ÚLCERAS EM PÉS DIABÉTICOS

Tipo de documento:Resumo

Área de estudo:Medicina

Documento 1

Quando o sistema imunológico ataca essas células, pouca ou nenhuma insulina é liberada, o que contribui para o prejuízo da absorção da glicose, caracterizando o diabetes tipo 1, que acomete crianças e adolescentes e também presente em 5 a 10% do total de indivíduos portadores de diabetes. Outra forma mais comum da doença, é o diabetes tipo 2 acometendo aproximadamente 90% das pessoas diagnosticadas. O diabetes tipo 2 surge quando o organismo não consegue utilizar de forma correta a insulina que produz ou quando não produz o suficiente para conseguir controlar a glicemia. Apesar de fatores genéticos também contribuírem para o desencadeamento do diabetes tipo 2, os casos mais comuns envolvem pessoas acima do peso e com desequilíbrio alimentar. Para auxiliar na retirada do açúcar da corrente sanguínea, os médicos habitualmente prescrevem o uso insulina, modificação na rotina alimentar, atividades físicas e outros medicamentos para o controle glicêmico.

Para o ano de 2040 está previsto que aproximadamente 227 milhões de pessoas desenvolvam novos casos da doença. O impacto foi tão importante que, em 2015, ocorreram cinco milhões de mortes por DM, isto implica dizer que houve um óbito a cada seis segundos. O Brasil é o quarto país com o maior número de pessoas com DM no mundo. Estima-se que atualmente 14,3 milhões de brasileiros tenham a doença. O risco de amputação de membros em pacientes diabéticos portadores de úlceras nos pés é aproximadamente 40 vezes maior que na população em geral. Alterações na marcha são frequentes, em geral com sobrecarga na região plantar do ante pé, na projeção da cabeça dos metatarsianos, que é a área de maior frequência de úlceras no portador de pé diabético.

No diabético ocorre uma dificuldade cicatricial das feridas, devido ao comprometimento da perfusão sanguínea, evitando um adequado fornecimento de oxigênio, nutrientes e antibióticos. Isso faz com que os estágios iniciais do reparo tecidual fiquem desorganizados, ocasionando um atraso no processo de regeneração tecidual. Apesar do acima exposto, o pé diabético é muitas vezes apresenta deficiências no seu diagnóstico e manejo. Diagnóstico do pé diabético em risco para úlceras O diagnóstico é clínico, realizado através da avaliação de alterações neurológicas, vasculares e mecânicas que permitem avaliar e classificar o pé de acordo com o risco de ocorrência de úlceras. As indicações das coberturas devem ser escolhidas mediante o predomínio do tipo de tecido e a prioridade que o tratamento exija, no momento da avaliação da ferida.

A oxigenoterapia hiperbárica, tem sido usado para tratar uma extensa variedade de feridas, consistindo na inalação de oxigênio a uma pressão de 100%, muito acima da pressão atmosférica, aumentando a quantidade de oxigênio dissolvido no sangue. Essa abordagem terapêutica tem sido usada como um tratamento adjuvante para úlceras do pé diabético; no entanto a eficiência ainda é limitada. Em um estudo, Kaya et al, trataram 184 pacientes com úlceras do pé diabético utilizando o oxigênio hiperbárico. Os autores relatam que 63% dos pacietnes responderam ao tratamento enquanto 17% não apresentaram melhora e 21% foram submetidos à amputação. Os primeiros geralmente aplicados para a remoção, corte e coagulação de tecidos, enquanto que os lasers de baixa potência são mais comumente aplicados em processos de reparação tecidual, tais como traumatismos musculares, articulares, nervosos, ósseos e cutâneos.

Os efeitos fotobiológicos da radiação laser, convencionalmente, podem ser divididos em curto e longo prazo. As respostas em curto prazo são aquelas nas quais o efeito pode ser observado poucos segundos ou minutos após a irradiação. Já os efeitos observados em longo prazo são aqueles que ocorrem horas ou ainda dias após o final da irradiação e, usualmente, envolvem nova biossíntese celular, especialmente na fase proliferativa da inflamação. Os efeitos do laser de baixa potência podem ser observados no comportamento dos linfócitos aumentando sua proliferação e ativação; sobre os macrófagos, aumentando a fagocitose; elevando a secreção de fatores de crescimento de fibroblasto e intensificando a reabsorção tanto de fibrina quanto de colágeno. Observou-se ainda, um melhor escore através de um instrumento utilizado para avaliar a qualidade de vida, em pacientes que receberam a LTBP.

Na prática clinica, encontrar um plano de tratamento para ajudar a resolver a questão das úlceras em pé diabético consiste em uma tarefa difícil, sendo o mais indicado a combinação de diferentes estratégias de tratamento. Referências Reiber GE, Ledoux WR. Epidemiology of diabetic foot ulcers and amputations: Evidence for prevention. In: Williams R, Herman W, Kinmonth AL, Wareham NJ. Rev Bras Enferm. Salcido R, Adrian P, Chulhyun A. Animal models in pressure ulcer research. J Spinal Cord Med. Amin N, Doupis J. Efficacy of low-level light therapy for treatment of diabetic foot ulcer: A systematic review and metaanalysis of randomized controlled trials. Diabetes research and Clinical Practice. Henriques ACG, Cazal C, Castro JFL. Ação da laserterapia no processo de proliferação celular: Revisão de literatura.

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