A matemática que dança
Tipo de documento:TCC
Área de estudo:Matemática
O objetivo geral é pesquisar a relação entre matemática e dança, com vistas a entender a matemática que envolve os movimentos corporais utilizados na dança. Os objetivos específicos são contextualizar o ensino da matemática; mostrar os desafios no ensino-aprendizagem de matemática; definir a interdisciplinaridade entre matemática e dança; mostrar como o lúdico pode favorecer a aprendizagem de matemática e como a dança pode proporcionar a ludicidade e identificar como a matemática pode dançar. Levando em conta essas considerações iniciais, essa pesquisa se organiza em uma metodologia da pesquisa que possui o caráter bibliográfico, fundamentando-se por autores que abordam o assunto. Palavras-chave: Dança. Interdisciplinaridade. A pesquisa é relevante porque o ensino-aprendizagem de matemática tem sido um desafio tanto para quem ensina, quanto para quem aprende.
Quem ensina vem buscando formas de ajudar os estudantes a aprenderem, pois muitos deles possuem muitas dificuldades em aprender essa disciplina, considerando-a uma disciplina muito difícil. Frequentemente, o estudo da matemática tem sido um dos grandes problemas de aprendizagem no Ensino Básico. Devido à extensão desses problemas, as teorias acerca das dificuldades de aprendizagem não têm dado conta de resolvê-los para facilitar o trabalho do professor no tocante à aprendizagem do estudante. É interessante que o ensino da matemática nessa etapa da escolarização possa exercitá-lo no sentido de realizar operações de rotina, mas pode ir muito além, despertando nele o prazer de descobrir por si, como resolver os problemas matemáticos e porque essa disciplina é importante na vida das pessoas. Para Itacarambi e Berton1, a matemática é uma das atividades de resolução de problemas muito importantes para a humanidade, mas que na aprendizagem em geral constitui-se uma das maiores dificuldades do estudante, podendo resultar em fracasso escolar e os problemas geométricos se incluem nessa observação.
Entretanto, um dos problemas que sempre existiu e ainda permanece nas escolas é a ideia distorcida de que a matemática é um muito difícil, provocando no estudante uma indisposição para aprender, criando para si um medo e um quase pavor pela matemática. Esse medo pode provocar também, no indivíduo, um complexo de incapacidade mental, que, quando reforçado por uma metodologia inadequada, o estudante se sente rejeitado, podendo até se evadir da escola. Segundo2,a educação matemática precisa fazer com que o estudante se sinta parte dela. Dessa forma, cabe ao professor pode mostrar-lhe que ele pode fazer parte do próprio processo de construção dos conhecimentos matemáticos, mostrando-lhe que vários profissionais fazem uso delas em seu trabalho, o cientista, o artesão, o professor, o artista, o bailarino e seus pais, quando desenvolvem suas atividades.
Ao articular os aspectos sensíveis, epistemológicos e formais do movimento dançado ao seu próprio contexto, os alunos problematizam e transformam percepções acerca do corpo e da dança, por meio de arranjos que permitem novas visões de si e do mundo. Desse modo, segundo esse documento, os estudantes têm a oportunidade de repensar dualidades e binômios referentes ao corpo e a mente, o popular e o erudito, a teoria e a prática, que favorecem um conjunto de diversidade e dinâmico por meio de práticas apropriadas para cumprir essas ideias que podem resultar em práticas pedagógicas significativas. Desse modo, o currículo de arte deve se unir ao de matemática em uma integração interdisciplinar que possibilite contato reflexivo a respeito das formas estéticas associadas às artes cênicas (dança) e a matemática.
Interdisciplinaridade entre Matemática e Dança A interdisciplinaridade é uma interação entre duas ou mais disciplinas, podendo ser uma simples comunicação de ideias que passam por uma integração recíproca de conceitos fundamentais e da teoria do conhecimento, ultrapassando todos os elementos do conhecimento. Essa interação é marcada por um movimento ininterrupto e, desse modo, cria e recria pontos para discussão. Estamos, sim, falando do estado interno do sujeito que vivencia a experiência lúdica. Mesmo quando o sujeito está vivenciando essa experiência com outros, a ludicidade é interna [. Trabalhar com a dimensão lúdica é proporcionar espaços para que os estudantes expressem seus desejos e sentimentos relacionados a uma aprendizagem com um significado ainda maior do que o que está posto. Para7, a brincadeira deveria ser atrelada ao processo de aprendizagem, pois brincadeiras e ludicidade na escola possibilitam desenvolver uma aprendizagem agradável para os estudantes que sentem prazer e alegria em participar e simultaneamente desenvolver as potencialidades humanas em seus aspectos cognitivo, afetivo e motor.
A matemática precisa ser vista fora de seu aspecto formal que funciona como se ela fosse um conhecimento pronto e acabado. MATEMÁTICA E DANÇA Há um dialogismo entre os movimentos dançados e a matemática, principalmente no tocante ao que pode ser visualizado, o perímetro, a área, a geometria, as medidas do espaço e da arte visual. A matemática codificada através dos movimentos da dança é um tema inquietante, pois a visualização de conteúdos matemáticos nos deslocamentos que o corpo executa sempre ocorre desde o momento inicial do movimento até a posição estática. Os movimentos são considerados codificados matematicamente a partir do momento em que se observa ligação do corpo com a geometria se caracteriza como um dos principais elementos presentes na criação de coreografias, não significando somente uma sequência aleatória de movimentos, mas identificando qual a matemática que está implícita neles.
A dança pode ser um recurso muito importante ferramenta de socialização, podendo auxiliar o ensino-aprendizagem de diversas disciplinas, inclusive a matemática por possuir uma relação íntima com os movimentos que exigem o uso de espaços para os passos coreográficos, calcular o tempo da música e dividir o tempo da música que vai ser dançada, o que implica em realizar a divisão em frações de tempo e espaço do palco para configurar a posição dos dançarinos. Em outras palavras, uma aula de matemática com dança permite a aprendizagem de fração. Essas considerações mostram que o ensino de matemática pode partir da realidade concreta que pode ser adaptada a situações de vivência dos estudantes, a uma dinâmica que utilize o concreto, ambientando os estudantes em um ambiente lúdico que possibilitem uma aprendizagem significativa e prazerosa, revelando seus aspectos cognitivos, afetivos, sociais e físicos.
Nessa perspectiva, lidar com os números os estudantes se sintam motivados a aprender os conteúdos matemáticos, por sentirem que fazem parte do seu dia-a-dia. A matemática e a arte, e os matemáticos e os artistas, vêm se misturando nas mais diversificadas experiências ao longo da história da humanidade. Seus territórios se penetram mais do que geralmente costumamos supor e palavras como topologia, caos, proporção, simetria, espaço, fração, número, geometria, algoritmo, fluxo, continuidade, entre tantas outras, produzem descobertas, unem horizontes de afinidade e abrem novas possibilidades de criação, tanto para a arte quanto para a ciência11. Ao se observar a arte de dançar, pode-se perceber que há uma relação entre essa arte e a matemática, há muitos exemplos dessa aproximação.
De acordo com15, tanto a dança quanto a matemática possuem os referenciais de espaço e lógica, como por exemplo, para compreender os blocos musicais de 32 tempos, o estudante precisa saber múltiplos de 8 para ser coerente com seu trabalho coreográfico, “da mesma forma que se a relação corpo-espaço for uma questão dominada na dança o aluno poderá compreender melhor a geometria”. Assim, espera-se que os estudantes entendam essa relação na prática, favorecendo o desempenho nessa interdisciplinaridade. Por meio da dança, o professor pode pedir aos estudantes que criem coreografias, que façam uma dança desenhando as figuras geométricas. Ao realizar o projeto de coreografia, eles podem medir ângulos, fracionar os espaços, trabalhar medidas de área e perímetro entre outras situações de posição.
Ainda podem fazer uma dança utilizando barbantes ou elásticos, braços e pernas para desenhar dançando, as figuras geométricas com a dança apresentada IV Oficina de Matemática da Escola Estadual Olímpia de Brito, cujo tema foi Jogos matemáticos. No tocante à inteligência matemática17 afirma que a inteligência uma das capacidades lógico-matemática envolve a a geometria nos espaços percorridos. Por isso, a dança coreográfica pode despertar o interesse do estudante em aprofundar os conhecimentos geométricos, uma vez que por seu caráter lúdico, a dança pode tornar a aprendizagem de matemática prazerosa. Já a inteligência espacial está associada à criatividade e ao plano espacial, de sólidos geométricos que se faz presente na arquitetura e em outros espaços presentes na sociedade, servindo de orientação espacial da pessoa em seus limites.
Nessa perspectiva, pode-se incluir a dança que além de se manifestar espacialmente, ocorre dentro de um espaço geométrico. Razão pela qual a matemática pode se envolver com a dança. Esses blocos da geometria estimulam a observação e percepção de semelhanças e diferenças, identificando as regularidades que associam a matemática a outras áreas do conhecimento, permitindo a exploração dos objetos do mundo físico e cultural, tais como arte, dança, pinturas, desenhos, esculturas, artesanato entre outros. A geometria possui uma relevância social, é prático e útil por permitir melhor compreensão dos conceitos métricos relacionados aos espaços e às formas. A autora lembra que as frações também podem ser ensinadas na aula de dança para que os estudantes aprendam de forma lúdica.
Isso pode ser feito no momento de organizar os grupos de dança. Por exemplo, em um grupo de 12 participantes, o professor pode fazer a divisão para atender à configuração coreográfica, assim,19 sugere trabalhar com 1/12, 1/6, 1/4, 1/3, 5/12, 1/2, 7/12, 2/3, 3/4, 5/6, 11/12 e 1/1; que podem explicar situações do tipo dividir o grupo em 2 o 3 subgrupos ou ainda se o professor não conseguiu os 12 estudantes, ele pode perguntar aos estudantes quanto em fração falta para completar os 12, que no caso é o inteiro. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este artigo discorreu a interdisciplinaridade entre matemática e dança, mostrando que a matemática e a dança podem se unir para proporcionar um ensino de matemática prazeroso e significativo, utilizando a pesquisa bibliográfica, embasada em autores importantes que abordam o assunto. O estudo realizado respondeu à pergunta inicial que indagava se existe uma matemática que dança, visto que os estudos evidenciaram que a matemática dança, pois a dança exige conhecimentos matemáticos para calcular o espaço onde os corpos em movimento devem passar, onde ocorre a coreografia.
Além disso, o objetivo geral se cumpriu, uma vez que a pesquisa mostrou que há uma estreita relação entre matemática e dança, envolvendo matemática que os movimentos corporais. Também houve cumprimento dos objetivos específicos propostos porque evidenciou-se que existem dificuldades de ensino-aprendizagem da disciplina matemática, definiu que a interdisciplinaridade como sendo a interação entre áreas do conhecimento, mostrou que o lúdico pode favorecer o ensino da matemática, e como a dança é lúdica, ela favorece. Portanto, estes objetivos identificaram que a matemática dança por meio da geometria que garante o espaço, assessorados por outros conhecimentos matemáticos. Textos para estudo. Gestar – MEC; 2003. Brasil. Base nacional comum curricular: educação infantil e ensino fundamental. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica; 2017.
Coletânea Educação e Ludicidade – Ensaios 02]. Forno MRG. Práticas pedagógicas para a educação em tempo integral. ed. Curitiba: IESDE BRASIL; 2016. mai. jun. Spanghero M. Dançando números, formas e padrões. In: Revista científica/FAP, Curitiba, v. In: Livro de atas: Conferência internacional, Faculdade de Motricidade Humana; 2012. pp. Leandro CR, Monteiro E, Melo F. Dança como expressão artística na escola: Sessões de dança no âmbito interdisciplinar no 1. º CEB. Três Corações; 2012. Disponível em: https://www. youtube. com/watch?v=4 UnmAg4qmvU Acesso em 30 de mar. Gardner H. Três questões para a formação do professor dos ciclos iniciais. ed. Belo Horizonte: Autêntica; 2009. Watson A. Entrevista concedida pela pesquisadora do Departamento de Educação da Universidade de Oxford (Inglaterra).
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