Transdisciplinaridade em Matemática como ferramenta na educação financeira

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Matemática

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A educação no Brasil carece de maior qualidade e mudanças em sua metodologia. Palavras-chave: Transdisciplinaridade. Educação Financeira. Ensino Médio. Matemática. O presente artigo apresenta esta temática contemporânea com o objetivo de chamar a atenção para novas formas de ministrar o ensino dentro das escolas, tendo como público alvo os alunos do ensino médio e a disciplina matemática, ambos envolvidos na promoção de aprendizagem na educação financeira. É fato notório os avanços da tecnologia e os efeitos da globalização na atualidade. As formas de comprar e vender, de se comunicar e se relacionar, de trabalhar e tantas outras vertentes mudaram radical e velozmente nas duas últimas décadas. Lamentavelmente, a pedagogia e metodologia escolar não mudou tanto assim, deixando de acompanhar as evoluções tecnológicas.

Embora novas propostas de ensino, tais como o EaD (Ensino à Distância) estejam cada vez mais presentes no cenário educacional, ainda se faz necessário outros progressos. As demandas atuais da economia agregadas às demandas futuras, o momento financeiro delicado que o país atravessa e as incertezas a título mundial justificam todo e qualquer esforço no viés de oferecer às gerações futuras, que iniciam sua carreira profissional agora, uma estabilidade educacional que proporcione ferramentas eficazes para lidar com o cenário apresentado. O ENSINO TRADICIONAL FRAGMENTADO VERSUS A PROPOSTA TRANSDISCIPLINAR Quando mencionado o termo ensino fragmentado, o artigo não visa, pretensiosamente, dar uma conotação negativa a metodologia de ensino. O ensino fragmentado diz respeito ao método de ministrar as disciplinas separadamente, sem nenhuma forma de integração entre elas.

Esse método, usado durante anos, certamente ofertou o que era necessário para a construção do conhecimento. A questão é que a educação precisa acompanhar as novas demandas que se apresentam. “A missão da escola é cumprir a cada instante com as exigências de um mundo em permanente transformação”. DANTAS, 2016, p. Uma das exigências atuais é integrar o ensino. A proposta transdisciplinar, além de promover esse tipo de integração entre as diferentes disciplinas, acrescenta o incentivo de buscar no meio externo conhecimentos complementares, não se prendendo apenas nos recursos pedagógicos disponíveis na grade de ensino. Transdisciplinaridade vai além da proposta multidisciplinar, pois incentiva a educação pautada em várias disciplinas atuando em conjunto, mas acrescenta outros elementos que não necessariamente sejam disciplinas pedagógicas.

O conceito ou definição para o termo transdisciplinar não é simples de expor. De acordo com Rodrigues (2016, p. “o termo transdisciplinaridade não é facilmente caracterizado. A transdisciplinaridade trata da inovação de se trabalhar, em ambientes de aprendizagem, dois ou mais conteúdos frente à uma única linha de raciocínio”. A proposta do ensino transdisciplinar é tendência contemporânea e deve ser mais bem estudada no sentido de compreender quais as formas disponíveis para aplicá-la. Portanto, a vida do aluno pertencente ao ensino médio tende a oferecer vários e simultâneos desafios. No campo educacional, um ensino de qualidade se faz fundamental. Ao ingressar no ensino médio, o aluno tem à frente três anos para decidir qual carreira profissional deseja seguir e, portanto, qual curso superior irá escolher ao ingressar na faculdade.

Existem características controversas a este período específico no ensino. “O ensino médio é o nível de ensino que provoca os debates mais controversos, seja pelos persistentes problemas do acesso e da permanência, seja pela qualidade da educação oferecida”. Conforme citação, muitas vezes o que causa desinteresse por parte dos alunos, é o fato de terem expectativas não atingidas sobre o ensino e orientação que irão receber. Essa realidade confirma o fato de o ensino educacional estar carente quanto à sua qualidade, o que refletirá na atratividade para os alunos. Dentre as disciplinas que devem oferecer conceitos atrativos aos alunos, está a matemática. O artigo aborda mais adiante a matemática financeira. A frase “a matemática está em tudo” é amplamente difundida e aceita no dia-a-dia das pessoas.

O fato é que a matemática está e estará presente durante toda a vida das pessoas. “A importância do ensino da Matemática aborda um meio de algo imprescindível na formação social, intelectual e, além disso, no desenvolvimento da autonomia e da crítica do educando”. DANTAS, 2016, p. Tornar a disciplina matemática interessante, assim como as demais disciplinas, muito depende da forma como as aulas são ministradas. O papel do professor é fundamental neste cenário. Uma ação que caracteriza a matemática transdisciplinar que promove a educação financeira é transmitir o conteúdo fazendo com que os alunos compreendam como aplica-lo em suas vidas, nas situações em que se deparam no seu cotidiano. O aluno é incentivado e impelido a apresentar ocorrências que ele presenciou e as dificuldades encontradas para resolvê-las e desta forma, o aluno para a ser parte do processo, não somente receptor de informações.

LOVATTI, 2016). A educação financeira é um tema que interessa todas as pessoas, sem exceção, porque ela está diretamente envolvida nas decisões financeiras do dia-a-dia. No ambienta familiar, a título de exemplo, é preciso conhecer a matemática financeira para saber como gerar economia nas compras e como obter maior rentabilidade em investimentos. É o caso das escolas americanas que já adotam a matemática financeira em sua grade curricular. Segundo artigo dos autores Silva e Powell (2013), ao final das aulas de educação financeira, os alunos estarão habilitados para: • Pesquisar, avaliar e aplicar a informação financeira; • Definir objetivos financeiros e traçar o planejamento para alcançá-los; • Desenvolver potencial para geração de renda e capacidade de poupar; • Utilizar adequadamente e de modo efetivo os serviços financeiros; • Conhecer as obrigações financeiras; • Construir e proteger a riqueza.

A crise econômica que permeia o ambiente mundial, a instabilidade financeira, fruto do desemprego no Brasil, as ofertas de diversas e variadas linhas de crédito, entre outros panoramas, justificam a proposta de promover a educação financeira enfaticamente no período do ensino médio. Muniz Junior (2010, p. chama a atenção para outra realidade: “diante da realidade do sistema previdenciário brasileiro, poupar e investir são ações que merecem uma atenção especial. A educação financeira envolve aprender a matemática; entender e pontuar o comportamento do dinheiro levando em conta o fator tempo; saber como organizar finanças a curto, médio e longo prazo; entender temas pertencentes à economia, tais como PIB (Produto Interno Bruto), inflação e diferentes índices econômicos, como IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) entre outros.

Os jovens, público característico do ensino médio, necessitam especialmente de orientação financeira. Estes estão mais propensos a se endividarem com os cartões de crédito, contas com telefonia móvel e inexperiência em administrar uma conta bancária. Tal orientação pode ser oferecida pelas aulas de matemática financeira mais enfaticamente no ensino médio. Embora a proposta da educação financeira seja positiva e ofereça recursos fundamentais para que os alunos tenham condições de tomar suas próprias decisões no viés financeiro, ou seja, tenham condições de alcançar sua autonomia, ainda existem dificuldades para implantar essa disciplina na grade pedagógica escolar. É difícil a aceitação de que o ensino deve ultrapassar os muros da escola, literalmente falando.

O papel da educação é instrumentar o “cidadão para que este tenha o intuito de transformar a sociedade e posicionar-se frente as adversidades. Para tanto é necessário que os conteúdos escolares perpassem além do espaço escolar”. RODRIGUES, 2016, p. Os desafios apontados acabam tornando a questão da transdisciplinaridade um tanto quanto controversa. Parte dos alunos acham que não terão êxito no aprendizado por se tratar de uma disciplina de difícil compreensão. Concluem erroneamente que os conhecimentos transmitidos pela matemática de nada lhes servirão futuramente, em suas atividades do cotidiano. A matemática, porém, está inserida na rotina de todas as pessoas, quer se deem conta disso ou não. A matemática financeira, especificamente, tem como proposta disciplinar, habilitar o aluno para compreender e tomar decisões coerentes com respeito à administração do dinheiro.

Isso pode ocorrer no ambiente familiar, no momento de decidir comprar à vista ou a prazo; adquirir um imóvel entre outras coisas. Pontuar quais os profissionais ou disciplinas complementares, extra pátio escolar, é ainda outro desafio. No caso da educação financeira, a idade apropriada para iniciar a disciplina também é um ponto de interrogação, ainda não definido. O fato é que a educação no Brasil carece de intervenções emergentes e até mesmo radicais visando oferecer qualidade no ensino e atratividade aos alunos. Enquanto questões conflitantes não são resolvidas, quem perde são os educandos e, consequentemente, o desenvolvimento do país. REFERÊNCIAS BRASIL. ª edição. Rio de Janeiro: Abrindo Página, 2016, 64p. KRAWCZYK, Nora. Reflexão sobre alguns desafios do ensino médio no Brasil hoje.

Cadernos de pesquisa, vol. Disponível em: <http://www. ebrapem2016. ufpr. br/wp-content/uploads/2016/04/gd15_flavia_lovatti. pdf> Acesso: 26 jul 2019. html> Acesso: 25 jul 2019. RODRIGUES, Eduardo Peters. Os efeitos da transdisciplinaridade na educação: diálogos entre literatura e matemática. XI Reunião Científica Regional da ANPED. Curitiba, 2016. com. br/5940248-Um-programa-de-educacao-financeira-para-a-matematica-escolar-da-educacao-basica. html> Acesso: 26 jul 2019.

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