Relatório das atividades desenvolvidas durante o Estágio Supervisionado III

Tipo de documento:Relatório

Área de estudo:Nutrição

Documento 1

O Estágio Remoto se mostrou uma possibilidade para os discentes do curso de Nutrição realizarem suas atividades de estágio que, mesmo considerando o isolamento social que tem prejudicado as aulas e estágios no formato presencial, possibilitou o desenvolvimento dos estágios mesmo assim. Para o estágio remoto são utilizadas as mais diversas ferramentas, como vídeos-aulas, vídeos gravados, folders e outras, a fim de apresentar os conteúdos e realizar os atendimentos clínicos. As atividades desenvolvidas no Estágio remoto consistiram de: a) produção de um manual de avaliação de paciente hospitalizado; b) produção de três orientações nutricionais de alta hospitalar para três patologias, sendo as patologias: Diabetes Mellitus 2, Hipertensão Arterial e orientação para falta de apetite em pacientes oncológicos; e c) produção de três vídeos educativos sobre orientação nutricional de alta hospitalar para as patologias Colecistite, Gastrite Crônica e Pancreatite.

O estágio é uma oportunidade para o aluno do Curso de Nutrição para que possa relacionar as atividades teóricas desenvolvidas durante a realização do curso com o atendimento clínico, visando levar o discente a desenvolver a confiança para aplicar os conhecimentos adquiridos e melhor atender a demanda dos pacientes. O atendimento direto ao paciente será uma realidade diária para o formando e quanto mais seguro e mais confiante ele esteja, tanto com relação ao contato com o paciente, quanto com a aplicação dos conhecimentos, melhor poderá atender ao seu cliente. Decorrente do depósito de triglicerídeos nas células hepáticas do fígado, o surgimento da doença se dá em condições como obesidade, rápida perda de peso, DM e condições hiperlipidêmia.

Assim, métodos antropométricos, clínicos e bioquímicos ajudam a diagnosticar a doença. A mudança alimentar para o paciente portador de DHGNA se faz necessária para melhor adequar os alimentos, de forma qualitativa. Assim, na dieta do paciente com esteatose hepática devem ser evitados alimentos industrializados, gordurosos e hipercalóricos. Neste sentido, no manual foi orientado a proibição para as bebidas alcoólicas, a diminuição no consumo de ovos (não passando de dois na semana), evitar frituras, carnes gordas e jejum prolongado. a) Diabetes Mellitus 2 (DM) O diabetes é uma doença considerada como problema de saúde pública, já que acomete grande número de pessoas tanto no Brasil como a nível mundial. Dentre os motivos estão o sedentarismo e a obesidade (WHO, 2020),duas situações igualmente preocupantes pelo número de casos no mundo, além dos hábitos alimentares que têm prejudicado sobremaneira a saúde das pessoas, dando margem ao surgimento do DM.

No Brasil, o diagnóstico de pacientes diabéticos cresceu cerca de 61,8% nos últimos 10 anos, passando de 5,5% em 2006 para 8,9% em 2016 (Laboissière, 2017), demonstrando como esta doença tem avançado em número de casos. As mulheres são as mais atingidas pela doença, sendo que nestes pacientes no mesmo período considerado anteriormente, o índice passou de 6,3% para 9,9%. O DM é uma doença que tem na sua evolução o acometimento de diversos órgãos do organismo humano, como coração, fígado, rins, visão, sistema circulatório e vascular, caso em que recai sobre os pés os problemas advindos nesta questão circulatória, dentre muitos outros problemas que prejudicam e agravam a necessidade de cuidados e tratamentos para esses pacientes. O folder (Apêndice B) produzido para orientar os pacientes portadores de hipertensão contém informações importantes sobre os alimentos que devem ser preferidos e os que devem ser evitados.

Preferir: Beber em média 2 lts de água/dia; consumir carnes brancas, peixe e frango sem pele; consumir alimentos cozidos, a vapor, assados ou grelhados; usar azeite de oliva. Evitar: Temperos industrializados, macarrão instantâneos, sopas prontas e em sachê, alimentos embutidos, banhas, bacon, creme de leite, margarina vegetal com sal, refrigerantes e sucos industrializados, bebidas alcoólicas e chás pretos. Visando diminuir o consumo de sal, o folder apresentou uma receita de sal de ervas para temperar os alimentos de forma mais saudável. Algumas dicas também foram apresentadas, como: ler sempre os rótulos dos alimentos, evitando os que contém adição de sal ou sódio; preferir consumir biscoitos e torradas sem sal e dar preferência aos integrais, acrescentar o sal ao alimento depois de pronto, além de frisar a importância de diminuir o consumo de sal.

Preferir: Carnes magras, leites e derivados com baixo teor de gordura, grãos, frutas e hortaliças como: alface, cheiro-verde, espinafre, tomate, vegetais folhosos à vontade, cereais integrais. Paciente deve evitar: Consumo de alimentos industrializados e ultra processados, como: enlatados em geral, linguiça, bacon, presunto, refrigerantes, salgados (bomba, pastel, coxinha, entre outros). Dieta Pastosa Para os casos em que haja necessidade de facilitar a mastigação, ingestão, deglutição e de permitir certo repouso operatório e/ou pós-operatório. O objetivo é fornecer uma dieta que possa ser mastigada e deglutida com pouco ou nenhum esforço. Características: pastosa ou abrandada pela cocção e processos mecânicos. Preferir: verduras e legumes, como alface, cheiro-verde, espinafre, tomate, vegetais folhosos à vontade. Comer alimentos ricos em proteínas, como: clara de ovo, carnes magras, leite desnatado, queijos sem gorduras (frescal, minas, ricota).

Evitar: bebidas alcoólicas (irritante gástrico), café (aumenta a produção de ácido gástrico), chocolate (contém xantinos), refrigerante à base de cola (aumento da produção ácida e distensão gástrica), alimentos fritos, gordurosos e ultra processados, bacon, linguiça, presunto, feijoada, panelada, carne de porco. Não consumir condimentos e alimentos picantes, como: pimenta-do-reino, pimenta malagueta, mortadela, molho inglês e pimentão, pois, irritam o estômago. Preferir: alimentos naturais e minimamente processados, como frutas, verduras e vegetais, priorizando ingerir uma variedade de fibra na alimentação. Apesar da forma remota, todas as atividades puderam ser realizadas, permitindo que as orientações aos pacientes fossem dadas sem maiores intercorrências. Relata-se que a produção do material, tanto impresso, quanto em vídeo, teve seu fim atingido, que foi auxiliar o nutricionista na orientação nutricional para os pacientes em questão.

A realização do estágio foi válida no sentido de sua utilidade na complementação da aprendizagem adquirida durante a realização do curso, de forma regular, oportunizando ao estagiário seu desenvolvimento intelectual e profissional, dotando-o de competências para que possa desenvolver suas atividades profissionais. Para a organização, o estágio apresenta-se como uma oportunidade para proporcionar uma condição de formação mais sólida para os alunos, bem como a para corrigir as possíveis distorções ou complementar possíveis defasagens na transmissão de conhecimento. Em ambos os casos, o estágio curricular é vantajoso, pois atinge seu objetivo que é priorizar o conhecimento e incrementar as condições do aluno que, após formação, vai ter mais segurança em desenvolver suas atividades profissionais.

Acesso em: 09 nov. Laboissière P. Pesquisa revela que diabetes no Brasil cresceu 61,8% em dez anos. Disponível em: https://agenciabrasil. ebc. Acesso em: 10 nov. APÊNDICES Apêndice A – Orientações nutricionais Diabetes Mellitus 2 Apêndice B – Orientações nutricionais para Hipertensão Apêndice C – Orientações nutricionais pacientes oncológicos.

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