Transformações na estrutura produtiva global, desindustrialização e desenvolvimento industrial no Brasil: uma contribuição ao debate

Tipo de documento:Resumo

Área de estudo:Economia

Documento 1

Mainstream Os adeptos da corrente conhecida como Mainstream baseiam-se seus estudos no estudo seminal que desembocou no chamado “modelo de Solow” aonde, basicamente, a especialização nos mais diversos setores da economia – especialização setorial – não são relevantes para o crescimento econômico. Fazem parte deste rol de modelos aqueles conhecidos como neoclássicos tradicionais na qual o crescimento econômico é derivado da acumulação de fatores de do progresso técnico – este de caráter exógeno (fora do modelo, dado). Evoluções neste tipo de explicação – como com o de crescimento endógeno – ainda sim não incluem a especialização como motor do crescimento econômico. Mesmo nas derivações do “modelo de Solow” tradicional que buscam ampliar tanto o conceito de capital como incluir na função de capital o estoque de capital humano, a especialização do trabalho se mostra ausente.

Nos modelos de crescimento endógeno, há o reconhecimento de que as atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) pode gerar externalidades positivas, pois as mesmas possuem todas as características inerentes aos bens públicos. b. Kaldoriano Já a tese de Kaldor pode ser considerada como um contraponto aos modelos do mainstream econômico. Dentro da defesa da indústria como motor do crescimento econômico, deveria haver um apoio à industrialização uma vez que o processo industrial embute economias estáticas e dinâmicas de escala, concentra o progresso técnico e produz o efeito encadeamento sobre setores na economia como um todo. Para justificar o dinamismo do setor industrial e, por conseguinte, a sua relevância econômica, os autores adeptos desta teoria destacam o uso de variáveis macroeconômicas que deverão ser utilizadas como forma de impulsionamento da indústria – a taxa de câmbio seria a variável mais destacada.

Dentro dos autores que se valem das ideias de Kaldor para o crescimento econômico, destaca-se principalmente no Brasil os chamados novo desenvolvimentistas. Nos estudos econométricos, a indústria brasileira ainda poderia apresentar dinamismo aproveitando as economias de escala estática e dinâmica. Agregando aos estudos anteriores a análise de importação de bens comercializáveis, Morceiro (2012) verificou um significativo aumento nos setores com investimentos tecnológicos. Diante disso, o dinamismo estaria comprometido, uma vez que os bens produzidos concorriam diretamente com bens importados. Os estudos apresentados se conectam de maneira complementar, no entanto, possuem dificuldades em analisar as mudanças globais e identificar o impacto na industrialização brasileira. Adiante, trataremos de novos dados para argumentar a temática do texto sobre desenvolvimento estrutural da produtividade do país.

Segunda tendência é o estudo do aparecimento da China a grande produtora de bens manufaturados que soube aproveitar o movimento das atividades manufaturadas e, do processo mais simples de montagem de uma cadeia produtiva, tornou-se a potência que é nos dias atuais de produção e exportação de produtos manufaturados. Por outro lado, pode-se observar a potência de importação de insumos e matérias-primas para sua produção – com destaque nos produtos minerais e energéticos. Tal demanda é o efeito mais conotado sobre o aumento dos preços de commodities brasileiras, segundo Medeiros (2013). Ademais, a mão de obra de baixo custo tem refletido diretamente na redução do custo de produtos manufaturados (computadores e afins) e em outros setores também. Seguindo essa tendência chinesa, a industrialização global sofrerá o impacto da competição acirrada de produtos manufaturados e em ascendência evidente para as próximas décadas.

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