TECNOLOGIA DE REDES MÓVEIS 5G

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Tecnologia

Documento 1

SUMÁRIO Sumário. iv Lista de Figuras. vi Lista de Tabela. vii 1. INTRODUÇÃO. Fundamentos da arquitetura da rede 5G. Standalone. Non-Standalone. G New Radio (NR). Software Defined Networking (SDN). f-OFDM. Tecnologias para o 5G. Self-Organizing Network (SON). Beamforming. MIMO massivo. Figura 5 Comparativo das redes 4G e 5G. Figura 6 Standalone. Figura 7 Variações da arquitetura Standalone. Figura 8 Variações da arquitetura Non-Standalone. Figura 9 Arquitetura Non-Standalone. Figura 20 Comunicação veicular. Figura 21 Carro autônomo da Audi. Figura 22 Realidade virtual e aumentada. LISTA DE TABELAS Tabela 1 Principais parâmetros do IMT-2020. Tabela 2 Comparativo entre MU-MIMO e Massive MIMO. A pesquisa se fundamentará nos trabalhos publicados nos últimos dez anos, compreendendo o período de 2015 a 2019, compreendendo os trabalhos de final de curso de diversas universidades, sob a forma de monografias, artigos e dissertações.

As buscas serão realizadas em páginas na internet, buscando trabalhos de universidades renomadas e trabalhos com credibilidade acadêmica e dentro da temática adotada. As palavras-chaves utilizadas para a procura serão: Redes móveis, 5G, realidade virtual e aumentada, internet das coisas. CAPÍTULO II 2. DESENVOLVIMENTO 2. CN constitui o componente principal do sistema móvel e ele possui como funções preponderantes, a comutação de circuitos e de pacotes, sistema de tarifas, sinalização com as demais redes e banco de dados – armazenamento das informações que passam pelo núcleo dos circuitos e pacotes. As últimas gerações passaram a adotar novas definições, como o Home Location Register (HLR) e o Authentication Center (AuC), os dois para armazenagem, reconhecimento e autenticação de clientes (FARIAS, 2019).

O HLR compõe um banco de dados de assinantes, que possui os perfis e informações de clientes. Eles são utilizados pelos Mobile Switching Center (MSC), centrais de comutação móveis, para identificar se o cliente pode começar uma chamada, os serviços de sua contratação e se ele tem créditos para isso (OLIVEIRA, 2019). Desde os primórdios do uso do Universal Mobile Telecommunication System – UMTS, que tinha como função, conferir um padrão a todo o sistema de telefonia móvel, o interfaceamento aéreo que fornece acesso à rede para os celulares, é denominada de RAN. Ocorre, então, a mesma coisa na geração zero. Assim, para fazer uma chamada, no começo, era necessário pedir para a operadora de telefonia móvel, a configuração para essa ligação.

Todo município que contava com a tecnologia da geração zero tinha uma antena central, dispondo de 25 canais, onde o raio de transmissão era de, aproximadamente, 50 a 70 quilômetros. Além do push to talk, outras tecnologias, tais como o Mobile Telephone System – MTS, o Improved Mobile Telephone Service – IMTS, Mobile Telephony System D – MTD e o Offentlig Landmobil Telefoni – OLT, faziam parte desta geração (MOREIRA, 2018). G – Primeira geração As primeiras sugestões de telefones móveis aconteceram no ano de 1977, nos Estados Unidos. Com isso, houve a necessidade de evolução tecnológica e o surgimento de outras gerações de telefonia (FARIAS, 2019). G – Segunda geração Na década de 1990, apareceram os sistemas celulares de segunda geração, usando sobretudo o padrão GSM. O 2G já era diferente do 1G na questão de utilizar a transmissão digital ao invés da analógica, possuir a capacidade de codificação, utilizando o formato de dígitos ou números, sons e imagens, ajudando na transmissão de informações e o uso de criptografia na informação enviada.

Com o uso do digital no envio e a conversão no destino, a tecnologia melhorou a eficiência do espectro eletromagnético (MOREIRA, 2018). Na primeira etapa do 2G, usando tecnologia GSM, a taxa de dados ofertada era de, no máximo, 9,6 Kbps e foi ampliada na segunda etapa, para alcançar o máximo de 300 Kbps, com largura de faixa de 200 KHz. O ingresso era feito por acesso múltiplo por divisão de código (Code Division Multiple Access – CDMA), com a comutação feita por circuito junto com a de pacote. Entretanto, no começo do 3,5G, a partir do Acesso por pacote downlink de alta velocidade (High-Speed Downlink Packet Access – HSDPA), o enfoque ficou somente na comutação de pacotes. Esta nova geração trouxe o CDMA e suas várias subdivisões: CDMA2000/ Evolution Data Optimized (EV-DO), Wide-Band Code-Division Multiple Access (WCDMA)/HSPA+ e Time Division - Synchronous Code Division Multiple Access (TD-SCDMA).

Os valores de frequência utilizados poderiam ser de 850 até 2170 MHz, conforme a localidade (TRISTÃO, 2015). G – Quarta geração Na quarta geração, as taxas de dados alcançam o máximo de 100 Mbps e, pelo menos na teoria, podem alcançar mais de 1 gigabits por segundo (Gbps) no downlink. No ano de 2012, a ITU-R Working Party iniciou os estudos para a confecção do IMT-2020, que consiste na norma que fixa as condições do ITU-R para redes, serviços e equipamentos, com a intenção de agregar as informações indispensáveis para ajudar nas pesquisas acerca do 5G. As primeiras concepções e metas dessa tecnologia foram determinadas na Recomendação ITU-R M. O IMT-2020 está previsto para começar o funcionamento no ano de 2020 e tem a finalidade de transformar o jeito de interligar pessoas, serviços e equipamentos eletrônicos (TEIXEIRA, 2019).

Uma das distinções mais importantes, sob a ótica do cliente, entre o 5G e as gerações predecessoras, é a taxa de transmissão muito alta. Outras conquistas que a quinta geração pode proporcionar (TRISTÃO, 2015): - Maior segurança; - Menor consumo de energia; - Várias rotas de transmissão de dados ao mesmo tempo; - Taxa de dados de quase 1 Gbps em movimento; - Maior grau de eficiência no espectro; - Não causa problemas para a saúde do ser humano; - Pequena possibilidade de defeito; - Maior cobertura e grandes taxas de dados possíveis na margem da célula; - Worldwide wireless web (wwww), aplicações wireless com base na web, com grande capacidade multimídia; - Maior aplicabilidade junto com a inteligência artificial – AI, com sensores artificiais que tem comunicação com celulares; - Taxas de tráfego com custo mais baixo de implementação da infraestrutura.

O prognóstico releva que a quinta geração preencherá diversas faixas do espectro para tolerar as várias aplicações e serviços diversos. As faixas de 600 e 700 MHz e de 1 a 6 GHz constituem sugestões para a operação em vários países. Essas faixas conseguem atingir média e grande extensão e possuem grande concentração de serviços. Desse modo, visando que sejam contempladas as necessidades do espectro, até bandas superiores a 24 GHz, têm sido conjecturadas para atendimento à quinta geração (SILVA, 2016). No Brasil, é possível que a quinta geração comece a operar no ano de 2020. Figura 4 – Cronograma de implantação do 5G. Fonte: Farias (2019). Em meados de 2018, o 3GPP publicou a finalização da especificação da etapa 2 da quinta geração, chamada de New Radio, que corresponde a sua variante autônoma.

Ficou claro como vários órgãos se engajaram em tornar esta geração, um fato. A venda de banda larga e demais serviços começaram no ano de 2019 em diversos países europeus, asiáticos e na América do Norte. No começo, grande parte das operadoras farão a integração de redes de quinta geração em redes de quarta que já existem, para prover uma ligação funcional. Uma rede móvel possui dois elementos preponderantes: a rede de acesso por rádio e a rede central. A rede de acesso por rádio dispoe de muitas instalações, células menores, postes, torres e sistemas presentes nos domicílios e prédios, que interligam os clientes móveis e os equipamentos wireless na rede central (MWF, 2018).

Células diminutas constituem um dos atributos essenciais das redes de quinta geração, sobretudo, no que se refere ao uso das ondas milimétricas, onde a faixa de interligação é bem reduzida. Para que a ligação não sofra com interrupções, as células reduzidas são divididas em categorias, que dependem de onde os clientes precisarão de conexão, completando uma rede maior, global, que provê ampla cobertura (MENDES, 2019). Fundamentos da arquitetura de rede do 5G Na etapa inicial de implementação da quinta geração, as empresas de telecomunicações precisam se decidir sobre dois tipos de arquitetura de rede, a standalone – SA, com experiência End-to-End (E2E) e non-standalone NSA, apoiada pela rede Long Term Evolution (LTE). A SA precisa de mais tempo para a sua evolução e a NSA possui vantagens restritas para a quinta geração (MENDES, 2019).

A opção NSA permite a interligação entre as estações rádio base das redes de quarta geração e as das quinta geração, permitindo conectividade conjunta no decorrer da implementação da rede 5G. Nesse caso, o Evolved Packet Core (EPC) – rede central com base em pacotes, presente nas redes de quarta geração, continua ligado nesta estação e, depois, se interliga a uma estação de quinta geração (MULDER, 2018). O núcleo da rede da quinta geração expandirá funcionalidades relativas à virtualização, gerando fatias de rede otimizadas para uma série de serviços presentes em uma mesma rede física. Figura 7 – Variações da arquitetura Standalone. Fonte: Mendes (2019). A arquitetura standalone, conforme mostrado na Figura 7, pode ter três variações, de acordo com o que preconizado pelo 3GPP (MENDES, 2019): - Alternativa um: utiliza núcleo de rede EPC e acesso LTE (redes 4G/LTE); - Alternativa dois: utiliza núcleo de rede 5GC e acesso 5G NR; - Alternativa cinco: utiliza núcleo de rede 5GC e acesso LTE.

Non-Standalone A arquitetura NSA ou autônoma é um modelo que as redes LTE e NR são associadas através de uma conexão dupla, possibiltando que os equipamentos móveis se interliguem, ao mesmo tempo, nas duas tecnologias. Além disso, a operadora o núcleo da rede pode ser selecionado entre EPC ou 5GC. A conexão do E-ULTRAN com o EPC, da quarta geração, ocorre a partir da interface S1 (PEREIRA, 2019). Até o ano de 2019, os testes feitos com a quinta geração no país foram feitos com a implementação NSA. G New Radio (NR) A nova interconexão de rádio da quinta geração, denominada de New Radio, teve a sua construção pensada para o aprimoramento da performance e eficiência das redes móveis existentes, utilizando da melhor forma possível, tanto o espectro licenciado quanto o não licenciado.

Isso significa que usará ondas milimétricas – superior a 24 GHz, banda C - entre 3,7 GHz a 6,425 GHz e frequências inferiores a 3 GHz (MENDES, 2019). O NR constitui uma tecnologia desenvolvida pelo 3GPP para funcionar como um padrão para o interfaceamento aéreo das redes de quinta geração. As condições para a temporização do processamento de equipamentos e da rede são muito pequena. Assim, protocolos alocados em camadas superiores como o Media Access Control – MAC e o Radio Link Control – RLC, foram concebidos para que a latência fosse pequena, com o formato de cabeçalhos determinados para possibilitar o processamento sem saber o número de dados que irão trafegar (TEIXEIRA, 2019). O último aspecto está ligado ao auxílio para uma vasta quantidade de elementos de antenas direcionadas para transmitir e receber.

Quando são usadas altas frequências, é usado sobretudo o beamforming para aumentar o alcance da transmissão e, para frequências mais baixas, usa-se o MIMO massivo (MENDES, 2019). Software Defined Networking (SDN) Visando encontrar o grau de flexibilidade que é preciso, utiliza-se técnicas, tais como: o Software Defined Networking - SDN, Network Function Virtualization - NFV e Networking Slicing. A implantação do SDN passa pelo uso de alguns instrumentos, ou os chamados Southbound APIs que, em grande parte, são de código aberto e o mais usado é o OpenFlow que funciona como parâmetro para outras APIs, que são a FlowVisor, OpenvSwitch, entre outros (OLIVEIRA, 2019). Network Function Virtualization (NFV) As NFV constituem uma série de técnicas que procuram minimizar os gastos com compras de dispositivos proprietários para o cumprimento de uma funcionalidade qualquer de rede.

A ideia é desvincular as atribuições de rede que, anteriormente, só eram feitas por um equipamento característico, facilitando as atualizações ou o acréscimo de funcionalidades diferentes na rede, podendo ser desde uma constatação de invasão até a inserção de um firewall. Conjectura-se que, no ano de 2020, 7 em cada 10 redes móveis estão utilizando NFVs (OLIVEIRA, 2019). A relação entre o NFV e o SDN é de complementariedade entre si, o que significa dizer que uma NFV tem a sua implantação não dependente de um controlador SDN, ou vice-versa, pois, suas funcionalidades são diferentes, o NFV está ligado à inteligência da rede e o SDN, pela centralização de infraestrutura de rede. Fonte: Mendes (2019). O Network Slicing constitui um recurso do núcleo da rede de quinta geração que possibilita que uma mesma estrutura de telecomunicação trabalhe com condições e necessidades diferentes e específicas, com possibilidades de qualidade de serviço distintas para as várias conjunturas existentes para a utilização do 5G.

Além disso, os recursos são economizados, pois, os recursos são compartilhados dentro de uma estrutura única (MENDES, 2019). Modelos de serviços Nos últimos anos, os países passaram por uma revolução nas comunicações móveis sem fio, sobretudo, com o aparecimento da quinta geração. Seus atributos foram estabelecidos em virtude dos novos moldes de serviços e dos mercados impactados. Consegue tolerar transmissões com pequena latência de pacotes pequenos de dados, com confiabilidade grande, a partir de uma série de terminais limitados, que funcionam conforme normas especificadas (PEREIRA, 2019). As mMTC visa a ligação eficiente e transitável de uma quantidade grande de equipamentos, com condições diferentes de comunicação, reduzindo o consumo de energia, não sobrecarregando a rede. As tecnologias existentes podem utilizar, ao mesmo tempo, a mesma rede física, evitando problemas entre elas.

Com esse intuito, somente uma parte dos equipamentos permanece acionada por intervalos, mandando seus dados, usando uma taxa constante de transmissão, normalmente, baixa (MENDES, 2019). Espectro de frequências O grande número de requisitos e necessidades envolvendo o espectro de frequências revelam que existem várias escolhas e adversidades para a implementação da quinta geração. O espectro de banda alta, isto é, aquele superior a 6 GHz, é o que proporciona alavancagem no sentido de velocidade, desempenho, qualidade, eficiência e mínima latência, requisitos que a quinta geração propõe. Com sua alta largura de faixa, superior a 100 MHz, oportuniza a possibilidade para serviços que necessitam de velocidade de transferência significativa, no entanto, não cobrem uma área muito grande (MENDES, 2019). Ondas milimétricas As ondas milimétricas correspondem a uma parte do espectro de frequências situado entre as micro-ondas e ondas de infravermelho, com comprimento de onda entre 1 e 10 milímetros.

Seu espectro encontra-se localizado entre 30 e 300 GHz. É uma faixa que serve para suprir o aumento da quantidade de clientes que utilizam a rede móvel (MOREIRA, 2018). O grande benefício do GFDM, relativo à eficiência do espectro, em comparação com o OFDM, é que o GFDM é que utilizado apenas por um conjunto de símbolos enviados, diferentemente do OFDM, que possui um CP por símbolo enviado, de acordo com a Figura 14 (MOREIRA, 2018): Figura 14 – GFDM e o equivalente OFDM. Fonte: Moreira (2018). O GFDM é um sistema que possibilita maior grau de liberdade que o OFDM. A distinção entre os dois sistemas pode ser percebida na divisão do tempo e da frequência em k subportadoras e m sub-símbolos. A Figura 15 mostra o diagrama esquemático da modulação GFDM (SILVA, 2016).

Um conjunto de pulsos é enviado para um filtro raiz de cosseno que tem razão de decaimento α e, na saída deste, é feita a translação dos símbolos para a frequência f (ITO; BRITO, 2017). UFMC O UFMC consiste em uma extensão das modulações filtered-OFDM (f-OFDM) e Filter Bank Multi-carrier (FBMC). No f-OFDM, toda a banda passa pelo processo de filtragem e no FBMC, cada subportadora é filtrada, desse modo, o UFMC irá filtrar um conjunto de subportadoras ao mesmo tempo. Ele usa o QAM, por conservar a ortogonalidade complexa, onde podem ser usados esquemas de múltiplas antenas para receber/enviar sinais (MOREIRA, 2018). FBMC O FBMC apontou com grande possibilidade de ser o formato de onda estabelecido na quinta geração. Esses procedimentos buscam diminuir os valores gastos com implantação e gerenciamento, simplificando um pouco das atividades da operação, a partir de processos e mecanismos automáticos.

A intenção é se valer dos recursos no que se refere ao consumo energético de dispositivos, interferência nos componentes ou recursos de endereçamento IP. Esta técnica possui como finalidade, a diminuicao de custos operacionais e a simplificação do gerenciamento da rede, mostrando vantagens tais como: 1) diminuição dos gastos operacionais, graças à limitação da ação do homem na rede; 2) diminuição do período para implantação e custos; 3) qualidade de experiência (QoE – Quality of Experience); 4) maior performance da rede; 5) diminuição de despesas com capital, em decorrência da utilização aperfeiçoada dos elementos espectrais e de rede (ITO; BRITO, 2017). A definição de SON passa pelas três opções principais proporcionadas para a sua arquitetura em redes móveis: 1) centralizada; 2) distribuída; 3) híbrida.

A Figura 16 mostra estes três moldes (ITO; BRITO, 2017): Figura 16 – Arquitetura SON. Outro problema é que a implantação do algoritmo nos componentes da rede é própria do provedor de serviços e, desse modo, pode ocorrer a incompatibilidade de soluções e, por sua vez, eles não poderão operar em conjunto. Nesse tipo de arquitetura, os algoritmos são processados nas próprios elementos da rede e as mensagens de sinalização são transmitidas pelos próprias entidades, possibilitando maior dinamismo e adequação da rede com relação às modificações realizadas (SILVA, 2016). O modelo híbrido é aquele em que o seu uso pode ser mostrado, de maneira distinta, para cada provedor. Ele parte do princípio que uma porção do algoritmo é realizado no OSS e outra parte, nos componentes da rede.

A ideia é ajuntar os benefícios da duas arquiteturas anteriores, isto é, a coordenadação a partir da centralização e a possibilidade de resposta rápida às alterações nos componentes da rede (ITO; BRITO, 2017). Assim, o mesmo sinal transmitido de várias antenas precisam ter um intervalo apropriado entre elas, no mínimo, meio comprimento de onda. Assim, em qualquer lugar, o receptor capta diversas cópias de um mesmo sinal e, dependendo do local onde estiver o dispositivo, os sinais podem se encontrar em fases contrárias, atenuando ou cancelando sinais, ou em fases iguais, se somando (FARIAS, 2019). Esta técnica pode considerada uma forma de sinalização de fluxo em que as estações base conseguem reconhecer o caminho de envio de dados mais eficiente para cada cliente e diminui a intromissão de clientes que estejam pertos.

Quando são consideradas as ondas milimétricas, o beamforming pode ser usado para solucionar uma série de problemas distintos, onde o primordial pode ser considerado a atenuação do sinal conforme cresce a distância e/ou se insere mais obstáculos entre transmissor e receptor. Dessa maneira, ele colabora, realizando a convergência do sinal em um feixe que é direcionado somente na direção de um cliente, ao invés de enviar sinal em diversas direções, concomitantemente. A técnica MIMO trabalha com uma diversidade de antenas para enviar e receber sinais, a partir de um canal de comunicação, que funciona como um sistema com várias entradas e várias saídas. No entanto, alguns empecilhos atrapalham a sua utilização, tais como, a falta de espaço físico nos aparelhos móveis, as despesas operacionais do equipamento em questão e a capacidade de processamento nos referidos dispositivos.

As especificações HSPA+, LTE e LTE Advanced permitem o uso de múltiplas antenas para transmissão/recepção, fornecendo aumento de diversidade na comunicação (ITO; BRITO, 2017). Tabela 2 – Comparativo entre MU-MIMO e Massive MIMO. Fonte: Moreira (2018). Visando receber o valor justo pelo grande investimento na quinta geração, essas organizaçõs precisam pensar sobre as formas de receitas e de geração de lucratividade sobre os serviços oferecidos e as várias aplicações; 4) Condições tais como segurança, privacidade e obstrução da rede precisam ser debatidas, visando assegurar a eficiência da conexão entre uma quantidade expressiva de equipamentos. Aplicações Uma das aplicações para a quinta geração é a conexão sem fio para domicílios e os serviços de eMBB, usando modems wireless e hotspots – são hubs que conseguem transformar uma conexão de quinta geração em um sinal wireless de alta velocidade para o telefone e notebook (MWF, 2018).

De acordo com o Instituto dos Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (Institute of Electrical and Electronic Engineers - IEEE), a rede de quinta geração vai possibilitar que as empresas e operadoras de telefonia móvel, possam implementar novas plataformas que irão levar à próxima geração de aplicações e, também, a novos tipos de negócios, como streaming de vídeos e aplicações com base em Internet das Coisas, além de realidade aumentada e virtual, entre outras (FARIAS, 2019). Grande parte das empresas de telecomunicações, em todo o planeta, consideram que o eMBB será uma das grandes implantações na nova geração, com URLLC com Internet das Coisas em alta escala (OLIVEIRA, 2019). Em um primeiro momento, conjectura-se que haja uma ampliação da largura de faixa, junto com aprimoramentos no nível de latência no New Radio e, também, no LTE.

Haverá interligação com as cidades inteligentes, assim como instituições escolares e residências, dotadas de inteligência, o que permitirá chances nunca vistas ainda (MWF, 2018). De acordo com dados da Ericsson, do ano de 2018, aproximadamente 50% das residências em todo o planeta, não possuem banda larga fixa. Considerando a velocidade e o potencial das redes LTE e o seu desenvolvimento para a quinta geração, existem grandes chances para as empresas proverem serviços de banda larga para domicílios e organizações de pequeno e médio porte, as chamadas Fixed Wireless Access – FWA. Um estudo mostrou que o mercado total de acesso fixo wireless para a quinta geração foi estimado em 352 milhões de dólares, no ano de 2017 e pode chegar até 94 bilhões, no ano de 2026 (FARIAS, 2019).

O que mais difere a quinta geração da anterior é a grande confiabilidade da rede que se aproxima de 100% e uma latência muito reduzida, o que é indispensável para certas aplicações e uma delas é a comunicação entre veículos. O ramo industrial também é muito atendido pela Internet das Coisas, pela necessidade de assegurar a conexão de equipamentos e máquinas relativas ao processo produtivo e acessibilidade para as soluções em nuvem. IoT é um dos alicerces da Indústria 4. e trabalha com aplicações como robôs automatizados, segurança de dados e integração dos sistemas (FARIAS, 2019). A Logística também é um dos setores em que a IoT também está presente, buscando a melhoria da produtividade e da eficiência. Um estudo realizado, em conjunto, pela Cisco e pela DHL, mostra que a IoT possui condições de alavancar esse nicho, a nível global, em aproximadamente 2 trilhões de dólares na próxima década.

Ela aperfeiçoa o olhar sobre a realidade das coisas e apresenta informações, de tempo real, que são mostradas baseadas na localização e/ou visão do indivíduo. Por outro lado, a realidade virtual implementa uma nova experiência com o cliente, em um local totalmente imerso. Equipamentos que possuem realidades virtual e aumentada possibilitam monitorar os movimentos da pessoa com enorme precisão, processando a movimentação, adquirindo a imagem e mostrando a resposta rapidamente. Um valor de latência superior a 5 milissegundos (ms) não seria algo interessante, trazendo incômodo e aversão por parte do indivíduo (FARIAS, 2019). Uma forma de perceber esses recursos é que o indivíduo pode vestir uma roupa, mesmo sem estar no local físico onde ela se encontra.

Na segurança pública, os dispositivos robóticos podem trabalhar em ocasiões perigosas, como cuidar de incêndios ou lidar com bombas. Isso necessita de uma tecnologia muito confiável, com latência entre as extremidades inferior a 1 ms para que se possa trabalhar com aplicações sensíveis (FARIAS, 2019). Vantagens e desvantagens As vantagens que as redes de quinta geração apresentam pode ser listadas como (MENDES, 2019): - Conexão para Internet das Coisas: há a otimização considerável da comunicação entre os dispositivos existentes na IoT para que a vida dos indivíduos seja ainda mais permeada pela tecnologia; - Pequena latência: também chamada de atraso, consiste no tempo em que os dados demoram para serem transmitidos pela rede. O valor de latência pode chegar a 1 ms; - Alta velocidade: streaming em tempo real constituem uma realidade das redes de quinta geração.

O download de um filme de 2 horas, em uma rede de terceira geração, gasta cerca de 26 horas para a conclusão, em uma rede de quarta geração, 6 minutos e somente 3,6 segundos em uma rede de quinta geração. Capítulo iii 3. CONCLUSÃO A pesquisa realizada neste trabalho, relativa à quinta geração, buscou demonstrar a possibilidade de desenvolvimento dessa rede móvel, além de mostrar como essa tecnologia irá repercutir, com a instalação de sistemas, tais como o beamforming, MIMO massivo, ondas milimétricas e outras formas de onda. Com relação ao MIMO massivo, é preciso implantar muitas antenas e isso é um obstáculo a ser enfrentado e debelado, em virtude dos recursos para concepção e manutenção, além da segurança dos dispositivos. A tecnologia de MIMO massivo busca a implantação de várias antenas que estão difundidas em vários locais – torres, postes de luz e topo de edifícios, contribuindo para a retransmissão do sinal por várias antenas, até atingir o local almejado.

Em virtude disso e buscando não ocasionar muitas perturbações, o beamforming age em conjunto com o MIMO, direcionando o sinal para o seu destino. FARIAS, Guilherme Francisco de. G – Redes de comunicações móveis de quinta geração: evolução, tecnologia, aplicações e mercado. f. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Engenharia Elétrica) – Universidade do Sul de Santa Catarina, Palhoça, 2019. ITO, Rodrigo Hiroyuki; BRITO, José Marcos Camara. Abordagem teórica da aplicação de virtualização de funções de rede na tecnologia de comunicação 5G. f. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Engenharia de Telecomunicações) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2019. MOREIRA, Martha Miranda. G – Evolução, MIMO massivo, beamforming e formas de onda. info/docs/eng/2018_05_MWF_5G-EMF%20Explained%20final.

pdf Acesso em: 15 dez. OLIVEIRA, Bruno Souza de. Levantamento do estado da arte em aplicações de saúde que utilizam redes de comunicação 5G e suas perspectivas. f. Análise da coexistência entre sistemas 5G e serviços fixos na faixa de ondas milimétricas. f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica, ênfase em Telecomunicações), Belém, 2019. TRISTÃO, Rafael Vieira. Redes 5G.

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