O desenvolvimento motor infantil pedagogia

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Gestão de crédito

Documento 1

O desenvolvimento motor infantil. Trabalho mensal apresentado ao Curso de pós-graduação em DI, através da Faculdade Paulista São José, como parte da avaliação da disciplina: Pedagogia Professor Orientador: Alexandre Mendes. Apiaí-SP 2017 SUMÁRIO Introducao. Desenvolvimento. Psicomotricidade.     O movimento aqui descrito pode ser observado em três categorias, movimentos estabilizadores, movimentos locomotores e manipulativos ou a combinação destes três. O trabalho da educação física na Educação Infantil deve priorizar estes movimentos, pois a maior expressão infantil se dá através do ato motor.     Cabe ao professor de educação física selecionar e organizar seu trabalho de forma que a criança possa vivenciar as mais diversas atividades e jogos onde seu acervo motor seja desenvolvido num ambiente pautado na ludicidade.

Desenvolvimento Psicomotricidade- É a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. Através da fala, a criança integra os fatos culturais ao desenvolvimento pessoal. Quando, então, ocorrem falhas no desenvolvimento motor poderá também ocorrer falhas na aquisição da linguagem verbal e escrita. Faltando a criança um repertório de vivências concretas que serviriam ao seu universo simbólico constituído na linguagem, conseqüentemente, afetando o processo de aprendizagem.  A criança, cujo desenvolvimento psicomotor é mal constituído, poderá apresentar problemas na escrita, na leitura, na direção gráfica, na distinção de letras (ex: b/d), na ordenação de sílabas, no pensamento abstrato (matemática), na análise gramatical, dentre outras.

 A aprendizagem da leitura e da escrita exige habilidades tais como: - dominância manual já estabelecida; - conhecimento numérico para saber quantas sílabas formam uma palavra; - movimentação dos olhos da esquerda para a direita que são os adequados para escrita; - discriminação de sons (percepção auditiva); - adequação da escrita às dimensões do papel, bem como proporção das letras e etc; - pronúncia adequada das letras, sílabas e palavras; - noção de linearidade da disposição sucessiva das letras e palavras; - capacidade de decompor palavras em sílabas e letras; - possibilidade de reunir letras e sílabas para formar palavras e etc. Koupernik)  Esta ligação estreita entre maturação e experiência neuromotora, segundo Henri Wallon passa por diferentes estados: • Estado de impulsividade motora - onde os atos são simples descargas de reflexos; • Estados emotivos - as primeiras emoções aparecem no tônus muscular.

As situações são conhecidas pela agitação que produzem, evidenciando uma interação da criança com o meio; • Estado sensitivo-motor - coordenação mútua de percepções diversas (adquire a marcha, a preensão e o desenvolvimento simbólico e da linguagem); • Estado projetivo - mobilidade intencional dirigida para o objeto. Associa à necessidade do uso de gestos para exteriorizar o ato mental (inteligência prática e simbólica).  Do ato motor à representação mental, graduam-se todos os níveis de relação entre o organismo e o meio (Wallon). O desenvolvimento para Wallon é uma constante e progressiva construção com predominância afetiva e cognitiva. O mundo perceptível das pessoas é sempre um mundo significativo, isto é, sempre um mundo interpretado por alguém e, portanto, singular e subjetivo tal como a escrita.

 As crianças estão sempre em movimento, se deslocando entre ações incertas, aleatórias, em função de sua curiosidade com o mundo, para a construção de interesses próprios mais claros. A escola pode aproveitar esse movimento ou, então, pode inibi-lo de tal modo que desencoraje a criança em sua pesquisa com o meio.  A atitude da escola frente à espontaneidade do movimento de cada criança poderá senão determinar, pelo menos influenciar fortemente o rumo do processo de aprendizagem da criança. A escola que trabalha com especial atenção para o desenvolvimento psicomotor da criança tende a contribuir no bom aprendizado.  É comum, nas escolas, crianças com distúrbios psicomotores. Embora aparentemente normais muitas vezes são incapazes de ler ou escrever, apresentando vários outros problemas que interferem no processo escolar.

Pode até ser gerado por uma disfunção cerebral mínima, por um problema físico ou até mesmo emocional.  O ideal seria que todos os educadores tivessem como alicerce para as suas atividades a psicomotricidade, pois fariam com que as crianças tivessem liberdade de realizar experiência com o corpo, sendo indispensável no desenvolvimento das funções mentais e sociais.  Desenvolvendo, assim, pouco a pouco, a confiança em si mesma e o melhor conhecimento de suas possibilidades e limites, condições necessárias para uma boa relação com o mundo. É necessário que ele conheça seu aluno, torne-se seu amigo.  É a partir de uma relação autêntica e de confiança estabelecida entre professor e aluno que se poderão propor dinâmicas que auxiliem o desenvolvimento infantil, contribuindo na capacidade de expressão e de habilidades motoras das crianças.

 A autenticidade e a cumplicidade das relações no campo educacional, que podem ocorrer espontaneamente favorecem enormemente o desenvolvimento das habilidades psicomotoras de forma motivante e altamente significativa, facilitando assim, a aprendizagem e o desenvolvimento global das crianças.  Para que haja intercâmbio entre professor X aluno X aprendizagem, o trabalho da psicomotricidade é da mais valiosa função, tanto no maternal como na pré-escola e alfabetização, por haver um estreito paralelismo entre o desenvolvimento das funções psíquicas que são as principais responsáveis pelo bom comportamento social e acadêmico do homem.  É inegável que o exercício físico é muito necessário para o desenvolvimento mental, corporal e emocional do ser humano e em especial da criança. Estruturas o corpo com uma atitude positiva de si mesma e dos outros, a fim de preservar a eficiência física e psicológica, desenvolvendo o esquema corporal e apresentando uma variedade de movimentos.

Através da ação sobre o meio físico com o meio social e da interação como ambiente social, processa-se o desenvolvimento e a aprendizagem do ser humano. É um processo complexo, em que a combinação de fatores biológicos, psicológicos e sociais, produz nele transformações qualitativas. Para tanto desenvolvimento envolve aprendizagem de vários tipos, expandindo e aprofundando a experiência individual. O professor deve estar sempre atento às etapas do desenvolvimento do aluno, colocando-se na posição de facilitador da aprendizagem e calcando seu trabalho no respeito mútuo, na confiança e no afeto. Os movimentos, as expressões, os gestos corporais, bem como suas possibilidades de utilização (danças, jogos, esportes. recebem um destaque especial em nosso desenvolvimento fisiológico e psicológico.

Com base neste contexto, percebemos a importância das atividades motoras na educação, pois elas contribuem para o desenvolvimento global das crianças. Entretanto, as crianças passam por fases diferentes uma das outras e cada fase exige atividades propicias para cada determinada faixa etária. A psicomotricidade precisa ser vista com bons olhos pelo profissional da educação, pois ela vem auxiliar o desenvolvimento motor e intelectual do aluno, sendo que o corpo e a mente são elementos integrados da sua formação. Tudo, o conhecimento e a aprendizagem, centra-se na ação da criança sobre o meio, os demais e as experiências através de sua ação e movimento.   Estimulação e reeducação Através da psicomotricidade pode-se estimular e reeducar os movimentos da criança.

A estimulação psicomotriz educacional se dirige a indivíduos sãos, através de um trabalho orientado à atividade motriz e as brincadeiras. Na reeducação psicomotriz se trabalha com indivíduos que apresentam alguma deficiência, transtornos ou atrasos no desenvolvimento. Tratam-se corporalmente mediante uma intervenção clínica realizada por um pessoal especializado. Os inatos são aqueles que nascem conosco e são representados pelos reflexos, que são respostas caracterizadas pela invariabilidade qualitativa de sua produção e execução. Estes reflexos podem ser agonistas, antagonistas ou deflexos (alternantes) que são mais hierarquizados que os reflexos puros, permitindo certo grau de variabilidade, conforme a adaptabilidade individual. Refere-se a necessidades orgânicas. Influindo nestas respostas temos os instintos, responsável pela auto-conservação individual. No Homem ele é misturado com o afeto produzindo tendências ou inclinações.

Quando há pequeno aumento ou diminuição dos movimentos são designados como inquietação e lentificação psicomotoras, respectivamente. Quando são alterações mais acentuadas, representam a agitação e inibição motora propriamente ditos. Podem ocorrer alterações da psicomotricidade em indivíduos normais, como por exemplo, após experimentar forte tensão emocional ou preocupações que levam a vontade de andar ou levam a imobilidade. A agitação patológica pode ocorrer com caráter uniforme e estruturado como na mania, ou desordenadamente e de forma improdutiva como na catatonia esquizofrênica, epilepsia e psicoses infecciosas e tóxicas (como no delirium tremens). A inibição ocorre por exemplo na depressão, estupor, estados confusionais e amenciais. Na ativa, a pessoa faz tudo ao contrário do que se pediu, e as vezes quando desistimos eles o fazem sendo isso a "reação de última momento".

O negativismo verbal pode se apresentar na forma das pararespostas (ou seja, o paciente entende a pergunta do entrevistador, porém não responde algo compatível com a pergunta, e sim algo "ao lado", ou próximo). O negativismo faz parte da série catatônica e representa ação imotivada e não deliberada. Obediência Automática que é o oposto ao negativismo, onde o paciente tem extrema sugestionabilidade e faz tudo o que é mandado. Ocorre na esquizofrenia e quadros demenciais.     Segundo Gallahue (2005, p. “os movimentos axiais e várias posturas de equilíbrio estático e dinâmico são componentes principais da estabilidade”.     Os movimentos axiais são os movimentos do tronco ou dos membros quando em posição estática, como alongar-se, girar, virar-se e curvar-se.

As posturas fazem com que haja manutenção do equilíbrio dinâmico ou estático, como rolar, sentar-se, parar, subir se equilibrando em galhos, balançar-se e equilibrar-se em apenas um pé. Segundo Gallahue (2005) “os movimentos locomotores fundamentais envolvem a projeção do corpo no espaço em plano horizontal, vertical ou diagonal”. • Fase de movimentos rudimentares, são os primeiros movimentos voluntários realizado pela criança do nascimento até por volta dos 2 anos de idade, são movimentos necessários para sua sobrevivência. • Fase de movimentos fundamentais são movimentos conseqüentes dos movimentos rudimentares, é a fase que a criança explora, descobre e experimenta as capacidades motoras de seus corpos. ◦ Segundo Gallahue (2005), os movimentos fundamentais são divididos em três estágios, o estagio inicial, o estagio elementar e o estagio maduro.

▪ O estagio inicial é uma fase de movimentos fundamentais que representa as primeiras tentativas da criança orientada para o objetivo de desempenhar uma habilidade fundamental. Os movimentos da maioria das crianças da idade de 2 anos estão no nível inicial, com algumas exceções de crianças que podem estar além deste nível (GALLAHUE, 2005, p. A Educação infantil hoje é considerada parte da educação Básica, mudanças que ocorreu após a Lei de Diretrizes e Bases de 9394/96.     Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. nos artigos 21º e 29º, estabelece que a Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.

Brasil 1996).     Segundo (Freire, 2003):     O que se espera é que as crianças possam da melhor forma possível, apresentar em cada período de vida uma boa qualidade de movimentos, de acordo com certos modelos teóricos apresentados. O professor deve aproximar seus objetivos, conteúdos e metodologias à cultura da criança, da experiência adquirida e do meio em que se encontra. O educador tem como explicito dever, respeitar seus limites, pois se a metodologia não for coerente ao nível da fase de desenvolvimento de cada indivíduo, favorecendo o desenvolvimento das várias habilidades fundamentais (locomoção, manipulação, e estabilização), a criança então se torna inapta a se desenvolver durante sua vida adulta prejudicando e ao mesmo tempo interrompendo seu processo continuo de se desenvolver.

    De acordo com o exposto conclui-se que a escola deve obter iniciativas, desenvolvendo atividades que as estimulem, para que a criança explore seus movimentos corporais no âmbito escolar através da Educação Física, possibilitando-a a ter experiências novas e explorando ao mesmo tempo experiências já adquiridas de acordo com sua cultura.     Pois às vezes a rotina em casa não possibilita que a criança desenvolva suas habilidades através de brincadeiras, cabendo a escola voltar seu olhar para esses fatores e assim com ajuda do professor trabalharem na criação de formas variadas para que a criança manifeste-se corporalmente, aprimorando pouco a pouco suas habilidades básicas. Referências BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998, v.

CRAIDY, Carmem. M. L. OZMUN, John. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. ed. n. p. DOS SANTOS CAMPÃO, D. y MARQUES CECCONELLO, A. A contribuição da Educação Física no desenvolvimento psicomotor na educação infantil. KUHLMANN JR. Moyses. Infância e educação Infantil uma abordagem histórica. ed. Ed. D. S. SANTOS, W. F. O papel da educação física no desenvolvimento motor e social na pré-escola.  Porto Alegre: Artes Médicas, 1983. LASSUS, Elisabeth.  Psicomotricidade – Retorno às Origens.  Rio de Janeiro: Panamed, 1984. LEBOUCH, Jean. Staes. Tradutoras Ana Maria Izique Galuban e Setsuko Ono.  São Paulo: Manoel, 1989. Atividade pratica Idade- Ensino Fundamental, criança com 7anos de idade, Objetivo- Realizar tarefas para verificar motricidade do mesmo e possibilitar a este uma forma gradativa de poder exercitar sua motricidade, estimular o sensório-motor-cognitivo-afetivo do aluno.

Materiais- Sala silenciosa e espaçosa, bolas, lápis, caderno, imagens, massa de modelar, giz, lousa.

67 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download