SEGURANÇA DO PACIENTE CIRURGICO CLIMA DE CULTURA

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

Estima-se que no mundo ocorram ao ano sete milhões de EAs em centro cirúrgico (OMS, 2009). Em hospitais públicos do estado do Rio de Janeiro constatou que 30,8% dos pacientes foram acometidos por eventos evitáveis durante internamento no CC (MENDES 2013) e que 5 a 10% evoluem ao óbito em decorrência de complicações irreversíveis (OMS, 2009). Considerando que o clima de segurança do paciente cirúrgico não é adequado em serviços públicos de saúde (MARINHO et al. CAUDURO et al. Os fatores que comprometem a segurança do paciente são decorrentes da comunicação deficiente entre as equipes, sobrecarga de trabalho e ausência da cultura da segurança do paciente cirúrgico (MARINHO et al. Diferindo do conceito de EAs evitáveis, cujo fenômeno danoso é postergado após a adoção de condutas preventivas de segurança (REASON, 2000; MENDES et al.

Um estudo realizado em três capitais norte-americanas, avaliou a incidência dos EAs em hospitais públicos e evidenciou elevados índices de mortalidade, onde anualmente cerca de 100 mil pacientes morreram devido aos danos à saúde durante a hospitalização. Em razão disso, houve a publicação deste relatório do Institute of Medicine, intitulado To Err is Human. CORRIGAN et al. Tornando a segurança do paciente uma problemática grave de saúde pública mundial, devido aos agravos a saúde dos pacientes submetidos aos cuidados hospitalares, principalmente no cenário cirúrgico (WHO 2014). ocorrendo em sua maior parte no período do transoperatório e pós-operatório, com prevalência dos danos evitáveis em decorrência das complicações operatórias: infecção do sítio cirúrgico, anestésicas, dor aguda em pós-operatório (PARANAGUÁ et al.

uso de dispositivos intravenosos, sondas e administração de medicamentos (BRASIL, 2015). Cerca de 5-10% dos pacientes evoluem ao óbito devido a essas complicações (OMS, 2009). Em virtude dos elevados índices de EAs em pacientes internados no CC, a OMS criou o programa “Cirurgias seguras salvam vidas”, cuja proposta seria a redução das elevadas taxas de infecções do sítio cirúrgico, incentivar as equipes cirúrgicas a adoção de práticas mais seguras e implementação da cultura de segurança (OMS, 2009). O clima de segurança do paciente cirúrgico não é adequado nos serviços públicos de saúde. Atrelado aos agravos causados pelo posicionamento de risco, os fatores relacionados com a idade, doenças crônicas, disfunção metabólica, ausência de dispositivos de conforto, posicionamento, tempo cirúrgico, subnutrição e obesidade, contribuem diretamente ao surgimento das LP (BENTLIN; GRIGOLETO; AVELAR, 2012; PRIMIANO et al.

O fenômeno da dor no pós-operatório é considerado um EA comum, variando a intensidade de acordo com o porte, tempo da cirurgia e tipos de anestésicos (MIRANDA et al. Em estudo realizado na clínica cirúrgica de um hospital público sentinela do estado de Goiás, apontou a dor aguda como o principal e mais frequente EA, entre os pacientes em recuperação cirúrgica (PARANAGUÁ 2013), provocando alterações metabólicas, cardiovascular, respiratórias e estresse emocional (BARBOSA et al. Nos EUA as infecções do ISC são consideradas as complicações cirúrgicas mais frequentes, ocorrendo ao ano vinte mil casos dessas infecções (WHO 2016). O surgimento das infecções atribui-se a medidas inadequadas durante a assistência no período pré-operatório e transoperatório, tais como: ausência da antibioticoprofilaxia, tricotomização tardia e ausência do banho pré-cirúrgico (CHAVES 2009).

 Rev. SOBECC, v. n. p. BELLUSSE, Gislaine Cristhina. Brasília (DF): Diário Oficial da União; 2013 [acesso fevereiro 01]. Disponível em: http://bvsms. saude. gov. br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013. CARNEIRO, Geisa Aguiari et al. Lesões de pele no intra-operatório de cirurgia cardíaca: incidência e caracterização.  Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. n. p. p. CHAVES, Dagmar da Costa Esteves et al. Avaliação dos fatores de risco para infecção do sitio cirúrgico de pacientes submetidos à neurocirurgia. EUA. The National Quality Forum (NQF). Revista Brasileira de Cancerologia. São Paulo (SP), 2004. KOHN LT, Corrigan JM, Donaldson MS, McKay T, Pike KC. To err is human. Washington, DC: National Academy Press; 2000.  Acta paul. enferm, v. n. p. MARINHO, Monique Mendes; RADÜNZ, Vera; BARBOSA, Sayonara de Fátima Faria.

Características de eventos adversos evitáveis em hospitais do Rio de Janeiro.  Revista da Associação Médica Brasileira, v. n. p. MIRANDA, Adriana de Fátima Alencar et al. Organização Mundial da Saúde. Segundo desafio global para a segurança do paciente: Manual – cirurgias seguras salvam vidas. Rio de Janeiro. PARANAGUÁ, Thatianny Tanferri de Brito et al. Prevalência de incidentes sem danos e eventos adversos em uma clínica cirúrgica. et al. Epidemiologia e saúde. ª edição. São Paulo: Editora Medbook. REASON, James. Infecção do sítio cirúrgico em pacientes no pós-operatório de cirurgias ortopédicas eletivas. Rev. Interfaces, v. n2, p. TOMAZONI, Andréia et al. WHO. World Health Organization. Global Guidelines for the Prevention of Surgical Site Infection.

Genebra. WHO.

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