RESENHA CRÍTICA: A PAZ PERPÉTUA: UM PROJETO FILOSÓFICO IMMANUEL KANT E COMPREENDER AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS CHRIS BROWN E KIRSTEN AINLEY

Tipo de documento:Resenha

Área de estudo:Relações Públicas

Documento 1

Ademais, ressalta que nenhum estado pode ser submisso à outro, pois o mesmo não advém de uma origem patrimonial, mas de uma sociedade humana, a qual não aceitar esse tipo de submissão. Neste mesmo sentido, afirma que os exércitos permanentes são uma ameaça constante a paz, devendo, com o decorrer do tempo, ser eliminado em sua totalidade, pois, mesmo em uma situação de guerra, é preciso deter alguma confiança no inimigo para chegar em um denominador comum, o reestabelecimento da paz. Kant destaca ainda que o estado de natureza do homem é essencial hostil e de ameaça, mesmo em tempos de calmaria, devendo ser instituído um estado de paz de fato, elencando alguns princípios a serem seguidos para alcançar esse fim.

Em primeiro lugar, Kant acredita que toda constituição deve ser republicana (não confundir com democrática), firmado sobre o princípio da liberdade, igualdade e das garantis individuais. Em um segundo plano, sustenta que o direito dos indivíduos deve se fundar em uma federação de estados livres, não devendo se sujeitarem uns aos outros, entretanto, a lei e a ordem devem prevalecer. Kant finaliza a brilhante obra fazendo a seguinte ponderação: “Se existe um dever e, ao mesmo tempo, uma esperança fundada de tornar efetivo o estado de um direito público, ainda que apenas numa aproximação que progride até ao infinito, então a paz perpétua, que se segue aos até agora falsamente chamados tratados de paz (na realidade, armistícios), não é uma ideia vazia, mas uma tarefa que, a pouco e pouco resolvida, se aproxima constantemente do seu fim (pois é de esperar que os tempos em que se produzem semelhantes progressos se tornem cada vez mais curtos)”.

p. Vê-se, portanto, que sua abordagem teórica passa do iluminismo para o destaque da importância do saber filosófico para sanar todas as angústias vividas pelo homem que vive em sociedade em busca de uma paz perpétua. A segunda obra objeto da presente resenha é àquela denominada Compreender as Relações Internacionais, de Chris Brown e Kirsten Ainley. Cumpre destacar, de início, que os autores fazem uma breve introdução acerca do estudo das relações internacionais. Em suma, existindo diferentes ordens políticas na sociedade, ali estará presente alguma forma de relação internacional. Os autores dedicam, na sequência um longo trecho para expor a origem histórica da disciplina e de sua etimologia, ressaltando a sua importância nos anos que antecederam o século XX e o seu fortalecimento quando da entrada do século em questão.

Por fim, os autores abordam as relações internacionais e sua ligação com a ciência do comportamento, objeções à síntese realista e algumas ponderações acerca do pluralismo e interdependência da matéria. Vê-se, em suma, que a abordagem teórica adotada na obra supracitada é de construção fundamentalista da matéria de relações internacionais, adotando uma ideologia de valorização do profissional e da profundidade e importância do mesmo no mundo globalizado atual. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS KANT, Immanuel.

87 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download