Acústica-Restaurante

Análise de Restaurante segundo conversa com representante da Audium acústica. Planilha Acústica:. Curvas Isofônicas. A influência da acústica na disposição dos móveis de um restaurante e da conseqüência disso no conforto do cliente. A relação da acústica e os diferentes seguimentos dos restaurantes. Com isso, começou-se na verdade a se indagar, qual seria a forma correta de tratá-lo? Existem muitas pesquisas sobre isso, pois há no restaurante um efeito que chamamos de efeito coquetel, que seria aquele “burburinho” de estar em um empreendimento alimentício e não entender exatamente o que a pessoa do lado esta falando, mas você consegue ouvir um “blá blá” e sabe que são as pessoas conversando mas infelizmente não consegue entender exatamente o que quer dizer, então fica com um ruído ao fundo.

Neste trabalho falaremos sobre todos os aspectos acústicos que envolvem um restaurante. Análise de Restaurante segundo conversa com representante da Audium acústica. Conversa com o Arquiteto especialista acústico Felipe Paim da Audium- Áudio e Acústica situada na rua Alagoinhas, 84, Rio Vermelho em Salvador, Bahia, Brasil, com intervenções e ajustes da equipe na transcrição de gravações de áudio para o texto escrito que segue abaixo. Se colocarmos um baffle,a nuvem, teremos o mesmo material absorvendo o dobro da área, então você diminui a quantidade de material que você precisa, porque a nuvem em si vai absorver duas vezes mais, ela absorve o som que esta chegando nela, e o som que vai bater no teto, será refletido e voltará a ser absorvido pela nuvem, então isso vamos controlando.

Baseando-se nesses arquivos científicos que são publicados, cada vez que sai alguma novidade, prestamos atenção e vermos se está de acordo. Hoje nós temos duas planilhas que utilizamos para restaurante, temos essa de relação ao ruído (vide imagem 01 abaixo) e tem a de redução de nível de ruído (vide imagem 02 abaixo), que é similar ao cálculo, então nós terminamos sempre fazendo pelas duas planilhas, observa se está resultando em uma coisa coerente, comparamos também com os restaurantes que já fizemos, que nós já fomos lá, medimos e vimos que ficou bom, então vamos criando na verdade uma espécie de data base para irmos nos baseando nos projetos que já fizemos, sabemos que aquele funcionou, deu certo e nós tentamos repetir o mais próximo possível, não os mesmos tratamentos dos mesmos materiais, mais a mesma qualidade interna, porque deu certo.

Então nós aumentamos o volume, porém não ficando muito bom, nós vamos e inserimos de novo. Na verdade pegamos sempre um similar para trabalhar, aquele que tenha ficado bom, então eles servem de base, isso tudo porque ainda não existe um tempo ótimo para um restaurante, nunca foi desenvolvido isso, o que se tem é um nível de conforto, existente na NBR 1015022 para restaurantes, deve-se obter de tanto a tanto para o conforto, mais não te diz que tempo ótimo tem que ter ali, esse é um estudo mais complexo. Quanto as áreas externas destinadas para fumantes nos restaurantes, já que na parte interna dos mesmos não é permitido, existe a preocupação de incêndio, a questão da fumaça dos cigarros ou charutos, pois quanto mais poroso é o material acústico, mais fumaça ele consegue acumular ou se impregnar.

Com isso, teremos que colocar muito material absorvente para dar conta dessa demanda de pessoas, e daí surge a questão do quão importante é começar a discutir isso na fase de projeto ao invés de fazê-lo com o restaurante já pronto, pois com o restaurante pronto o contratante já terá colocada sua parede de tijolinho e quer que a parede tenha uma textura X, seu forro Y já terá um material onde ele colocou objetos, pendurou quadros, elementos decorativos, com isso as áreas que a gente poderia ter a absorção acústica irá diminuindo e com isso começa a ter que trabalhar com elementos densos, elementos que não vão fazer parte do todo ou trabalhar a absorção do próprio quadro. Existem alguns materiais acústicos que permitem serem plotados imagem nesse material, o próprio quadro decorativo de parede pode ser material absorvente.

Dessa forma o especialista acústico vai entrando no âmbito de escolha dos materiais daquele restaurante, o que não é o ideal. O ideal mesmo é trabalhar com um material que tenha um alto índice de absorção no alfa de 500 a 1000 hertz, pois não adianta pegar um material que tenha absorção alta em 2000 a 4000 hertz, pro exemplo. Tem muitos restaurantes que já vimos que coloca aquele material que parece papel machê amassado no teto, uma espécie de celulose (fibrocel), ele perece uma aplicação jatiada, aquilo infelizmente não adianta de nada acusticamente falando, pois é uma material que é uma celulose, ela só absorve basicamente acima de 2000 a 3000 hertz, ou seja, completamente fora do range da freqüência necessária para a fala e audição humana. Existe uma relação íntima a medida que uma pessoa se aproxima de você e a nossa tendência é dar um passo para trás , como se estivéssemos em uma bolha.

Um ciclo em volta de nós é a nossa relação de intimidade. Chegamos mais próximos daqueles que são mais íntimos de nós. Uma pessoa que não nos conhece e chega mais próximo, temos a tendência de dar um passo para trás. Esse exemplo descrito acontece quase da mesma maneira em um restaurante, pois quando colocamos as mesas muito próximas nos sentimos um pouco desconfortáveis. A relação da acústica e os diferentes seguimentos dos restaurantes. Se você vai a uma churrascaria ou a um “fast-food”, você geralmente não espera que vá encontrar a mesma relação de intimidade existente em um restaurante como o Soho localizado na Bahia Marina de Salvador por exemplo. Um restaurante que recebe mais famílias, crianças, tendem a ser um pouco mais barulhentos, por conta do respectivo público alvo.

O qual difere de um restaurante que recebe mais idosos, casais, marido e mulher, estes geralmente mais tranqüilos, tendem a ser mais exigentes, pois o nível de exigência dos usuários aumenta. Então não podemos tratar uma rede de fast-food da mesma maneira que tratamos um restaurante voltado para um público mais seleto. Baseado na edição equivalente ele calcula a previsão do nível de ruído de fundo existente em um restaurante sem tratamento e daí a planilha prevê que sem um material acústico absorvente o ruído de fundo desse restaurante terá cerca de 80% decibéis. com esses descibéis para um grupo de quatro pessoas o esforço vocal vai ser de X e daí observamos isso naquela planilha da Audium da relação sinal versus ruído.

Esse esforço vocal estará muito alto ou muito baixo. Então dependendo desse esforço dará para baixar mais, daí então começamos a adicionar o material absorvente. Quando adicionamos esse material absorvente, a área de absorção equivalente aumenta e o grupo permanece o mesmo, pois não estaremos mudando a quantidade de pessoas mas sim o esforço vocal que irá diminuir. ed. ANEXO 01: Artigo que serviu de base para a criação da planilha acústica da Audium. ANEXO 02: Outro artigo que serviu de base para a criação da planilha acústica da Audium. ANEXO 03:.