Transições dos sistemas de saúde

Tipo de documento:Projeto

Área de estudo:Medicina

Documento 1

No entanto, ao longo dos anos, a população passou a se preocupar com esse modelo, mas ainda com ensejo no curativismo, de modo que políticas direcionadas à prevenção ou promoção da saúde não foram efetivamente priorizadas (CORDOBA, 2013). Além da preocupação com epidemias, as ações do Estado eram restritas a medidas regulamentadoras da vida urbana, que tinham como objetivo a condição geral de salubridade das populações (ESCOREL; TEIXEIRA, 2008). O sistema de saúde brasileiro é integrado por diversas organizações públicas e privadas, concebidas em diferentes períodos da história. No começo do século XX, o sistema de saúde era caracterizado pelo antagonismo entre a saúde pública e a assistência médica; o sistema de saúde pública era alheio à proteção social, que era fragmentada, enquanto os sistemas de assistência médica privados eram centralizados nas regiões urbanas (ALMEIDA et al.

Segundo Braga e Paula (2006), O Ministério de Saúde dessa época mantinha um sistema de assistência médica da previdência social, cujos serviços eram oferecidos através de institutos de aposentadoria, tendo essa estrutura permanecido praticamente inalterada até 1953, quando foi criado o Ministério da Saúde. aponta para o débil caráter institucional do SUS, que é moldado a “golpes de portaria”, uma vez que diversas NOBs – Normas Operacionais Básicas – foram efetivadas, com o intuito de definir os aspectos operacionais, financeiros e estruturantes do novo modelo. O formato regionalizado da rede composta pelo SUS torna possível a distribuição de centros de saúde, laboratórios, hospitais, ambulatórios etc. em uma região, de maneira que os serviços básicos sejam descentralizados, enquanto os serviços especializados são mais centralizados (PAIM, 2015).

O advento do SUS não significou somente a transição de um modelo de gestão da saúde predominantemente centralizado, com aspectos herdados do período de regimes políticos autoritários, para um modelo descentralizado, com maior autonomia de estados e municípios; a transição também contribuiu para o rompimento do padrão de política social adotado àquela época, em que as demandas sociais eram tratadas sob uma perspectiva excludente (FLEURY; OUVERNEY, 2012). Embora bem sucedido, é necessário reconhecer que o SUS ainda carece de medidas que valorizem os médicos, que preferem o setor privado ao sistema público devido à diferença de remuneração. com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(11)60054-8/references?code=lancet-site. Acesso em: 2 nov. BRAGA, José Carlos de Souza; PAULA, Sérgio Goes de.

 Saúde e previdência: estudos de política social. ed. Acesso em: 02 nov. CORDOBA, Elisabete.  SUS e ESF: sistema único de saúde e estratégia saúde da família. São Paulo: Rideel, 2013. ISBN 978-85-3392-494-9.  Planejamento e políticas públicas, Rio de Janeiro, n. p. jun. FLEURY, Sonia; OUVERNEY, Assis. O sistema único de saúde brasileiro: desafios da gestão em rede. Acesso em: 2 nov. GERSCHMAN, Silvia; SANTOS, Maria Angélica Borges dos. O sistema único de saúde como desdobramento das políticas de saúde do século XX.  Revista brasileira de ciências sociais, São Paulo, v. n. considerações sobre o processo de formulação das NOBs.  Ciência & saúde coletiva, São Paulo, v. n. p.

DOI https://doi. l. Fiocruz, 2015. p. ISBN 978-85-7541453-8.  E-book. pdf. Acesso em: 2 nov.

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