Sindrome da Abstinencia Neonatal

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

A cocaína e o crack são consumidos por 0,3% da população mundial, sendo que a maioria dos usuários (70%) se concentra nas Américas. Outra grande preocupação é o aumento do uso de heroína, a qual, alguns anos atrás, teve um declínio e agora houve um aumento significativo na América do Norte (TACON, 2017). O período gestacional, é um período de grandes transformações na vida da mulher, causando grandes modificações em seu organismo, em seu psicológico e em seu papel socio-familiar (ROCHA, 2016). O uso de drogas lícitas ou ilícitas durante a gestação, junto com outros fatores de riscos habituais como: hipertensão, infecções, múltiplos partos, índice de massa corpórea baixa, intervalo curto entre partos, colo uterino curto, baixa escolaridade, e histórico de nascimento prematuro estão relacionados à etiologia do nascimento prematuro (BETTIOL, BARBIERI, SILVA, 2010).

No caso do uso de drogas lícitas, como cigarro e álcool, por gestantes, pode comprometer a integridade da saúde da mulher e do bebê.  BACKES et al. O uso de drogas é uma questão de importância na saúde pública, principalmente se tratando da gravidez. Alguns estudos epidemiológicos afirmam que a gestante usuária não muda seu comportamento em relação ao uso das drogas por causa da gestação, mesmo sabendo que podem ocorrer danos para a mãe e o feto irreversíveis. A cocaína é uma droga que está ganhando cada vez mais usuários, ao qual age bloqueando a receptação de neurotransmissores como a dopamina, norepinefrina e serotonina. Ela atravessa a barreira placentária sem sofrer metabolização, podendo causar malformações cardíacas, urogenitais, e no sistema nervoso central do feto.

METODOLOGIA Trata-se de uma revisão bibliográfica elaborada a partir de pesquisas a artigos científicos sobre o uso de drogas no período gestacional. Para a busca dos artigos foram utilizadas bases de dados virtuais, sendo pesquisados vários artigos, e para a elaboração desta. LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 4. EFEITOS E CONSEQUÊNCIAS DO USO DE DROGAS POR GESTANTES O período gestacional, é um período de grandes transformações na vida da mulher, causando grandes modificações em seu organismo, em seu psicológico e em seu papel socio-familiar. Portanto o uso, o abuso e a dependência de substâncias lícitas e ilícitas, pode provocar consequências físicas e graves tanto para a mãe quanto para a criança (ROCHA, 2016). Os sintomas da abstinência alcoólica podem aparecer a partir de 6 hrs ou 10 dias da suspensão do consumo, e incluem os sintomas da exacerbação do sistema nervoso autônomo simpático, como taquicardia, arritmias, hipertensão, , falência cardíaca, além de tremores e alucinações (YAMAGUCHI et al.

BEATTIE et al. O álcool atravessa a placenta, através sangue materno, vai para o líquido amniótico e para o feto. Em cerca de uma hora, os níveis de etanol no sangue fetal e no líquido amniótico são equivalentes aos do sangue da gestante, podendo lesar o feto em qualquer estágio da gestação, inclusive durante as primeiras semanas, mesmo antes de a mulher saber que está grávida. SEGRE, 2010 ; MESQUITA et al. TACON, 2017). É uma droga estimulante do Sistema Nervoso Central (SNC), atravessa a barreira hematoencefálica devido seu baixo peso molecular e lipossolubilidade, consegue atravessar a placenta, indo diretamente para a circulação do feto. Dependendo do momento em que o feto foi exposto a ação da cocaína, age diretamente no SNC, provocando reações iguais da mãe, influenciando no desenvolvimento cerebral, anomalias cardíacas, anormalidades do lábio, e anormalidades renais (DAVID et al.

Nos Estados Unidos, cerca de 10% das mulheres utilizam cocaína durante a gestação, já no Brasil, estudos apontam a prevalência em torno de 3,6% (MOTTA, 2016). Segundo de Brunet et al. Também podem ocorrer al­terações como, aumento da frequência cardíaca, vasodilatação, aumento do apetite, hi­peremia conjuntival. Seu princípio ativo é o delta-9-tetra-hydrocannabinol (THC), lipossolúvel que atravessa a bar­reira placentária. Não há muitas evidências dos efeitos deletérios da maconha sobre o feto e as crianças nascidas de mães usuárias, até mesmo pelo uso concomitante de outras substâncias (MESQUITA, SEGRE, 2009). O uso de canabinóides como alternativa terapêutica ainda gera muitas discussões e polemicas, e necessita de muitos estudos, podem ser utilizados em crises de epilepsia, autismo e transtornos psiquiátricos (TACON, 2017).

Os neonatos apresentam problemas de prematuridade e depois de nascidas problemas na aprendizagem, são consequências devido a reações no SNC. Essas gestantes raramente fa­zem acompanhamento pré-natal e, quando fazem, ocultam o uso de drogas. Porém, o período de gestação é um período de sensibiliza­ção ao tratamento, por isso se houver preparo da equipe de saúde, é justamente nessa fase que se consegue uma abstinência completa e du­radoura das drogas, pois a maioria das mães não querem prejudicar o bebê (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010). As consultas de pré-natal têm uma importância fundamental, assim como, as orientações na preven­ção do uso de drogas na gestação e no puerpério, e estas orientações devem continuar por toda a gestação (MAIA, PEREIRA, MENEZES, 2016).

É no pré-natal que a equipe de saúde, principalmente o enfermeiro e médico, devem mostrar a importância no manejo das situações, identificando as necessidades através dos riscos que a gestante possua, em prol de uma gestação, parto e puerpério saudáveis (ALVAREZ et al. O enfermeiro deve saber diferenciar as diversas situações e diferenças, referente ao uso de drogas na gestação, avaliando seus aspectos para entender o impacto em cada gestante e familiar envolvido, principalmente quando essas gestantes se sentem vulneráveis (LIMA et al. Drogas Psicoativas: classificação e bulário das principais drogas de abuso. In: Álcool e outras drogas: diálogos sobre um mal-estar contemporâneo. SciELO-Editora FIOCRUZ. p. ALVAREZ, Simone Quadros et al. BEATTIE, M. C. LONGABAUGH, R.

ELLIOTT, G. et al.  Therapeutic drug monitoring, v. n. p. DAVID, Anna L. et al. MAIA, Jair Alves; PEREIRA, Leonardo Assunção; MENEZES, Fernanda de Alcântara. Consequências do uso de drogas durante a gravidez.  Revista Enfermagem Contemporânea, v. n. MELLADO, J. n. PINHO, PH et al. Reabilitação psicossocial na atenção aos transtornos associados ao consumo de álcool e outras drogas: a concepção de profissionais de saúde. Rev. Esc.   Disponível em <http://scielo. isciii. es/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1695-61412014000400019&lng=es&nrm=iso>. Acesso em  05  jun. GONÇALVES, Fátima E. CUNHA, Rodrigo G. Drogas de abuso e suas implicações nas gestantes/fetos. Drug abuse and its implications in regnancy/fetal.  NBC-Periódico Científico do Núcleo de Biociências, v.

n. p. TACON, Fernanda Sardinha de abreu; TACON, Kelly Cristina Borges; DO AMARAL, Waldemar Naves. Álcool e gravidez: influência na morfologia fetal-Alcohol and pregnancy: Influence on fetal morphology.  Revista Educação em Saúde, v.

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