REJUVENESCIMENTO FACIAL

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Administração

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Além, é claro, da técnica ser capaz de adiar a necessidade da realização de cirurgias plásticas. Palavras-chave: Laser. Rejuvenescimento Facial. Estética. SUMARIO RESUMO. Todavia, o processo de envelhecimento facial independentemente da ação de fatores intrínsecos e extrínsecos ocorre em virtude de um processo fisiológico de declínio das funções do tecido conjuntivo, do tipo: enrijecimento do colágeno, diminuição no número de ancoragem de fibrilas, redução da força das fibras elásticas, diminuição das glicosaminoglicanas, associada com a redução da água, que por sua vez, gera desidratação tissular e diminuição da adesão, da migração, do desenvolvimento e da diferenciação celular. Essas, entre outras alterações que impossibilitam a manutenção de uma camada de gordura uniforme sobre a pele, somada à menor velocidade de troca e oxigenação dos tecidos (GUIRRO; GUIRRO, 2002; BATISTELA; CHORILLI; LEONARDI, 2007; SPILA; HAIDAMUS, 2008; BARBA; RIBEIRO, 2009).

Com o passar do tempo, o declínio das funções do tecido conjuntivo se tornam mais visíveis, especialmente após os 40 (quarenta) anos de idade, na região da face ocasionando os primeiros sinais do envelhecimento, causando incômodo às pessoas devido ao aspecto inestéticos e inevitáveis que a face passa a apresentar (GUIRRO; GUIRRO, 2002; BATISTELA; CHORILLI; LEONARDI, 2007; GONDIM et al. Este aspecto inestético, embora inevitável, tem levado nas últimas décadas muitos pesquisadores a desenvolverem tratamentos estéticos para a região da face mais eficazes, menos invasivos e com custo/benefício satisfatório para o retardamento do envelhecimento facial, tanto no campo de atuação da cosmetria, como no da cirurgia plástica, da medicina e da fisioterapia estética (BATISTELA; CHORILLI; LEONARDI, 2007; MORAIS-SILVA et al.

Dentro deste contexto, nos últimos anos tem havido grandes intensificação nas pesquisas a respeito de agentes terapêuticos capazes de retardar o envelhecimento facial, bem como tem-se aumentado de forma significativa o número de propostas terapêuticas para essa mesma finalidade, ofertada à população que busca este tipo de tratamento (ALSTER; TANZI, 2004). CAMPOS et al. Entretanto, atualmente existe ampla variedade de lasers à disposição do clínico para uso na estética com objetivo de remover e deter os sinais do envelhecimento facial. Pode-se tornar algo confuso e ao mesmo tempo controverso para muitos especialistas, principalmente no que diz respeito à questão de qual é o melhor laser a ser utilizado para esse fim, pois cada tipo de laser apresenta vantagens e desvantagens clínicas específicas, embora sejam indicados para o tratamento de todos os tipos de pele e para quase todos os problemas de ordem estética que acometem o tecido tissular e que possuem estreita relação com os sinais do envelhecimento facial.

METODOLOGIA Para atingir os objetivos propostos foi realizado a pesquisa em meio on-line e impressos na base de dados eletrônicos: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), site Google (www. google. De acordo com Roncatti (2003, p. ao propor a teoria de emissão de radiação, Albert Einstein postulou que: “matéria e energia são diferentes manifestações da mesma entidade física e, que uma está sempre se convertendo na outra e vice-versa”. Assim, Albert Einstein previu a emissão estimulada de energia, que é o fenômeno energético que ocorre em todos os tipos de lasers. Roncatti (2003) relatou ainda que a emissão estimulada de energia que dá origem ao feixe luminoso dos lasers ocorre quando um átomo, já excitado, é golpeado por uma onda magnética emitida por outro átomo de mesma característica física.

Entretanto, a onda magnética primária emitida para excitar o átomo não é absorvida por ele, mas sim, serve como um gatilho que o impulsiona e o excita a emitir um fóton e posteriormente a retornar ao seu estado não excitado. Baseados nos 2 (dois) componentes supracitados, pode-se dizer, então, que os lasers utilizados na área médica permitem a destruição seletiva e específica de um determinado alvo na pele, com o mínimo de dano térmico a outros componentes teciduais adjacentes (PATRIOTA, 2007). Assim, ao desenvolver a teoria da fototermólise seletiva, revolucionaram a cirurgia à laser e, a partir daí, uma infinidade de diferentes tipos de lasers tem sido desenvolvida para uso na área médica, cada qual com características próprias de cor, intensidade energética e ritmo (pulsátil ou contínuo) determinado pelos meios que os geram (líquido, gasoso, cristal, semicondutor etc.

PATRIOTA, 2007; CATORZE, 2009). Fazendo com que os lasers venham sendo considerados por muitos profissionais médicos como um recurso terapêutico menos invasivo e menos traumático do que incisões e suturas realizadas em procedimentos clínico-cirúrgicos convencionais, nas áreas de cirurgia oftálmica, dermatológica, plástica e estética. Na área da medicina estética, em especial para a promoção do rejuvenescimento facial, os lasers vêm sendo amplamente utilizados e indicados desde a última década do século passado para tratar rugas superficiais, profundas e o fotoenvelhecimento. Entretanto, ao longo dos anos os lasers de CO2 e de Érbium sofreram alterações em decorrência dos avanços tecnológicos e assim, deram origem a outros tipos de lasers que na atualidade vêm sendo utilizados para a promoção do rejuvenescimento facial em seus mais variados aspectos, dadas as suas ações terapêuticas sobre as estruturas dérmicas e adjacentes (CAMPOS et al.

Dentre estes lasers podem ser citados: Nd:YAG (532 e 1064nm), rubi (694nm), Alexandrita (755nm) e Diodo (810nm), Argônio (488-514nm), laser de baixa potência (LBP) e outros (PATRIOTA, 2007). Na medida em que novos tipos de lasers foram surgindo, o seu uso para promoção do rejuvenescimento facial aumentou e passou a ganhar mais evidência na comunidade científica e na mídia. Pesquisadores de vários países passaram a comentar e a pesquisar sobre os diferentes tipos de lasers existentes e a sua utilização em medicina estética, sobre o seu uso em associação a outras técnicas de promoção de rejuvenescimento, bem como a respeito dos seus efeitos terapêuticos, adversos e fisiológicos, como é possível observar na síntese de estudos apresentada a seguir.

Em 1998, Graf et al. verificaram que a principal vantagem do uso deste laser para a promoção do rejuvenescimento facial em comparação aos lasers convencionais (CO2 e Érbium) é a não produção de dano de abrasão na epiderme, o que, por sua vez, proporciona maior minimização e até mesmo eliminação de complicações associadas à laserterapia (eritema, edema, hiper/hipopigmentação, bolhas, descamação, infecções e cicatrizes). Em 2009, Mattos et al. durante um estudo clínico e histopatológico sobre os efeitos teciduais do laser de Érbium (2940nm) fracionado com pulso duplo no tratamento do fotoenvelhecimento de grau III e IV de Fitzpatrick, concluíram que o laser Érbium (2940 nm) fracionado com pulsos de 0,25 ms e de 5 ms, quando utilizado em associação (pulso duplo) e realizado com múltiplas passadas, possibilita bons resultados para o tratamento do fotoenvelhecimento cutâneo, sendo a sua utilização a mais indicada para pacientes com fotoenvelhecimento de nível moderado a severo.

Leheta, Elgarem e Hay (2009), em um estudo clínico do tipo duplo-cego no qual, assim como Kim e Geronemus (2004), buscaram comparar os efeitos terapêuticos do laser Alexandrita com laser de corante pulsado no tratamento do fotoenvelhecimento, os resultados obtidos, assim como o estudo de Kim e Geronemus (2004), apontaram que ambos os métodos de tratamento pesquisados promoveram a redução do fotoenvelhecimento. Entretanto, em estudo Leheta, Elgarem e Hay (2009) concluíram que, embora os resultados obtidos pelo tratamento proposto não fossem tão impressionantes como os alcançados com os lasers ablativos, o uso de lasers não ablativos também é eficaz no tratamento do fotoenvelhecimento. No estudo, uma única paciente apresentou erupção acneiforme no 6º (sexto) dia pós-tratamento. Erupção esta atribuída ao uso excessivo de vaselina após a sessão de tratamento, enquanto outras 2 (duas) apresentaram hiperpigmentação pós-inflamatória nas regiões periorbitária e perioral, com melhora após 2 (dois) meses do tratamento, mediante a utilização de corticosteroides e clareadores tópicos.

Na reavaliação, 15 (quinze) meses após o término do tratamento, os pesquisadores não detectaram cicatrizes ou áreas hipocrômicas nas pacientes participantes do estudo. Isso os leva à conclusão de que é grande a vantagem da utilização do sistema de laser fracionado para a promoção do rejuvenescimento facial e a promoção de regeneração cutânea rápida e a redução efetiva e segura do fotoenvelhecimento facial de grau leve a moderado. O estudo de Morais-Silva (2010) buscou comparar os efeitos da utilização clínica de blefaropeeling e laser fracionado de CO2 no tratamento do rejuvenescimento periorbital de 11 (onze) pacientes do sexo feminino com idades variando entre 41 (quarenta e um) e 72 (setenta e dois) anos e classificadas com fototipo I a IV de Fitzpatrick, sem comorbidades e apresentando flacidez e rugas de grau moderado.

No caso do laser de Érbium (2940nm) e Érbium-YAG fracionado, Osório e Torezan (2002) relataram que, pelos fatos destes lasers terem uma profundidade de penetração limitada de 1 a 3μm de tecido por J/cm2, enquanto o CO2 atinge 20 a 30μm e pelo fato de possuírem um efeito térmico residual menor que o ocasionado pelo laser de CO2, sua ablação mais precisa com um mínimo de danos para os tecidos, reduz o surgimento de efeitos adversos e induz o processo de cicatrização tecidual mais rápido, o que seria um fator benéfico durante o tratamento de rejuvenescimento facial. No entanto, este tipo de laser, conforme os autores anteriormente citados e Campos et al. provoca sangramento durante o tratamento, demonstrando ser um inconveniente. Este fato foi observado nos estudos de Graf et al.

Mattos et al. Além disso, há aumento na formação de novo colágeno, levando à redução da flacidez tissular, de rugas e da melhora gradual da textura da pele, observada de 6 (seis) a 12 (doze) semanas após o resurfacing. Como observado nos estudos de Mattos et al. e Niwa et al. constatou-se redução das rugas e da flacidez tissular respectivamente após 2 (dois) e 15 (quinze) meses do pós-tratamento. Entretanto, devido ao dano dérmico que os lasers ablativos (CO2 e Érbium) causam na pele, ocorreu que, após um período de grande entusiasmo e avanço tecnológico tais lasers passassem a ser utilizados com menor frequência em medicina estética para a promoção do rejuvenescimento facial. A respeito do uso de lasers infravermelhos para a promoção do rejuvenescimento, Osório e Torezan (2002) relatam que estudos histológicos mostram que estes lasers promovem o aumento e a homogeneização de colágeno por até 6 (seis) meses após 4 (quatro) sessões de tratamento clínico, e que estes tipos de lasers são indicados principalmente para o tratamento do fotoenvelhecimento, gerando melhora moderada que pode ser otimizada com a combinação de outras técnicas de tratamento estético.

Além disso, a possível explicação para os resultados terapêuticos alcançados com estes tipos de lasers está no fato de que a luz liberada por fibra óptica com um conjunto de lentes produz um spot de 5mm na pele. Tal spot atravessa facilmente a epiderme com alto coeficiente de difusão, permitindo que grande quantidade de energia seja absorvida abaixo da superfície da pele (derme papilar e reticular superior) pela água intra e extracelular, na zona de 50u a 100um no tecido e até 1mm na água. Assim, gera-se um efeito térmico controlado pelo uso destes tipos de lasers no modo pulsado permitindo controlar de maneira uniforme a profundidade e a temperatura atingida no alvo (epiderme e derme superior). Em se tratando especificamente do laser de Diodo pulsado (1450nm), Osório e Torezan (2002) relatam que este tipo de laser mostra-se bastante eficaz para a promoção da redução de rugas faciais discretas após 2 (duas) a 4 (quatro) sessões de tratamentos mensais, com pico de melhora 6 (seis) meses após o último tratamento.

Além dos lasers infravermelhos, nos últimos anos uma nova categoria de lasers surgiu, sendo esta a dos lasers de luz visível/corante pulsado, os quais possuem comprimento de onda de 532nm a 595nm (verde/amarelo). Originalmente foram utilizados para o tratamento de componentes pigmentados e telangiectasias presentes no fotoenvelhecimento. Osório e Torezan (2002) e Goldberg (2006) relatam que estes lasers também podem vir a ser utilizados para a promoção da redução de rugas e flacidez tissular, uma vez que a luz laser emitida por eles é absorvida pelos cromóforos, oxiemboglobina e desoxiemoglobina, promovendo assim, efeito térmico capaz de estimular o colágeno, sem, entretanto, provocar danos na microcirculação. Além disso, estudos histológicos mostram que, quando estes lasers são usados com pulso curto e energia de 6 a 7 j/cm2, levam ao espessamento de colágeno e ao aumento de proteínas extracelular com redução das rugas periorbitais com apenas 1 (um) tratamento.

Peixe et al. Dentre estes lasers pode-se citar os lasers de: Nd-YAG (532 e 1064nm), rubi (694nm), Alexandrita (755nm), Diodo (810nm), Argônio (488-514nm) e outros. CONSIDERAÇÕES FINAIS Mediante o que foi relatado e discutido neste estudo de revisão, pode-se concluir que os lasers utilizados na medicina estética para tratar os sinais do envelhecimento cutâneo são recursos terapêuticos excelentes para a promoção do rejuvenescimento facial em seus mais variados aspectos, os quais envolvem: redução ou remissão de rugas superficiais e profundas, de manchas de pele e de flacidez tissular. Foi observado que existe consenso entre os autores pesquisados de que os lasers ablativos (CO2 e Érbium) são os que promovem os melhores resultados terapêuticos no que se refere à promoção do rejuvenescimento facial.

Verificou-se que a maioria dos artigos publicados e arrolados no presente estudo buscam verificar as alterações histológicas, morfológica e fotográficas dos pacientes tratados, sem, no entanto, utilizarem uma escala de quantificação para comparar o nível de rejuvenescimento promovido pelo tratamento a laser antes e após o tratamento ou quando o laser é utilizado em comparação ou associação com outra técnica de tratamento estético. Não se permite, assim, a geração de uma afirmação sobre qual laser é o melhor para a promoção do rejuvenescimento facial. TANZI, E. Improvement of neck and cheek laxity with a nonablative radiofrequency device: a lifting experience. Dermatologic Surgery, Los Angeles, v. n. p. Revista Brasileira de Queimaduras, São Paulo, v. n. p. BADIN, A.

Z. Efeito da Microdermoabrasão no Envelhecimento Facial. Revista INSPIRAR – Movimento & Saúde, Curitiba, v. n. p. Disponível em: <http://www. Abordagens no estudo do envelhecimento cutâneo em diferentes etnias. Revista Brasileira de Farmácia, Rio de Janeiro, v. n. p. CAMPOS, V. p. CRANE, J. S. HOOD, P. B. Rio de Janeiro, RJ: Elsever; 2006. p. GONDIM, L. P. et al. GRAF, R. M. et al. Rejuvenescimento facial com Laser de CO2: revisão de 200 pacientes. Revista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, São Paulo, v. GERONEMUS, R. G. Nonablative Laser and light therapies for skin rejuvenation. Archives Facial Plastic Surgery, v. n. p. MARTINS, M. Avaliação do laser Erbium: YAG na remoção dos nevos melanociticos. f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, 2006.

Estudo comparativo entre blefaropeeling e laser fracionado de CO2 no tratamento do rejuvenescimento periorbital. Surgical & Cosmetic Dermatology, Rio de Janeiro, v. n. p. NIWA, A. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, Rio de Janeiro, v. n. p. NORONHA, L. et al. n. p. OSÓRIO, N. TOREZAN, L. A. PEIXE, U. G. et al. Fórum sobre laser. Revista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, São Paulo, v. Plasticidad y Restauración Neurológica, México, v. n. p. Disponível em: <http://www. medigraphic. p. Disponível em: <http://www. fafibe. br/re vistafafibeonline/?pagina=principal&edicao=11>. Acesso em: 10 out. f. Dissertação (Mestrado em Promoção de Saúde) – Universidade de Franca, Franca, 2006.

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