A INFLUÊNCIA DA ARQUITETURA NA APRENDIZAGEM INFANTIL
Tipo de documento:Artigo cientifíco
Área de estudo:Arquitetura e urbanismo
Outro método utilizado foi a pesquisa de campo realizada na Escola Municipal José Pedro Novaes Rosas, em Carambeí, onde foi possível analisar seus espaços e funcionalidade. Com o resultado obtido, mostra-se evidente o reflexo gerado pela arquitetura escolar nos alunos, quando adotado princípios pedagógicos pertinentes. Palavras-chave: Arquitetura; Escola; Ensino infantil; Carambeí; Educação. Abstract: The present work focuses on developing an architectural project of a private elementary school in the city of Carambeí (PR), creating spaces that encourage student creativity and human, physical, psychological, intellectual and social development. For its development, qualitative bibliographical researches were carried out in order to prove the influence of architecture in children's education with authors that guide this theme. Segundo dados da Agência Brasil (2016), a Educação Infantil é a primeira fase da educação básica nacional e comtempla desde a creche até a pré-escola para crianças com idade de 0 a 5 anos.
Esta faixa etária foi estabelecida pela Emenda Constitucional 533 (2006). O Ministério da Educação (2017) assegura uma educação infantil de qualidade no Brasil, versada por lei sobre o direito das crianças. Outrossim, o Ministério da Educação (2017), garante que durante todo este trajeto é de fundamental importância que a criança receba a formação comum indispensável no exercício da cidadania, como versa a Lei n. a qual estabelece diretrizes e bases para educação no Brasil. JUSTIFICATIVA A criação dessa pesquisa e estrutura arquitetônica faz-se necessária uma vez que a cidade de Carambeí possui apenas edificações escolares tradicionais, assim como na maioria das cidades brasileiras. A ação de refletir sobre o processo construtivo da escola, bem como a separação de seus espaços contribui para o melhoramento do ambiente escolar, uma vez que isto poderá influenciar no aprendizado.
Conforme Carvalho (2008) existe uma grande influência entre a interação do indivíduo com o meio sobre o desenvolvimento mental da criança. É necessário um ambiente estimulador que favoreça esse desenvolvimento e, portanto, a sua aprendizagem futura. A pré-escola tem a finalidade de oferecer um ambiente rico em estímulos e permitir que a criança o explore à vontade e exercite sua capacidade de assimilação e acomodação (CARVALHO, 2008, p. Os edifícios em questão, otimizaram a arquitetura escolar do ensino infantil com métodos construtivos bastante comuns utilizados em construções convencionais como o concreto armado e vidro. Para análise dos projetos foram consultados websites. Estes conteúdos contribuíram para melhor identificação de ambientes, a distribuição das salas, a importância da iluminação zenital e ventilação cruzada nos espaços onde há maior permanência dos alunos, como também ficou evidente a importância do ambiente lúdico para a formação e desenvolvimento das crianças conforme os sistemas construtivos utilizados.
DESENVOLVIMENTO Para Bormio (2018) o que não pode faltar em um edifício escolar são elementos e espaços arquitetônicos sejam disponibilizados de forma aprazível a todos os usuários, pois é nesta fase que estamos construindo não somente nosso conhecimento intelectual, como também, o de socialização com outras pessoas que não fazem parte da nossa família, além da nossa necessidade direta de estímulos. A estrutura da escola seguirá os mesmos aspectos da Escola Infantil Montessori, considerando suas características arquitetônicas um bom exemplo. ANANIAS, 2018). Como resultado dos princípios empregados na arquitetura da Escola Infantil Montessori, principalmente nos ambientes internos do edifício, nota se a preocupação de despertar a aprendizagem múltipla das crianças, valorizando suas percepções sensoriais a partir da disposição dos ambientes e dos elementos disponíveis em seus espaços.
Abaixo na Figura 1, observa se um corte demonstrativo do edifício, onde destaca-se o uso das aberturas zenitais, na sala de aula e na brinquedoteca, setores de grande permanência das crianças, a fim de otimizar a iluminação interna dos ambientes. Figura 1: Corte demonstrativo. Fonte: Meius Arquitetura. archdaily. com. br/br/900876/escola-infantil-montessori-meius-arquitetura-plus-raquel-cheib-arquitetura>. A proporção desta harmonia está na preocupação de formar um ambiente primeiramente lúdico e interessante para as crianças, por este motivo optou-se por trabalhar as cores do mobiliário, a marcenaria e os revestimentos com uma paleta mais neutra. CAMATA; ROCHA, 2018). O terreno é desprovido de vegetação alta no seu entorno, havendo a necessidade de um projeto de arborização para atender a proposta do estudo. Pretende-se valorizar a esquina do terreno com a criação de um ambiente em forma de praça, próximo ao estacionamento, onde também ficará o acesso para a administração da escola.
Na Rua Projetada, será disponibilizado o estacionamento para visitantes e pais de alunos. Por se tratar de uma localidade onde se encontram fortes traços da arquitetura holandesas, tanto nas residências como também no comércio. A proposta para a arquitetura escolar neste primeiro momento volta-se principalmente ao seu entorno com a preocupação de inserir este edifício na forma com que ele não se sobressaia entre as construções já existentes, ao contrário, que ele possa agregar valor arquitetônico na região, como se a escola representa-se um grande parque para as crianças. O desenvolvimento da planta baixa como estudo preliminar para concepção do projeto arquitetônico pode ser observada na Figura 4. Figura 4: Planta Baixa Fonte: Acervo pessoal, 2018. Nesse sentido a proposta da volumetria para este trabalho será a criação de uma escola particular de ensino infantil que atenda as necessidades anteriormente levantadas com a inserção de elementos a serem incorporados no projeto arquitetônico.
Haverá neste projeto uma comunicação dos pátios e áreas comuns com o restante do edifício aproveitando da melhor maneira os recursos naturais disponíveis. Figura 5: Volumetria. REFERÊNCIAS AGÊNCIA BRASIL. Estatuto da criança atualiza idade para educação infantil. Disponível em: <http://agenciabrasil. ebc. com. Acesso em 14 jun. BORMIO, Mariana Falcão. Atelier de projeto de arquitetura IV: Projeto arquitetônico de escola de ensino infantil. v. Curso de Arquitetura, Unopar, Londrina, 2018. CÂMARA MUNICIPAL DE CARAMBEÍ. História de Carambeí. Disponível em: <http://www. carambei. pr. CARVALHO, Telma Cristina Pichioli de. Arquitetura escolar inclusiva: construindo espaços para educação infantil. Tese (Pós-Graduação) – Universidade de São Paulo, 32p. Emenda Constitucional N. º 53, de 19 de dezembro de 2006. São Paulo: Atlas, 2010. INSTITUTO STRELKA. Programa de Educação.
Disponível em: < https://strelka. com/en/education/people/jezi-stankevic>. Lei N. de 20 de dezembro de 1996. Disponível em: <http://www. planalto. gov. Acessado em: 19 de set. MELATTI, Sheila Pérsia do Prado Cardoso. A arquitetura escolar e a prática pedagógica. Tese (Mestrado) – Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC, 2004.
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