UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO TICs NA EDUCAÇÃO: potencialidades e desafios

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Palavras-chave: Tecnologia da Informação e Comunicação. Prática Docente. Aprendizagem. Introdução A escola precisa apropriar-se das novas tecnologias da comunicação, como a Internet, por exemplo, às suas práticas. Da mesma forma que é papel da educação formal a alfabetização em língua materna, com a decodificação de letras e fonemas, é fundamental que ela alfabetize para a linguagem digital. A utilização e a evolução das tecnologias acompanharam o desenvolvimento das sociedades humanas. As transformações no tempo e no espaço, realizadas pelas pessoas e suas comunidades, ocorrem a partir de ações individuais e coletivas, sendo que as tecnologias são construções sociais cujos usos e aplicações são definidas pela atuação dos sujeitos que interagem com elas. Vale ressaltar que as tecnologias possuem uma história, se desenvolveram também de outras tecnologias, influenciadas e influenciando profundamente as pessoas que as utilizam.

No entanto, essas transformações eram mais morosas, através de etapas quase imperceptíveis em um período de tempo. A tecnologia atual, embora de evolução mais rápida, não é só resultado da inteligência da ciência contemporânea, mas é antes um “eco” do que vem sendo desenvolvido ao longo da história. Nessa onda, os conhecimentos e a cultura foram compartilhados através de mídias de massa (jornais, televisão, rádio) e através escola, principalmente. Atualmente, estaríamos na terceira onda, que se refere à Era Digital, onde não apenas se consomem informações, mas também se produzem conteúdos e os propagam através de blogs, redes sociais, entre outros. Essa última onda tem na interatividade um conceito chave. A escola, nesse contexto, deve fazer uso dessas características para implementar ações inovadoras, que favoreçam a autonomia dos alunos e que contem com a mediação e orientação do professor.

A escola é o primeiro e mais importante espaço de interação social da criança e do jovem, além da família. A utilização dos computadores e da Internet na educação foi sintetizada por Kampff, ressaltando que sua contribuição [. diz respeito a qualificar o ensino e a aprendizagem. Por meio de recursos de multimídia, o atendimento às múltiplas inteligências é favorecido. Com sistemas de simulação, é possível levantar e testar hipóteses. Utilizando ferramentas de colaboração, o conhecimento é construído coletivamente e torna-se maior do que a simples soma dos conhecimentos isolados de cada participante. mundo vive um acelerado desenvolvimento, em que a tecnologia está presente direta ou indiretamente em atividades bastante comuns. A escola faz parte do mundo e para cumprir sua função de contribuir para a formação de indivíduos que possam exercer plenamente sua cidadania, participando dos processos de transformação e construção da realidade, deve estar aberta e incorporar novos hábitos, comportamentos, percepções e demandas.

BRASIL, 1998, p. Vale ressaltar, que não é possível, pensando em uma educação em afinidade com as transformações sócias e tecnológicas, que apenas se adapte práticas ultrapassadas do mundo do “giz e do quadro” para o meio digital. Não basta migrar do meio analógico ao digital, é necessário superar as habilidades valorizadas num momento passado (memorização, repetição, compreensão, análise) e inserir no ensino as habilidades valorizadas na atual sociedade digital: síntese, simulação, compartimentação, novas percepções e sensibilizações (KENSKY, 2003). Para que o uso das TIC’s contribua para as práticas educativas, é necessário, dentre outras coisas, investir na formação e no embasamento teórico do professor, para que os docentes coloquem essas ferramentas digitais a serviço de seu planejamento.

Guardados os cuidados para que, de fato, as potencialidades das TIC’s sejam aproveitadas no ensino, através da mudança de pressupostos na educação, é muito importante que o professor faça uso das novas tecnologias, sempre que tiver oportunidade. Sendo as novas tecnologias encaradas como um entretenimento pelos alunos, cabe ao professor fazer uso dessa postura receptiva em aula para facilitar a aprendizagem dos estudantes, com mais participação, disposição e interesse por parte deles. Não podemos desconsiderar que pessoas são o cerne dos processos educativos. Dessa forma, é necessário realizar ações para que educadores e alunos possam tirar o melhor proveito das novas tecnologias. Limitar o uso da Internet a vontade de dar aulas "diferentes” é subestimar seu potencial pedagógico como instrumento de acesso às informações [.

BORGES, 2015, p. Rigor conceitual e aprofundamento teórico: interagir com um objeto educacional ou navegar na Internet não bastam. É necessário que essas ações estejam inseridas em um planejamento que considere o aprofundamento de conceitos e o estabelecimento de relações entre esses conceitos e outros temas. Outro desafio para qualificar o uso feito pelos professores dessas novas tecnologias reside na própria falta de entrosamento de muitos desses docentes com esses recursos, devendo, inicialmente, esses profissionais sejam incluídos no mundo digital de forma solida e adequada. Enfim, apesar dos desafios que se apresentam para a utilização das Tecnologias da Educação e Informação nas escolas, essa inserção deve ser uma meta a ser buscada. Primeiramente, porque a escola é a oportunidade de democratização desse conhecimento e dessa nova linguagem para um contingente muito grande de alunos que, nas suas casas, não teriam oportunidade de interação com essas ferramentas.

Portanto, deve ser uma prática escolar, não somente utilizar as TIC’s nas aulas das disciplinas curriculares, mas oportunizar o aprendizado sobre as tecnologias em si: como funciona um computador, como construir um blog, como anexar um arquivo em uma plataforma de compartilhamento, etc. Outro fator, que justifica o uso dessas novas tecnologias nas aulas, é a necessidade de desenvolver nos estudantes competências mais alinhadas com as demandas atuais da sociedade, como a capacidade de interação, a autonomia e o protagonismo buscado para os alunos. Enquanto a educação tradicional pautava-se na repetição e na memorização, busca-se hoje um ensino que oportunize a criatividade, a solução de problemas, o trabalho em equipe e o protagonismo dos alunos. Desafios a serem superados também foram discutidos, como o entendimento, por parte de alguns professores, de que as TIC’s são garantia de melhoria da qualidade de ensino, o que se sabe que só ocorrera com a mediação consistente do professor.

No entanto, para isso, o professor também precisa estar familiarizado com as novas tecnologias e precisa estar inserido no mundo digital, como consumidor e produtor de conteúdo. A precariedade das ferramentas digitais presentes em muitas escolas é outra questão a ser superada. Retomando, para que a educação mude com o uso das TIC’s, é necessário perceber que as tecnologias não são somente ferramentas, mas antes são instrumentos importantes que precisam ser explorados, em sala de aula, em todo seu potencial. Isso ocorre quando existe uma proposta educativa onde o aluno possa ser o protagonista do seu aprendizado, sob a supervisão e mediação do professor. Ainda se encontra resistência entre alguns professores, especialmente em decorrência da pouca familiaridade com as novas tecnologias e do apego ao papel de detentor do conhecimento.

Investir em formações, cobrar das mantenedoras as capacitações necessárias e oportunizar o acesso desses profissionais as TIC’s pode auxiliar na superação desses entraves. Sabe-se que é um desafio árduo, por isso é fundamental que cada professor seu papel nessa mudança, para assim contribuir para a educação com vista à construção de cidadãos íntegros, dinâmicos, criativos e ávidos por novos conhecimentos. REFERENCIAS BORGES, R. O uso da Webquest no ensino de Geografia: considerações a partir da prática docente. gov. br/seb/arquivos/pdf/geografia. pdf>. Acesso em: 04 jun. FREIRE, P. In: ULBRA (Org. Tecnologias da educação e da comunicação na educação. Curitiba: Ibpex, 2007. KENSKI, V. M. Acesso em: 03 jun. LIMA, A. L. D. Séries Iniciais do ensino fundamental: o papel das TIC na etapa mais desafiadora do ensino básico.

Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000. PRENSKY, M. Nativos digitais, imigrantes digitais. Disponível em: <http://pt.

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