Revisão de Literatura

Tipo de documento:Revisão integrativa de literatura

Área de estudo:Biologia

Documento 1

Porém, em 1858 Rudolph Virchow acrescentou um quinto sinal o distúrbio de função, evento comprovadamente importante que acompanha o processo inflamatório, tanto local quanto sistematicamente (VARELA et al. O mecanismo da inflamação representa uma cadeia de respostas organizadas e dinâmicas, incluindo eventos celulares e vasculares com secreções humorais específicas. Essas vias envolvem a alteração da localização física dos glóbulos brancos (monócitos, basófilos, eosinófilos e neutrófilos), plasma e fluidos no local inflamado (HUERTHER, 2015). Seja como for, a resposta inflamatória é desencadeada por duas fases: (a) aguda e (b) crônica, e cada uma é aparentemente mediada por um mecanismo diferente (SERHAN et al. Uma resposta inflamatória com duração de apenas alguns dias é chamada de inflamação aguda, enquanto uma resposta de maior duração é chamada de inflamação crônica.

Leucócitos fagocitários também sintetizam e secretam múltiplos mediadores inflamatórios, incluindo leucotrienos, quimiocinas e outras citocinas para amplificar e regular a resposta inflamatória e iniciar conversa cruzada com células imunes adaptativas (DINAUER, 2019). Os neutrófilos, também conhecidos como leucócitos polimorfonucleares (PMN), são os tipos de célula mais abundante no sangue humano. Eles são produzidos na medula óssea em grandes quantidades (aproximadamente 1011 células por dia). Sob condições homeostáticas, os neutrófilos entram na circulação, migram para os tecidos, onde completam suas funções e, finalmente, são eliminados pelos macrófagos, tudo no decorrer de um dia. Eles constantemente patrulham o organismo em busca de sinais de infecções microbianas e, quando encontradas, essas células rapidamente (ROSALES, 2018).

Há evidências crescentes de que espécies reativas de oxigênio (ERO) estão envolvidas no início, progressão e resolução da resposta inflamatória. Além disso, os EROS atuam como agentes microbicidas e segundos mensageiros de sinalização intracelular. A superprodução de ERRO pode resultar em lesões celulares e de tecidos e contribuir para a inflamação crônica subjacente a muitas doenças neurodegenerativas, cardiovasculares e metabólicas (CHELOMBITKO, 2018). O óxido nítrico (NO) é uma molécula descrita desde a década de 80 com ação microbicida produzida por fagócitos através da ação da enzima óxido nítrico sintase induzida (iNOS) a partir da oxidação do aminoácido arginina (BOGNAN, 2015). Estímulos via receptores de reconhecimento de padrões de microrganismos culminam na ativação de vias intracelulares de transcrição medidas por NF-kBeta e na consequente expressão do gene de iNOS resultando no aumento da produção de NO.

Estas plantas também são fontes promissoras para a preparação de novos medicamentos (KAZEMI, 2018). Uso tradicional das plantas medicinais As plantas medicinais apresentam na sua composição princípios ativos com propriedades profiláticas ou terapêuticas. E por isso, desde os tempos antigos as plantas medicinais vêm sendo utilizadas para a cura de doenças, através da observação do ser humano e do meio que está inserido. Contribuindo assim, para o surgimento de um conhecimento baseado na fusão de culturas, religiões e etnias para o tratamento da saúde das famílias e da comunidade. A sabedoria tradicional que sustenta a percepção empírica do homem sobre a natureza, principalmente no emprego de plantas medicinais na cura e recuperação da saúde (OLIVEIRA, 2016).

Neste contexto, torna-se favorável o maior incentivo ao uso de plantas medicinais encontradas nos biomas brasileiros (CASTRO, 2019). Portanto, os saberes tradicionais sobre ervas medicinais configuram-se com alto potencial empírico nas investigações científicas e podendo contribuir para o aprendizado centrado no homem e na natureza, além do desenvolvimento de novos medicamentos (SANTOS et al. Em regiões onde a população não consegue atendimento de forma imediata a única alternativa para o tratamento de doenças é a utilização de plantas como fonte terapêutica. Na região amazônica diversas plantas pertencem ao arsenal terapêutico da comunidade como a espécie de Eleutherine plicata. A raiz desta planta é usada na preparação de chá, contra problemas estomacais (OLIVEIRA, 2016). plicata pode ser preparado utilizando 50 g de bulbo em 333 mL de água, que deve ser administrado por via oral uma vez ao dia e a duração do tratamento deve perdurar até o desaparecimento dos sintomas.

Contraindicações não são relatadas (SANTOS et al. Outros usos populares indicam para o tratamento de doenças hepáticas, doenças reumáticas, anemia, hemorragias, elefantíase e dificuldade de micção e anti-helmínticos (DIAS et al. O uso tradicional desta planta tem sido também atribuído no tratamento de sintomas pós-menopausa, além de ser usada para a cura de câncer de mama, hipertensão, diabetes mellitus, redução de colesterol e prevenção de acidente vascular cerebral. Estas ações podem ser explicadas, pois os bulbos de Eleutherine bulbosa (Mill. Esta planta apresenta compostos com atividade antioxidante como: Policetideos; eleutrino, isoeleuterino, eleuterinol, eleuterol, eleutosídeo B (eleuterol-4-O-β-Dgentiobioside), eleutosideo C, 4-oxodihidroisoeleuterino, elecanacino, (R)-4-hidroxieleuterino, eleutone, eleuterinol-8-O-β-D-glucósido, isoeleutosídeo C, (MALHEIROS et al.

Malheiros e colaboradores (2015) detectaram nos bulbos secos de E. plicata, os compostos isoeleuterol e isoeleuterina com atividade antioxidante. Observaram que isoeleuteria é um os mais importantes constituintes químicos do gênero Eleutherine. No estudo de SHI e colaboradores (2018), foi observado que o conteúdo de fenóis e flavonoides diferia nas partes de E. O extrato metanólico do bulbo foi fracionado e revelou a presença de substancias fenólicas, terpênicas e derivados antraquinônicos com atividade anti-bacteriana contra Pseudomonas fluorescens e Staphylococcus aureus. Os extratos brutos dos bulbos de E. americana inibem as enzimas protease e lipase e por isso podem ser usadas como aditivos nas industrias de alimentos, visando inibir o crescimento de Staphylococcus aureus. Extratos hidroalcóolicos de folhas de Eleutherine bulbosa apresentaram classes de metabólitos com elevados teores de fenóis totais e flavonoides.

Os extratos apresentaram atividade antinociceptiva na dor neuropática induzida pela compressão do nervo ciático, em ratos, quando administrado por via oral, durante 15 dias de tratamento (OLIVEIRA, 2019). As descobertas sugeriram a potencial aplicação de um método útil, limpo e econômico de RSM para adquirir esses compostos biologicamente ativos do bulbo de E. bulbosa que poderiam ser utilizados em aplicações de alimentos e futuras indústrias farmacêuticas. As atividades antioxidantes dos extratos foram então analisadas (KAMARUDIN et al. Sete novos derivados de naftoquinona, denominados eleutherinas A-G, foram isoladas dos bulbos de Eleutherine americana e suas estruturas elucidadas com base em análises espectroscópicas. Todos os compostos isolados foram avaliados quanto ao seu efeito protetor contra a lesão de células endoteliais da veia umbilical humana in vitro.

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