Reportagem

Tipo de documento:Projeto

Área de estudo:Jornalismo

Documento 1

Foi planejada para melhorar a estrutura militar, permitindo uma rápida movimentação de tropas, mas também para ligar novas áreas de comércio, garantir a integração do território e facilitar a comunicação. Assim, buscando povoar as áreas desabitadas. Foi inaugurada em 1972 ainda inacabada com 4 260 km. Esse foi um dos projetos mais divulgados e propagandeados na ditadura. Já a Usina de Belo Monte foi um projeto que começou a ser estudado ainda na época de ditadura militar, em 1975, mas que demorou para sair do papel. “Os relatos colhidos [. apontam que cerca de oito mil índios foram exterminados em pelo menos quatro frentes de construção de estradas no meio da mata, projetos tocados com prioridade pelos governos militares na década de 1970. ”, diz site. A partir de 2011, a partir da instalação de UHE de Belo Monte, mais uma vez pessoas de todo o país migraram para Altamira em busca de trabalho durante a construção da usina, com esperança de permanecerem após a construção da obra.

Previa-se um acréscimo de 100 mil habitantes, dobrando a população de Altamira. As cidades próximas as usinas tiveram um aumento nos lucros e foram criados 40 mil empregos diretos e indiretos. O alto investimento do governo em saúde, educação e infraestrutura. Houve um impacto positivo no reordenamento urbano da sede municipal de Altamira, onde houve a reestruturação das áreas que antes eram ocupadas por moradias precárias e foram substituídas por áreas verdes com estruturas de lazer. “Foi um processo de migração único no país. Altamira é a cidade mais impactada pela construção de uma usina hidrelétrica de forma direta no Brasil”, afirma Leturcq, pesquisador. Os atos da má administração mostraram suas consequências. Ao perder suas casas e serem perseguidos, os povos indígenas foram se espalhando e se adaptando às diferentes formas de vida para garantir a sobrevivência.

Com o aumento dos imigrantes, a cultura local foi cada vez se perdendo mais, pois não existe uma valorização da cultura indígena e muito menos um plano por parte desses grandes projetos para a preservação das culturas locais. A explosão de imigração transformou a cultura local em Altamira em uma nova de forma rápida, apagando uma grande parte da cultura indígena que habitava o local. Apesar de ainda existir diversas linguagens indígenas no Pará, há também uma constante perseguição com os falantes das línguas, como no caso da região de Altamira. É um gravíssimo impacto que não foi visto nos estudos ambientais durante a concessão da licença ambiental”, enfatiza Marcelo Soares. Para Ícaro Ben Hur, estudante de Oceanografia e representante do Instituto Verde Luz, há outras questões, como o soterramento do lixo que é lançado ao mar, através de esgotos diariamente, e a partida dos peixes deixando as tartarugas e o boto-cinza sem alimentação.

“A vida marinha é de suma importância, pois está intrinsecamente ligada ao ecossistema presente no local, que constantemente é atingido pelo descarte indevido de esgoto, poluição de resíduos sólidos e outras problemáticas relacionadas à alta urbanização”, declara Ben Hur.

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