RESENHA ACADÊMICA

A ciência é uma representação da realidade, com o objetivo de explicar o que acontece à sua volta. As representações servem como lentes, sem as quais não conseguimos observar a realidade, apesar de que, mesmo a ciência, distorce a realidade, contrariando a ideia de que é neutra. Além disso, a verdade científica é passível de refutação e pode ser substituída por “outras que se mostrem (mesmo que aparentemente) mais próximas da realidade e mais coerentes com outros conhecimentos científicos” (p. O campo científico, por sua vez, é “um espaço estruturado no qual ocorrem as disputas pela autoridade científica e pela competência científica” (p. Estas disputas resultam no capital científico, um tipo de moeda de troca reconhecida no interior do campo.

Todos os artefatos produzidos e utilizados pelo ser humano (como o fogo, por exemplo) podem ser considerados tecnologia, não apenas os notebooks, radares, celulares, clonagem etc. Por sua vez, sem técnica é impossível realizar qualquer atividade humana, desde a científica até as artísticas. Além disso, as técnicas são a principal forma de relação entre o homem e a natureza. É também o principal produtor de espaço e de relações humanas. Por fim, a tecnocracia “se fundamenta no pressuposto de que a realidade pode ser interpretada exclusivamente a partir da ciência e das técnicas e de que as decisões devem ser tomadas a partir de critérios técnico-científicos, eliminando questões políticas, ideológicas e sociais, em geral” (p.

O idealismo propunha que o “conhecimento não é obtido apenas através da experiência, mas também através da relação da razão com os objetos do mundo exterior”. A dialética de Marx possui quatro princípios: “1) tudo se relaciona (ação recíproca); 2) tudo se transforma (movimento, nenhum modo de produção é eterno); 3) mudança qualitativa (súbitas, acúmulo de mudanças quantitativas); 4) luta de contrários (motor da mudança, processos se explicam pela contradição)”. Diferente do estruturalismo, que pressupõe um sistema de leis que regem as transformações possíveis de um conjunto; ou da fenomenologia, que propõe a desconsideração do mundo exterior e preocupação apenas com a experiência da consciência. O existencialismo, a Hermenêutica e a genealogia de Foucault são outras teorias, que como as anteriores, não representam a totalidade do pensamento das Ciências humanas.

Atualmente, tanto a ciência quanto a tecnologia possuem uma enorme importância no que diz respeito à organização das práticas sociais. A abordagem de Wiebe Bijker, nas ciências sociais, refuta a dicotomia entre sociedade e tecnologia; considera o conceito de um grupo social relevante, não homogêneo e não neutro; admite que as tecnologias não possuem essência própria, mas são produzidas socialmente, “através da prática da flexibilidade interpretativa”. A modernidade é frequentemente associada a três grandes eventos: a Revolução Científica, a Revolução Francesa e a Revolução Industrial. É caracterizada principalmente pela racionalidade, pensamento científico, pela noção de sujeito moderno com identidade fixa, pelo individualismo e valorização das instituições. A pós-modernidade é frequentemente situada entre 1970 e 1990.

Marcada pela vertente da continuidade e do rompimento. Houve modificação da organização do trabalho, com a implantação de padrões evolutivos, como o taylorismo, fordismo, Toyotismo. Com a globalização houve ascensão das organizações transnacionais. Com a mecanização da produção, vários postos de trabalho foram extinguidos, nos três setores da economia, dando lugar ao desemprego tecnológico e ao desemprego conjuntural. Por outro lado, o também deu origem a novos empregos, ligados à informática, à biotecnologia, etc. Os meios de comunicação são divididos em apocalípticos e os integrados. A poluição é um dos resultados da utilização dos recursos naturais pelo homem. A poluição pode ter diversas causas naturais, como as erupções vulcânicas e as queimadas naturais; ou causas humanas, como atividade industrial, a grotóxicos, automóveis, etc.

Dessa forma, foi proposto um Desenvolvimento Sustentável, em 1987, que objetiva atender as necessidades presentes, sem comprometer que as gerações futuras possam atender às próprias necessidades. Outra medida é a Educação Ambiental, que se baseia na busca de mudanças entre a sociedade e a natureza. No que se refere à educação, a alfabetização científica pode ser considerada como “uma das dimensões para potencializar alternativas que privilegiam uma educação mais comprometida”.