RESENHA CRÍTICA: ZWEIG, Stefan, O Mundo de Ontem: Recordações de um Europeu, Porto: Assírio & Alvim. 2014. p. 355 416

Tipo de documento:Resenha

Área de estudo:História

Documento 1

Interessante aspecto das histórias narradas pelo escritor é observação do crescimento das ideologias que viriam a causa a Segunda Guerra Mundial, como o fascismo, o nazismo e o socialismo soviético. O contexto desse crescimento também é objeto da observação de Stefan, já que decorre de um sentimento de orgulho nacionalista e de segregação racial, dentre outros fatos políticos e econômicos. Por fim, importante observas as inúmeras histórias narradas sobre exilados do pós guerra e críticos dos governos por onde o escritos passava, os quais forneceram importantes informações acerca da realidade da política naqueles determinadas páises. APRECIAÇÃO CRÍTICA A priori, o autor faz uma breve introdução acerca do assustador cenário do pós Primeira Guerra Mundial na Áustria, país em que viverá nesse período, dos seus anseios em relação ao crescente preconceito contra quem falasse alemão e pela sua declarada vontade sobre voltar a viajar pelo mundo e redescobri-lo findo o período de guerra.

Sua primeira viagem foi em direção a Itália, pela proximidade geográfica, tendo em vista que viagens mais longas ainda eram arriscadas ante ao recente período vivido por todos. Da ótica do autor, a inflação encheu o povo de ódio a ponto de seguir Hitler logo na sequência do contexto histórico, pois levou quase toda a população a ruína, oportunidade em que perderam grande parte do seu patrimônio. No ponto, findado o período de inflação econômica, a Alemanha viveu uma década de pausa em relação aos eventos catastróficos, entre os anos de 1924 e 1933 (do final da inflação até a tomada de poder por Hitler), oportunidade em que passou a se reconstruir e se recuperar financeiramente, assim como todo o restante da Europa.

Com a subida de Hitler ao poder, o sucesso crescente do povo alemão deu brecha para o crescente medo e instabilidade, já que seus decretos centralizavam o poder e colocar restrições à liberdade econômica. Nesse mesmo interstício de tempo, o autor ainda narra o sucesso de suas obras literárias, tendo ficado conhecido em toda a Alemanha e alcançado o auge financeiro e de reconhecimento acerca do seu trabalho. O crescente sucesso, no entanto, fez com que o autor se sentisse retraído em relação ao crescente assédio a sua pessoa onde quer que o mesmo estivesse, evidenciando sua timidez patológica. Nesse contexto, cumpre abrir aspas para o célebre trecho trazido na obra, em que se destaca que “as provações são um desafio, que as perseguições nos dão força, e que o isolamento engrandece, desde que não nos despedace” (p.

O autor narra, ainda, que Mussolini foi um dos grandes líderes da época que admirava seu trabalho e costumava ler todas as suas obras, de acordo com o relato de amigos próximos de Stefan Zweig. Entretanto, em uma das andanças do autor pela Europa se deparou com um pedido desesperado de uma mulher, pedindo que Stefan intervisse junto ao governo de Mussolini para diminuir a pena de seu marido, o qual teria sido condenado injustamente e passaria sua vida em uma penitenciária da Itália, com o regime fascista em pleno vigor. Tal fato fez com o autor viajasse para a Itália e buscasse, junto a amigos e conhecidos influentes dentro do governo de Mussolini, um pedido para que a pena daquele homem fosse reduzida e o mesmo fosse enviado a uma ilha penitenciária, onde as mulheres e filhos pudessem ficar junto com os apenados.

Tendo em vista a ausência de êxito junto aos seus contatos, Stefan escreveu ele mesmo uma carta a Mussolini pleiteando pela diminuição da pena daquele homem e, surpreendentemente, Mussolini atendeu ao pedido do autor e reduziu a pena do mesmo, o que deixou Stefan muito orgulhoso pelo sucesso obtido por meio daquela carta.

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