ANTIFRAGILIDADE: OS IMPACTOS DE UM EVENTO IMPROVÁVEL E IMPREVISÍVEL NOS MERCADOS FINANCEIROS

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Economia

Documento 1

Problema de pesquisa 1. Objetivos 1. Objetivo geral 1. Objetivos específicos 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2. Teoria da interdependência complexa 2. tem o potencial de fragilizar a autonomia dos países e dos mercados como um todo. Gostaríamos de problematizar, a partir da teoria da antifragilidade, correlacionando comportamentos que poderiam entrar em confluência com esse conceito diante de um acontecimento histórico que culminou em uma das maiores crises econômicas já existentes: a crise imobiliária de 2008. Portanto, a partir do processo metodológico exploratório de viés qualitativo, utilizamos como método e técnica de pesquisa científica a análise de conteúdo e a pesquisa bibliográfica para imergirmos historicamente no contexto do nosso trabalho, com o objetivo geral de analisar o potencial de fragilidade dos mercados financeiros internacionais apontando possíveis medidas de proteção antifrágeis utilizando o exemplo da crise imobiliária de 2008.

Com relação aos objetivos específicos, contextuamos esse período histórido identificando suas origens e consequências, examinando os índices dos mercados financeiros e, por fim, procuramos identificar medidas tomadas pelo EUA e pela União Européia a partir da conjuntura dos acontecimentos ocorridos nesse ano em específico. A presente pesquisa se justifica em um cenário atual onde uma grande crise de saúde e econômica, causada pelo COVID-19, afeta o mundo como um todo. Deslandes (1994) dá ênfase à importância da metodologia no interior das teorias, tendo amplo destaque, incluindo, sobretudo, um conjunto de técnicas que possibilitam a construção da realidade. Estas últimas são concebidas pelo que a autora assimila à categoria pesquisa. Deste modo, os procedimentos metodológicos devem dispor de uma organização instrumental clara, coerente, elaborada, capaz de encaminhar os impasses teóricos para o desafio da prática (DESLANDES, S.

F. p. C. B. p. Assim, a pesquisa alimenta a atividade de ensino, atualizando-a diante da realidade mundial, nada pode ser intelectualmente um problema, se não tiver sido, em primeiro lugar, um problema da vida prática. As questões de investigação são fruto de uma determinada inserção no real, e, portanto, associam-se às circunstâncias socialmente condicionadas. Entretanto, o pesquisador necessita programar o final desta etapa, incluindo-a em um cronograma. DESLANDES, S. F. p. Ademais, observamos que a metodologia geralmente é a parte mais complexa do processo de construção de uma pesquisa, requerendo maior atenção do pesquisador. p. Finalmente, tivemos como objetivo responder a questão de pesquisa a respeito da possibilidade de uma correlação entre a teoria da antifragilidade Autor (ANO) e o evento histórico improvável e imprevisivel de crise uma financeira em grande escala, ocorrida em 2008.

Gostaríamos de dar a devida importância à metodologia enquanto etapa imprescindível a qualquer trabalho científico. É preciso compreender o percurso pelo qual fizemos para selecionarmos as melhores maneiras de lidarmos com o contexto e o cenário mais amplo da pesquisa. Damos enfoque às obras de Nassim Nicholas Taleb (ANO) no campo da teoria da antifragilidade, que serão utilizados para fundamentar as escolhas de investimentos exibidos nesta pesquisa. Sarfati (2005) afirma a importância de observar o fato de que a interdependência pode ser assimétrica, ou seja, não existe uma distribuição equativa do conteúdo dependente entre os autores. De acordo com o autor, o Estado X pode ser mais dependente de Y, do que Y de X. Nesse sentido, logicamente, o Estado Y pode tirar proveito da interdependência assimétrica, como força de influência e barganha em relação ao Estado X.

SARFATI, 2005, p. Para entender melhor esse conceito, deve-se distinguir a diferença entre sensibilidade e vulnerabilidade. E a dependência de vulnerabilidade pode ser medida apenas através dos custos referentes à ajustes efetivos aplicados ao ambiente alterado durante um período de tempo (KEOHANE; NYE, 2012 p. O conceito de antifragilidade A teoria da antifragilidade, que servirá como base para esta pesquisa, foi desenvolvida por Nassin Nicholas Taleb, que, através de suas obras como A Lógica do Cisne Negro e Antifrágil: Coisas que se beneficiam com o caos, apresenta o conceito de antifragilidade, o qual segundo Taleb (2019): Algumas coisas se beneficiam dos impactos; elas prosperam e crescem quando são expostas à volatilidade, ao acaso, à desordem e aos agentes estressores, e apreciam a aventura, o risco e a incerteza. No entanto, apesar da onipresença do fenômeno, não existe uma palavra para designar exatamente o oposto de frágil.

Vamos chamá-lo de antifrágil. TALEB, 2019. Nas palavras de Taleb (2019), o sistema pode se tornar antifrágil, ficando mais forte com cada falha, estresse e distúrbio sucessivos. Para Taleb (2019), a antifragilidade não se resume à robustez, pois o robusto resiste aos impactos e continua o mesmo, e nem à resiliência, pois o resiliente diminui o dano ou aprende a controlá-lo. O antifrágil fica melhor, o autor explica que o “antifrágil aprecia a aleatoriedade e a incerteza, o que também significa - acima de tudo - apreciar os erros, ou pelo menos certo tipo de erro” (TALEB, 2019, p. Isto reforça o fato de que a antifragilidade não busca prever os eventos que podem danificar algo, pois existem riscos impossíveis de serem previstos e calculados, que são chamados pelo autor de “Cisnes Negros”, como a crise financeira de 2008, ou até mesmo a recente pandemia causada pelo Covid-19.

Taleb (2019) afirma que seria muito mais fácil descobrir se algo é antifrágil do que prever a ocorrência de um evento (cisne negro) que é capaz de danificá-lo. Uma pessoa que pula de uma altura de 10 metros sofrerá um dano maior do que 10 vezes o dano que outra pessoa sofrerá, se pular de uma altura de apenas um metro. Taleb (2019) explica que a diferença entre a fragilidade e antifragilidade se dá na forma em que ambas são representadas, a antifragilidade é convexa (curvas para fora) e a fragilidade é côncava (curvas para dentro). A figura abaixo compara o resultado de efeitos côncavos e convexos em um cenário linear e não linear. Fonte: Taleb. p. Segundo Jones (2014) os sistemas atuais são frágeis em certos níveis, onde os mesmos possuem requisitos de performance específicos e são programados para atingi-los, porém, se o sistema sofre estresse além dos seus requisitos ele falhará.

Um dos pontos centrais da antifragilidade, como dito anteriormente, se dá pelo fato de algo antifrágil se beneficiar do caos. Taleb (2019) diz que agentes estressores são o maior incentivo para a inovação, e que a sofisticação e inovação brotam de situações de necessidade. Além disso, a ausência ou supressão da volatilidade podem gerar riscos ocultos que vão se acumulando sob a superfície, tornando o sistema muito mais propício à Cisnes Negros. AJEITAR FORMATAÇÃO) Há uma diferença, porém, no impacto causado por agentes estressores agudos e crônicos, onde o primeiro tende a ser benéfico e já o segundo, pode ser prejudicial. Pode-se usar como exemplo as companhias aéreas onde, segundo Taleb (2019), cada acidente aéreo faz com que o sistema melhore, tornando o próximo voo mais seguro.

ESSE PARÁGRAFO PRECISA SER TIRADO OU REFEITO) Essa capacidade de explorar os erros isolados e aprender com os mesmos dá a característica de antifragilidade para companhias aéreas, porém, o mesmo não pode ser dito sobre o sistema econômico atual. Taleb (2019) em uma comparação entre os dois sistemas menciona: OBS: MAIS UMA VEZ OBSERVA A GRANDE QUANTIDADE DE CITAÇÕES. TU PODE TRANSFORMÁ-LAS EM PARÁGRAFOS E REFERENCIAR COMO FIZ AQUI: Há centenas de milhares de voos todos os anos, e um acidente com um avião não envolve os outros, por isso os erros permanecem isolados e são altamente epistêmicos - ao passo que os sistemas econômicos globalizados operam com um único elemento: os erros se propagam e se combinam.

Se cada queda de avião reduz a probabilidade de outra, cada quebra bancária aumenta a probabilidade de ocorrer outra. Existe também o oposto do heroísmo, no qual a antifragilidade é adquirida às custas dos outros, ou onde o risco é diluído, fazendo com que os tomadores de decisão não tenham “pele em jogo”. Ou seja, em um cenário de uma crise econômica como a de 2008, as pessoas responsáveis pelas decisões que culminaram na crise, não foram as pessoas que mais sofreram com a mesma. FORMATAR MELHOR) O pior problema da modernidade reside na maligna transferência de fragilidade e de antifragilidade de um lado a outro, com um dos lados recebendo os benefícios e o outro recebendo (involuntariamente) os danos;[.

Trata-se, é claro, de um problema de agentividade. Taleb, 2019. p???). A partir da possibilidade de lucros o empresário inovador, como definiu Schumpeter (ANO), busca introduzir o produto ao mercado para concretizar os ganhos. Para Schumpeter (1911), citado por Da Costa (2006, p. formatação) [A]s inovações no sistema econômico não aparecem, via de regra, de tal maneira que primeiramente as novas necessidades surgem espontaneamente nos consumidores e então o aparato produtivo se modifica sob sua pressão. Não negamos a presença desse nexo. TIGRE, 2006. p???). A primeira fase, introdução, remete ao momento em que existe incerteza em relação à efetividade da inovação, resultando em poucas empresas a adotando a mesma. A fase do crescimento representa uma difusão intensificada, à medida que o conhecimento sobre a inovação aumenta.

O processo de maturação representa uma estabilidade nas vendas, no qual a inovação é aperfeiçoada com menor frequência. BAHRY;GABRIEL, 2010. p. Quando o perigo das estruturas obrigacionais aumenta, sobe também a demanda por dinheiro, e os consumidores endividados e instituições financeiras procuram vender ativos para pagar as dívidas. O nível de preço de demanda dos ativos (neste exemplo, as casas) diminui em relação ao seu custo de investimento inicial, e nesse momento é identificada uma crise (BAHRY e GABRIEL, 2010. p,???) (formatar) Logo, pode-se observar que o aumento da dívida em um período de boom implica em uma redução da estabilidade do sistema: Isso torna a economia financeiramente frágil e propensa a crises. foram convidadas pelo sistema financeiro a entrar na dança.

VERSIGNASSI, 2019. p. Essas pessoas de baixa renda eram consideradas consumidores de alto risco (consumidores subprime) (nota de rodapé explicando). Com o crédito barato, os consumidores aproveitaram para comprar diversos bens duráveis, e especialmente casas, elevando rapidamente o preço dos imóveis, além do seu valor intrínseco, e dando início à “bolha imobiliária”. Além disso, o preço dos imóveis estava saturado, o que resultou em uma queda na vendas, e consequentemente no preço das casas. Com isso, a possibilidade de se refinanciar vendendo o imovel não era mais possível, visto que o valor das propriedades era menor que o valor das hipotecas, isso resultou em um aumento ainda maior na inadimplência das hipotecas (DUIGNAN, 2019. p. Colocar fonte) Como resultado da inadimplência, o valor dos títulos com base nas hipotecas subprime despencou, causando perdas ao portfólio de vários bancos e empresas de investimento.

Este efeito teve repercussão nos mercados de diversos países, visto que o mercado imobiliário dos Estados Unidos atraia investimentos do mundo todo. A crise de 2008 é um excelente exemplo para se demonstrar um lado não necessariamente positivo da interdependência complexa, uma economia globalizada, no qual os tomadores de decisão sem pele em risco buscam cada vez mais atingir os objetivos de uma maneira ‘eficiente’, ao custo de tomarem cada vez mais riscos e fragilizarem o sistema ainda mais, mas falham ao enxergar o alto nível de complexidade do sistema. Talvez a economia fique cada vez mais ‘eficiente’, mas a fragilidade está fazendo com que os erros custem mais. TALEB, 2019. p. Organizar melhor esses parágrafos e formatar) 6. DA COSTA, Achyles Barcelos. O desenvolvimento econômico na visão de Joseph Schumpeter.

Cadernos IHU ideias, v. n. pp. In: Fundamentos de Epidemiologia [S. l: s. n. pp. JONES, Kennie H. pp. NICOL, Ricardo Frederico. Relação entre os tipos de inovação Schumpeterianos e os tipos de inovação da terceira edição do manual de Oslo. INPI, Rio de Janeiro, 2010. pp. pp. SCHUMPETER, Joseph A. Teoria do Desenvolvimento Econômico. Série os Economistas. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1997. pp. TIGRE, Paulo. Gestão da Inovação: A Economia da Tecnologia no Brasil. reimp. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. pp.

117 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download