Trabalho Acadêmico - Administração do Capital de Giro e Ativos Circulantes

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Contabilidade

Documento 1

A importância da administração do de giro para as empresas vem se acentuando basicamente nos últimos tempos, em razão, principalmente, das elevadas taxas de juros praticadas no mercado, do acirramento da concorrência determinados pela abertura de mercado e das políticas de expansão adotadas pelas empresas. O termo caixa é um conceito impreciso, segundo o dicionário é uma importância em dinheiro ou em cheque que os comerciantes e os banqueiros possuem em cofre; contabilmente o caixa é uma conta do ativo de liquidez imediata, entretanto segundo ROSS 2002, os administradores financeiros também consideram aplicações em títulos negociáveis a curto prazo como caixa. Segundo Assaf Neto,2014 conceitua-se o caixa como “ o termo caixa(. refere-se a dinheiro em espécie mantido pela empresa em cofres próprios, recursos depositados em contas correntes bancarias a vista, e aplicações financeiras de liquides imediata”.

Em 1994 a empresa Singapore Airlines apresentava $ 62,4 milhões em disponibilidades sendo que estes recursos incluíam caixa, deposito a vista em bancos comerciais e cheques não depositados. O ponto A corresponde à venda das mercadorias produzidas. Já o ponto B corresponde o pagamento dos materiais comprados para a produção. Com esta análise, pode-se observar que este ciclo necessita de um certo montante de recursos por um determinado tempo. Por isso a grande importância de um controle de caixa, para garantir que os recursos serão necessários para suprir o ciclo do caixa. Segundo Assaf 2014, o motivo de ter um controle efetivo de caixa na empresa se dar pela necessidade de ajustar a manutenção de um saldo para atender as transações, precauções e especulações.

A equação do custo total é: Custo total (CT) = (C/2) x K + (T/C) x F MODELO MILLER-ORR Merton Miller e Daniel Orr desenvolveram um modelo de saldo de caixa visando levar em conta a flutuação aleatória de entradas e saídas diárias de caixa. Neste modelo são incluídas tanto entradas, quanto saídas de caixa. Este modelo supõe que os fluxos líquidos diários de caixa (entradas menos saídas) têm distribuição normal. A cada dia, o fluxo líquido de caixa pode ser igual ao valor esperado ou algum valor superior ou inferior. Assim como no caso do modelo de Baumol, o modelo Miller-Orr depende de custos de negociações e de custos de oportunidade. OUTROS FATORES QUE AFETAM O SALDO ÓTIMO DE CAIXA Ross 2002 definiu que o saldo ótimo de caixa pode ser afetado de duas maneiras, uma dessas é a captação de recursos, que consiste em captar dinheiro emprestado para manter seus saldos de caixa menores.

Este caso de tomar dinheiro emprestado é muito comum em empresas que por algum momento tem uma saída inesperada de caixa. Essa alternativa introduz considerações adicionais na gestão de caixa. A captação de dinheiro emprestado tende a ser mais cara do que a venda de títulos negociáveis, porque sua taxa de juros geralmente é mais alta. A necessidade de captar recursos emprestados dependerá do desejo de manter saldos de caixa reduzidos. Ela contém o crédito interempresarial, também chamado de crédito mercantil, que abrange empresas e clientes, e o crédito pessoal, também chamado de crédito direto ao consumidor, dirigida por instituições financeiras. Em algumas empresas a aplicação em valores a receber exerce forte influência sobre seus ativos circulantes, atingindo assim sua lucratividade.

Isso depende das vendas efetuadas onde abrange os seguintes elementos: Análise dos Padrões de Crédito, Prazo de Concessão de Crédito, Descontos Financeiros por Pagamentos Antecipados e Política de Cobranças. AVALIAÇÃO DO RISCO DE CRÉDITO Na avaliação do risco de crédito vários fatores são levados em conta, como a disponibilidade do cliente em saldar a dívida, a capacidade de geração de recursos, seus investimentos, analisando assim se a mesma terá capacidade de pagamento. A empresa poderá realizar consultas para assim fazer uma avaliação em relação aos clientes, e o desempenho dos mesmos em outras empresas tanto do mesmo setor, quanto de setores diferentes. A empresa deve buscar uma maneira de aumentar as vendas, e diminuição de despesas com devedores duvidosos.

PRINCIPAIS MEDIDAS FINANCEIRAS DE UMA POLÍTICA DE CRÉDITO A empresa deve utilizar medidas de controle interno em relação a custos e despesas inerentes ao crédito e investimentos em valores a receber. As despesas com devedores duvidosos é a possibilidade que a empresa tem de não receber determinada quantidade de crédito futuro. Despesas gerais de crédito são as despesas obtidas pela empresa em razão da mesma realizar vendas a prazo. Já as despesas de cobranças são gastos realizados pelas empresas adquiridas de eventuais ações judiciais através de taxas cobradas pelos bancos pela execução desses serviços. para o próximo exercício, das quais 60% serão a prazo, ou seja, R$ 900. A administração da empresa prevê, ainda, as seguintes informações prospectivas: Um estudo revelou que se a Cia Geral adotasse maior liberalidade em seus padrões de concessão de crédito, mediante o atendimento de maior número de solicitações, suas vendas totais, pressionadas pelo volume a prazo, poderiam elevar- se em 15% no período.

Nessa situação as vendas a prazo passariam a representar R$ 1. do volume total de vendas estimado em R$ 1. No entanto, ao conceder mais créditos a clientes classificados em níveis inferiores a seu padrão tradicional, o prazo médio de cobrança elevar-se-ia para dois meses, e o giro de duplicatas a receber seria igual a seis meses. MEDIDAS DE CONTROLE A preocupação maior da administração de valores a receber, é manter um eficiente controle sobre o desempenho de sua carteira de duplicatas a receber. Esse processo de controle deve assumir um caráter de atividades permanente na administração financeira da empresa, procura, entre outras informações gerenciais importantes: • apurar o nível de atraso com que os clientes estão pagando; • processar uma análise dos clientes de forma a identificar a pontualidade com que saldam seus compromissos; receber.

• identificar as razões de determinada variação na carteira de valores a AGING DE VALORES A RECEBER O aging é uma medida de estudo cronológico dos valores a receber (ou a pagar) mantidos por uma empresa. Nesse estudo, são evidenciadas as proporções das duplicatas a receber em relação a seus respectivos vencimentos, indicando a percentagem daquelas que se encontram vencidas e a vencer. Adotando esse estudo é possível manter um controle mais eficiente da carteira de duplicatas a receber, de forma a esclarecer as razões de quaisquer variações em seus resultados. ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUES Segundo o dicionário, o estoque é o conjunto de mercadorias, materiais ou artigos existentes fisicamente no almoxarifado à espera de utilização futura e que permite suprir regularmente os usuários, sem causar interrupções às unidades funcionais da organização.

Segundo Assaf Neto (2009), “os estoques são materiais, mercadorias ou produtos que são fisicamente mantidos disponíveis pela empresa, com expectativa de ingresso no ciclo de produção, de seguir seu curso produtivo normal, ou de serem comercializados”. Sendo assim, de maneira ampla, podemos definir como materiais, mercadorias ou produtos mantidos fisicamente disponíveis pela empresa, na expectativa de ingressarem no ciclo de produção, de seguir seu curso produtivo normal, ou de serem comercializados. CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE ESTOQUE Uma classificação mais completa dos tipos de estoques, incorpora três grandes categorias: Mercadorias e produtos acabados; Produtos em elaboração; Matérias-primas e embalagens e materiais de consumo e almoxarifados. Estoque de Mercadorias e Produtos Acabados: Se refere a todos os itens adquiridos de terceiros ou fabricados pela própria empresa em condições de serem, respectivamente, revendidos ou vendidos.

Segundo Vendrame (2008), o equilíbrio entre a demanda e a obtenção de material é o principal o objetivo do controle do estoque, para garantir uma gestão eficiente e eficaz. ESTOQUES E INFLAÇÃO A inflação é um aumento generalizado de preços de bens e serviços num determinado período na economia. A inflação prejudica a rentabilidade da empresa, pois causa perdas no poder de compra da moeda. Quando os preços sobem fica mais caro produzir e mais difícil vender. Notando antecipadamente uma alta nos preços, o administrador pode adiantar as compras pagando o preço antigo (não corrigido pela inflação) para estocar as mercadorias de utilização futura. Apresentam muitas vezes baixa rotação e seu volume estocado é altamente significativo. Na categoria B, podemos identificar os itens que possuem participação nos investimentos em estoques, no qual pode merecer um controle mesmo frequente.

Já na categoria C, são incluídos os itens de mais baixa representatividade, os quais dispensam maiores preocupações. Conforme Martins (2006), a construção da curva ABC compreende três fases distintas: a) elaboração da tabela mestra b) construção do gráfico; c) interpretação do gráfico, com identificação plena de percentuais e quantidades de itens envolvidos em cada classe, bem como de sua respectiva faixa de valores. Em relação à manutenção de estoques de material de consumo e almoxarifados, Assaf Neto (2003, p. Segundo Sanvicente (1997, p. os custos relacionados aos estoques podem ser enquadrados em duas categorias: 1) os que são diretamente proporcionais ao volume mantido em estoque (custo de manutenção), como por exemplo: perdas associadas a risco de obsolescência dos itens estocados; custo de oportunidade; despesas de manejo, transporte e transferência física dos itens estocados; espaço necessário para armazenamento; seguros; imposto predial; custos do departamento de controle de estoques etc.

os que são inversamente proporcionais a esse volume, representando os prejuízos da empresa em consequência da falta de estoques ou aos pedidos de compra, como por exemplo: descontos por quantidade perdidos em compras feitas em lotes insuficientes; despesas decorrentes de perturbações do processo produtivo; margem de contribuição das vendas perdida par falta de produtos acabados; gastos adicionais de pedido, emissão de ordens de compra e transporte etc. LOTE ECONÔMICO DE COMPRA O administrador financeiro deve buscar minimizar as necessidades de investimentos em estoques, pois apesar de estes investimentos contribuir para geração de lucro, o investimento em estoque além de reduzir a rotação geral dos recursos comprometendo a rentabilidade geral da empresa, também produz custos decorrentes de sua manutenção (SANVICENTE, 1997, p.

O modelo de lote econômico fornece a quantidade de materiais a ser pretendida e a frequência de distribuição desses pedidos no tempo, tendo por finalidade básica definir o volume de compra de um pedido, de forma que o custo total controlável do estoque da empresa seja minimizado. DIAS, M. A. P. Administração de Materiais: resumo da teoria, questões de revisão, exercícios, estudos de casos. ed. Administração Financeira: uma abordagem gerencial. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2010 HOJI, Masakazu. Administração Financeira: uma abordagem prática. ed. São Paulo: Atlas, 2004. º Ed, São Paulo: Editora Atlas, 1997. VENDRAME, F. C. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais, 2008. Apostila da Disciplina de Administração, Faculdades Salesianas de Lins.

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