VANTAGEM COMPETITIVAS DE UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO PARA SUPERMERCADOS

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Administração

Documento 1

A metodologia utilizada foi um levantamento bibliográfico, composto por livros e artigos publicados na área, utilizando conceitos da Logística Empresarial. Os centros de distribuição para supermercados conferem vantagens competitivas às empresas dado a possibilidade de estocar em um mesmo local os bens e produtos vendidos, de forma que possam ser reduzidos os custos do processo, bem como oferecer melhor otimização no abastecimento das lojas e controle de faltas e sazonalidade dos produtos. PALAVRAS-CHAVE Logística, Supermercados, Centro de Distribuição, Vantagens Competitivas. INTRODUÇÃO O presente estudo visa apresentar o sistema logístico do varejo como peça fundamental nas estratégias das empresas no atendimento aos seus clientes e na promoção da qualidade dos serviços prestados, haja vista que os processos logísticos envolvem uma variedade de atividades indispensáveis na operacionalização das empresas para o atendimento ao consumidor final.

De acordo com Ballou (2006), as atividades logísticas a serem gerenciadas variam de acordo com as especificidades de cada organização. Visando garantir competitividade, Nogueira (2012) descreve que é necessário disponibilizar produtos e serviços no local desejado pelo cliente, cumprir os prazos assumidos, assegurar a qualidade na entrega, além de saber lidar com as incertezas, obter flexibilidade dos processos, oferecer um nível de atendimento elevado, bem como manter o controle das variáveis que afetam o serviço ao cliente. Considerando a distribuição física como parte final do processo e seu impacto no serviço ao cliente de supermercados, administração de movimentação de bens e produtos deve ser gerenciada de forma que atenda os fluxos logísticos de forma otimizada. Ainda sobre a justificativa para a escolha do tema, pode-se registrar que a logística tem papel fundamental na geração de custos para os varejistas, dependendo de sua adequada gestão para garantir vantagem competitiva.

Quanto às contribuições do estudo, versa-se sua importância para a aquisição de conhecimentos na área, de forma a preparar o aluno para o mercado de trabalho, exigente e dependente de bons profissionais. Como procedimentos metodológicos utilizados neste artigo, enquanto procedimentos técnicos, o trabalho emprega um levantamento bibliográfico, trazendo conceitos já estudados e divulgados sobre o tema através de estudos de outros pesquisadores. A função do varejo é intermediar as mercadorias entre o consumidor final e o fabricante ou atacadista. Assim, o varejista, que é o intermediário, adquire a mercadoria que quer vender do fabricante ou do atacadista, e oferece os produtos ao seus clientes finais nas suas lojas ou por outras formas de distribuição. Corroborando, Kotler e Keller (2006) citam que no varejo estão incluídas todas as atividades que envolvem as vendas de bens e serviços para os consumidores finais, de forma direta.

Ou seja, qualquer empresa que realize vendas diretamente ao consumidor final, podendo ser loja física, e-commerce, atacados ou varejistas, está trabalhando com varejo. A forma como os produtos e bens vão chegar até o consumidor final, também não influenciam para a definição do varejo, não importando a natureza da empresa que o exerce, e como visto, nem a forma como a distribuição acontece. Venda por máquinas Produtos oferecidos através de máquinas, instaladas em locais de grande fluxo de pessoas, como shoppings, feiras e outros; Café, refrigerante, salgadinhos, doces, sucos. Quadro 2 - Varejo sem loja Fonte: elaborado pelo autor, a partir de Las Casas e Garcia (2007, p. O varejo trabalha com estratégias para desenvolver suas atividades e conseguir se diferenciar de outros setores.

Em um mercado de grande competição, as equipes de vendas do varejo tem importante função, pois através delas as vendas podem ser aumentadas. Estas estratégias dizem respeito aos planos traçados para que a empresa alcance seus objetivos de venda de forma adequada. E as formas de abordagem também variam: pessoalmente, por telefone, pela Internet, via mala direta, e os vendedores das empresas podem ser internos e externos, além de que as formas de distribuição dos produtos são adequados nos canais conforme melhor disposição para atingir os clientes (CARVALHAIS; PATTO, 2007). Para ter sucesso nos negócios, os varejistas consideram o composto do varejo, que são alguns fatores aproveitados pelas empresas para chamar a atenção do cliente, bem como para se diferenciarem de seus concorrentes.

Para Levy e Weitz (2012, p. – tradução nossa), “O composto varejista é a avaliação das necessidades dos consumidores considerando pontos relevantes para o desenvolvimento mercadológico”. Assim, podem ser utilizados dentro do composto varejista fatores como a localização do varejo, o sortimento das mercadorias expostas, o design da loja e a exposição da mercadoria na loja, o preço praticado, o tipo de venda praticada, o preço, dentre outros. A partir da década de 90, com a grande dispersão de empresas mundiais, e grande parte movidos pela Globalização das economias, aumentou o número de empresas estrangeiras na área de supermercados instalados no Brasil, trazendo ao consumidor diversas opções na área, “a concorrência entre os supermercados ficou ainda mais acirrada ao final da década devido a grande globalização dos diversos setores comerciais inicializada no fim da década e grande quantidade de fusões e aquisições que perdura até os dias atuais” (SILVA, 2009).

Características dos Supermercados Os grandes supermercados utilizam estratégias de varejo para concorrem no mercado, dado a grande competição nesta área, onde os grandes supermercados precisam disputar a clientela não só com outras grandes empresas mas com os pequenos supermercadistas, muitas vezes setorizados, que também procuram atrair clientes, como os açougues, os hortifrutigranjeiros e as lojas de departamentos. Entre as estratégias dos grandes supermercados, algumas consistem em constituir marcas fortes que fazem a diferença na vida diária do consumidor. Assim, muitas lojas procuram expor uma linha completa de produtos que levam a sua marca, incluindo produtos de higiene e limpeza, e alimentos MADEIRA et al,, 2013). Outras estratégias dizem respeito às ações de Marketing visando o relacionamento diferenciado (SENHORAS, 2003) com os consumidores ou a presença constante na mídia.

Na atualidade é de extrema importância para redução de custos, novas práticas, tornando a operação rentável, lucrativa e com maior competitividade. Para Novaes (2007) a logística moderna procura coligar todos os elementos do processo – prazos, integração dos setores da logística da empresa e formação de parcerias com fornecedores e clientes, para satisfazer as necessidades e preferências dos consumidores finais. Atualmente, segundo Ballou (2009), a logística está focada principalmente nas operações manufatureiras ou militares, porém a medida que a economia continue a se deslocar da manufatura para serviços, surgirão oportunidades de adaptação dos atuais preceitos logísticos para estas empresas de serviços. Com a visão atual de sustentabilidade, os consumidores e a sociedade como um todo têm exigido serviços “mais limpos” (GUARNIERI, 2011, p.

obrigando as empresas a reverem os seus processos. diz que “distribuição física é o ramo da logística empresarial que trata da movimentação, estocagem e processamento de pedidos dos produtos finais da firma”. Entre os objetivos em se manter centros de distribuição, está a facilidade para as empresas em disponibilizarem os produtos aos seus clientes conforme suas compras e pelo menor custo possível. Assim, empresas que gerenciem a distribuição ou que possuem várias lojas localizadas numa mesma região, podem facilitar o atendimento de seus consumidores dispondo de um centro de distribuição onde armazenam os produtos, que serão carregados conforme a rota das entregas e outros fatores. Ainda sobre a logística de distribuição física, Ching (2010) afirma que a mesma diz respeito às relações entre a empresa e o cliente-consumidor, gerindo então a distribuição física dos produtos desde a compra até a sua entrega.

Hoje em dia, o enfoque mercadológico nas empresas é o valor dado ao cliente, ou seja, ao atendimento das necessidades dos clientes. O gestor com domínio em todas as etapas do processo de estocagem, pode otimizar o seu investimento em estoque, dando poder de barganha a empresa, que passa a investir de forma estratégica na produção e investimento dos seus recursos. O estudo de Borges, Campos e Borges (2010) cita as principais funções do controle dos estoques a fim de organizar o setor. Dentre as funções é possível citar: estipular o que deve ser mantido em estoque; quando reabastecer; as prioridades; qual a quantidade necessária para um período em questão; quando acionar o departamento de compras para a reaquisição; praticar as atividades de receber, armazenar e dispor do material estocado quando solicitado; levantar informações sobre a quantidade e valor do estoque; fazer inventários que sirvam de informação para avaliação além de desfazer os itens danificados ou que não são mais úteis à produção.

Formas de Recebimento Segundo Bertaglia (2003), o recebimento é o procedimento inicial ao receber um produto comprado, pode ser um bem ou insumo para produção; providencia-se o recebimento verificando as definições contidas em documento de transporte. Em alguns casos o próprio fornecedor realiza o transporte e entrega dos itens comprados, em outros casos, a entrega é terceirizada. No caso de pallets, estes podem ser lacrados com plástico assegurando assim, a sua conferência e preparação para carregamento. Entre os utilitários utilizados nesta área, podem ser citados a carga hidráulica para fardos, empilhadeira, macaco hidráulico tipo jacaré e paleteira manual. Expedição Bertaglia (2003) cita que a expedição é precedida pelas atividades de separação, emissão e carregamento dos produtos que serão movimentados, ou para abastecer determinada linha ou por terem sido vendidos.

Produtos com saída constante são armazenados mais próximo a área de expedição (carregamento), objetivando facilitar a saída dos produtos. A área maior, fica na área de estocagem de produtos acabados, ou área de expedição. Há maior operacionalidade no controle dos estoques, já que todos os produtos estarão em um mesmo lugar; c) Localização estratégica: a localização é importante na hora de atender o varejo, e pode significar facilidade de movimentação da mercadoria, diminuição de custos, rapidez e agilidade na entrega para o varejo; d) Controle de sazonalidade: um estoque com gestão unificada permite melhor controle sobre a sazonalidade, gerindo as variações de produtos em estoque de forma que não aconteçam impactos na venda por falta ou produtos em excesso; e) Redução de custos: a redução de custos de um centro de distribuição acontece por diversos fatores.

Há menor necessidade de fretamento, haja visto o ponto de entrega ser um único lugar, e com entrega programada; a manutenção e a estrutura são próprias; menor perda e desperdícios de produtos em estoque, pela otimização dos processos; f) Qualidade elevada: quando a operação se torna mais enxuta, pela otimização dos processos, o atendimento ao cliente final passa a ser superior, pois sua preocupação se torna o cliente. os prazos são melhor atendidos, os produtos estão sempre disponíveis para venda, resultando na satisfação do consumidor. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho teve como objetivo principal levantar as vantagens competitivas de um centro de distribuição para os supermercados, tendo em vista a necessidade que o setor supermercadista tem em reduzir os custos do setor e oferecer qualidade de atendimento ao cliente, na busca pela diferenciação.

A logística é um processo de gestão que viabiliza o fluxo de materiais, produtos e informações ao longo da cadeia de suprimentos, com o objetivo de englobar todos os estágios da organização, que interagindo mutuamente, melhor atende o consumidor final. RUBENICH, Raul. ª ed. S ão Paulo: Bookman, 2006. Logística Empresarial. ª ed. n. p. BOWERSOX, D. J. CLOSS, D. FARIA, Luiz C. de Q. ª ed, dados eletrônicos. Porto Alegre: AMGH Editora Ltda, 2014. CARVALHAIS, R. D. BATALHA, Mário Otávio. Os consumidores valorizam a coleta de embalagens recicláveis? Um estudo de caso da logística reversa em uma rede de hipermercados. Rev. Gestão & Produção, v. ª ed. São Paulo: Atlas, 1992. DAHER, Cecílio E,; SILVA, Edwin Pinto de La Sota; FONSECA, A, P. Logística Reversa: Oportunidade para Redução de Custos através do gerenciamento da Cadeia Integrada de Valor.

BBR – Brazilian Business Review, v. Santa Cruz do Sul: jun. dez. p. GUARNIERI, Patrícia. Logística Reversa: em busca do equilíbrio econômico e ambiental. LAS CASAS, A. L. GARCIA, M. T. Estratégias de Marketing para Varejo. Gerenciamento de Varejo. ª ed. New York: McGraw-Hill, 2012. MADEIRA, Adriana Beatriz, et al. O composto de marketing de varejo: um estudo multicaso no âmbito do setor supermercadista paulista. NOVAES, Antônio Galvão. Logística e gerenciamento na cadeia de distribuição. Rio de janeiro: Elsevier, 2007. PIRES, S. R. Disponível em: <http://www. feevale. br/Comum/midias/8807f05a-14d0-4d5b-b1ad-1538f3aef538/E-book%20Metodologia%20do%20Trabalho%20Cientifico. pdf>. Acesso em: 18 fev. semead. com. br/12semead/resultado/trabalhosPDF/685. pdf>. Acesso em: 18 fev.

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