TRABALHO ACADEMICO

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Serviço Social

Documento 1

Para a atividade requisitada, elaboramos uma proposta de trabalho social com famílias como componente estratégico dos projetos de habitação, por se tratar de uma forma qualificada de trabalhar com todas as famílias beneficiárias, sendo que os normativos dos programas preveem a participação de profissionais qualificados da área social. Neste sentido, considerando o aspecto multidimensional da realidade, o trabalho social na habitação deve extrapolar os limites da ação localizada e se inserir no âmbito das políticas públicas, contribuindo para a inserção social das famílias, para a inserção urbana dos empreendimentos e para a gestão democrática dos investimentos públicos. Nossa proposta centra-se em um processo emancipatório, que insere e fortalece a família e seus membros na participação coletiva local por melhores condições e qualidade de vida.

Buscamos com nossa proposta o fortalecimento da cidadania, da participação e da democracia, no sentido da construção de uma nova cultura política, democrática e cidadã, o respeito às diferenças e diversidades. Para o desenvolvimento, deverão ser realizadas reuniões e encontros com os usuários que objetivavam a discussão dos direitos e deveres dos cidadãos que adquiram uma unidade habitacional, o acompanhamento da construção dos conjuntos habitacionais, a preparação para mudança, o apoio na organização da nova comunidade, a capacitação para viver em coletividade, o apoio a organização e ao acompanhamento de grupos de interesses específicos (crianças, jovens, mulheres), o incentivo à criação de associações de moradores, orientações para a manutenção do equipamento comunitário e à conexão da comunidade local.

Outra questão a ser observada durante o trabalho social é a presença significativa das mulheres nos projetos habitacionais e nos territórios demonstrando a seriedade de se considerar no trabalho social as relações de gênero, raça e as manifestações de dominação, discriminação, possibilidades de violência doméstica e machismo. As políticas e ações públicas que realizam o atendimento às famílias devem ter a clareza de não responsabilizar as famílias pelos seus problemas e dificuldades, como se a responsabilidade fosse dos indivíduos e não do próprio sistema, e principalmente não achar que as soluções dos problemas são individualizadas (das pessoas e das famílias) e não coletivas. Tratam-se de posturas conservadoras que não contribuem para a cidadania ativa.

Sempre deve ser buscada a perspectiva coletiva que assinala para a organização da população para reivindicar e lutar por direitos e melhores condições de vida. Vale considerar que nos últimos anos, várias mudanças vêm ocorrendo no plano socioeconômico cultural, pautadas no processo de globalização da economia capitalista, que interferem no contexto e estrutura familiar, trazendo alterações no padrão tradicional de organização. Isto pressupõe compreender as diferentes formas de famílias em diferentes espaços de tempo, em diferentes lugares, além de percebê-las como diferentes dentro de um mesmo espaço social e num mesmo espaço de tempo. Esta percepção leva a pensar as famílias sempre numa perspectiva de mudança, dentro da qual se descarta a ideia de modelos cristalizados para se refletir as possibilidades em relação ao futuro”.

Assim, não se pode definir um “modelo” de família a ser seguido e uma única forma de trabalho com a mesma, devido ao fato de que cada família possui particularidades e diferentes formas de enfrentamento das consequências do processo de produção capitalista e que impõe reflexos na dinâmica social, comunitária e familiar, na vida e na classe social que a família está inserida. Portanto, O desafio das políticas públicas que buscam a proteção social é entender a família buscando superar velhas ações e concepções centradas na focalização e estratificação da proteção social a partir das famílias. Por ser formada por diversas formas de seres humanos cada qual com suas vivências, subjetividades e experiências, a família não pode ser reduzida a um simples e único modelo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e a Miséria (MDS). Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. São Paulo: Cortez; Lima: CELATS, 1983. MIOTO, Regina Célia Tamaso. Trabalho com famílias: um desafio para os Assistentes sociais. Disponível:http://revistaseletronicas. Programa de Locação Social (PLS). Relatório Final. Instituto de Estudos Especiais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - IEE/PUCSP. São Paulo, abr. SOUZA, Patricia de Lourdes P. Acesso em 07-12-2020. SZYMANSKI, H. Viver em família como experiência de cuidado mútuo: desafios de um mundo em mudança.

Revista Serviço Social e Sociedade, São Paulo, ano 21, n. p.

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