Texto dissertativo - BNCC

A Base garante o direito a aprendizagem e desenvolvimento, buscando um patamar comum de instrução a todos os estudantes, valorizando suas identidades variadas e atendendo devidamente as singularidades existentes. A educação atual busca ensinar através do conceito de competência, ou seja, o saber fazer. Por muito tempo o estudo no Brasil foi limitado ao aprendizado de normativas irrelevantes na construção de um ser social, utilizando os conteúdos escolares como mera formalidade para avaliações e conclusões de séries, sem apresentar uma instrução efetiva que poderia ser utilizada fora do ambiente escolar. Para mudar o cenário, as competências que devem ser adquiridas pelas novas metodologias da educação buscam apresentar conhecimentos, habilidades, atitudes e valores que gerem a autonomia para lidar com os problemas do cotidiano, praticar a cidadania e ingressar no mundo de trabalho.

Precisamos instruir seres humanos capazes de compreender a realidade ao seu redor e ter competência e empatia para mudar o que acredita estar incorreto, praticando o conhecimento aprendido nas escolas em seu dia-a-dia de uma maneira a melhorar a sua vida e a do próximo. A valorização da diversidade, seja ela cultural, social, econômica ou religiosa, também faz parte das competências apresentadas pela BNCC. A discussão sobre temas como os direitos humanos, a responsabilidade socioambiental, o consumo responsável e a formação de uma postura ética e empática em relação ao outro aparece como a sétima competência do novo método escolar. Quando valorizamos o diferente, abordamos a diversidade de maneira positiva e apresentamos a riqueza cultural que temos em nosso país e no mundo, conseguimos extinguir preconceitos sociais e familiares que caminham com nossos alunos desde o início de sua vida, como o preconceito racial e econômico, entre tantos outros que causam a exclusão de minorias dentro do âmbito escolar.

Nas últimas competências, a BNCC visa trabalhar o amor próprio, a saúde física e mental, a autocrítica e como nossos alunos aprenderão a lidar com elas. Além disso, é preciso habilitá-los para resolver conflitos, agir de maneira cooperativa, respeitar e valorizar a diversidade. As metodologias e estratégias devem ser diversificadas, como avaliações que abordem o processo e o resultado, não sendo focada apenas em notas. A utilização de recursos didáticos e tecnológicos diferenciados também fazem parte da melhoria do currículo escolar, além da formação e orientação de docentes para que acompanhem as mudanças e tornem-se cada vez mais competentes, havendo também gestões pedagógicas e curriculares para os demais educadores.

Os currículos devem ser interculturais, diferenciados, bilíngues e apresentar conteúdos universais, como temas contemporâneos que afetem a vida de nossos alunos e causem curiosidade, abordando assuntos que rodeiem o local, o regional e o global. É necessário que a modernização dos currículos alcance os materiais didáticos e as práticas escolares de maneira legítima, aproximando as matérias escolares e introduzindo-as na vida dos alunos para que estes consigam visualizar o conteúdo de maneira real, podendo utilizá-las no seu dia-a-dia. De maneira geral, podemos dizer que a BNCC veio para revitalizar a educação tradicional que já não condizia mais com o mundo moderno, não havia conexão entre a grade curricular e a vida dos alunos e isso resultava nos inúmeros problemas educacionais que vêm acometendo o Brasil, entre eles podemos citar a desistência escolar, o aprendizado superficial, o alto nível de estresse e ansiedade que os alunos sentem em idades cada vez mais precoces, a limitação nas avaliações que não chegavam a realmente compreender o nível de instrução dos alunos, entre tantos outros problemas que os docentes sentem no cotidiano.

pdf>. Acesso em: 02 abril.