ARTE E TRANSFORMAÇÃO: A força da imagética humana
Tipo de documento:Artigo cientifíco
Área de estudo:Artes cênicas
Como a arte e a cultura são expressões de linguagens do mundo que cerca o humano? Porque a cultura é a expressão viva da produção humana, a concretude de desejos humanos da alma e da mente que acompanharam o homem desde os primeiros grupamentos até os dias de hoje. Arte também é Cultura e Cultura é algo dinâmico vivo, pois faz parte do fazer humanas a curiosidade e a inventividade. Acompanharam a aventura da humanidade. Vocês sabem que a cultura é algo dinâmico. Não existe cultura parada no tempo. Vigotski, Michel Foucault, Cecília Almeida Salles, Ernst Fischer, Sandra Jatany Pesavento, Daniel Mundukuro, Ana Carolina Cernicchiaro, Catiuscia Bordin Dotto, Tatiana Sechler Endo, Celso Frederico, Vicente Carvalho. No tópico 1, discorremos como a arte, a religiosidade e a criação se conectam.
No tópico 2, como a transformação está interligada com a criação e a arte em si. O tópico 3 traz as considerações finais e por fim, as referências utilizadas no artigo. – Arte, religiosidade e criação. O artístico fenômeno cultural comum a todas as regiões da terra e indicam ser uma forma de expressar de maneira estética à realidade que circunda o homem e deixar evidências de tudo aquilo que é considerado importante para o homem pré-histórico e para sua sociedade, demonstrando o alto nível de capacidade de arte e valiosas pistas quanto à cultura e às crenças daquela época (ENDO, 2009, p. A representação da ideia humana, de seus guias cuidadores, deusas, deusas, anjos, arcanjos e orixás bem como de seus oponentes materiais e espirituais foram sempre registradas pelas civilizações humanas.
A ideia de cuidadores não-humanos foi constante em todos os registros encontrados até hoje. Assim, a arte cumpriu importante papel no sentido de proporcionar pelas imagens a evocação destes entes que puderam compartilhar no imaginário comum do clã a ideia de proteção. As imagens destas sacralizações e ritualização dos percalços da existência transformaram atividades do cotidiano de cuidados com a saúde, com a lavoura, com culinária, moradias, produção de utensílios, instrumentos musicais, sonoridades, movimentos do corpo e adornos se transformaram em cerimoniais ou círculos de veneração. O homem procurava de alguma maneira elaborar esta imensa fonte de sentimentos que ele conseguia ou não explicar, a arte sempre foi parceira de sua subjetividade. Tais sentimentos são comuns a todos, mesmo que no momento o indivíduo que sofre a perda a considere catastrófica.
A representação da imagética deste sentimento e a sua constante repetição demonstram que todos já passaram por fases assim. Novamente, vemos a arte se transformando e amparando a passagem do homem em momentos de ansiedade e dificuldades do seu cotidiano. A arte, assim, é uma representação que nos conduz a uma realidade diferente de nosso cotidiano, pois nesta a aparência cumpre a sua função de ocultar a essência. Seguir o fluxo apenas ou resistir, uma escolha que todo indivíduo ou grupo deve fazer Os códigos fundamentais de uma cultura — aqueles que regem sua linguagem, seus esquemas perceptivos, suas trocas, suas técnicas, seus valores, a hierarquia de suas práticas — fixam, logo de entrada, para cada homem, as ordens empíricas com as quais terá de lidar e nas quais se há de encontrar.
Na outra extremidade do pensamento, teorias científicas ou interpretações de filósofos explicam por que há em geral uma ordem, a que lei geral obedece que princípio pode justificá-la, por que razão é esta a ordem estabelecida e não outra (Foucault, 2002, p. A arte serve como a expressão, ajuda a colocar para fora os problemas, a expressar em forma física aquilo que o indivíduo está sentindo, Seja em forma de escrita, fotografia, desenho, música, dança… a arte ajuda na formação e transformação do indivíduo. A arte também é uma oportunidade de inclusão, da formação das tribos por afinidades. Jovens em uma oficina de teatro ou pintura não estão mais sozinhos, podem trocar através da arte, suas impressões de mundo.
E segundo relatos locais, o índice de violência entre os jovens diminuiu consideravelmente, com pessoas na rua conversando entre si e mais crianças fora de casa (CARVALHO, 2017). Vigotski define os instrumentos psicológicos como dispositivos criados pelos seres humanos para agir sobre o próprio psiquismo. Como exemplo de instrumentos psicológicos e de seus complexos sistemas podem servir a linguagem, as diferentes formas de numeração e seu cômputo, os dispositivos mnemotécnicos, o simbolismo algébrico, as obras de arte, a escrita, os diagramas, os mapas, os desenhos, todo gênero de signos convencionais etc. VYGOTSKI, 1991, p. Até este ponto da investigação, sob a inspiração da arte, procuramos uma digressão que nos fizessem analisar de maneira mais geral imagens pictóricas e outras formas plásticas do passado distante e do presente da humanidade.
A definição da obra e da arte na modernidade não é o de coisa findada, tal como os tempos que vivemos, há na criação dos dias de hoje um sentido efêmero, de fugaz de alguma maneira a obra reflete as intenções de um artista a procura do seu sentido. Um significado mais amplo do que simplesmente a vida finita. O olhar que fita a arte aprisionada em arte tem o poder de se congelar junto a ele. O sujeito será para sempre mais um a ter olhado e admirado a obra do artista, seu olhar e interpretação faz parte da história desta arte. Em qualquer caso, a arte se transforma sempre; até mesmo o sentido de transformação. A refundição das emoções fora de nós realiza-se por força de um sentimento social que foi objetivado, levado para fora de nós, materializado e fixado nos objetos externos da arte, que se tornaram instrumento da sociedade.
VIGOTSKI, 1998, p. O artista, de maneira geral, só pode efetivamente trabalhar suas imagens mentais na integralidade destas na infância, explorando tintas em folhas de papel branca; com massinhas de modelar, furtivamente com pedaços de carvão em paredes ou lajes antes de ser descoberto pelo olho adulto e fiscalizador que castra a transformação da imagem no plano real, mas pode ser severamente punido pela coragem de exercitar o livre pensamento de suas imagens. Assim, tanto a criança que pinta as paredes como o adolescente que pinta muros são punidos. A manifestação é restrita e tem espaços específicos no pano real. No decorrer desta investigação percorremos alguns caminhos que nos fizeram pensar no aspecto subjetivo da mudança pela arte que acompanhou a humanidade na sua trilha deixada nos vestígios onde construiu agrupamentos e civilizações.
Em diferentes estágios das civilizações construídas o homem olhou o céu, conviveu com a mudança das estações, com a coleta na natureza, com o desafio de fazer ferramentas e utensílios, do nascimento dos filhos, da despedida da morte e do eterno recomeçar para vencer os desafios das intempéries e das catástrofes naturais. A força imagética da intensidade destas situações foi registrada para lembrar ou alertar o grupo na tentativa de manter o território ocupado. Assim procuramos registrar um pouco deste processo de mudança pela arte nas páginas desta investigação. Referências CARVALHO, Vincente. pdf?sequence=1&isAllowed=y > Acesso em 15/04/2018 ENDO, Tatiana Sechler. A pintura rupestre da pré-história e o grafite dos novos tempos.
Disponível em <http://myrtus. uspnet. usp. São Paulo Sept. Dec. Disponível em (http://www. scielo. br/scielo. O CONCEITO DE CULTURA: DEFINIÇÃO E COMPREENSÃO A PARTIR DA TEORIA MARXISTA. ESlUl/OS Históricos, Rio ele J. meiro, nO 30. p. Disponível em <http://www. MUNDURUKO, Daniel; CERNICCHIARO, Ana Carolina. ENTREVISTA: DANIEL MUNDURUKU, LITERATURA PARA DESENTORTAR O BRASIL. Crítica Cultural – Critic, Palhoça, SC, v. n. p. br/ojs/index. php/reh/article/view/2176/1315> Acesso em 15/04/2018 SALLES, Cecília Almeida. Gesto Inacabado: processo de criação artística. São Paulo: FAPESP: Annablume, 2004. VIGOTSKI, L.
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