Benefícios da mobilização precoce em prematuros acima de 32 semanas na Unidade de Terapia Intensiva

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Fisioterapia

Documento 1

Dentre as mais comuns, pode ser citada a disfunção neuropsicomotora que está associada tanto a prematuridade quanto ao imobilismo prolongado no leito, dessa forma é extremamente importante a atuação do fisioterapeuta na mobilização precoce, a fim de evitar essas complicações. Assim, esse estudo estabeleceu como objetivo identificar os benefícios da mobilização precoce proporcionados aos RN pré-termo nascidos com mais de 32 semanas nas UTIN. Como metodologia foi utilizada a revisão de literatura onde foi realizado um levantamento bibliográfico utilizando as bases de dados Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Literatura Latino Americano em Ciências da Saúde (LILACS). Foram incluídos trabalhos que respondam aos objetivos estabelecidos na pesquisa, publicados íntegra e na língua portuguesa, inglesa e espanhola que tenham sido publicados no período de 2010 a 2020, a fim de aumentar a amostra.

Foi possível perceber que a instituição da mobilização precoce traz diversos benefícios para o desenvolvimento do RN acima de 32 semanas internados em UTIN, visto que, possuí como finalidade principal a preservação e minimização das complicações motoras. As a limitation of the study, there is a scarcity of studies in the literature that address the benefits and techniques of early mobilization in premature newborns over 32 weeks, so it is necessary to carry out studies that are related to this theme. Keywords: Mobility, Neonatal Intensive Care Units, Physiotherapy. INTRODUÇÃO O período neonatal se define como o intervalo entre o nascimento até o 28º dia de vida do ser humano, sendo considerada uma fase de adaptação do Recém-Nascido (RN) para a vida extrauterina, pois nesse período ocorrem diversas modificações anatômicas e fisiológicas.

O RN pode ser classificado de acordo com a sua idade gestacional que tinha quando o parto ocorreu, os que nasceram antes das 37 semanas de gestação são considerados como pré-termos, as crianças nascidas entre 37 e 41 semanas são classificados como termos e após o período das 42 semanas são denominados de pós-termo (RIBEIRO, 2016). Estima-se que a prematuridade seja a principal causa de morbimortalidade entre os RN, sua prevalência corresponde a cerca de 11,7% dos partos são de crianças que nascem prematuras. A mobilização precoce em pacientes críticos que ficam muito tempo restritos ao leito podem resultar em inúmeros benefícios tais como: a manutenção da força muscular, a mobilidade articular, melhora o transporte de oxigênio e por consequência a função pulmonar e otimiza desempenho do sistema cardiorrespiratório (SIMÕES, 2017).

Partindo desse princípio, é perceptível as sequelas geradas em uma criança que nasceu pré-termo, devido ao seu desenvolvimento não ter sido concluído e o fato de não estar pronto ainda para a vida extrauterina. Além disso, esse fato associa-se a ocorrência de estímulos excessivos da unidade de cuidados intensivos, a quantidade de manipulação e procedimentos no qual é submetido. Por conseguinte, fica claro que o fisioterapeuta pode auxiliar esse RN no seu processo de reabilitação e a sua importância mediante a prevenção dos distúrbios decorrentes da imobilidade na UTIN, instituindo como medida a mobilização precoce. Assim, foi estabelecida a seguinte pergunta norteadora: Quais benefícios trazidos pela mobilização precoce nos RN’s acima de 32 semanas que encontram-se internadas em UTIN.

Revisão Integrativa Foi constatado a eficácia na atuação do fisioterapeuta no tratamento de bebês através da estimulação precoce, como também foram comprovados os fatores de risco e o papel fundamental da família durante a intervenção. SILVA, C. B. et al. Ocorrência de eventos adversos em Unidade de Terapia Intensiva Neopediátrica Analisar ocorrência de eventos adversos (EAs) em uma Unidade de Terapia Intensiva Neopediátrica e relacioná-los com a vulnerabilidade as quais estes pacientes estão expostos. M. G. NETTO, T. V. L. F. e KUPKE C. C. Perfil clínico de recém-nascidos em fisioterapia em unidade de terapia intensiva neonatal Descrever o perfil dos recém-nascidos (RNs) internados em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) Retrospectivo documental Os lactentes com baixo peso ao nascer (<2500g) constituíram o perfil dos RNs submetidos à fisioterapia, o que esteve diretamente relacionado à maior incidência de óbito e pneumotórax, além do aumento do uso de ventilação mecânica e não invasiva.

FERREIRA, K. ARAKAKI, V. S. N. M. et al 2015 Importância da integração multidisciplinar fisioterapia/ enfermagem na atualização sobre posicionamento do recémnascido na unidade de terapia intensiva neonatal Verificar o impacto da integração fisioterapia/enfermagem na atualização sobre posicionamento do recém-nascido no leito da UTI Neonatal. S. et al. Assistência fisioterapêutica em recém-nascidos prematuros internados em UTI neonatal pública Verificar a atuação da fisioterapia na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, perfil das mães e dos prematuros, morbidades respiratórias e neurológicas Estudo observacional retrospectivo Dos 172 prontuários analisados, verificou- -se que a idade média das mães foi de 24 ± 7 anos, 81% realizou pré-natal, sendo 21% com 6 ou mais consultas. Com relação aos recém-nascidos, 58% eram do sexo feminino, 44% apresentaram morbidades respiratórias e 24% neurológicas.

O atendimento fisioterapêutico foi realizado em 63% dos mesmos, as técnicas mais utilizadas foram o reequilíbrio toracoabdominal em 100% e a estimulação sensório-motora em 97% SANTINO, T. J. REDSSEL, S. A. GLAZEBROOK C. Intervenções de desenvolvimento motor para bebês prematuros: uma sistemática Revisão e meta-análise identificar intervenções que melhoram o motor desenvolvimento de bebês prematuros. Fisioterapia na Unidade de Terapia Intensiva na minimização de sequelas motoras A atuação do fisioterapeuta dentro da equipe multidisciplinar na UTIN é extremamente importante, pois esse profissional é responsável por prevenir complicações respiratórias ou minimizar as suas complicações, normalização e ou minimização de sequelas motoras, assim como manter o tônus e o trofismo muscular. Além disso, esse profissional também deve atuar na estimulação e acompanhamento do sistema neuropsicomotor, melhorando o prognóstico das funções motoras dos prematuros (SILVA, 2017a).

De acordo com Santino (2017): No que se diz respeito à fisioterapia motora, através da estimulação precoce, temse como principal objetivo modular o tônus e permitir que a criança possa experimentar movimentos e posturas normais desde seu nascimento, através da neuroplasticidade e contribuindo para o seu desenvolvimento motor (SANTINO, 2017, p. A inserção desse profissional nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) foi instituída pelo Ministério da Saúde (MS) através da portaria 3. em 12/08/1998, na qual define que as UTI’s terciárias necessitam manter um fisioterapeuta para prestar assistência em tempo integral. A mobilização precoce se constituí como uma importante estratégia para um melhor prognóstico motor e postural da criança, porém estima-se que a mobilização precoce seja aplicada em apenas 9,5% das crianças devido a instabilidade clínica.

Para que seja aplicada são considerados fatores como: idade, falência de múltiplos órgãos, ventilação mecânica, sedação, drogas vasopressoras, bloqueadores musculares. As principais dificuldades institucionais encontradas para instituir a mobilização precoce são: protocolos que padronizem essa prática e a necessidade de autorização médica para o início tratamento. A técnica da mobilização precoce em crianças pode ser empregada através de manejo postural, cinestesia e estimulação motora (MOERMAN, 2016). Existem algumas divergências na literatura quanto ao momento adequado para que seja empregada a mobilização precoce, alguns estudos recomendam o início apenas com recomendação médica, intervenções antes das 72 h ou após as 72 h ou 12 h após a aplicação do surfactante exógeno.

O uso da movimentação passiva articular nos protocolos de mobilização precoce oferta diversos benefícios aos prematuros, visto que, fornece estímulos para a movimentação da cabeça, pescoço, tronco, pelve, mãos e pés e são executadas em diversas posição com a finalidade de otimização da função e da coordenação motora (THEIME, 2016). Um estudo realizado por Lewis (2014) buscou evidenciar os efeitos de um posicionamento alternativo em bebês prematuros internados na UTIN. Foram selecionados uma amostra de cem recém-nascidos que possuíam idade gestacional superior a 32 semanas, obteve-se como resultado uma influência positiva no que concerne ao posicionamento alternativo, evidenciando uma melhora na assimetria, sendo um elemento considerado muito importante para o desenvolvimento inicial desses bebês. CONSIDERAÇÕES FINAIS A prematuridade é um problema de saúde pública que está associado a fatores sociais, econômicos, educacionais e culturais, sobretudo em países que são subdesenvolvidos ou que estão em desenvolvimento.

Devido a imaturidade devido ao nascimento precoce, baixo peso ao nascer e as complicações associadas a essas condições, esse RN necessita de cuidados intensivos e de monitorização contínua que é proporcionado pelo internamento dentro das UTIN. K. A. MEJIA, D. P. M. Fisioter. Mov. Curitiba, v. n. p. p. FERNANDES, M. M. S. M. FERREIRA, K. S. SILVA, J. K. MACIEL, D. A. GLAZEBROOK C. Motor Development Interventions for Preterm Infants: A Systematic Review and Meta-analysis. Pediatrics, v. n. Revisão integrativa: fisioterapia em terapia intensiva neonatal. Revista Interdisciplinar de Estudos em Saúde, v. n. p. LEWIS L. n. OBERG, G. K et al. Effects of a Parent-Administered Exercise Program in the Neonatal Intensive Care Unit: Dose Does Matter-A Randomized Controlled Trial. Physical Therapy, v. PESSOA, T.

A. O. et al. O crescimento e desenvolvimento frente à prematuridade e baixo peso ao nascer. n. p. SANTINO, T. A. et al. v. n. p. SIMÕES, G. M. SILVA, C. B. et al. Ocorrência de eventos adversos em Unidade de Terapia Intensiva Neopediátrica. R Epidemiol Control Infec, Santa Cruz do Sul, v. p. jan. jun. THEIS, R. C. p. VIEIRA, L. F. S. A Importância da estimulação precoce no recém-nascido prematuro na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: uma revisão bibliográfica.

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