Vida Intelectual

Tipo de documento:Resumo

Área de estudo:Gestão de projetos

Documento 1

A vida intelectual deve ser abraçada sem ambição desmedida de glória e fortuna. Precisa do coração aberto e altruísta para agradar não apenas a si, mas agir também em prol da humanidade. A base do trabalho intelectual é a paciência, utilizada de modo organizado, inteligente. A irritação e a pressa levam ao fracasso. O autor ressalta a importância da persistência necessária ao intelectual, sobretudo na dificuldade, que é de onde brota a força. A vida é unidade e provém do amor, que é o ponto de partida. A verdade vem ao encontro dos que amam. Este amor pressupõe a virtude. Se um gênio tem essa virtude, para tornar-se santo basta ser mais plenamente o que é. A verdade e o bem caminham juntos.

Por isso, a importância da oração, para que se mantenha essa conexão, porque uma verdade particular é apenas um símbolo e por si própria não se basta. Todo o estudo é estudo da eternidade. IV – A disciplina do corpo As almas não comunicam senão pelo corpo, e cada alma não comunica com a verdade e consigo própria senão pelo corpo. O corpo precisa estar saudável para se ter também uma mente saudável, com pensamentos coerentes. A doença causa sofrimento que distrai a atenção e pode falsear o juízo. III – Cooperar com seus iguais O ato de isolar-se, não significa que se distanciou dos irmãos. Apenas que se apartou do barulho que fazem. Para o intelectual o próximo é aquele que precisa de verdade.

Para servir a humanidade é preciso entrar em si e extrair a potência de amor. Temos como exemplo Jesus que mostrou que se pode ter vida interior e dar-se aos outros. É manter-se longe das leviandades, divagações e caprichos da vontade. Capítulo 4 – O tempo trabalhado I – O trabalho permanente Quanto tempo o intelectual dedica ao trabalho? O estudo é uma oração à verdade. Então, é para se dedicar sempre, pois a oração exprime o desejo. Se suprimir o desejo, a oração deixa de existir. O desejo impulsiona o indivíduo a buscar e estar atento. Dessa forma a ideia não cairá no esquecimento. III – A madrugada e os serões Nas horas próximas à hora e dormir, é recomendado que fique em casa com a família, leia um bom livro e prepare-se para o sono verdadeiramente reparador.

Do contrário, se deixar vogar o espírito na dissipação, fumando, jogando, conversando ruidosamente, não estará bem ao amanhecer para continuar o trabalho. De manhã o ideal é dedicar-se à meditação e assistir a missa. IV – Os instantes de plenitude Vamos tratar agora do trabalho propriamente dito e tempo reservado à concentração estudiosa, esforço pleno. Bom será se estudar também as áreas correlatas. Não estude ao acaso e vá direto ao ponto, não se demore em minúcias. Nenhuma ciência particular se basta a si própria e o conjunto das ciências não se sustenta sem a filosofia ou o conjunto dos conhecimentos humanos sem a teologia. II – O tomismo, quadro ideal do saber O autor fala da relevância da leitura do tomismo (doutrina teológica e filosófica de S.

Tomás de Aquino), mesmo em face da literatura arcaica, que a princípio pode desanimar o leitor. II – A concentração Aliada ao zelo deve estar a concentração. A atenção que se volta exclusivamente à ideia dominante, não se dispersa. Isso não quer dizer que não podemos realizar outros trabalhos, apenas que seja empreendida uma tarefa de cada vez. III – A submissão à verdade Além de se submeter ao trabalho, que o pensador se submeta também à verdade, concedida a quem antes se despoja e decide contentar-se apenas com ela. Através da prévia submissão ao pensamento “encontra-se” alguma coisa e cedendo à verdade, prestamos um culto ao qual o Deus interior e o Deus universal responderão, revelando a sua unidade. II – Escolher Faz-se necessária a seleção de livros e a seleção nos livros.

Selecione os melhores livros, preferencialmente os de pensadores, com o auxílio de algum conselheiro dedicado. Leia um livro sem assumir a postura de um juiz, mas tenha a liberdade de filtrar para depurar. III – Quatro espécies de leitura O autor distingue quatro espécies de leitura: leituras de fundo, de ocasião, de estímulo e de repouso. Quem está em formação, creia nos autores consultados, em vez de criticá-los. O ideal é que concilie os autores e não os oponha. VI – Assimilar e viver A leitura serve para ativar o pensamento, portanto, ler maquinalmente, como um autômato, já não caracteriza trabalho. No entanto, trabalho é vida, vida é assimilação, assimilação é reação do organismo vivo perante o alimento. Não é com os olhos nem com os ouvidos que se ouve uma palavra sublime, mas sim com a alma elevada e a inteligência iluminada pela luz do que lhe é revelado.

B – A organização da memória I – Que se deve reter? A memória arquiva e, num momento oportuno apresenta tudo o que é útil à obra e ao trabalho do espírito. Há duas espécies de notas: a preparação remota e a preparação próxima do trabalho. Não exagere nas anotações, para não se perder entre elas. Anote apenas os pontos principais do estudo. II – Como classificar as notas O melhor método é aquele que funciona. O mais prático parece ser o das fichas ou verbetes. II – Desapegar-se de si e do mundo O trabalho criador requer desapego. O homem no trabalho não deve ser homem de vaidades, paixões, ambições. A inspiração não é compatível com o desejo, que afasta a verdade.

A verdade é essencialmente impessoal. III – Constância, paciência e perseverança O trabalho criador exige constância para manter-se firme, paciência para suportar as dificuldades e perseverança para evitar o gasto da vontade. Se promete executar, execute. Do contrário não é um intelectual. Ao terminar um trabalho deixe-o descansar. Depois volte a ele com olhar crítico e faça uma revisão. V – Não ir além das próprias forças Não empreenda um trabalho que está além das suas capacidades. Saiba dosar o tempo entre trabalho, descanso e lazer. O melhor meio de repousar seria equilibrar o trabalho de maneira que uma operação servisse de descanso a outra. III – Aceitar as provações O intelectual está exposto à crítica. E quando a crítica é leviana, ele sofre e tende a irritar-se.

Se toca no seu ponto fraco e não pode corrigir-se, aí é que se sente mais ferido. A luz pode filtrar-se através das fendas que o esforço expande. Uma vez lá dentro, por si própria, estende e reina. O verdadeiro intelectual não teme a esterilidade. Os resultados podem chegar tarde, mas chegam sempre. Cada indivíduo é único e o único é sempre necessário.

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