A CORRELAÇÃO DOS CONTRACEPTIVOS ORAIS E TROMBOEMBOLISMO: REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Saúde coletiva

Documento 1

No Brasil, ainda são escassos estudos específicos sobre o assunto. Os resultados indicam a necessidade de mais pesquisas voltadas ao uso irracional responsável por grandes prejuízos à população com risco para a saúde da mulher, tornando um problema de saúde publica. Palavras-chave: Contraceptivos orais, tromboembolismo. INTRODUÇÃO Atualmente mais de 60 milhões de mulheres no mundo fazem o uso de contraceptivos orais que consistem na combinação de estrógeno e progesterona sintéticos. Este método é eficiente na redução da mortalidade, gestações de risco, gravidez não planejadas e tratamentos da menopausa. Com isso foram realizadas várias modificações nas formulações dessas drogas, na tentativa de reduzir os riscos, havendo uma redução na dose do estrogénio e alterações no composto progestogénio.

Hoje no geral as doses destes contraceptivos são baixas, contendo menos que 35 mcg de etinilestradiol, não afetando assim sua eficácia e podendo ser comercializados com a autorização dos órgãos competentes. São comercializadas quatro diferentes gerações de pílulas anticoncepcionais. As pílulas de primeira, segunda, terceira e quarta gerações onde se diferenciam na sua composição. O termo geração refere a alterações na composição das pílulas e na sua dose de estrogênio e progesterona. Vários estudos têm mostrado que o consumo destas pílulas está ligado a um risco maior de tromboembolismo venoso em relação às pílulas de segunda geração.  13,4 Com isso teve se a necessidade da criação das pílulas de quarta geração, introduzidas no mercado já nos anos 2000, contêm uma nova progesterona chamada drospirenona.

Os efeitos colaterais associados ao seu consumo são muito semelhantes aos das pílulas de terceira geração, mas normalmente são de intensidade menor14. As pílulas vêm contribuído com o aumento significante do Tromboembolismo venoso (TEV) termo utilizado para nomear a combinação de duas doenças, a trombose venosa profunda (TVP) e a embolia pulmonar (EP). A trombose venosa profunda é uma doença causada pela formação de coágulos no interior das veias profundas, geralmente nos membros inferiores a embolia pulmonar é a obstrução das artérias do pulmão causada pela formação de coágulos (trombo). Já trombocitose se dá de forma inversa, sendo um aumento anormal da quantidade de plaquetas, na maioria das vezes de ordem fisiológica. Nesses casos muitos coágulos são formados e o fluxo sanguíneo não ocorre normalmente.

Os trombos formados por coagulação excessiva podem obstruir artérias e causar patologias como tromboembolismo, infarto agudo no miocárdio, acidente vascular cerebral e outros. As plaquetas são um dos principais fatores na formação de trombo. As plaquetas se aderem e agrupam-se em várias superfícies rapidamente ao serem ativadas e por conter serotoninas, epinefrina, e sintetizarem tromboxano A2 são vasoconstritores potentes que contribuem para um espasmo vascular intenso podendo lesar os vasos, principalmente se as plaquetas forem ativadas enquanto estiverem presas ou nas proximidades do endotélio. e fig. e abordam questões a respeito da clareza e coerência com o objetivo do estudo o uso de métodos contraceptivos orais correlacionados a tromboembolismo; Definiu-se como Base de Dados a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS): Literatura Internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE) e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS).

Estas bases foram escolhidas pelo fato de serem comumente consultadas como fontes de literatura qualificada dentro das Ciências da Saúde. Fig 1- Teste de Relevância I TESTE DE RELEVÂNCIA I Identificação do estudo: Critérios de Inclusão Sim Não 1. O estudo envolve o uso de medicamentos contraceptivosorais? 2. Tais descritores foram cruzados e optou-se por selecionar os trabalhos publicados entre os anos de 2006 e 2016. FASE 3 - Seleção e análise dos resumos para o levantamento de artigos. A literatura apresentou trabalhos em diversos idiomas. Entretanto para um melhor desempenho, só foram incluídos trabalhos escritos em línguas dominadas pelos pesquisadores (inglês, espanhol e português). Foram excluídos automaticamente trabalhos repetidos. RESULTADOS E DISCUSSÃO A quantidade total de artigos encontrados em nossa busca, realizada no dia 23 de setembro de 2016 foi igual a 28825, nas bases consultadas e para os descritores e seus cruzamentos (tabela 1).

Observa-se também uma predominância de artigos na base MEDLINE. Apesar disso a relevância da base na contribuição cientifica não pode ser avaliada pela quantidade de literatura indexada. Tabela 1: a-CONTRACEPTIVOS ORAIS, b-TROMBOEMBOLISMO Fonte: Distribuição dos artigos levantados na BVS (Biblioteca Virtual De Saúde) de acordo com a Base De Dados E Descritores* (23/09/2016 Na aplicação do teste de relevância I, observamos o índice de confiabilidade variou variando entre 90% e 100%. Após este primeiro estudos incluídos pelos diferentes pesquisadores foram organizados em ordem alfabética, visando excluir possíveis resumos repetidos, resultando assim em um total de 16 artigos incluídos. O progestagênio, quando associado ao estrogênio, pode modular o risco de tromboembolismo venoso. Os progestagênio isolados, usados em contracepção, não alteram o risco de trombose venosa e arterial.

Conhecer as particularidades dos métodos contraceptivos hormonais auxilia o ginecologista a compreender o que fazer para não potencializar o risco de tromboembolismo em sua paciente. BASSUK, S. Manson, J. Med; 366(24): 2257-66, 2012 Jun 14. O artigo mostra que vários estudos tenham avaliado o risco de tromboembolismo venoso com contracepção hormonal mais recente, poucos examinaram acidente vascular cerebral trombótico e infarto do miocárdio, e os resultados foram conflitantes, em comparação com o não uso, o uso atual de contraceptivos orais que incluíam etinilestradiol em uma dose de 30 a 40 mcg foi associado aos riscos relativos para, trombótico e infarto agudo do miocárdio. Embora os riscos absolutos de AVC trombótico e infarto do miocárdio associado ao uso de contracepção hormonal tenham sido baixos, o risco foi aumentado em um fator de 0,9 a 1,7 com contraceptivos orais que incluíram etinilestradiol na dose de 20 mcg e por um fator De 1,3 a 2,3 com aqueles que incluíram etinilestradiol numa dose de 30 a 40 mcg, com diferenças relativamente pequenas no risco de acordo com o tipo de progestina.

NESSA, A. Latif, SA. Os contraceptivos orais atuais que contêm a nova progestina (Levonorgestrel, Desogestrel, gestodeno ou norgestimato) classificados como dose baixa porque todos contêm menos de 35 mcg de etinilestradiol. HEIT, JA. Epidemiology of venous thromboembolism. Nat RevCardiol; 12(8): 464-74, 2015 Aug. Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-26076949 O artigo relata que o tromboembolismo venoso (TEV) é categorizado como um importante problema de saúde pública. Am J Obstet Gynecol; 210(3): 210. e1-5, 2014 Mar. Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-24246525 O artigo teve o objetivo de avaliar a prevalência de contraindicações médicas em um grande grupo de mulheres que buscam contracepção hormonal combinada. BIRD, S T; Delaney, J A C; Etminan, M; Brophy, J M; Hartzema, A G. J Thromb Haemost; Drospirenone and non-fatal venous thromboembolism: is there a risk difference by dosage of ethinyl-estradiol? 11(6): 1059-68, 2013 Jun.

Contraception; 84(5): e23-30, 2011 Nov. Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-22018134 A pesquisa aponta que os contraceptivos orais combinados aumentam o risco de tromboembolismo venoso, os estudos adicionais são justificados para determinar se os testes para a síndrome antifosfolipídica, a deficiência de proteína C podem modificar a duração da anticoagulação. Este estudo confirma a segurança da contracepção com progestina pura. BLANCO-MOLINA, Angeles; Monreal, Manuel. Venous thromboembolism in women taking hormonal contraceptives Expert Rev Cardiovasc Ther; 8(2): 211-5, 2010 Feb. Thrombophilia and women's health: An overview. Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-16962913 O artigo mostra que o tromboembolismo hereditária ou adquirida, é um dos tópicos mais importantes da saúde das mulheres. Vários fatores, alguns dos quais específicos para a paciente, melhoram a formação de trombos na presença de tromboembolismo e incluem a contracepção oral, terapia de reposição hormonal, gravidez e puerpério.

BLANCO-MOLINA, A; Rota, L L; Di Micco, P; Brenner, B; Trujillo-Santos, J; Ruiz-Gamietea, A; Monreal, M. Venous thromboembolism during pregnancy, postpartum or during contraceptive use. Fonte: Artigos levantados na BVS (Biblioteca Virtual De Saúde) e aceitos pelos dois pesquisadores após aplicação do Teste de relevância I nos resumos Após a aplicação do teste de relevância II os artigos incluídos na primeira avaliação foram todos excluídos, o que não permitiu a realização de uma metanálise. CONSIDERAÇOES FINAIS Atualmente Casais do século XXI buscam diversos métodos contraceptivos sendo o principal as pílulas para tratamento de determinadas patologias ou com intuito de evitar uma gravidez indesejada e manter seu programa de planejamento familiar. Mas antes de optarem por algum método, este deve ser analisado, verificando os benefícios e as contra-indicações de cada um.

A importância do acompanhamento médico ou farmacêutico, seguido do estudo citológico mais frequente para escolher o método mais adequado às condições de saúde de cada mulher, garantindo assim a eficácia na prevenção da gravidez e também na prevenção de possíveis patologias associadas ao uso de contraceptivos hormonais. Neste sentido por existir uma ampla variedade de medicamentos utilizados contracepção, o relacionamento entre farmacêutico e paciente torna-se imprescindível para uma farmacoterapia bem sucedida. tab BLANCO-MOLINA, Angeles; Monreal, Manuel. Expert Rev Cardiovasc Ther; 8(2): 211-5, 2010 Feb. Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-20136607 Venous thromboembolism in women taking hormonal contraceptives. BLANCO-MOLINA, A; Rota, L L; Di Micco, P; Brenner, B; Trujillo-Santos, J; Ruiz-Gamietea, A; Monreal, M. RIETE Investigators Thromb Haemost; Venous thromboembolism during pregnancy, postpartum or during contraceptive use.

Thrombophilia and women's health: An overview. Obstet Gynecol Clin North Am; 33(3): 347-56, 2006 Sep. Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-16962913 HEIT, JA. Epidemiology of venous thromboembolism. Nat RevCardiol; 12(8): 464-74, 2015 Aug. Skovlund, CW. Keiding, N. Thrombotic stroke and myocardial infarction with hormonal contraception. MEDLINE; ID: mdl-225766 (24): 2257-66, 2012 Jun 14. LIDEGAARD, Øjvind; Løkkegaard, Ellen; Svendsen, Anne Louise; Agger, Carsten. Contraception; Risk factors for recurrence of venous thromboembolism associated with the use of oral contraceptives. e23-30, 2011 Nov. Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-22018134 XU, Hanna; Eisenberg, David L; Madden, Tessa; Secura, Gina M; Peipert, Jeffrey F. Am J Contraindications in women seeking combined hormonal contraception. Obstet Gynecol; 210(3): 210.

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