Cuidado farmacêutico no manejo da asma em idosos
Tipo de documento:Artigo acadêmico
Área de estudo:Farmácia
Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). “Deixar este texto no trabalho conforme se apresenta, fonte e cor vermelha”. RESUMO- A asma é uma doença crônica respiratória com estreitamento dos brônquios associada a uma resposta inflamatória intensa. Trata-se uma doença muito debilitante com altos índices de internações e mortalidade, principalmente na população idosa. Este trabalho tem como foco a discussão da importância da intervenção e cuidado farmacêutico no manejo de pacientes idosos asmáticos, destacando as principais vantagens desta prática na adesão ao tratamento e melhora da qualidade de vida desses indivíduos. Trata-se de uma doença que acomete todas as idades com taxas de hospitalizações e mortalidade altas, principalmente entre os idosos.
Nesta faixa etária é comum a ocorrência de subdiagnostico devido a dificuldade de diferenciação com outras doenças respiratórias e alteração natural das vias respiratórias devido ao envelhecimento do organismo resultando em tratamentos inadequados. O tratamento medicamentoso da asma é recomendado a utilização de formas medicamentosas inalatórias por apresentarem melhores vantagens como: uso de baixa dose, deposição de fármacos na via respiratória e redução dos efeitos adversos. Entretanto, é marcante a falta de adesão de pacientes idosos em tratamentos crônicos e no caso específico da asma a não compreensão da utilização correta dos dispositivos inalatórios, o que acarreta insucesso na terapia. Por conseguinte a relação de confiança entre o paciente e o cuidador de saúde pode se tornar indispensável para o manejo dos sintomas da asma.
A inflamação no processo de patogênese da asma pode provocar o remodelamento dos brônquicos com alteração da arquitetura das vias áreas, acarretando uma obstrução irreversível, visível em alguns indivíduos com asma grave (PAKHALE, 2013). As causas da asma são provenientes de interação genética com fatores ambientais (fumaça, tabaco) e fatores alérgenos (como pólen), que podem facilitar seu desenvolvimento, manutenção e manifestação dos sintomas (CALIARI, 2018) As manifestações clínicas da asma são decorrentes do processo inflamatório crônico das vias aéreas apresentando sintomas como sibilos, dispneia, opressão torácica retroesternal e tosse, associados ao baixo fluxo aéreo que varia com o tempo e a intensidade (PIZZICHINI et al. No Brasil, a asma é responsável por alta frequência de internações hospitalares.
Em 2014, entre o período de janeiro a novembro, foram registrados 105,5 mil internações de pacientes, segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH). Ainda, segundo o Ministério da Saúde a asma atinge 6,4 milhões de brasileiros acima de 18 anos, sendo as mulheres a população mais acometida pela doença com prevalência de 60% dos casos diagnosticados da enfermidade em 2015. No tratamento medicamentoso diversas classes de medicamentos fazem parte do arsenal da terapia da asma os quais são selecionadas de acordo com a finalidade de tratamento para a melhora dos sintomas agudos, conhecimentos como medicamentos de alivio (β2-agonistas com rápido início de ação, brometo de ipratrópio e aminofilina) ou medicamentos de manutenção para a prevenção dos sintomas (corticosteróides inalatórios e sistêmicos, antagonistas de leucotrienos, β2-agonistas de longa duração e teofilina de liberação lenta), definidos no IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma.
A seguir estão descritos dos principais mecanismos de ação dos fármacos utilizados: Medicamentos de alívio a) Os β2-agonistas de curta ação: salbutamol e fenoterol tem como ação o alívio de broncoespasmo agudo (CATES et al. b) brometo de ipratrópio: apresenta efeito anticolinérgico sendo absorvido pelo sistema respiratório com ação de broncodilatação (BOUSQUET et al. c) aminofilina: tem ação de vasodilatação dos pulmões e broncodilatação, através da ação direta na musculatura lisa dos brônquios (OLIVEIRA, 2018). a) Medicamentos de controle: b) Corticoides inalatórios: provocam alterações na expressão genética de mediadores inflamatórios que induzem os sintomas da asma, incluem nessa classe os fármacos beclometasona, budesonida, ciclesonida, fluticasona e mometasona (DAVID,2018).
Desta forma, o sucesso na terapêutica deve-se a obtenção da máxima deposição do fármaco nas vias aéreas e mínima retenção na cavidade orofaríngea e na gástrica (TARSO et al. O manejo correto do tratamento é baixo entre a população com taxas de apenas 25% nos países desenvolvidos. Pois se observa uma preocupação mínima quanto ao uso racional dos medicamentos por parte da população, que só tomam consciência quando o estágio da asma está avançado ou durante as exacerbações, ressaltando-se o conhecimento inexistente da importância da prevenção da asma (PAROLINA, 2017). A educação e o treinamento dos pacientes no manejo em doenças crônicas, como no caso da asma, tornam-se fundamentais para o controle eficaz da doença e isso somente é possível quando há uma parceira de confiança entre o paciente e os seus cuidadores (GINA, 2018).
O farmacêutico tem como principal função informar o indivíduo asmático sobre as alternativas de tratamento medicamentoso, além de auxiliar no uso racional. Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias; 2013. BARNES, PJ. Celular and Molecular Mechanisms of Asthma and COPD. Clinical Science (London), v. n. CALIARI, L. MELO, N. I. O uso de dispositivos inalatórios em pacientes asmáticos: o papel do profissional farmacêutico. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Disponível em: http://onlinelibrary. wiley. com/doi/10. CD000052. pub3/abstract. Disponível em: http://www. scielo. mec. pt/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732015000100003&lng=pt. Jornal. Brasileiro de. Pneumologia. [Internet]. Nov; 32( Suppl 7 ): S447-S474. E. ZEIGER R. S. BORISH L. WENZEL S. TASHJIAN A. H. EHRIN J. Armstrong. Princípios de farmacologia: a base fisiopatológica da farmacoterapia.
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