SONHOS - Conteúdos manifesto e latente um novo olhar

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

Neste sentido, o autor afirma que o indivíduo precisa dormir não apenas para descansar, mas principalmente para que os desejos reprimidos sejam realizados. Nesta direção, ao dormir, a consciência é "desativada" parcialmente para que o inconsciente entre em ação, originando o sonho, onde o id realiza os desejos reprimidos anteriormente. No entanto, Freud (1915), destaca que os motivos dos traumas da vida de uma pessoa estão guardados no mesmo lugar onde estão os desejos reprimidos, a saber, o inconsciente. Rabuske (2011), parece concordar com o exposto acima ao afirmar que o material do sonho está relacionado às experiências humanas, de tudo que é vivido pelo indivíduo durante a vigília. Durante o sonho este material é recordado, no entanto, não é imediatamente lembrado pelo indivíduo como uma experiência realmente vivida, sendo esta uma característica do sonho manifesto: quando o indivíduo experimenta seu conteúdo inconsciente como se não fosse seu.

De acordo com Susemihl (2017), que corrobora com os autores acima citados, o conteúdo manifesto pode ser considerado uma fantasia que representa o impulso ou desejo latente já satisfeito, ou seja, é compreendido como a satisfação do impulso ou desejo latente. A autora ainda bem destaca que o sonho manifesto é, portanto, o resultado de diversas operações, que são os trabalhos do sonho, que modificam os restos diurnos, estímulos corporais e os pensamentos do sonho, tendo como produto final a experiência onírica, que é o sonho lembrado. No entanto, segundo Cheaniaux (2006), alguns autores contestam a teoria de Freud em relação aos sonhos, até mesmo dentre os autores que estudam a psicanálise, sobretudo quanto ao fato de que as imagens percebidas durante o sonho estariam ou não relacionadas à uma distorção ou disfarce pelo trabalho onírico.

Citam Luborsky e Crits - Christoph que realizaram um estudo com um grupo de pacientes para verificar o que é postulado por Freud. Para isto, utilizaram um instrumento denominado CCRT, que teve como objetivo verificar o padrão de relacionamentos interpessoais dos participantes a partir do relato de cada um deles. No entanto Cheniaux (2006) bem destaca a teoria de Mark Solms (2000) que procura resgatar as hipóteses de Freud sobre os sonhos. Assim, refere que os estudos apontam que o sistema dopaminérgico mesolímbico-mesocortical está relacionado aos estados motivacionais, associados aos comportamentos que procuram a satisfação das necessidades biológicas, como comer e copular. Desta forma,os estudos apontam o aumento na atividade deste sistema enquanto o indivíduo sonha, demonstrando a relação entre os fenômenos oníricos e as motivações, ou seja, as emoções ocorrem durante a vigília influenciam fortemente os sonhos, de modo que os desejos caracterizem o conteúdo destes.

REFERÊNCIAS CHENIAUX, E. Os sonhos: integrando as visões psicanalítica e neurocientífica. php?script=sci_arttext&pid=S0101-81082006000200009&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 18 Mar. FREUD, S. A interpretação dos sonhos. ª ed. p. Disponível em <http://pepsic. bvsalud. org/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1677-29702013000100009&lng=pt&nrm=iso>. Jornada de Estudos do Circulo Psicanalítico do RS, 2011. Disponível em: http://www. cbp. org. br/cprs/artigo1. br/seer/ojs/index. php/anais/article/view/24. Acesso em 18 mar. SUSEMIHL, E. V. bvsalud. org/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S0103-58352017000200008&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 18 mar.

84 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download