RESENHA CRITÍCA: Responsabilidade Social Empresarial e Empresa Sustentável

p. No livro, Barbieri e Cajazeira juntam seus conhecimentos para abordar o tema responsabilidade social e empresarial e empresa sustentável. Grande parte das ameaças à existência humana é culpa dos nossos próprios hábitos, é o resultado e nossa maneira de produzir, consumir e viver. As empresas têm grande responsabilidade nessa questão, pois possuem um enorme poder econômico (das cem maiores economias do mundo, mais da metade já são empresas), financeiro (movimentam enormes recursos), tecnológicos, políticos (financiam campanhas eleitorais e, portanto, exercem enorme poder sobre as políticas públicas) e culturais (a mídia e o setor de anunciantes estão praticamente na totalidade nas mãos do setor privado). O primeiro capítulo aborda as fundamentações teóricas, discute as principais teorias relacionadas com a responsabilidade social empresarial, começando pela Teoria do Acionista (stockholder) de Milton Friedman.

a teoria dos stakeholders propõe que os administradores devem procurar atender as partes interessadas porque eles também são agentes dessas partes, e não apenas dos acionistas ou outros tipos de proprietários. Já a Teoria do Contrato Social sugere que a responsabilidade social empresarial deriva de um “contrato” com a sociedade. São citados diversos contratualistas famosos desse período, como Thomas Hobbes, John Locke, Jean-Jacques Rousseau e John Rawls. Um ponto que motivou essa evolução as dificuldades para aplicar as teorias filosóficas tradicionais, como a ética utilitarista ou a kantiana, no âmbito das empresas e dos mercados, tanto pelo caráter geral dessas teorias quanto pelo fato de serem as empresas entes artificiais, cujas regras e estruturas podem variar dramaticamente de uma cultura para outra, de uma indústria para outra, de uma empresa para outra.

No segundo capítulo são discutidos modelos de gestão da responsabilidade social empresarial. Discute-se sobre a ética em geral e empresarial. Inicialmente explica-se a relação entre ética e responsabilidade social, pois como já foi destacado anteriormente, ética não é componente especifico da responsabilidade social, por isso deve ser tratada com uma abordagem transversal. Nesse capitulo também é discutido as questões da moral, direito, ética empresarial. Aqui é explicado que as empresas não precisam da filantropia, mas sim da própria ética. No quarto capítulo há um estudo maior na questão da ética. No fim do capítulo há uma discussão sobre a ética de globalização, estendendo-se da discussão socioambiental. Destaca a necessidade de uma ética para o mundo globalizado e apresenta um núcleo de ideias para a construção dessa ética.

O quinto e sexto capítulo são os mais extensos, apresentam conteúdos mais práticos invés de teóricos como os anteriores. Falam sobre a responsabilidade social para o desenvolvimento sustentável. O quinto apresenta diversas fontes de princípios e diretrizes que os gestores podem usar para estabelecer políticas, objetivos e metas para ter mais responsabilidade social em suas empresas. Ele nos introduz ao assunto de maneira profunda, nos mostra a importância dessa abordagem do assunto da responsabilidade social empresarial e mostra de cara suas falhas mais obvias, sempre criticando as próprias ideias apresentadas e mostrando diferentes pontos de vista. O livro nos faz perceber que as importâncias das empresas vão muito além de dinheiro e empregos, pois as empresas têm grande poder econômico, politico e social.

Essas organizações podem tanto beneficiar quanto prejudicar a sociedade facilmente e em todos os sentidos. O prejuízo devido a falta de responsabilidade empresarial é o maior e que vem ficando mais preocupante com o passar dos anos, pois alguns desses anos são irreversíveis. É essencial que as organizações comecem a se preocupar em agir de modo que beneficiem a sociedade e preservar recursos ambientais.