REPOSICIONAMENTO DENTAL APÓS REIMPLANTE: revisão de literatura

Tipo de documento:Plano de negócio

Área de estudo:Outro

Documento 1

Através de uma revisão de literatura que teve como base trabalhos publicados entre 2010 e 2019, este trabalho objetiva apresentar as características singulares da avulsão e discutir o reimplante e seus protocolos de reposicionamento dental, bem como prevalência, meios de armazenamento, tempo decorrido do trauma, condutas endodônticas, indicações e contra-indicações. Por fim, concluiu-se que a falta de instrução ou desconhecimento da técnica é uma falha grave dos profissionais e atuantes no local do acidente, mas, o reimplante dental é um método com uma considerável taxa de sucesso desde que o pronto atendimento seja estabelecido de maneira satisfatória. PALAVRAS-CHAVE: Avulsão Dentária. Protocolos Clínicos. Reimplante Dentário. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ……………………………………………………. METODOLOGIA …………………………………………………… 08 3 REVISÃO DE LITERATURA ……………………………………. CONSIDERAÇÕES FINAIS ……………………………………… 16 REFERÊNCIAS.

INTRODUÇÃO O traumatismo alvéolo-dentário é descrito na literatura como um conjunto de impactos que afeta dentes e suas estruturas de suporte (RODRIGUES COELHO, RODRIGUES GONZAGA, ROCHA, 2010). Geralmente, ele é visto como um problema de saúde pública emergente não só pela sua alta prevalência, como também seu impacto na qualidade de vida das pessoas, resultando em consequências físicas e psicológicas que afetam consideravelmente mais crianças do que adultos (RODRIGUES COELHO, RODRIGUES GONZAGA, ROCHA, 2010; NEGRI et al. Dentre eles, foram encontrados 38 artigos dos quais 17 foram selecionados para compor a revisão seguindo os critérios de disponibilidade do texto na íntegra, estando ele em língua portuguesa, espanhola ou inglesa e relevância para a pesquisa. REVISÃO DE LITERATURA O traumatismo dentário vem se tornando uma das causas mais prevalentes de perdas dentárias, principalmente quando o tratamento que se faz necessário não é viabilizado ou conduzido da melhor maneira visando favorecer a permanência dos dentes em boca (RODRIGUES COELHO, RODRIGUES GONZAGA, ROCHA, 2010; ISHIDA et al.

São mais prevalentes em jovens de idade escolar, mas, comumente são resultados de quedas, acidentes ciclísticos, motociclísticos ou automobilísticos, atropelamentos, agressões e, ainda, práticas esportivas (RODRIGUES COELHO, RODRIGUES GONZAGA, ROCHA, 2010). Ishida et al. analisaram 117 prontuários com histórico de avulsão num período de 2000 a 2013 e constataram uma maior prevalência pelo gênero masculino, faixa etária dos 6 aos 17 anos e acidente com bicicleta como maior fator etiológico. De modo geral, o procedimento é resguardado somente a casos de avulsão de dentes permanentes, uma vez que a técnica realizada na dentição decídua possa lesionar o germe do sucessor ou prejudica-lo posteriormente, uma vez que frequentemente, esse tipo de intervenção promova necrose pulpar (PERCINOTO et al. COSTA et al.

No entanto, Poluha, Nascimento e Terada (2016) apontam que a literatura é um pouco controversa nesse aspecto ao apresentar contra-indicações e ainda vantagens como estética da dentição normal desejada pelos pais sob preocupação de auto-estima e aceitação da criança, a manutenção do espaço na arcada a fim de evitar uma erupção tardia e mal-posicionamento do sucessor permanente e auxiliando no desenvolvimento e crescimento facial, indicada para crianças menores de 3 anos. Ainda assim, muitos profissionais são relutantes em aderir o procedimento ao seu arsenal de técnicas pela suspeita de ser um tratamento temporário devido ao risco de desenvolvimento de uma reabsorção radicular ou mesmo pelo desconhecimento técnico (RODRIGUES COELHO, RODRIGUES GONZAGA, ROCHA, 2010; ANTUNES et al. fazendo deste um procedimento pouco realizado (ALBUQUERQUE et al.

GIL, COBAS, 2014). Preferencialmente, o reimplante imediato deveria ser realizado pela pessoa mais próxima da vítima no local sob o protocolo de segurar o dente pela coroa, lava-lo em água corrente sem esfregaço, convencer o paciente a reimplanta-lo e morder um lenço, mas, dificilmente isso acontece (ANDERSSON et al. LUBASZEWSKI et al. Embora o reimplante seja o tratamento de escolha na maioria das vezes, é preciso ressaltar que ele também vem com algumas contra-indicações que inviabilizem sua execução como: doença periodontal, cárie severa, falta de cooperação do paciente e condições médicas graves como imunossupressão ou problemas cardíacos (ANDERSSON et al. Quando há discernimento para a procura do profissional, os dentes avulsionados comumente são acondicionados em soro fisiológico a 0,9%, leite pasteurizado gelado, saliva, água (PERCINOTO et al.

TEODORO, 2016), uma vez que o sucesso da intervenção dependa do menor tempo possível do dente fora de seu alvéolo (LUBASZEWSKI et al. Preconiza-se que dentes com mais de 30 minutos fora de seu alvéolo possuem uma taxa de sucesso reduzida do reimplante devido à rápida necrose das células do ligamento periodontal aderidas ao dente, aumentando exponencialmente o estabelecimento de sequelas após o procedimento, como a reabsorção radicular ou anquilose (ANDERSSON et al. ANTUNES et al. SILVA JÚNIOR et al. Embora a literatura condene o reimplante de um dente avulsionado por mais de 2 horas (ANTUNES et al. GIL, COBAS, 2014). Dentes com rizogênese completa reimplantados antes dos 30 minutos são tratados de 7 a 10 dias após o trauma com pulpectomia e pasta de hidróxido de cálcio ou antes do reimplante para impedir novos danos aos ligamentos periodontais remanescentes ou a reabsorção radicular, resguardando a obturação com guta-percha para depois do reestabelecimento da lâmina dura radiograficamente (RODRIGUES COELHO, RODRIGUES GONZAGA, ROCHA, 2010; ANDERSSON et al.

São realizadas tomadas radiográficas antes do reimplante e depois dele, para assegurar-se do posicionamento ideal. Junto a isso, torna-se necessário estabelecer uma contenção semi-rígida por 2 semanas, prescrever antibióticos sistêmicos e averiguar se as vacinas contra o tétano estão em dia (ANDERSSON et al. Quando condicionados em meio seco extraoral por um período superior a 60 minutos, são removidos os ligamentos periodontais necróticos na porção radicular com o auxílio de gaze e soro fisiológico a 0,9% (RODRIGUES COELHO, RODRIGUES GONZAGA, ROCHA, 2010; ANDERSSON et al. CONSIDERAÇÕES FINAIS A falta de conhecimento se faz um dos principais problemas na hora de poupar um dente para seu posterior reimplante. Embora preferencialmente o reimplante deva ser realizado no local do trauma, muitas vezes isso não acontece devido à falta de instrução para a população.

Em outras ocasiões, o Cirurgião-Dentista teme, desconhece ou desconsidera a possibilidade frente às possíveis sequelas ou situações de urgência e emergência. Faz-se necessário desprender-se dessa situação e buscar que todo o cirurgião-dentista tenha conhecimento acerca da avulsão dentária uma vez que a saída do dente, nesse caso, não necessariamente signifique sua perda e posterior reabilitação ortodôntica ou protética, por exemplo. Uma correta condução de um caso traumático pode viabilizar um melhor prognóstico e evitar possíveis sequelas passíveis de se instalar com o tempo ou com uma técnica incorreta, sendo necessário levar em consideração o tempo de armazenamento e o produto utilizado para tal. A. ANTUNES, D. P.

et al. Conhecimento dos Cirurgiões-Dentistas sobre avulsão dentária. COSTA, L. E. D. et al. Trauma dentário na infância: avaliação da conduta dos educadores de creches públicas de Patos-PB. GIL, A. M. C. COBAS, Y. B. p. MENEZES, J. H. M. MONTIMÓR, K. R. POI, W. R. et al. Uma nova opção de contenção em reimplante dentário: relato de caso clínico. TERADA, H. H. Reimplante de dentes decíduos: indicações e contra-indicações. Archives of Health Investigation, São Paulo, v. n. Manual de referencia para procedimentos clínicos en odontopediatría. São Paulo: Santos, 2010. p. PINHEIRO, S. A. RODRIGUES, F. G. ROCHA, J. F. Avulsão dentária: proposta de tratamento e revisão da literatura. et al.

Prognóstico e tratamento da avulsão dentária: relato de caso. Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, Camaragibe, v. n. p. Reimplante Dentário Tardio: relato de caso bem sucedido em paciente jovem. f. Trabalho de Conclusão de Curso (Monografia). Curso de Odontologia, UEPB – Centro de Ciências, Tecnologia e Saúde, Araruna, 2016. TUNA, E.

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