Arquitetura e Urbanismo - Neuroarquitetura em Clínica - Referencial teórico TCC

Tipo de documento:Plano de negócio

Área de estudo:Religião

Documento 1

Danielle Imp 2022 3 Rebeca Medina IMPLEMENTAÇÃO DA NEUROARQUITETURA EM CLÍNICA DE PSICOLOGIA EM IM Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Universidade CEUMA como requisito parcial para a obtenção do Grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, submetido à Banca Examinadora composta pelos Professores. BANCA EXAMINADORA _________________________________________________ Prof. Me. Danielle _________________________________________________ 2º Membro da Banca _________________________________________________ 3º Membro da Banca Julgado em: ______/_____/______. Conceito: ____________________ 4 AGRADECIMENTOS 5 RESUMO As clínicas de tratamento são visualizadas por muitos como um ambiente hostil à humanidade, pois aumenta a vulnerabilidade dos usuários, principalmente em tratamento psicológico. Pacientes. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO. JUSTIFICATIVA. OBJETIVOS. REFERÊNCIAS. INTRODUÇÃO O processo de convivência no hospital desperta os sentimentos únicos de cada usuário, o que pode ser traumático, pois o ambiente hospitalar é visto como um local de angústia, às vezes na forma de traumas anteriores, procedimentos dolorosos que levam ao estresse, incertezas quanto à melhora, além disso, existe o estigma profissional caracterizado pelo uso de roupas brancas o que potencializa a vulnerabilidade do usuário, principalmente e tratamentos psicológicos (GOMES, 2010).

Ademais, têm-se em mente que a frequência em hospitais ou clínicas de tratamento é uma condição em que tanto a família quanto para a pessoa doente em tratamento psicológico, criam desequilíbrios em termos de mudanças, rupturas e novas necessidades no processo. Para entender essa mudança no comportamento humano, a pesquisa neurocientífica revelou diversas diferenças na função cerebral e, portanto, aplicada à neuroarquitetura, considera a necessidade de priorizar o público-alvo que irá utilizar o ambiente para que o espaço tenha uma função e caráter, que estimula comportamentos específicos como: calma, criatividade, aprendizado, foco, integração, memória, socialização, respeito, etc. Assim, em ambientes hospitalares, a neuroarquitetura desempenha um papel importante na concepção de espaços amigáveis, confortáveis e menos dolorosos durante os cuidados de saúde.

E ainda se fundamenta pela necessidade de analisar como a neuroarquitetura das cores pode impactar de forma positiva na recuperação clínica de pacientes. Cumpre ressaltar, por derradeiro, que o estudo ora apresentado, pode também contribuir para que estudiosos do tema se aprofundem em sua análise, inclusive para averiguar situações concretas. Dessa maneira, acredita-se que o estudo poderá contribuir para o entendimento acerca da matéria, e para a sociedade em geral. OBJETIVOS 1. GERAL Fazer a aplicação da neuroarquitetura das cores, em uma clínica de psicologia na cidade de Imp, e entender como esta pode intervir ativamente em vários aspectos do processo de recuperação do paciente. Ao mesmo tempo, considera-se que o método dedutivo, serão aceitos, a partir de certas ideias, à luz dos conceitos aceitos por eruditos pesquisadores da base científica, se confirmará o real mérito da resolução do tema.

REFERENCIAL TEÓRICO 3. Clínicas de Terapia: Humanização Hospitalar e Clínica A Humanização Hospitalar acrescenta e associa diversas áreas e profissionais presentes em uma instituição médica. O trabalho de concepção e revisão uniu-os na busca de humanizar a ação, tornando todo o edifício um ambiente mais saudável e acolhedor. No entanto, como outras instituições públicas, é fácil para um hospital esquecer por que foi criado, pois segundo Mezzomo, 2001, “Parece paradoxal falar de ‘humanização do hospital’ como se sua missão não fosse inerentemente humana. Ademais, com o passar do tempo, as relações com a neurociência foram afetadas nos ambientes hospitalares, com maiores demandas dos pacientes, resultando em um planejamento mais eficiente e melhor, principalmente a partir dos hospitais privados (VASCONCELOS, 2004).

“Estudos demonstram as preferências 12 dos usuários por ambientes próximos à natureza e seus efeitos” (MATTOS; CONSTANTINO, 2015, p. Com isso, os hospitais e as clínicas estão cada vez mais interessados e buscando cada vez mais melhorias a fim de proporcionar um ambiente e tratamento mais seguro e amigável para seus pacientes. A humanização desses ambientes busca restabelecer a conexão entre as pessoas, partes fundamentais e o ambiente, bem como a boa interação entre eles. A proximidade que a humanização pode proporcionar pode evitar o estresse ambiental, melhorar o processo de cura do tratamento, promover a independência segura do paciente, conforto e muitos outros benefícios para os usuários das clínicas médicas e ambientes hospitalares (VASCONCELOS, 2004). De um modo geral, é razoável descrever a arquitetura como uma intervenção no ambiente para satisfazer um certo desejo de conceber novos espaços, com o objetivo de utilizar elementos estéticos (ARAUJO, 2011).

Segundo Costa (1940), "Arquitetura é antes de tudo construção, mas o principal objetivo da arquitetura é organizar e ordenar o espaço para um propósito específico e para um uma determinada intenção". A coesão sobre a neurociência aplicada à arquitetura tem sua relevância porque os espaços construídos podem influenciar o comportamento humano, objeto de estudo da psicologia ambiental, que visa compreender a psicologia humana dentro de determinadas profissões, levando a respostas inusitadas baseadas em resoluções científicas, possibilitando sair do campo do empirismo (CRÍZEL, 2020). Desta forma a neuroarquitetura busca compreender a importância do ambiente para o bem-estar das pessoas, compreender como a configuração do espaço afeta os indivíduos que nele se encontram, a necessidade de estudar a necessidade da arquitetura e o impacto do espaço físico nas pessoas numa perspectiva científica.

Portanto, com a ajuda da neurociência, a fim de compreender melhor a interação entre as pessoas e o meio ambiente, e o desejo de criar espaços mais benéficos para o ser humano, desencadeou-se o processo de pesquisa de aplicação da neurociência e da ciência cognitiva à arquitetura. Métodos e técnicas para neurociência e pesquisa ambiental se enquadram em três grandes categorias: técnicas de pesquisa ambiental e comportamental; técnicas clássicas de pesquisa em neurociência; e técnicas de pesquisa usando ferramentas digitais. O Grupo de Tecnologia de Pesquisa Ambiental e Comportamental usa medidas observacionais, medidas de auto-relato, dados de arquivo e técnicas de mapeamento. Os Grupos de tecnologia de pesquisa que utilizam ferramentas digitais têm potencial para contribuições colaborativas de comunidades online para reunir ideias e conteúdo, bem como usar realidade virtual, aumentada ou estendida (VILLAROUCO et al.

O grupo de técnicas clássicas de pesquisa em neurociência, utilizam medidas psicofisiológicas, que podem ser estudadas com base em técnicas clássicas de pesquisa em neurociência (VILLAROUCO et al. Testes como ressonância magnética (RM) e eletroencefalografia (EEG) podem medir a atividade cerebral e determinar qual área do cérebro é ativada em uma determinada situação; amostras de sangue podem verificar a quantidade e o tipo de hormônios produzidos no corpo em um determinado momento particular; a tecnologia do reflexo corneano centrado na pupila (PCCR) permite o rastreamento ocular, um método usado para estudar a atenção visual das pessoas para detectar onde e por quanto tempo (PAIVA, 2018a). A cultura e as experiências em que um indivíduo vive também moldam o cérebro e seu comportamento ao longo da vida, portanto, a população de usuários em um determinado local precisa ser considerada antes de definir as diretrizes de design, pois o design está inerentemente conectado às necessidades de seus usuários.

Na compreensão das estruturas neurais relacionadas às emoções e à tomada de decisões, as emoções se originam no cérebro, mas se manifestam por todo o corpo (pernas trêmulas, mãos trêmulas, borboletas no estômago). Além disso, as emoções são agrupadas em tipos: Emoções primárias respostas inatas, existe uma programação neural evolutiva (ancestralizada através do código do DNA) destinada a preservar a sobrevivência da espécie, essa programação condiciona os indivíduos a apresentarem emoções em resposta a uma situação vivenciada (PAIVA, 2020b). De acordo com Paul Ekman (2007), quando se trata de neurociência, emoção e comportamento, embora todos sejam únicos, todos sofrem por causa do medo de perder um ente querido ou estar em uma situação ameaçadora.

Ao estudar as tribos isoladas da Papua Nova Guiné, o psicólogo Paul Ekman percebeu que, mesmo longe da globalização, as respostas emocionais desses povos indígenas eram semelhantes às dos indivíduos integrados ao contexto de um mundo globalizado. Relacionado a isso, há a necessidade de entender as precisões dos diversos sujeitos para a produção de edificações mais eficientes. No entanto, “o grande desafio dos edifícios hospitalares e continua a ser o elevado fluxo de pessoas e a sua diversidade”. Junto com Paiva, Faleiro (2020, p. confirmou que “o primeiro ponto da análise humanística dos edifícios hospitalares é determinar o tipo de usuário, seja paciente ou profissional”. Nesse sentido, é preciso entender, adequar e atender as necessidades dos diversos atores envolvidos nos estabelecimentos. Outro ponto importante ao projetar unidades de saúde que promovam o bemestar é entender as doenças específicas dos pacientes que serão atendidos para que posteriormente sejam determinadas as necessidades básicas desses usuários.

Concentrando-se nas necessidades específicas do paciente, o resultado final será um design que não é estritamente adaptado para um único usuário, mas flexível o suficiente para atender a uma variedade de necessidades (WOODWORTH, 2019). As principais prioridades das unidades de saúde são: prevenção, diagnóstico, tratamento, restauração e manutenção da saúde. Nesse sentido, a arquitetura deve ser uma ferramenta que promove a cura e a saúde, Porém a cor, o condicionamento, a plenitude e muitos outros elementos muitas vezes contrariam esse objetivo. Um ambiente insalubre, falta de iluminação e ventilação natural, 19 umidade e falta de natureza podem ter efeitos que impactam negativamente a saúde (DONÁ, 2019 apud PEREIRA, 2019). Pode-se argumentar que a Neuroarquitetura se estende ainda mais, fazendo com que tudo a redor das pessoas melhore nos aspectos físicos e mentais.

Além de 20 toda a trama em relação ao espaço, a neuroarquitetura também trata da iluminação e cores no ambiente físico hospitalar, garantindo o grande propósito de contribuir com o ambiente humano, prestar assistência no tratamento dos pacientes e acelerar sua recuperação; além de melhorar a qualidade das atividades realizadas pelos profissionais de saúde. HELLER, 2014). Dessa forma, estudos demonstram que a arquitetura deve auxiliar na recuperação do paciente e, portanto, no processo de cura. O paciente deve se recuperar em um ambiente agradável. Ela demonstrou que pensar em espaços naturais afeta a atividade cerebral e contribui para a saúde mental e o bem-estar de um indivíduo. Em sua pesquisa, ela lidou com dois estudos: o primeiro foi uma pesquisa por questionário, e o segundo foi uma análise no laboratório de neurociência de EEG.

Neste estudo de Agnieszka Anna Olszewska (2016), foram mostradas aos indivíduos imagens 2D e 3D da paisagem pessoal a ser estudada. As imagens naturais apresentadas ativam uma parte do cérebro que é positiva para a experiência, e ela diz que os espaços contemplativos afetam os padrões de atividade cerebral. Focada na pesquisa de qualidade de vida, a área visa compreender o cérebro e sua resposta ao espaço, potencialmente aumentando ou não a produtividade. Segundo Heller (2014, p. “O contexto em que uma cor está inserida explica seu significado, critério que pode revelar se uma cor seria considerada agradável e correta, ou errada e falta de bom gosto. Em relação à perspectiva que cria a ilusão de espaço, a cor também pode ter esse efeito, varia de acordo com a temperatura da cor, a sensação de proximidade aumenta conforme a temperatura da cor aumenta e diminui conforme a temperatura diminui.

Em suma, as cores quentes parecem mais próximas e as cores frias parecem mais distantes. HELLER, 2012). O verde é uma cor que proporciona equilíbrio e calma, mas pode exacerbar a depressão se usado em excesso, por isso é preciso ter cuidado ao usá-lo. Está associado ao som suave, relaxamento e descanso, traz efeitos sedativos e diminui a pressão arterial, atua no estresse e na insônia. O azul é considerado uma cor calmante e, assim como o verde, é preciso ter cuidado ao usá-lo, pois em excesso pode piorar a depressão. Está 23 associado a sons suaves e agudos, frios ou frios, calma e descanso, e é usado para tratar doenças mentais e agitação. Violeta é uma cor que muda, uma mudança que estimula a atividade cerebral. Diante dessa relação entre pessoas e espaço, o edifício construído deixa de ser visto apenas em termos de suas características físicas (tectônicas), mas passa a ser avaliado/discutido como um espaço "vivencial", passível de ocupação, leitura, reinterpretação pelos usuários e /ou modificações (ELALI, 1997).

É assim que acontece a ocupação do espaço e a consequente ambientação do espaço, conjunto de elementos que tornam o ambiente condicionado ao uso humano. As concessões envolvem interações recíprocas de usuário/espaço. No 24 processo, as pessoas tomam os espaços, humaniza-os, transforma-os para lhes dar a sua própria natureza. Humanizar os espaços significa torná-los aptos para o uso humano; torná-los adequados e apropriado (MALARD, 1993). A percepção depende, antes de tudo, das condições físicas e psicológicas do observador, da capacidade do meio em fornecer informações e do contexto social e cultural que intervém nessa relação pessoa-ambiente. Podemos citar aqui o exemplo usado por muitos autores, comparando bancos e tronos, ambos usados para sentar, mas as pessoas se comportam de maneira muito diferente em relação a eles(VILLAROUCO, 2021).

Desta forma, uma teoria foi proposta por James Gibson, na qual a percepção do mundo externo se baseia não apenas nas sensações geradas por meio de estímulos recebidos, mas também na detecção de informações do entorno de um 25 indivíduo. Segundo Dischinger (2000, p. O mundo em que vivemos é o mundo da percepção. ARAUJO, Lindomar da Silva. O que é arquitetura. Infoescola, 2011. Disponível em: https://www. infoescola. qualidadecorporativa. com. br/invista-em-ambientes-estrategicosemelhore-a-performance-dos-profissionais/. Acesso em: 06 de set. BRASIL, Vertical Garden. anvisa. gov. br/resultadodebusca?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_ p_ col_id=column1&p_p_col_count=1&_101_struts_action=%2Fasset_publisher%2Fvie w_content&_1 01_assetEntryId=271906&_101_type=document. Acesso em: 24 de ago. COSTA, Lúcio. l. a. CRÍZEL, L.

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Natal, 2017. f. il. OLSZEWSKA, A. Contemplative Values of Urban Parks and Gardens. pág. PAIVA, Andréa de. Neuroarquitetura e design biofílico. com/post/neuroarquitetura-e-opapeldas-emo%C3%A7%C3%B5es. Acesso em: 06 de set. PAIVA, Andréa de. Neuroarquitetura: o que é isso? Neuro AU, 28 fev. a. p. feb. c. PALLASMAA, Juhani. Os Olhos da Pele: Arquitetura dos sentidos. Academia Brasileira de Neurociência e Arquitetura, São Paulo, 20 abr. VASCONCELOS, R. T. B. Humanização de ambientes hospitalares: características arquitetônicas responsáveis pela integração interior/exterior. Rio de Janeiro: Rio Books, 2021. WOODWORTH, S. E. Patient-Population Based Design: A Needs-Assessment Approach for Designing Healthcare Environments. AIA AAH Academy Journal, n. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. ed. Petrópolis: Vozes, 1993.

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