ATUAÇÃO DO PROFESSOR NA ARTICULAÇÃO DAS QUESTÕES LIGADAS À ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM ESPAÇOS ESCOLARES E NÃO ESCOLARES

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:História

Documento 1

EDUCAÇÃO FORMAL E EDUCAÇÃO NÃO FORMAL 4 2. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO (LDB 9394/96) 6 2. ATUAÇÃO E TRABALHO PEDAGÓGICO DOS PROFESSORES 7 2. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DO ALUNO 9 2. Dados, informações, conhecimento e inteligência 9 3 CONCLUSÃO 11 REFERÊNCIAS 13 1 INTRODUÇÃO Etimologicamente a palavra “escola” teve origem na Grécia antiga (skholé), depois evoluiu até o latim (schola), significando, em ambas as línguas, “discussão ou conferência”, ou então “folga, ócio”, no sentido de que esse tempo ocioso serviria para conversas educativas, para o desenvolvimento da reflexão e da capacidade de pensar. Assim, independentemente do método educacional ou da sequência cronológica desses movimentos, é possível inferir que a educação como um todo tem como especificidades a transmissão e a assimilação de diferentes saberes.

Além disso, não se pode negar que na sociedade contemporânea, com todas as transformações observadas nos últimos anos, em razão da globalização, da disponibilidade de novas tecnologias e de complexas alterações nas formas de produção, nas relações humanas e nos ambientes organizacionais, a educação passou a abranger espaços cada vez mais amplos, permitindo reconhecer que não mais se restringe ao espaço escolar, à escola propriamente dita. Convém destacar que embora a escola seja o espaço mais privilegiado para a prática educativa, há saberes específicos para diversos outros espaços como, por exemplo, ambiente familiar, igrejas, fábricas, hospitais, associações, ONGs e outras instituições. SAVIANI, 2005; BRANDÃO, 2007) 2 DESENVOLVIMENTO Tomando como ponto de partida todo esse contexto que tratou da diversidade de métodos e tendências educacionais ao longo do tempo, e admitindo-se que a escola já não mais se constitui como o único espaço para a prática educativa, entende-se necessária uma reflexão mais específica sobre as diferenças entre a educação formal e a não formal, bem como sobre a importância da educação fora do ambiente escolar.

EDUCAÇÃO FORMAL E EDUCAÇÃO NÃO FORMAL O ensino formal prioriza a instituição escolar – a escola propriamente dita. Esta diferenciação feita por Gohn (2006) permite inferir que é preciso repensar a ideia de que apenas o espaço da escola serve como local para a transmissão de saberes e a atuação de professores e pedagogos. Permite concluir também que em qualquer lugar pode haver educação, seja a transmitida historicamente através das gerações, seja a realizada em outras redes de transferência de saberes, até mesmo em locais em que não há modelos formais de ensino como os utilizados nas escolas. BRANDÃO, 2007) Complementando essas ideias, Klein e Pátaro (2012, p. afirmam: O momento atual impõe à escola o desafio de lidar com uma realidade na qual a formação e a instrução estão distribuídas por todas as partes; onde a escola deixou de ser a única fonte do saber; onde nos vemos submetidos a transformações aceleradas em que as tecnologias da informação e da comunicação mediam nossas relações interpessoais e o acesso ao conhecimento.

Em contrapartida, a escola continua se organizando e funcionando através de uma estrutura e de concepções que se pautam por um modelo de sociedade que não corresponde mais à nossa realidade. de maneira plena, [. pensada em suas múltiplas dimensões, com objetivo de valorizar os aspectos intelectual, físico, afetivo, técnico, político e cultural, dentre outros”. SILVA, 2018) Identificados os espaços formais e não formais de educação, e definidas as funções e a importância desses ambientes, convém refletir sobre como ocorrem a atuação e o trabalho pedagógico dos professores nesses espaços, de modo a alcançar a construção do conhecimento e a aprendizagem significativa dos alunos, ou seja, aquela que promove mudanças na vida de cada um deles, superando a formação da escola formal.

ATUAÇÃO E TRABALHO PEDAGÓGICO DOS PROFESSORES Conforme exposto anteriormente, a educação formal é “estruturada, organizada, planejada intencionalmente, sistemática”. Nela estão presentes “a intencionalidade, a sistematicidade e condições previamente preparadas, atributos que caracterizam um trabalho pedagógico-didático, ainda que realizadas fora do marco escolar propriamente dito”. Até mesmo os profissionais de pedagogia e de outros cursos de formação de professores carecem de fundamentação e capacitação para esse trabalho, uma vez que o próprio currículo desses cursos não privilegia conteúdos e práticas necessários para atuar de forma mais eficaz. Isso também se observa quando se trata de voluntários e educadores leigos, principalmente no caso de instituições como, por exemplo, as ONGs. SILVA & PERRUDE, 2013) Neste sentido, pesquisadores como Pimenta (2002), Arroyo (1998) e Libâneo (2002) apud Maron (2008) defendem que atualmente, por serem amplas as áreas de atuação desses profissionais, sua formação deve contemplar aspectos dos processos com os quais vão se deparar na educação extraescolar.

Ainda conforme Maron (2008, p. é importante ressaltar que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96) faculta às Instituições de Ensino Superior organizar os projetos acadêmicos do curso de Pedagogia primando pela articulação entre as abordagens da docência e da gestão do trabalho pedagógico desenvolvidos em espaços de educação formal e não formal, mas também oferecer disciplinas alternativas e núcleos temáticos que busquem abranger conhecimentos relativos à reflexão crítica sobre educação, escola e sociedade com estudos sobre a relação entre educação e trabalho. Por sua vez, as informações, uma vez analisadas, interpretadas, combinadas, integradas e avaliadas, promovem o aprendizado, que é “a integração de novas informações em estruturas de conhecimento”. Desse modo, “o conhecimento é obtido pela interpretação e integração de vários dados e informações”.

Em outras palavras, “o conhecimento vai além da informação, pois ele além de ter um significado tem uma aplicação”. Por sua vez, a inteligência pode ser entendida como a “síntese de corpos de conhecimento”, ou seja, uma síntese do conhecimento adquirido por meio da análise dos dados e das informações é aplicada em determinada situação, dentro de um determinado contexto, gerando uma experiência concreta e uma tomada de decisão mais prudente e consciente. SILVA, 2007, s. SILVA, 2007, s. p. Como exemplo concreto de aprendizagem significativa e geração de conhecimento, pode-se considerar a realização deste desafio profissional, que foi realizado num ambiente não formal de educação (ensino a distância), proposto por professores que desenvolveram todo um trabalho pedagógico para disponibilizar dados aos estudantes, os quais, por sua vez, tiveram como atividade processar esses dados, transformando-os em informações que precisaram ser analisadas, interpretadas, combinadas, integradas, avaliadas e sintetizadas numa produção textual, a qual certamente promoveu o aprendizado e gerou conhecimento.

CONCLUSÃO Esta atividade contribuiu nesta etapa do Curso de História por possibilitar a compreensão de importantes conceitos, práticas e processos relacionados à educação formal e não formal, à importância do trabalho pedagógico docente nesses ambientes, e aos elementos que viabilizam a aprendizagem significativa. Convém destacar, neste sentido, que se trata de tema relevante para a compreensão de outros conteúdos do Curso, bem como uma excelente oportunidade de aprendizagem pela abstração de informações, exercício este imprescindível para geração de conhecimento, execução de outras atividades futuras e para a própria prática profissional. Não há saber maior ou saber menor. Há saberes diferentes! Seja formal ou informal, a função da educação é viabilizar experiências, comportamentos e conhecimentos aos indivíduos, tornando-os capacitados para agir em todas as esferas sociais.

BIESDORF, 2011) Existem princípios e inúmeros caminhos e formas de inteligência para se chegar a uma aprendizagem significativa. Não há lugar para uma concepção de inteligência dominante, que sirva como padrão. Professores e estudantes devem, portanto, recorrer a diferentes modos de expressão e recursos na busca pela transformação do meio social, levando em conta necessidades políticas, econômicas e sociais da coletividade. º EPEAL, ISSN 1981-3031, [s. l. s. n. BIESDORF, R. São Paulo: Brasiliense, 2007. Coleção Primeiros Passos). BRASIL. Lei de diretrizes e bases da educação nacional. Lei número 9394. Publicado em: 24 jul. Disponível em: <http://www. itnerante. com. br/profiles/blogs/tcu-2015-1-dado-informa-o-conhecimento-e-intelig-ncia-dados>. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. FUSARI, M. F. R. Coleção Questões da Nossa Época; v.

Educação não formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio: avaliação e políticas públicas em educação, Rio de Janeiro, v. n. p. SANTOS, I. M. Além dos muros da escola: a educação não formal como espaço de atuação da prática do pedagogo. º EPEAL, ISSN 1981-3031, [s. l. n. jul. ISSN 2176-4174. Disponível em: <https://revistas. pucsp. W. A formação do pedagogo face à ampliação dos espaços de atuação: novos desafios e possibilidades. In: Congresso Nacional de Educação da PUCPR (EDUCERE), 8; Congresso Ibero-Americano sobre Violência nas Escolas (CIAVE), 3, 2008. MOREIRA, M. A. SAVIANI, D. Pedagogia histórico-­crítica: primeiras aproximações. ed. Campinas: Autores Associados, 2005. SILVA, H. Desafio Profissional de Geografia, História e Matemática.

Valinhos: Anhanguera Educacional, 2018. Disponível em: <www. anhanguera. edu. v. p. jul. dez. Disponível em: <http://www.

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