TUMOR ODONTOGÊNICO CERATOCÍSTICO TOC: IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO NOS CONSULTÓRIOS E CLÍNICAS OD

Tipo de documento:Projeto

Área de estudo:Odontologia

Documento 1

Com relação a sua origem, há duas teorias para o seu desenvolvimento: uma afirma que ocorre a partir de remanescentes da lâmina dentária e a outra a partir da proliferação de células da camada basal do epitélio oral (MOURA 2016). Após décadas de estudo, baseado em seu comportamento biológico a Organização Mundial de Saúde (OMS) reclassificou esta lesão passando a denominá-la tumor odontogênico ceratocístico (BALMIK, 2011). Os ceratocistos odontogênicos ocorrem em diversas fases da vida, contudo, a maior frequência de casos ocorre entre a segunda e a terceira década de vida. Os ceratocistos odontogênicos têm maior incidência no gênero masculino, são encontrados mais frequentemente em região de corpo, ramo ascendente e ângulo da mandíbula do que na maxila, e seus sintomas clínicos, quando ocorrem, são tumefação e dor.

Eventualmente, há relatos de parestesia do lábio e dos dentes inferiores. Nos casos de maiores lesões deve ser optado a marsupialização seguida de enucleação dalesão. Lembrando sempre de que cada caso é individualizado e depende do gênero, idade do paciente e dimensão da lesão (PEIXOTO, 2008). Nesse sentido, o presente estudo tem o objetivo de realizar uma revisão de literatura sobre o Tumor Odontogênico Ceratocístico, relatando a importância da sua descoberta por meio da solicitação dos exames complementares nos consultórios e clínicas odontológicas, e condutas a serem realizadas após esse achado. JUSTIFICATIVA DO TEMA O ceratocisto odontogênico é uma forma diferente de cisto odontogênico do desenvolvimento, dessa forma devido a suas características histopatológicas e comportamento específico, merece consideração especial de estudo.

Ao que se refere aos cistos odontogênicos como, por exemplo, cisto dentigero e o cisto radicular, acredita-se que esses continuam a crescer como consequência da pressão osmótica dentro do lúmen cístico, porém não é o que ocorre com o tumor odontogênico ceratocístico, uma vez que seu crescimento está relacionado a fatores desconhecidos advindos do próprio epitélio ou da parede cística. HIPÓTESE Acredita-se que a realização mais frequente de exames de imagens, como radiografias, possibilitem aumento nos diagnósticos para TOC, permitindo que em todos os estágios, sejam os iniciais, intermediários ou avançados o tumor seja interrompidos a tempo de impedir uma maior destruição óssea, e assim poderá ser obter um prognostico satisfatório e uma nova perspectiva de vida para os pacientes.

METODOLOGIA 2. Classificação da pesquisa O presente trabalho se desenvolverá a partir de levantamentos teóricos na literatura existente e da análise desses, portanto trata-se de uma pesquisa bibiográfica, pois tem como intenção realizar uma fundamentação teórica através de livros, normas técnicas e publicações a fim de aprimorar o conhecimento do tema. No que se refere à natureza da pesquisa, classifica-se como básica, conforme Moresi (2003, p. descreve que: “A pesquisa básica objetiva gerar conhecimentos a serem utilizados em outros estudos e pesquisas, sem apresentar finalidades imediatas”. Fontes para coleta de dados A coleta de dados para a pesquisa ocorrerá por meio das bibliotecas digitais de artigos científicos, especificamente por meio de artigos indexados nas bases de dados PEDro, ,BVS, SciELO e PubMed.

Trata-se de plataformas que fornecem artigos de fontes seguras e verificadas para garantir a veracidade das informações utilizadas pela pesquisa. Caracterização da amostra pesquisada Para realização da pesquisa será pesquisado nas bibliotecas digitais de dados os termos "tumores odontogênicos ceratocístico" e "Ceratocisto Odontogênico" e seu correlato em inglês "keratocystic odontogenic tumors". Serão inclusos na amostra artigos publicados em português e inglês, que tenham sido divulgados entre os anos de 2005 e 2020, assim como documentos que estejam disponíveis integralmente nas bibliotecas digitais. Serão excluídos da amostra artigos que explorem os tumores ceratocistos fora do ambiente odontológico ou que se preocupem apenas com levantamentos anatômicos e fisiológicos desses, como também não serão inclusos ao trabalho artigos derivados de anais de congresso e livros.

Além disso, serão selecionados os artigos que envolvem o tema, serão analisados aqueles que corroborem ou se contraponham a hipótese, ou seja, aqueles que indicam que a identificação precoce do tumor contribuiu para minimizar perdas ósseas, ou aqueles em que a perda foi inevitável, a identificação desses artigos ocorrerá pela leitura integral dos mesmos. Dentre todos os artigos que participaram da análise e leitura, será selecionado ao menos cinco para compor a descrição dos resultados e realização das discussões. Os dados obtidos serão tratados através do software Excel e convertidos e tabelas e gráficos, demonstrando o total de artigos encontrados, quantos foram selecionados para a leitura a partir do título, quantos foram excluídos por duplicidade, quantos foram lidos integralmente, quantos responderam sim para cada uma das perguntas citadas e por fim quantos foram selecionados para discussão.

REFERENCIAL TEÓRICO 3. O que são tumores odontogênicos ceratocístico? O tumor odontogênico ceratocístico é uma lesão originada de células da lâmina dentária, que afeta principalmente a região dos maxilares. Posteriormente estudo imunohistoquímico comparativo da proliferação de células epiteliais entre queratocisto odontogênico, cisto odontogênico ortoqueratinizado, cisto dentígero e ameloblastoma evidenciou que valores do marcador de proliferação celular de TOC são aproximados dos de ameloblastoma, sendo ambos maiores que os valores de cistos dentígeros ou cistos odontogênicos ortoqueratinizados (THOSAPORN et al. Além disso, estudos com marcadores de proliferação celular têm comprovado a superioridade da capacidade proliferativa de suas células quando comparado a outros cistos odontogênicos (SOUZA et al. apud FEITOSA, 2017).

Características clínicas De maneira geral tumores odontogênicos ceratocístico são clinicamente assintomáticos, a menos que haja infecção associada ao mesmo (BALMICK et al. Apesar de maioria assintomática, os acometidos por esse tumor podem apresentar graves sintomas, que variam dependendo da extensão do tumor ou infecção associada a ele, podendo ocorrer dor, aumento de volume tanto de tecidos duro quanto moles, tumefação, parestesia, além disso, casos mobilidade e deslocamento dos dentes associados a lesão (NOGUEIRA et al. As maiores incidências de tumor odontogênico ceratocístico são em indivíduos do sexo masculino, sendo detectadas principalmente na segunda ou terceira década da vida do paciente (NOGUEIRA et al. Entretanto, estudou de Moura et al (2016), analisaram 96 pacientes acometidos por TOC evidenciando que a maior população afetada possuía entre 10 e 20 anos.

A incidência de TOC pode ocorrer de forma eventual ou associada à síndrome do carcinoma basocelular nevóide (SCBN), descrita pela primeira vez por Gorlin e Goltz, em 1960, como uma síndrome compreendida por múltiplos carcinomas basocelulares, múltiplos TOC e anormalidades esqueléticas (DINIZ, 2012). Além disso, outra característica importante no estudo do TOC é sua alta taxa de reincidência, comparado aos demais tumores, de modo geral são verificadas recorrências do tumor em até cinco anos após a remoção da lesão, no entanto salienta-se a existência casos que ocorra o reaparecimento do tumor até 10 anos após a remoção (CUNHA et al. Nesse sentido, Balmick et al. Ao que se refere ao tratamento dos TOCs atualmente não há consenso entre qual a melhor abordagem terapêutica, por isso, o tratamento pode variar de acordo com diversos fatores como, por exemplo, histórico do paciente, grau da lesão e preferência do profissional.

De modo geral os tratamentos são classificados como conservador ou agressivo (OLIVEIRA et al. Tratamentos conservadores Entre os tratamentos classificados como conservadores destacam-se a enucleação simples, ou por prévia marsupialização e posterior enucleação para lesões extensas (SANTOS et al. A enucleação corresponde à inserção cirúrgica para remoção integral da lesão, contudo, dependendo da extensão da lesão, experiência do profissional e dificuldade de acesso a cirurgia pode não ser eficiente para elucidação do problema (NOGUEIRA et al. Nesse tratamento é fundamental ao profissional objetivar a remoção completa da lesão, incluindo a cápsula cística como forma de minimizar o risco de reincidência do tumor em 33% (SERRA, 2014). Nessa técnica, há a remoção de 1,5 a 2 mm do osso exposto durante a remoção cirúrgica do TOC bem como a remoção de restos epiteliais adjacentes que podem estar contaminados (NOGUEIRA et al.

Contudo, trata-se de um processo pouco recomendado pela literatura, uma vez que é de baixa precisão e pode elevar o contágio devido ao uso de instrumentos rotatórios (SERRA, 2014). A solução de Carnoy baseia-se na necrose química de até 1,5 mm de tecido, como margem de segurança após a enucleação. A solução empregada para necrose é composta comumente por 6 ml de álcool absoluto; 3 ml de clorofórmio; 1g de cloreto férrico e, 1 ml de ácido acético glacial (NOGUEIRA et al. A recessão é o tratamento mais agressivo dentre os comumente aplicados ao TOC, e consiste na remoção cirúrgica da lesão além da remoção de um cm de tecido adjacente, incluindo epitélio e osso. buco-maxilo-fac.  vol.  no.  Camaragibe . Disponível em < http://revodonto.

ncbi. nlm. nih. gov/27050804/ > Acesso em 21 de maio de 2020 DINIZ, M. G. et al. WHO Classification of Head and Neck Tumours (4th edition). IARC: Lyon, 2017. FEITOSA, S. G. Dísponivel em < Dísponivel em < https://www. redalyc. org/pdf/850/85001808. pdf > Acesso em 15 de maio de 2020. MALMANN, C. Portal metodista. v. n. São Paulo. Dísponivel em < https://www. Col. Bras. Cir.   Rio de Janeiro ,  v.  n. M. et al. Patologia Oral & Maxilofacial. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan. ed4. Re UNINGÁ Review. Vol. n. pp. Dísponivel em < http://www. ifrn. edu. br/ojs/> Acesso em 15 de Maio de 2020. OLIVEIRA MM, Mascatto DS, Oliveira JM, Jardim ECG. Tratamento de Tumor Odontogênico Queratocístico. T. GERHARDT, T. E Métodos de Pesquisa. ª Ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009. uk/download/pdf/61017725. pdf> Acesso em 15 de Maio de 2020.

SLOOTWEG PJ. P53 protein and ki-67 reactivity in epithelial odontogenic lesions. An immunohistochemical study. Oral Dis, 2004. Disponível em < https://pubmed. ncbi. nlm. nih. KAMEI, N. C. Queratocisto Odontogênico em Região Anterior de Maxila: Relato de Caso. Rev Cir Traumatol Bu- co-Maxilo-fac. Disponível em < http://www.

81 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download