A UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS DE ESTRATÉGIA APLICADAS A UMA ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS EM URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO SISTEMA DE SAÚDE BRASILE

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Turismo

Documento 1

Observou-se que, a proposta de acolhimento com classificação de risco vem de encontro com a humanização, como instrumento de extrema importância para a sua execução e os profissionais percebem, embora seja um processo relativamente recente, a necessidade da aplicação dos protocolos de atendimento e triagem para organização dos sistemas de urgências do país. Para tanto, conclui-se ser imprescindível o a capacitação da equipe envolvida, principalmente enfermeiros neste contexto, e investimentos em estrutura para a realização do trabalho. Palavras chave: Gestão. Classificação de risco. Humanização. A classificação de risco não objetiva fazer diagnóstico médico, mas sim uma avaliação da gravidade dos sinais e sintomas apresentados pelo paciente. O enfermeiro tem sido o profissional indicado para avaliar e classificar a gravidade dos que procuram os serviços de emergência, assumindo importante função na regulação da demanda assistencial e na determinação da prioridade no atendimento desses pacientes (SOUZA et al, 2013, p.

A desorganização dos serviços de urgência e a falta de critério no atendimento geram a sobrecarga do trabalho, sendo que a assistência não qualificada implica em prejuízos financeiros ao sistema de saúde. Desta forma, a implantação do acolhimento com classificação visa à diminuição do risco de mortes evitáveis, extinção da triagem por funcionário não qualificado, priorização de acordo com critérios clínicos, obrigatoriedade de encaminhamento responsável do usuário, redução do tempo de espera, detecção de casos que se agravarão se o atendimento for postergado, melhoria da assistência nas emergências, redução da ansiedade e aumento da satisfação dos profissionais e usuários (SHIROMA e PIRES, 2011, p. Sob esta perspectiva, com base na literatura, buscou-se identificar os requisitos e a importância do acolhimento e classificação de riscos em urgências no sistema de saúde brasileiro, bem como o papel do enfermeiro neste processo, visto ser o profissional indicado e para realização do mesmo, levando em consideração as problemáticas, a percepção da equipe e as dificuldades do sistema.

O coletivo interdisciplinar pode ser entendido como intersubjetividade e, como tal, considerar o outro como único; 3. Tolerar: aqui não se aplica relevar, se submeter ou se resignar, mas se colocar no lugar do outro; entender e contextualizar a verdade do outro dentro da perspectiva do estilo de pensamento, o que implica também pactuar e negociar na busca de consensos; 4. Aceitação de sugestões: apresenta-se como uma possibilidade prática do exercício da tolerância. Significa permeabilizar um discurso com o discurso do outro membro da equipe e entender que as contribuições teórico-práticas de outros coletivos de pensamento constituem elementos de uma construção coletiva; 5. Respeitar as limitações: é relativa às competências específicas de cada coletivo de pensamento. Isto se reflete nos estudos científicos, onde se observa que há uma escassez de trabalhos quando se realiza a busca pelo termo “classificação de risco”, ao contrário do que se observa quando se utiliza o termo “triagem”.

De acordo com o manual de Acolhimento e Classificação de Risco nos Serviços de Urgência (2009, p, 41), a construção de um protocolo de classificação de risco a partir daqueles existentes e disponíveis nos textos bibliográficos, porém adaptado ao perfil de cada serviço e ao contexto de sua inserção na rede de saúde, é uma oportunidade de facilitação da interação entre a equipe multiprofissional e de valorização dos trabalhadores da urgência. É também importante que serviços de uma mesma região desenvolvam critérios de classificação semelhantes, buscando facilitar o mapeamento e a construção das redes locais de atendimento. De forma geral no Brasil, a classificação de risco adotada nas instituições está fundamentada em conceitos internacionais estabelecidos pelo protocolo de Manchester, a partir de 2008, conforme quadro 1.

A classificação prevê padrões para o atendimento nas emergências de modo a priorizar o atendimento de acordo com a indicação clínica, com vista a superar os problemas encontrados no modelo tradicional de organização do atendimento por ordem de chegada. o grande número de indivíduos que retornam ao pronto-socorro para consulta, 3,4% em sua pesquisa, demonstra a falta de um sistema de contra referência que integre o usuário do serviço à rede básica, possibilitando-lhe obter um acompanhamento após a ocorrência que o levou ao serviço de emergência. Então, se por um lado há uma atenção básica deficitária, por outro lado também se tem o fomento para o vínculo permanente do usuário ao pronto-socorro.

Neste contexto, uma das fragilidades com a implantação da classificação de risco é a própria estrutura do sistema de emergência. Muitos setores não se adequaram à classificação. Por exemplo, os exames que são pedidos não chegam ao laboratório com a cor para identificar o tipo de atendimento e isso dificulta a prioridade do resultado, o andamento do atendimento. A enfermagem se insere no contexto na medida em que tem sido o profissional indicado para ser o responsável por classificar o risco dos pacientes que procuram os serviços de urgência e emergência. Nos Estados Unidos a triagem é realizada por enfermeiros experientes, e lhes é dada autonomia para solicitação de exames e administração de medicamentos previamente estabelecidos em protocolos locais (DAVIS et al.

De acordo com Nascimento et al (2011, p. em seu estudo, os enfermeiros consideram o trabalho interessante e estimulante e relatam liberdade e autonomia para tomar iniciativas e decisões frente a incumbência da classificação de risco nas emergências. Identificou-se, sobre a opinião dos enfermeiros em relação a essa atividade, que 88% desses profissionais relataram estar satisfeitos com seu trabalho na triagem/classificação de risco. A educação permanente quando estimulada visa a valorização dos enfermeiros que atuam com ACR, pois proporciona maior integração entre os trabalhadores e os usuários do sistema de saúde. Envolvem a articulação entre educação e trabalho no SUS, visando à produção de mudanças nas práticas de formação e de saúde, pois permite o desenvolvimento da capacidade pedagógica de problematizar e identificar pontos sensíveis e estratégicos para a produção da integralidade e humanização (CAVEIÃO et al, 2014, p.

CLASSIFICAÇÃO DE RISCO COMO FORMA DE ACOLHIMENTO O sistema de classificação de risco na urgência surgiu da realidade mundial vivenciada pelos serviços de urgência. Surge como tentativa de minimizar o problema da superlotação e permitir cuidados mediatos aos pacientes mais graves. Este sistema de classificação foi introduzido para tentar minimizar os problemas gerados pela precária avaliação primária dos pacientes. Para Cordeiro (2009, p. o protocolo de classificação de risco, seja qual for, não é uma panaceia para os problemas de urgência, mas é um instrumento de gestão muito potente, assim como é uma linguagem que reduz significativamente a variabilidade numa rede complexa, como a rede de urgência. No entanto, faz-se necessário a formação dos executantes, pois o protocolo segue fluxogramas bem definidos e não inventados pela cabeça do executante, tornando possível a auditoria de forma estruturada.

Em relato de experiência feito por Souza e Bastos (2008, p. o acolhimento com classificação de risco operacionalizou mudanças no cenário onde imperava a lógica da exclusão, associada à percepção negativa e cheia de desconfianças por parte dos usuários. As buscas foram realizadas nas bases eletrônicas SCIELO (Scientific Electronic Library Online) e LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), utilizando os descritores no DeCs descritores “Classificação de risco”, “Triagem”, “Acolhimento”, “Humanização”, “Enfermeiro”, “Urgência” e “Emergência”, aonde foram combinadas entre si, de maneira que as palavras Urgência e Emergência estivessem sempre entre os outros descritores. Os operadores lógicos and, or, not foram usados para combinar os descritores e termos utilizados na busca dos artigos.

A seleção dos estudos foi realizada conforme as seguintes etapas: • Leitura dos títulos dos artigos. • Leitura dos resumos. • Leitura na íntegra dos artigos selecionados a partir dos resumos. Rev. Gaúcha Enferm. Porto Alegre , v. n. p. Triagem em serviços de saúde: percepções dos usuários. Revista de Enfermagem UERJ, Rio de Janeiro, v. n. p. BARBOSA, MA. bras. enferm. Brasília , v. n. p. CAVALCANTE, R. B. et al. Acolhimento com classificação de risco: proposta de humanização nos serviços de urgência. R. Revista de Administração Hospitalar e Inovação em Saúde. Pampulha, v. n. p. jan/jun 2009. MACKWAY-JONES K, MARSDEN J, WINDLE J. Emergency triage: Manchester triage group. Massachussets: blackwell publishing, 2006. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Urgências.

Classificação de risco na emergência: avaliação da equipe de enfermagem. Revista de enfermagem, v. n. p. NASCIMENTO, Eliane Regina Pereira et al. ufg. br/revista/v13/n4/v13n4a02. htm. Acessado em 22 de Março de 2018 ás 17h e 30min. NETO, A. jul-set 2011. SHIROMA, Lícia Mara Brito; PIRES, Denise Elvira. Classificação de risco em emergência: um desafio para as/os enfermeiras/os. Enfermagem em Foco, Brasília, v. n. Dec. SOUZA, Cristiane Chaves de et al. Principais queixas de pacientes de urgência segundo o protocolo de Classificação de risco de Manchester. Rev. de enferm. n. p. out. dez. ZANELLATTO, DM; DAL PAI, D. Fundamentos de metodologia científica. ed. São Paulo : Atlas 2003. COOPER, H. SPENCER-DAWE, E. ste. dez/ 2005.

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