A INSTRUMENTAÇÃO DO ENSINO DA MATEMÁTICA PARA ALUNOS CEGOS NO ENSINO FUNDAMENTAL UTILIZANDO O TANGRAM, GEOPLANO E O ÁBACO

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Matemática

Documento 1

Leandro. Data: ??/??/2020 Resultado: ______ Banca Examinadora Professor Mest. Leandro. – Orientador\UFPA Assinatura ________________________________ Professor XXXXXXXXXXXXXXXXXXX – Examinador Interno\UFPA Assinatura ________________________________ Professor XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX – Examinador Interno\UFPA Assinatura ________________________________ LISTA DE ILUSTRAÇÕES Imagem 1: Figuras poligonais e figuras não poligonais 15 Imagem 2: Formas poligonais regulares e irregulares 16 Imagem 3: Quebra-cabeça Tangem montado 16 Imagem 4: Quadrado do quebra cabeça Tangram 17 Imagem 5: Triângulos do quebra cabeça Tangram 12 Imagem 6: Trapézio do quebra cabeça Tangram 13 Imagem 7: Resposta ao exercício de área referente aos triângulos menores 17 Imagem 8: Desenho para introdução ao cálculo de área com o Geoplano 19 Imagem 9: Conta de multiplicação no ábaco para cálculo da área do quadrado 20 Imagem 10: Conta de multiplicação no ábaco para cálculo da área do paralelogramo 20 Imagem 11: Soma das áreas do paralelogramo e do quadrado 21 Imagem 12: Atividade de fixação para cálculo de área 21 Imagem 13: Desafio do paralelogramo no Tangram 22 Imagem 14: Atividade da área dos triângulos 22 Imagem 15: Exercícios de revisão sobre cálculo de área 23 Imagem 16: Figuras para análise de perímetro 24 Imagem 17: Exercícios de revisão sobre cálculo de perímetro 25 Imagem 18: Figuras geométricas com seus respectivos ângulos 26 RESUMO O Ensino da matemática para alunos cegos do Ensino Fundamental através da instrumentação contribui positivamente para o processo de ensino aprendizagem, proporcionando melhor qualidade de compreensão, substituindo o modelo tradicional por outro possivelmente mais dinâmico e eficaz.

Deste modo, a pesquisa teve como problemática a preparação de um roteiro de aprendizagem utilizando a instrumentação da matemática através do Tangram, Geoplano e o Ábaco de forma que o aluno com necessidades especiais visual se sinta inserido de forma homogênea em sua sala de aula regular. Introdução ao Conteúdo 13 2. Trabalhando com o Cálculo de Área 17 2. Perímetro e Ângulos 22 3 PROCEDIMENTOS TEÓRICO-METODÓGICOS DA PESQUISA 26 3. Tipo de Pesquisa 26 3. Quanto à Coleta de Dados 27 4 RESULTADOS \ ACHADOS DA PESQUISA 28 CONSIDERAÇÕES FINAIS 30 REFERÊNCIAS 32 1 INTRODUÇÃO Com o passar dos anos surgem cada vez mais descobertas, técnicas e métodos de ensino. Na segunda seção, discute-se, de forma teórica sobre as novas metodologias que estão sendo aplicadas ao conteúdo de matemática, onde visam uma forma mais lúdica, atraente, realista e simples de se trabalhar o mesmo.

Assim como a relação da matemática com este meio da educação especial onde se discute o ensino de um conteúdo complexo de forma harmônico com que o aluno especial não se sinta “atrasado” em relação ao que o restante dos colegas estuda. E por fim, nesta seção, se tem meios de trabalhar o conteúdo de geometria com o auxílio do Tengram, Geoplano e ábaco perante toda a turma de alunos. A terceira seção refere-se ao estudo do método de pesquisa, onde é realizada de forma bibliográfica, qualitativa, adotado para a definição das técnicas de processos de análise. Na quarta seção, analisa-se que para obter um sucesso em sala de aula, unindo o conteúdo e a forma de ensinar de maneira que alcance a todos os estudantes homogeneamente, sem diferenciar alunos por suas necessidades, é preciso salientar um roteiro de ensino diversificado, onde possa ser estudado por todos de forma igual.

A matemática é vista por muitos como sendo difícil, logo quando se pensa nesta disciplina, vem à mente números, cálculos e fórmulas. Muitos profissionais da área, acabam por criar uma rotina de estudos onde se tem uma breve explicação, fórmulas e exercícios; já os alunos, por sua vez, passam a aula toda realizando estas contas de forma automática, “aplicação da fórmula”. Porém, este passo seria somente uma pequena porcentagem do que a matemática nos fornece. Algumas das tendências metodológicas como a Modelagem Matemática, Etnomatemática, história da matemática, Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), aplicação de jogos e Investigação estão sendo expandidas e dialogadas cada vez mais pelos educadores e representantes da área, sendo vistas como uma possibilidade para construção de uma aula diferente, inovadora e instigante para os alunos.

Segundo Bassanezi “a Modelagem Matemática consiste na arte de transformar problemas da realidade em problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas soluções na linguagem do mundo real” (2012). Uma delas é a socialização e a inserção das crianças e dos jovens na sociedade, fazendo estes serem seres pensantes e capazes de fazer as mudanças acontecer. D’Ambrósio define a educação “como uma estratégia da sociedade para facilitar que cada indivíduo atinja o seu potencial e para estimular cada indivíduo a colaborar com outros em ações comuns na busca do bem comum” (1932, p. Assim, para um estudante com deficiência visual, deve ser empenhado o mesmo esforço para aprendizagem que colocasse nos demais alunos. As novas tendências metodológicas é uma forma inovadora para trabalhar a matemática em sala de aula e até mesmo fora dela.

Com uma formação adequada, tempo para o preparo e a colaboração da comunidade escolar, esta deve auxiliar nas aulas de forma vantajosa para o aprendizado de todos os alunos e até mesmo do professor. Cada aluno tem sua particularidade, alunos ditos “normais”, também aprendem de forma particular, assim como os alunos “especiais”. Desta forma, se faz necessário identificar e explorar a particularidade de cada aluno da turma. Um bom professor, não ensina somente de uma forma. Por exemplo, para alunos com dificuldades na visão, explora-se o tato, alunos inquietos, atividades práticas, alunos com deficiência auditiva, a visão; alunos tímidos, a atividade em grupo; deste modo, cabe ao docente, perceber e pensar em técnicas para alcançar o aprendizado e o interesse de todos seus alunos.

A Aprendizagem com o Auxílio do Tangram, Geoplano e Ábaco Em uma sala de aula, quando se depara com uma turma de adolescentes por exemplo, alunos de sétimos anos, deve-se levar em conta não somente os objetivos de “vencer” o conteúdo estudado, mas sim que estão em um estágio da vida onde precisam de uma atenção especial. E o Estágio da Adolescência, que seria a faixa etária dos alunos do 7º ano, predomínio afetivo. Impõe os contornos da personalidade. Se volta para as questões pessoais, morais e da existência, igualdade de direitos, justiça e respeito mútuo (WALLOW, 2005). Com tudo, é necessário um ambiente de inclusão, onde pode-se pensar em atividades não somente para o aluno com deficiência visual trabalhar, mas sim, uma atividade para a turma toda onde o aluno possa realizar e se sentir igual.

O conteúdo estudado nesta classe, é sobre os polígonos, suas características, área e perímetro e ângulos. Imagem 3: Quebra-cabeça Tangem montado. Fonte: Desenvolvido pelo autor, 2020. Em seguida, após o período onde a atividade é concluída, as respostas são debatidas com a turma: Imagem 4: Quadrado do quebra cabeça Tangram: Fonte: Desenvolvido pelo autor, 2020. Esta figura, pode ser chamada de vários nomes: quadrado, pois tem quatro lados iguais; quadrilátero, pois tem quatro lados; retângulo, pois é formado por ângulos retos; e ao virarmos 45º pode representar um losango. Assim conclui-se, tem quatro ângulos, quatro ângulos e seus ângulos são retos, 90°. Fonte: Desenvolvido pelo autor, 2020. Desta forma, sabendo que a área do quadrado é o mesmo que dois triângulos menores, pode-se descobrir que a área das demais figuras do quebra-cabeça Tangram: o paralelogramo e o triângulo médio têm área equivalente a um quadrado, o triângulo maior, tem área igual a dois quadrados e o triângulo menor, meio quadrado.

Trabalhando com o Cálculo de Área Com o conceito de área e as propriedades das figuras já estudadas como forma de introdução ao conteúdo, o próximo passo é o entendimento e compreensão da área de cada figura. Inicialmente, é perguntado a turma, com a ajuda do Geoplano, como fariam para calcular a área da seguinte figura, demonstrada abaixo. Assim, utilizando como unidade de medida a distância entre um prego ao outro é lançado o desafio a turma, contendo três minutos para cada estudante chegar a uma conclusão. Após o resultado da área das duas figuras, pode-se calcular a área total do desenho, sendo 32 + 9 igual a 41: Imagem 11: Soma das áreas do paralelogramo e do quadrado. Fonte: Desenvolvido pelo autor, 2020. Desta forma, como exercícios de fixação é fornecido com o Geoplano, atividades para cálculo de suas respectivas áreas conforme a imagem abaixo, sendo ruas respostas 6x3=18, 4x6=24 e 3x9=27.

Assim, também é realizado desafios como montagem de um quadrado com área 25, um retângulo com área 30 e um polígono com área 11: Imagem 12: Atividade de fixação para cálculo de área. Fonte: Desenvolvido pelo autor, 2020. Imagem 15: Exercícios de revisão sobre cálculo de área. Fonte: Desenvolvido pelo autor, 2020. Com o cálculo das áreas já dominado pelos alunos, o segundo passo é a aprendizagem da soma dos perímetros, ângulos e compreensão das retas das formas geométricas. Perímetro e Ângulos Primeiramente é questionado a turma o que é perímetro e para que utiliza este cálculo. Com isso, é fornecido quatro figuras no Geoplano para sua análise, um quadrado, um retângulo e dois polígonos irregular qualquer. Fonte: Desenvolvido pelo autor, 2020. Já estudado o significado e os cálculos de áreas e perímetro, o conteúdo de ângulos pode ser de fácil interpretação.

Neste quarto momento, primeiramente é perguntado a turma quem sabe ou já ouviu falar quantos graus tem uma circunferência, com a resposta de 360º, se inicia os estudos dos ângulos. Comparando os ângulos de uma circunferência e de um quadrado, ou quadrilátero, pode se dizer que são semelhantes, ambos têm 360º. Assim, como já visto, o triângulo é a metade de um retângulo, logo, a soma de seus ângulos são a metade da soma dos ângulos de um retângulo, 180°. Após, a relação da matemática com este meio da educação especial onde se discute o ensino de um conteúdo complexo de forma harmônico para que o aluno especial não se sinta “atrasado” em relação ao que o restante dos colegas estuda.

E por fim, se tem os meios de trabalhar o conteúdo de geometria, introdução, área, perímetro e ângulos, com o auxílio do Tengram, Geoplano e ábaco perante uma turma de alunos que envolva um de seus alunos com uma deficiência visual. Tipo de Pesquisa Esta pesquisa é de caráter bibliográfica, qualitativa, pois seu objeto será compreender e descrever o fenômeno pesquisado. Este objetivo é exploratório já que foca em um novo ângulo de olhar e explorar o assunto, levantando informações e bases para investigações futuras, com a utilização do método indutivo, que segundo Diniz: Esse método prevê que pela indução experimental o pesquisador pode chegar a uma lei geral por meio da observação de certos casos particulares sobre o objeto (fenômeno/fato) observado.

Nesse sentido, o pesquisador sai das constatações particulares sobre os fenômenos observados até as leis e teorias gerais. Assim como, há várias formas diferentes de se trabalhar em sala de aula com um mesmo conteúdo, portanto, observando com antecedência o perfil dos alunos da turma e desenvolver um planejamento onde possa trabalhar com todos de forma concomitante tende a expor menos as diferenças entre eles, de forma que os estudantes mesmo se ajudem na resolução dos exercícios. Uma rotina de estudos onde se tem uma breve explicação, fórmulas e exercícios; não leva ao aluno a despertar o interesse pelos estudos e o estudante que porta uma deficiência visual tem mais dificuldade em compreender o que é estudado, assim se excluindo dos demais.

A instrumentação nas aulas de matemática, são vistas como uma possibilidade para construção de uma aula diferente, inovadora e instigante para os alunos, de mesmo modo que leva em consideração as necessidades táteis do aluno deficiente visual. Quando se trata de um aluno com deficiência visual que se encontra inserido em uma turma de sétimo ano do ensino fundamental, deve ser avaliado se os professores passados investiram de mesmo modo na aprendizagem do mesmo, como na utilização do ábaco. O ábaco é utilizado para contas de adição, subtração, multiplicação e divisão. Com o olhar de um professor perante a turma, se dá a necessidade de investir em aulas menos tradicionais, onde o foco é a diversidade dos alunos sendo eles com necessidades especiais ou não.

Um professor não pode ministrar uma aula focando em um público homogêneo, em uma turma de alunos ágeis e quietos, de mesma forma que em uma turma de alunos agitados, ou o mesmo planejamento para uma turma onde tem alunos deficientes visuais como para com alunos deficientes auditivos, ou intelectual. A atividade deve ser a mesma que o conjunto, porém em ambientes diferentes é preciso satisfazer o público ali presente. CONSIDERAÇÕES FINAIS Através da atividade proposta para o estudo do conteúdo de geometria, utilizando os instrumentos do Tangram, Geoplano e Ábaco, ao mesmo tempo em que se baseia em uma maneira de ensinar inclusiva, onde um aluno com deficiência visual inserido em uma turma possa acompanhar a aula de forma igual aos seus colegas, pode-se perceber as vantagens de se ter uma aula expositiva, dialogada e de interpretação.

Desenvolver um roteiro pedagógico instrumental, com o auxílio do Tangram, Geoplano e o Ábaco, para o estudo do conteúdo de geometria do sétimo ano do ensino médio, é sim uma estratégia onde o estudante com deficiência visual se sinta incluso e igual aos demais estudantes de sua turma. BRASIL. Parecer CNE/CEB Nº 13/2009. Diretrizes Operacionais para Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 24 set. Disponível em http://portal. p. CONCEIÇÃO, Cássia Cristina. A matemática no ensino fundamental com alunos portadores de deficiência intelectual: ênfase em jogos. Universidade Federal de São João Del Rei. São João Del Rei, 2016. br/~proposicoes/textos/10-artigos-d%5C'ambrosiobs.

pdf>. Acesso em: 4 fev. DINIZ, C. R. Acesso em: 11 fev. FRIAS, Elzabel Maria Alberton. Inclusão escolar do aluno com necessidades educacionais especiais: contribuições ao professor do ensino regular. Faculdade Estadual de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí. Paranavaí, 2008. Lisboa: Edição 70, 2005.

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