Tendências pedagógicas

Tipo de documento:PTI

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Logo após isso, Carolina pontuou que a professora não aceitava os questionamento dos alunos durante a explicação dos conteúdos, e relatou que, para Lourdes, aprendizagem era sinônimo de memorização. Esta professora utilizava somente a prova escrita como método de avaliação. No segundo caso, Pedro aponta que os métodos utilizados por Lourdes eram bem diferentes dos métodos utilizados por Melissa, a regente da sala onde ele realizou o estágio. Ele declara que Melissa foi bem simpática e prontamente o envolveu nas atividades que eram realizadas e percebeu que a professora utilizava muito trabalho em grupo, mas também trabalhava a individualidade de seus alunos e realiza a explicação contextualizando com a realidade das crianças e as envolvendo. O método de avaliação utilizado por Melissa é realizado em um processo contínuo, analisando os avanços dos alunos e só utiliza a prova como um complemento, quando necessário.

De acordo com Tenreiro (2002) A escola precisa atualizar-se e corrigir os erros que comete, acompanhando os avanços ocorridos no campo das ciências, das artes, da cultura, da tecnologia, entre outros. As necessidades de adaptações percorrem a educação e os conceitos da trilogia emergem na sociedade desde o século XX, como mostra Bruno (2014, p. O entendimento da educação como um processo amplo e abrangente e a importância de se equacionarem diferentes modalidades educativas presentes nas práticas sociais, como forma de contornar a hegemonia da forma escolar, permitiu a emergência de uma tipologia de modalidades educativas referidas como educação formal, não formal e informal. De acordo com a autora, os conceitos de educação formal podem ser aplicados à educação formal, encontrada nas escolas que atendem aos requisitos básicos das normativas legais; a educação não formal diz respeito aos processos de ensino que acontecem fora do ambiente escolar; enquanto a educação informal se relaciona com a educação que se apreende através do convívio em sociedade, com a família, amigos e a comunidade em que vive.

No entanto, esta não é a única subdivisão adotada no campo da Educação, Tenreiro (2002) apresenta quatro ideologias curriculares, quais sejam: a ideologia acadêmico-escolar: que se caracteriza pelo ensino tradicional; a ideologia da eficiência social, que segundo a autora “compreende qualidade de educação como eficiência e eficiência como rendimento escolar”; a ideologia da reconstrução social, que aborda a educação como um processo de construção social e demandas da sociedade; e a ideologia do estudo da criança, que enfatiza o indivíduo em seus processos. Utilizando como base as reflexões contidas no artigo de Libâneo, 2014, pode-se constatar que existem tendências pedagógicas e que estas se relacionam às condicionalidades sociopolíticas da escola, o autor as classifica em: tendências pedagógicas liberais e tendências pedagógicas progressistas.

A pedagogia liberal, ao contrário do que o nome supõe, tem seu conceito baseado na definição capitalista de liberdade, em que prevalece a liberdade e os interesses individuais, sobrepondo-os em detrimento dos interesses coletivos. De acordo com Libâneo (2018, p. este sistema social estabeleceu “uma forma de organização social baseada na sociedade privada dos meios de produção e a pedagogia liberal, portanto, é uma manifestação deste tipo de sociedade”. Para a pedagogia liberal a escola tem o papel de formar indivíduos para desempenhar papéis na sociedade que se adequem às suas aptidões individuais e, para que isso aconteça, os alunos aprendem os valores vigentes e tendem a se adaptar a estes. A ênfase na aprendizagem informal, via grupo, e a negação de toda forma de repressão, visam a favorecer o desenvolvimento de pessoas mais livres.

No ensino da língua, procura valorizar o texto produzido pelo aluno, além da negociação de sentidos na leitura. Observando o exposto, é nítido que estas concepções enfatizam a liberdade individual e tornam o processo de ensino-aprendizagem mais prazeroso e em harmonia com a realidade, possibilitando que o aluno desenvolva sua capacidade social e tenha um desempenho baseado no resultado coletivo e não individualizado, como ocorre nas tendências mais tradicionais de ensino. A tendência crítico-social de conteúdos entendem que a escola é um elo entre o indivíduo e a sociedade, realizando a articulação dos conteúdos com a assimilação daquilo que é real, superando a pedagogia tradicional e inserindo o aluno em “um contexto de relações sociais e desta articulação resulta o saber criticamente reelaborado”.

LIBÂNEO, 2018, p. Setúbal: Revista Mediações. v. n. LIBÂNEO, José Carlos. Tendências pedagógicas na prática escolar. br/lec/01_00/DelcioL&C3. htm>. Acesso em: 03 mar. TENREIRO, Maria Odete Vieira; BLANDALISE, Mary Angela Teixeira. Avaliação de aprendizagem e currículo: algumas reflexões.

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