparação entre as fórmulas de duas máscaras faciais, uma brasileira e uma coreana. Resultados e discussão Entre as máscaras mais consumidas, uma coreana e uma brasileira, foram escolhidas para terem as suas fórmulas analisadas. As duas máscaras selecionadas são de ácido hialurônico. A máscara brasileira apresenta a seguinte fórmula: água, metilpropanodiol, glicerina, hialuronato de sódio, citrato sódico, betaína, ácido cítrico, hidroxietilcelulose, PEG-60, óleo de rícino hidrogenado, hidroxiacetofenona, 1-2 hexanodiol, perfume, hexil cinamaldeído, alfa isometil ionona, linalol, limoneno, benzofenona-5 e CL 42090. De acordo com a International Journal of Cosmetic Science, relatou que o extrato da Coptis Japonica juntamente com o seu componente ativo a berberina, causam uma inibição no acumulo de triglicerídeos e pré-adipócitos subcutâneos, fazendo com que a Coptis Japonica seja excelente para produtos de emagrecimentos e contra celulites (Yashiki, Keiko, et al.
É importante salientar que o aumento da gordura subcutânea pode pressionar os vasos linfáticos e os vasos sanguíneos nos tecidos da pele, causando problemas de pele, como por exemplo, inchaços, flacidez e formando celulites. E assim sendo, estudos mostram a aplicação do extrato de Coptis Japonica em produtos cosméticos a fim de trazer seu poder inibitório, facilitando a lipólise nos adipócitos, sendo esse extrato um agente útil para problemas e melhoria da pele (KEIKO Yashiki et al. Extrato De Camellia Sinensis: A Camellia Sinensis é uma planta arbustiva e de origem chinesa, e contém em suas folhas, proteínas, ácido ascórbico, glicídios, vitaminas do complexo B e bases púricas (LORENZI et al. É uma planta muito rica em flavonoides, alcaloides, catequinas e polifenóis, agentes que contribuem em tratamentos e profilaxias de inúmeras patologias.
É uma planta que possui fenol, cariofileno, cânfora, cálcio, zinco e canfeno, também utilizada para problemas respiratórios e edemas, é importante salientar que essa planta possui agentes carcinogênicos e alucinógenos, tendo que ser usada em dosagens bem específicas (STUMPF, 2019). Extrato Da Raíz Perilla Ocymoides: Também conhecida como alfavaca-chinesa e hortelã-roxa, é originaria da Ásia, muito utilizada na medicina tradicional chinesa e japonesa, é indicada para tosse, gripes e resfriados, alivia náuseas e indigestão, além de tratamentos para dermatites e ser antioxidante e calmante. Possui em sua composição química, proteínas, ácidos orgânicos, óleos essenciais, flavonóides, entre outros (SAKLANI, 2011). Possui forte ação anti-alergênica e anti-inflamatória, ajuda a fluidificar o sangue e reduz riscos de doenças inflamatórias, o óleo extraído é rico em cálcio, vitaminas B1 e B2, proteínas e niacina, possui agentes nutritivos e reconfortantes para a pele (ZANIN, 2013).
Extrato Da Folha De Chlorphenesin: É um composto orgânico, usado como bloqueador de impulsos nervosos enviados ao cérebro, sendo mais utilizado como relaxante muscular. capila. com. br/blog/. Acesso em: 27 nov. BRASIL, Bbc News. Editora Guanabara, 2000. Trad. Patricia J. Voeux. FERREIRA, Marta. The genital ducts of some British stenoglossan prosobranchs. Journal of Marine Biology Association U. K. v. p. HYUN, Ahn Sang; BONG, Kim Ki. Effect of Skin Fat Lipid Barrier Formation on Hataedock with Coptis Japonica & Glycyrrhiza Uralensis. Department of Anatomy, College of Korean Medicine, Semyung University. J Pediatr Korean Med. August, 2017;31(3):14-23 KEIKO Yashiki et al. Instituto Plantarum, 2002. MEDINA-DIAZ IM, ARTEAGA-ILLAN G, DE LEON MB, CISNEROS B, SIERRA-SANTOYO A, VEGA L, GONZALEZ FJ, ELIZONDO G: Pregnane X receptor-dependent induction of the CYP3A4 gene by o, p'-1,1,1,-trichloro-2,2-bis (p-chlorophenyl)ethane.
Drug Metab Dispos. Jan;35(1):95-102. MENEGUETE, ANDREIA. br/noticia/hidratacao-da-pele-porque-e-importante-como-hidratar-a-pele-o-que-causa-ressecamento-entenda_a8604/1 MORLEY, N; CLIFFORD, T; SALTER, L; CAMPBELL, S; GOULD, D & CURNOW, A (2005) The green tea polyphenol (-) -epigallocatechin gallate and green tea can protect human cellular DNA from ultraviolet and visible radiation-induced damage. PhotodermatologyPhotoimmunology&Photomedicine 21: 15-22 NAMITA, PARMAR; MUKESH, RAWAT; VIJAY, KUMAR J. Camellia Sinensis (Green Tea): A Review. Department of Pharmaceutical Sciences, Kumaun University, Uttarakhand. Global Journal of Pharmacology 6 (2): 52-59, 2012 NEGRÃO, HELOÍSA. Desenvolvimento de formulações cosméticas com ácido hialurônico. Dissertação de Mestrado em Tecnologia Farmacêutica. Universidade do Porto. OLSEN, D. LUCHETEL, D. PEREIRA, MARIA DE FÁTIMA LIMA. Cosmetologia. ed. São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2013. v. A invasão da beleza Coreana. Disponível> https://www. istoedinheiro. com. br/invasao-da-beleza-coreana/ SAIGG, NAYANE LINS; SILVA, MARIA CLÁUDIA.
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