A IMPORTÂNCIA DO DESIGN DE INTERIORES PARA CRIANÇAS

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Arquitetura e urbanismo

Documento 1

Doravante essa coleta de informações, logramos os subsídios necessários e pertinentes para a construção deste artigo e, como resultado, teremos êxito em divulgar as contribuições que o Design de Interiores proporciona para as crianças. Palavras-chave: Design de Interiores. Crianças. Cores. Decoração. INTRODUÇÃO Desde os tempos mais remotos, os seres humanos necessitam de ambientes construídos para garantirem sua sobrevivência e qualidade de vida, sendo esses espaços, a própria residência, bem como escolas, hospitais, comércios e empresas. O espaço físico incide em um componente relevante no que concerne ao desenvolvimento e ao aprendizado das crianças, sendo imprescindível sua mais perfeita organização com o propósito de acolher e agradar os pequenos. Consoante ao editor da CASACOR, Alex Alcantara, Mais do que charmosinhos, os espaços infantis são um desafio para os profissionais que os projetam.

Isso porque, quando se cria um local para os pequeninos, todo detalhe e segurança é importante. Conforto e diversão andam lado a lado no “décor” para as crianças, seja no mobiliário e até mesmo no uso das cores, tudo é pensado para que a criançada usufrua da melhor maneira o cantinho dedicado a elas. O AMBIENTE E AS CRIANÇAS Planejar um ambiente destinado às crianças nem sempre se concebe como uma tarefa fácil, ponderando a necessidade de um espaço interativo que promova, concomitantemente, a liberdade dos movimentos, a socialização, a segurança e o bem estar. Consoante a antropóloga Elvira Souza Lima (2001, p. o ambiente “[. é muito importante para a criança pequena, pois muitas, das aprendizagens que ela realizará em seus primeiros anos de vida estão ligadas aos espaços disponíveis e/ou acessíveis a ela”.

Ademais, o psicólogo Piaget reitera que para a criança, “o desenvolvimento resulta de combinações entre aquilo que o organismo traz e as circunstâncias oferecidas pelo meio [. CARVALHO; RUBIANO, 2001, p. Assim sendo, ao passo em que esses ambientes não são previamente planejados ponderando a criança, a mesma pode vir a se sentir desconfortável, optando pela não permanência nesses locais. No entanto, os espaços mencionados suprem as necessidades básicas de uma criança, considerando que em seu dormitório a mesma pode descansar, nas salas de aulas elas aprendem, assim como nas bibliotecas, nas brinquedotecas elas se divertem e nos hospitais, as crianças são tratadas visando a melhoria da saúde. Ratifica-se então, o imperativo de mantê-las nesses ambientes mediante a indispensabilidade deles, porém, as crianças não notam aquilo que precisam, mas sim, aquilo que as atraem.

Nesse segmento, a doutora em Educação Léa Tiriba (2008, p. Ademais, seus sentidos são estimulados, fator essencial para o desenvolvimento de qualquer ser humano. David Weinstein explana ainda que: Todos os ambientes construídos para crianças deveriam atender cinco funções relativas ao desenvolvimento infantil, no sentido de promover: identidade pessoal, desenvolvimento de competência, oportunidades para crescimento, sensação de segurança e confiança, bem como oportunidades para contato social e privacidade.  (Apud CARVALHO; RUBIANO, 2001, p. Nessa concepção, a promoção da identidade pessoal efetiva-se na possibilidade da criança participar das decisões do planejamento do ambiente, personalizando-o consoante seus gostos. O desenvolvimento de competência é estimulado ao passo em que as crianças possam satisfazer suas próprias necessidades sem o auxílio do próximo, isto é, a criança possui uma independência em seu espaço.

Podemos utilizá-la com diversos fins, para favorecer desempenho, relaxamento, atividade, etc. FONSECA; PORTO, 2005, p. Mediante essas considerações, salienta-se que as cores devem ser empregadas nos ambientes de forma minuciosa, propensas a promoverem o sentimento de bem estar nas crianças. Inúmeros benefícios são concebidos mediante o emprego das cores, no entanto, tantos outros malefícios são encontrados ao passo em que se utiliza de maneira incorreta. Nesse segmento, verificamos algumas características promovidas pelas cores em determinadas tonalidades. Sendo uma cor viva, o vermelho, segundo Lacy (1996), promove reações emocionais quentes e superestimulantes, já as reações mentais são de ativação e perturbação. Em uma análise psicológica, a cor vermelha promove nas crianças a força de vontade, o apetite, a energia e a confiança.

A cor verde representa a salubridade dos ambientes tendo um intenso poder de cura, ponderando que remete a passividade e a tranquilidade. Uma cor calma e que alude à natureza, o verde simboliza a suavidade, o bem estar, a segurança e a serenidade, sendo uma cor altamente indicada para os ambientes infantis. Lacy (1996) evidencia que essa cor causa a reação emocional de quietude e a reação mental de receptividade e crescimento, corroborando a indicação para as crianças. Dessa forma, o amarelo instiga a mente, o raciocínio e a percepção, promovendo o otimismo e a confiança. No entanto, deve-se atentar a proporção empregada, tendo em vista que seu uso excessivo leva ao estresse, a fraqueza e a ansiedade. Pouco indicado para ambientes infantis, o amarelo não promove a segurança e, desse modo, deve ser equilibrado com outras cores.

Lacy (1996) expõe que o amarelo causa a reação emocional de ausência de limites e a reação mental de prontidão. A cor laranja incide na mistura entre as cores vermelha e amarela, simbolizando o calor, a independência e a criatividade. Desse modo, elucidamos como algumas cores contribuem para o desenvolvimento da criança, no entanto, deve-se sempre lembrar que o emprego e as reações as cores se alteram consoante a forma utilizada, isto é, em excesso ou equilíbrio. A ILUMINAÇÃO Assim como as cores, a iluminação compõe um ambiente e desempenha um papel fundamental no desenvolvimento das crianças, ponderando que através dela, é viabilizado o conforto visual, a segurança e a sensação de aconchego. De acordo com o arquiteto Sergio Antonio Brondani, Foi por meio da luz, que se apresentou uma nova possibilidade de expressão e uma outra alternativa de transformação dos ambientes que se habita.

Na atualidade, não se imagina explorar a plenitude da expressividade arquitetônica sem o uso da iluminação, seja ela artificial ou natural. BRONDANI, 2006, p. Figura 3 – Iluminação Artificial Central Fonte: VivaDecora (2018) Além dos tipos de iluminação, outro fator influente no ambiente infantil incide na temperatura de cor, por intermédio da qual, sabe-se a cor da lâmpada quando acesa. As temperaturas de cor são medidas nas lâmpadas ponderando os graus Kelvin, dessa forma, quanto maior o número, mais fria a cor se torna. Dentre as variações temos a lâmpada quente, a qual propaga uma coloração amarelada, a lâmpada neutra de coloração branca e a lâmpada fria, produzindo uma coloração azul. Para um ambiente infantil, indica-se uma iluminação com temperatura de cor fria, tendo em vista que a mesmo viabiliza um ambiente limpo e amplo, o qual é eficaz para o desenvolvimento da criança.

Ademais, a iluminação fria estimula o cérebro, auxiliando no aprendizado dos pequenos. Assim sendo, deve-se proporcionar uma decoração apropriada que favoreça a criança. Horn (2007, p. elucida que “[. o equilíbrio entre os móveis e objetos” e a decoração, influenciam na “[. sensibilidade estética das crianças, ao mesmo tempo em que permitirá que elas se apropriem dos objetos da cultura na qual estão inseridas”. Figura 5 – Quarto Multiuso Fonte: VivaDecora (2018) Um ambiente ou um quarto multiuso possibilita o aprendizado, a interação, a percepção e, sobretudo o desenvolvimento da criança. Salienta-se que muitas vezes, a extensão do espaço impossibilita torná-lo multiuso, no entanto, é nesse momento que o designer de interiores atua com seus conhecimentos, empregando mobílias adequadas para que o ambiente seja composto por todos os elementos supracitados.

CONCLUSÃO O presente artigo intitulado “A Importância do Design de Interiores para Crianças” analisou os elementos que compõe um ambiente infantil e contribuem para o desenvolvimento das crianças, elucidando de que forma as cores, a iluminação e a decoração promovem sensações e aprendizados aos pequenos. Desse modo, explanamos acerca da importância que o design de interiores desempenha na vida de uma criança, não somente analisando a sala de aula, mas também outros ambientes frequentados por elas. Doravante a análise de cada elemento que compõe um ambiente, evidenciamos que as cores podem ser satisfatórias ou não para as crianças, conforme verificamos com as tonalidades escuras, as quais promovem o estresse, a violência e a agitação dos pequenos.

out. Disponível em: https://casacor. abril. com. br/ambientes/dia-das-criancas-15-ambientes-infantis-da-casacor-2018/. ed. São Paulo: Cortez, 2001.   EU E AS CRIANÇAS. Psicologia das Cores para Quartos Infantis. S. Disponível em: http://www. forumdaconstrucao. com. br/conteudo. php?a=15&Cod=252. KRAMER, Sônia. Com a Pré-Escola nas Mãos. São Paulo: Ática, 2000. LACY, Marie Louise. O Poder das Cores no Equilíbrio dos Ambientes. jun. VIVADECORA. Dicas para Criar a Melhor Iluminação para Quarto de Bebê. S. l. vivadecora. com. br/revista/quarto-montessoriano/. Acesso em: 01 mar. ZABALZA, Miguel A.

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