TCC HUMANIZAÇÃO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - UTI

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

O paciente submetido aos tratamentos intensivos fica restrito a visitas e acompanhamento, sendo neste processo monitorado e auxiliado pelos médicos e enfermeiros. Para casos onde o paciente está consciente, a humanização proporciona confiança e segurança durante o tratamento, reduzindo a angústia e solidão do paciente afastado de seus familiares. A importância da humanização na terapia intensiva é pauta de discussão na Organização Mundial da Saúde, sendo suas diretrizes de tratamento e atendimento elaboradas para que todo o tratamento seja realizado o mais humanamente possível, para reforço da saúde física e psicológica dos pacientes. O artigo apresenta os conceitos da humanização e as formas como a equipe médica e hospital podem se especializar para atender aos pacientes e familiares durante os tratamentos de saúde, mantendo a proximidade humana como forma de auxiliar a família nos momentos mais difíceis na vida do paciente.

Palavras Chave: Humanização, Dignidade, Saúde. El artículo presenta los conceptos de humanización y las formas en que el equipo médico y el hospital pueden especializarse para atender a los pacientes y familiares durante los tratamientos de salud, manteniendo la proximidad humana como una forma de ayudar a la familia en los momentos más difíciles de la vida del paciente. Palabras clave: Humanización, Dignidad, Salud. CORPO DO MANUSCRITO INTRODUÇÃO Na tentativa de unificar as políticas, em 2003, o PNHAH, juntamente com outros programas de humanização já existentes, teve modificação na Política Nacional de Humanização (PNH), o Humaniza-SUS, compreendendo, também, os cenários da Saúde Pública (serviços primários de atenção) visando aperfeiçoar a eficácia e a qualidade dos serviços de saúde.

Nessa perspectiva, a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), aprovada em 2006 e revisada em 2014, tem como um dos temas transversais a produção de saúde e cuidado, que concebe agregar o tema em redes que propiciem práticas de cuidado humanizadas, que promovam o diálogo, erguendo práticas pautadas na integralidade do cuidado e da saúde. Conforme Araújo et al. OBJETIVO GERAL Verificar quais ações a equipe multidisciplinar faz para promover a humanização da UTI. OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Compreender quais ações a equipe multidisciplinar faz para promover a humanização na UTI; • Compreender a importância da humanização nos tratamentos aos pacientes; • Apresentar exemplos e modelos de tratamentos humanizados por parte da equipe médica; • Descrever as principais características dos artigos dedicados à temática enfatizando a humanização como instrumento de cuidado JUSTIFICATIVA Este trabalho visa apresentar a significância da humanização no tratamento e contato dos pacientes e familiares com a equipe médica, tornando o atendimento tranquilizador, transparente e humano.

Para levar a conhecimento do público e do leitor deste trabalho, esta pesquisa apresenta a importância da humanização e os benefícios para os pacientes e seus familiares durante os tratamentos de doenças e acidentes, para com os pacientes das unidades de terapia intensiva. Silva et al (2021), descreve que no ano de 2020, o Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 (SARS-CoV-2) ,tornando-se um inimigo mundialmente invisível e se espalhando rapidamente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 30 de janeiro de 2020, o surto da COVID-19 como uma emergência de saúde pública e o caracterizou como uma pandemia. Este programa também visa fortalecer o vínculo entre o paciente e o médico. A Humanização nos hospitais tem como base tornar a permanência do paciente menos árdua e reduzir o sofrimento.

Não apenas o contato humano, mas, quando possível, com a estrutura acolhedora do ambiente, com janelas, relógios, aparelhos de televisão e aparelhos de comunicação com o exterior, como telefone e jornais. Conforme Oliveira et al. na implementação do cuidado, o enfermeiro deve desenvolver a habilidade para desenvolver uma comunicação eficaz, no qual estabelece uma relação interpessoal com o paciente pessoa-pessoa. Significa estar do lado de pessoas com dor, perda de vitalidade e autonomia, respeitando seus princípios, dando oportunidade de estar ao lado da família e tomando suas decisões junto a eles. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2007): Cuidados Paliativos são uma abordagem para melhoria da qualidade de vida de pacientes e familiares que enfrentam uma doença ameaçadora da vida, através da prevenção e do alívio do sofrimento, através da identificação precoce e impecável avaliação e tratamento da dor e outros problemas, físicos, psicossociais e espirituais.

Os cuidados servem para tratar sintomas físicos, psicológicos, sociais e espirituais. Sendo eles sintomas como falta de ar, sentimentos, obstáculos sociais, auxílio religioso entre muitos outros. Todos os cuidados não devem ser prestados somente pela equipe médica. A humanização nos tratamentos para pacientes terminais tem como proposta e objetivo diminuir ao máximo a dor e sintomas nos pacientes, visando dar mais autonomia e independência aos doentes. Apesar de ser um processo de morte, a ideia consiste em prover o controle do paciente sobre este estágio, possibilitando escolhas e conscientizando sobre as técnicas médicas disponíveis para o paciente optar pelo que considere adequada para o tratamento e a finalização do processo. Preza-se pela comunicação direta, transparente e franca entre o médico, o paciente e os familiares.

A premissa é de que sejam respeitados os desejos do paciente e haja acompanhamento no processo de morte. A ação exige o envolvimento dos profissionais e familiares. Segundo Salazar (2018) pacientes terminais têm percepção de proximidade da morte, causando ansiedade e tristeza. Portanto, pacientes terminais têm desejos, planos, onde pretendem realizar antes da morte, ou até mesmo o próprio desejo é a morte. Muitas vezes não só os pacientes como os familiares dos mesmos têm sentimentos de dor, passam por dificuldades e sofrimento, “Esses sentimentos podem aparecer através do “desejo” de morte do ente querido, o que ocasionará alívio para o sofrimento de ambos. ” (PEREIRA e DIAS, 2007, p. Geralmente são as pequenas coisas que mais significam para uma pessoa que está chegando ao fim de sua vida ou que vive com uma doença debilitante.

Mais condições de qualidade de vida significa menos doenças na população. Mais investimentos em pesquisas relacionadas a doenças aumentam a chance de encontrar a cura para as enfermidades atuais, que causam mortes incontáveis e obrigam o profissional da saúde a atuar como o portador da notícia de morte. A Resolução do Conselho Federal de Medicina n° 1643/2002 definiu a Telemedicina como o “exercício da Medicina através da utilização de metodologias interativas de comunicação audiovisual e de dados, com o objetivo de assistência, educação e pesquisa em saúde”. A dificuldade de estabelecer um diálogo com o paciente em Unidades de Terapia Intensiva se inicia na comunicação do diagnóstico. Nesse momento é comum a ocultação de informações precisas, por receio do paciente desenvolver uma depressão, após a notícia e acabar agravando a doença.

O desconforto e o sofrimento pela presença da morte no cotidiano exigem que haja estrutura emocional e psicológica extrema ao profissional para aliviar a carga emocional, reduzir seu estresse e aumentar a satisfação do seu trabalho, o que melhora a qualidade no atendimento aos pacientes. Cabe ao profissional informar ao paciente, ou à família, sobre o estado de saúde e o risco de morte. Em casos de pacientes terminais, onde a morte é iminente, a carga de informar sobre a situação do paciente gera estresse e pressão, pela responsabilidade do processo. O relacionamento entre a equipe médica e os enfermeiros com a família deve ser burocrático. São processos profissionais onde podem ocorrer situações de morte e para amenizar os casos de estresse e a carga emocional, o profissional pode empregar algumas técnicas, por estar envolvido com o paciente e a família, pelos processos de humanização no tratamento, como estar aberto a discussões, dar apoio espiritual, mostrar que se importa e se preocupa com o bem estar do paciente e o mais importante, demonstrar que se importa com os desejos do paciente, explicando de forma clara o processo de morte.

O cuidado com a dor do paciente Nas Unidades de Terapia Intensiva, nem sempre o paciente está acordado, consciente ou em situação de compreensão da situação, sendo opção da equipe médica utilizar de sedativos e medicamentos, pois os tratamentos podem ser dolorosos e cheios de sofrimento físico e psicológico. Tanto a dor no corpo, causada pela falência de órgãos, traumas, doenças crônicas, quanto o medo da morte, do abandono, da incerteza e da depressão, causa dores nos pacientes. É um processo onde a aceitação e a compreensão, bem como o apoio de familiares e da equipe médica, auxiliam na redução da dor e do sofrimento. O uso de remédios paliativos também reduz a dor e sofrimento, amenizando os sintomas da doença e reduzindo a angústia e o sofrimento.

De acordo com Kovács (1992), quando o cuidador é informado que a doença é de difícil tratamento e cura e que o estado não poderá ser revertido, inicia-se um processo de sofrimento e dor intensos acompanhados pelo medo da morte. Para a Lei, a principal função do médico, em casos de pacientes terminais, é deixada de lado para seguir com os princípios morais da morte digna. Para não conflitar com os códigos de ética, o médico deve abster-se de buscar curas ou tratamentos, fazendo apenas com o que o paciente passe o restante de sua vida com o menor sofrimento e dores possíveis. Outro dilema é sobre a comunicação com o paciente e seus familiares. O médico será o portador das más notícias.

Comunicar sobre a morte iminente do paciente causará a depressão, tristeza, negação e mais sofrimento, ao paciente e familiares, mas não comunicar implicará em omitir informações cruciais para o fechamento da vida do paciente. Silva, (2011) defende que a humanização em UTI pode ser realizada de várias maneiras, desde conversar, explicar os procedimentos ao paciente, saber trabalhar com a família, respeitando crenças, valores, respeitando e promovendo a criação de horários a serem seguidos, como horário de banho, horário para dormir, para que o paciente consiga distinguir o dia e a noite; ter acesso a medicina alternativa: massagens, acupuntura; saber lidar com as interfaces do paciente. O paciente internado na UTI necessita cuidados de excelência, dirigidos não apenas para os problemas fisiopatológicos, mas também para as questões psicossociais, ambientais e familiares que se tornam intimamente interligadas à doença física.

SILVA, et al, 2011). Tendo em vista, esse contexto, as publicações apontam para a necessidade de os trabalhadores possuírem características especiais, no sentido de poderem prestar o cuidado, da melhor forma possível, apesar das adversidades desse ambiente de trabalho (SILVA e FERREIRA, 2009). Um exemplo de um tratamento específico para com os pacientes é de um dos icônicos filmes que envolvem medicina e ações de humanização, o filme Patch Adams, onde o ator Robin Williams interpreta um aluno de medicina que acredita que o tratamento humano é eficiente para amenizar as dores dos pacientes e trata-los com mais amor e humanidade. O roteiro inicia-se com a apresentação, a função, a intenção de ajudar e a frase “estarei aqui ao seu lado pelas próximas horas, para lhe ajudar, então peça o que quiser que tentarei atender” (PNH, Curso, 2019).

Esta atuação ao lado dos pacientes gera o conceito de humanização do atendimento, qual o objetivo da PNH em manter o auxílio e atendimento aos pacientes das Unidades de Terapia Intensiva. RESULTADOS E DISCUSSÕES A humanização nas Unidades de Terapia Intensiva torna-se em diversas ocasiões a última etapa no processo de morte digna de pacientes em estágio terminal, onde devido aos tratamentos e sedativos, o paciente recebe o contato humano, reduzindo a insegurança, angústia e os medos pela solidão no momento do tratamento, seguindo os preceitos da ética e os desejos do cliente. Sendo a pesquisa relacionada à humanização, o aprofundamento no assunto, a pesquisa e a compreensão do tema, bem como a elaboração do TCC permitiram conhecer mais sobre os processos da humanização, a ética médica, os cuidados legais e a disposição das normas do conselho de medicina.

A humanização na UTI não auxilia apenas fisicamente aos pacientes, mas emocionalmente e também de forma psicológica, ainda que haja desgaste para a equipe de médicos e enfermeiros, pois como visto, o profissional da saúde deve possuir uma estrutura psicológica para não ceder à pressão e a angústia, por parte do paciente, seus familiares e seu próprio pilar emocional, apesar de todos os esforços prestados pelos profissionais da saúde em manter uma rotina segura e qualidade para seus pacientes e profissionais, atuar na área atualmente na linha de frente requer preparo emocional , tendo em vista que se deve superar o medo de uma possível contaminação por um inimigo invisível a olho nu, e reaprendendo a lidar com uma nova rotina totalmente diferente do que se estava acostumado em UTI, antes do surgimento do novo covid-19 era possível manter uma assistência humanizada durante as internações até o momento do óbito de um paciente, porém hoje seguindo vários protocolos de segurança muita coisa precisou passar por adaptações que fazem sentir o distanciamento de pacientes e familiares neste momento.

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