Referências projetuais para TCC de Arquitetura baseado em escolasculturamusica

Tipo de documento:Crítica Literária

Área de estudo:Administração

Documento 1

Enquanto o colégio positivo foi escolhido por se tratar de uma escola, sendo que o desenvolvimento é de uma escola de música que também é um centro sociocultural. É pretendido que ao final das determinadas análises se obtenha repertório projetual, para conseguir se entender o trabalho e desenvolver uma melhor projeção da ideia, e execução do projeto em si. Escola de Música Tohogakuen A escola de música Tohogakuen foi um projeto feito pelo arquiteto Nikken Sekkei, e pretendia a instalação em uma parte suburbana de Tóquio, o objetivo central da escola era fugir a um projeto tradicional de ensino, criando uma dinâmica entre os espaços que permitia a relação da acústica e dos alunos. Devido a importância do referido projeto se apresentar como sendo uma escola interativa de ensino (ARCHDAILY, 2016).

QUADRO 1: Ficha Técnica Escola de Música de Tohogakuen FICHA TÉCNICA: ESCOLA DE MÚSICA TOHOGAKUEN Arquitetos: Nikken Sekkei Localização: Tóquio, Japão 1 Área: 1943 m² Ano: 2014 Fonte Archdaily, editado pela autora, (2021). Editado pela autora (2021). O entorno da escola se apresenta repleto de residências e comércios de via simples, além de um parque próximo, com comércios e montadoras de carro, de serviços como restaurantes, dessa forma é possível perceber a tipologia de infraestrutura, como apresentado na Figura 6, já que toda instalação que não seja de caráter residencial, acaba por servir ao próprio bairro (ARCHDAILY, 2016). No bairro de localização da escola fica em um bairro de predominância residencial, sendo incluído ainda alguns serviços, parque e comércios.

A escola de música Tohogakuen, é uma escola de nível técnico/superior. Depois do fim da Segunda Guerra Mundial, a Lei Fundamental da Educação e a Lei da Educação Escolar entraram em vigor em 1947 sob a direção das Forças da Ocupação. Editado pela autora (2021). A arborização se encontra resultante do parque próximo e de remanescentes vegetais de árvores nas próprias calçadas, dessa forma na Figura 7 é possível averiguar como a construção em si, não teve influência significativa do que se diz o verde ao seu entorno, sendo utilizado apenas em sua fachada alguns aspectos de vegetação, mas sem um devido aproveitamento de paisagismo, sendo o prédio como um todo, um reflexo do industrial (MACHADO, 2016). Embora a presença de Arborização não seja muito presente no prédio, e ele leve um conceito industrial, com uso de concreto aparente por exemplo.

A escola é repleta de elementos para minimizar problemáticas de conforto ambiental, além de alguns aspectos principais por se tratar de uma escola de música, tais como o trabalho na acústica da escola. Além disso, embora não exista um trabalho externo evidente de paisagismo, ou arborização, a escola procura internamente criar diversos vãos livres, e presença de 4 verdes, para gerar uma mistura de ambiente, uso de materiais industriais são muito utilizados também. Da mesma forma que a estrutura se destaca por sua materialidade em concreto (Figura 9), lembrando a um aspecto urbano, a implantação do mesmo mostra como a instituição se encaixa dentro do contexto ao qual está inserida, sendo necessário percepções como formas e volumetria, já que a escola tinha a ideia de ser algo diferenciado, ela trabalha em conceitos de formas simples e plenas, o que permite que a mesma possibilite a aquisição de uma sonoridade plena, no que se diz respeito a se tratar de uma escola de musica.

MACHADO, 2016). As paredes e esquadrias são reforçadas e feitas com uma composição mais técnica. As paredes são mais grossas em alguns lugares, enquanto o material das esquadrias reflete as paredes, o posicionamento das esquadrias também é pensado, assim como o uso do vidro, já que o vidro além de tudo é um ótimo isolante acústico, 7 quando trabalhado adequadamente. Dessa forma se passa a sensação de espaços amplos, com a utilização dos materiais, garantindo esses aspectos. Quando apresentado em seu estado pleno é possível perceber que para a projeção de formas, o arquiteto fez uma junção de formas repetitivas e aglomeradas, seguindo a ordem estabelecida por Ching (2014) conforme Figura 11, o prédio em questão é de uma ordem aglomerada, o que reflete claramente em sua planta, possibilitando assim que tenha além de uma forma aglomerada, uma volumetria aglomerada por repetitivos.

FIGURA 11: Aglomerado. Fonte: Ching (2014), editado pela autora. As formas em si são simples, sua complexidade se encontra quando analisamos seus volumes, (Figura 12) aos quais o arquiteto, não só quis criar especialidade, mas brincou com materialidades e alturas, de forma que a acústica do prédio fosse trabalhada e refletida em todas as salas, as alturas foram feitas para encaixar nos prédios vizinhos e em outros aspectos, tais como a disposição de espaços e materiais, sendo as paredes de vidro, o que permite ao usuário não só ver o ambiente, mas interagir com o som. Seguindo assim o ideal do arquiteto, que seria correspondente a construção de um espaço diferenciado para estudar música (MACHADO, 2016). Editado pela autora. O subsolo da escola (Figura 14) é composto por salas de aula, salas de 11 máquina, locais para armazenamento do equipamento, e locais mais amplos, que permitem guardar instrumentos, além disso ocorre também a apresentação de corredores verticais por onde é feita a circulação ligando todas os ambientes, e pátios internos para socialização (MACHADO, 2016).

FIGURA 14: Subsolo. Fonte: Archdaily (2016). Editado pela autora. O primeiro andar (Figura 16), é apresentado com mesma base do subsolo, sendo nele encontrados sala de aulas, pátio e sala de máquinas, o grande fluxo de corredores onde a circulação é feita é um dos instrumentos que demonstra como o arquiteto estudou a propagação sonora, para conseguir elaborar o projeto ao todo (MACHADO, 2016) 13 FIGURA 16: Primeiro Andar. Fonte: Archdaily (2016). Editado pela autora. Analisando a circulação dos pavimentos observamos corredores que não são totalemente retilíneos, mas mesmo assim são contínuos, fazendo a ligação com a circulação vertical e todas as salas, de acordo com estudos de Ching ( figura 00) observamos uma circulação linear e também composta. Figura 00 – Estudo de Circulação 14 Fonte: CHING, Francis D. FIGURA 19 – Forma total.

Fonte: Autora (2021) É possível perceber como o autor quis trabalhar essa interação e dedicou a ventilação e o trabalho externo-interno, quando estudado o seu esquema de organização (Figura 20), Senkkei pretendia não só criar um espaço diferenciado, mas um espaço totalmente interativo (ARCHDAILY, 2016). Dos estudos feitos para a construção da escola, se destacam a topografia, insolação e paisagismo, assim como destacado na Figura x(abaixo). Essa mostra demonstra que a implantação da escola não foi aleatória, mais proporcional, já que o uso do subsolo permite uma temperatura mais agradável e proteção da insolação, já que o posicionamento da construção gera projeções de sombra pelo lugar, além de permitir ventilação cruzada. A estrutura das paredes e esquadrias e posição dos móveis também é pensada para gerar aspectos da acústica, as paredes são reforçadas e as esquadrias também, de forma a não transpassar o som aos outros espaços.

A diferença de alturas, e a presença de pés direitos altos, além de corredores amplos permitem uma melhor acústica, além desse detalhamento, as salas de aula em si, apresentam paredes de vidro (Figura 23), o que permitem a sensação de pertencimento entre os ambientes, e a interação, além da sensação de conjunto (MACHADO, 2016). FIGURA 23 – Espaços e vidro 19 Fonte: Archdaily(2016). Editado pela autora. A presença do vidro e dos pátios abertos a certo modo é um conceito aberto (Figura 24) entre as salas, causando a sensação que tudo se encontra em apenas um ambiente, desse modo é notório a capacidade que existe de pertencimento atráves o vidro, além disso a própria estrutura apresenta similaridades ao design externo e interno, na questão de volumetria e diferenças de altura (MACHADO, 2016).

O conceito aberto da escola, foi feita não só com vãos livres, mas com uso de vidros, já que esse material transparente transmite a sensação de amplitude de espaço, dessa forma a representação dos materiais conseguem gerir os espaços e a integração entre os ambientes. Centro Cultural Porto Seguro Devido a sua materialidade, volumetria e dinâmica, foi escolhido o Centro Cultural Porto Seguro, localizado no centro de São Paulo, de forma a disseminar cultura em toda a região de destaque, além de revitalizar esteticamente o local. O Centro Cultural Porto Seguro foi construído no centro de São Paulo, o edifício de concreto aparente, possui fachadas com dobras que mais parecem dobraduras, a arquitetura brinca com a iluminação natural através dos rasgos na estrutura, é um projeto que abriga áreas de exposições, ateliês, cursos, oficinas e atividades culturais (ARCHDAILY, 2016).

A edificação possui uma linguagem acolhedora e convidativa pelas grandes entradas que se orientam através das dobras, fazendo com que o percurso do usuário seja aguçado pela curiosidade de descobrir novos espaços (ARCHDAILY, 2016). QUADRO 2 – Ficha Técnica Centro cultural Porto Seguro FICHA TÉCNICA: Arquitetos: Yuri Vital, São Paulo Arquitetura, Miguel Muralha. Localização: Al. Editado pela autora. Em seu entorno notamos diversas edificações com riqueza em detalhes arquitetônicos preservados, hoje servem de museus, bibliotecas e espaços culturais, temos nas proximidades do Centro Cultural locais importantes como o Teatro Porto Seguro, o Palácio Campos Elíseos, a Praça Santa Isabel, a Sala São Paulo, a Praça Júlio Prestes entre outros, (Figura 29) podemos observar as localizações dos mesmos em relação ao Centro Cultural (ARCHDAILY, 2016).

Na correlação com a estrutura do Centro, se encontra o Teatro Porto Seguro, e o Palácio Campos Eliseos. Além de possuir na localidade do bairro outros instrumentos culturais. Assim, o centro acaba por fechar um antro de cultura, sendo colocado nesse percurso, duas praças e algumas casas readaptas a sala São Paulo por exemplo. A vegetação é quase inexistente, sendo mais apresentada dentro das quadras e em algumas partes de terreno e praças, é possível perceber que a predominancia maior é de árvores de pequeno e médio porte, enquanto árvores de grande porte não são tão presentes em comparação ao entorno. FIGURA 32 – Mapa de vegetação 27 Fonte Google Earth Editado pela autora. De acordo com Ching (2014), a implantação pode estar solta no terreno, mas se fundir com os espaços externos privados, observamos aqui (Figura 33) o uso dos espaços do seu entorno para a praça externa, fazendo assim um bom aproveitamento do terreno e uma comunicação da parte interna com a externa.

FIGURA 33 – Imagem aérea do terreno Fonte: Google Earth (2021), editado pela autora. Ching(2014) aponta a estrutura como sendo aproveitado a junção de espaços internos e externos (Figura 34), dessa maneira é apontado que a implantação resultará em fatores determinados. A troca de calor entre o meio interno e externo é apresentada através da presença de aberturas estrategicamente colocadas, como possível visualizar na figura 36, além dessas aberturas permitirem a troca de calor, são fundamentais a outros aspectos, tal como a insolação e ventilação do local. FIGURA 36 – Corte BB Fonte ArchDaily, Editado pela autora. Para acesso ao Edifício os visitantes podem utilizar a Alameda Barão de Piracicaba ou a Alameda Nothmann, para acesso de pedestres (Figura 37), os veículos podem acessar o estacionamento pelo edifício vizinho, que também pertence a Porto Seguro, o acesso de serviços ficou na Alameda Nothmann (ARCHDAILY, 2016).

O fluxo do prédio é determinado em 3 entradas, a de pedestres, serviço e veículos, essa correlação de fluxo, acaba criando uma separação entre locais públicos e privados, fundamental para organizações, já que permite a conservação do acervo por exemplo. FIGURA 37 – Implantação Fonte ArchDaily, Editado pela autora. Nesse pavimento que ficou sendo mais técnico e com seu mobiliário pré-definido, os arquitetos fizeram mais ortogonal com um menor movimento, podemos observar a área técnica e um espaço para exposições, além de sanitários e sua circulação (ARCHDAILY, 2016). FIGURA 41 – Pavimento do 2º Subsolo Fonte ArchDaily. Editado pela autora. O pavimento do primeiro subsolo (Figura 42) foi destinado para o estacionamento, seu acesso é feito pelo prédio vizinho que também pertence a Porto Seguro, temos alguns pequenos espaços de área técnica e circulação (ARCHDAILY, 2016).

A área técnica do projeto é pensada de forma a incluir aspectos sonoros e funcionais, os sanitários sendo a área úmida, se posicionam perto da exposição facilitando o acesso, a circulação é pensada para facilitar os acessos do usuário, permitindo que o mesmo seja desenvolvido de maneira mais eficiente. Editado pela autora. O arquiteto informa que quando foi pesquisar sobre projetos culturais, percebeu que os espaços tinham uma certa divisão, já no Espaço Cultural Porto Seguro a própria arquitetura se incumbiu de resolver essa divisão (Figura 43), nesse pavimento além de espaço para exposição, temos uma praça externa que criou uma conexão com os espaços que cercam o projeto, como um restaurante, loja ao fundo e prédio vizinho (ARCHDAILY, 2016).

Como solução o arquiteto proporcionou espaços mais abertos e fundiu alguns aspectos que achou interessante, assim quis não contrapor a arquitetura de espaços de exposição, mas complementar as necessidades do local. FIGURA 43 – Térreo Fonte ArchDaily, Editado pela autora. O mezanino ficou com uma rampa de acesso voltada para a fachada (Figura 44), nesse pavimento temos espaço de exposição e salas de aula. Editado pela autora. O Centro Cultural Porto Seguro é um claro exemplo de arquitetura onde o edifício tem uma tipologia que exige um formato de planta específico, mas o arquiteto consegue movimentar essa caixa sem atrapalhar o programa interno (Figura 46), assim ele cria uma estética única para o projeto (ARCHDAILY, 2016). FIGURA 46 – 2º Implantação Fonte ArchDaily, Editado pela autora. A volumetria é dividida em dois blocos retangulares com subtrações da forma, abaixo (Figura 47) podemos notar que o bloco amarelo não possui grandes subtrações, apenas um pequeno chanfro em uma de suas fachadas, feito dessa forma por ser uma área mais técnica e no bloco em azul vemos várias subtrações e angulações da forma (ARCHDAILY, 2016).

Buscamos regularidade e continuidade nas formas que vemos em nosso campo de visão. Do mesmo modo que uma árvore frondosa cria uma ideia de proteção sob sua copa, o plano de cobertura define um espaço entre ele e o plano-base. Assim como as arestas do plano de cobertura estabelecem os limites desse espaço, seu formato, tamanho e altura em relação ao plano-base determinam as características formais desse espaço. CHING, Francis D. K. ECKLER, James F. FIGURA 51 – Rampa Interna Fonte: ArchDaily. Editado pela autora. Mesmo a sua estrutura demonstrando rigidez pelo uso do concreto ainda conseguimos sentir a sensação de acolhimento (Figura 52), isso é conseguido através do uso da madeira e da vegetação (ARCHDAILY, 2016). O uso de materiais ecológicos, além de proporcionar melhoras quanto a sustentabilidade, consegue gerar aspectos como conforto ambiental, a utilização de vegetação junto ao concreto gera locais mais úmidos e arejados, o que permite conforto térmico em épocas de grande calor.

Figura 52 – Acesso Principal Fonte: ArchDaily (2016). Aberturas inusitadas foram criadas (Figura 56 – 57), feitas com inclinações diferentes elas criam um jogo de luz e sombra que preenchem os espaços com arte natural, tornando a luz natural o foco principal dos espaços. A imponência da sua estrutura de concreto cria formas espessas cortadas por dobraduras, é através dessas dobraduras que uma iluminação zenital é criada, enviando luz aos visitantes dos andares inferiores. FIGURA 56-57 – Salão de exposição térreo Fonte: ArchDaily (2016). Editado pela autora. Segundo Vital as aberturas localizadas no teto do segundo subsolo, clareiam o ambiente (Figura 58 – 59), mas não incidem diretamente nas obras de arte, não afetando assim sua exposição, pois essa luminosidade não bate diretamente nas peças e sim no concreto. Mediante isso, instrumentos urbanísticos são apresentados procurando atender a população local, dentre eles a presença de escolas e comércios, elementos que buscam atender as necessidades do Bairro, assim a concepção do colégio foi vantajosos ao plano local, como um todo.

FIGURA 60- Localização Colégio Internacional Positivo 47 Fonte Autora (2021) Se localiza em Curitiba, dentro do Estado do Paraná (Figura 61), instalado na cidade industrial, o maior bairro de Curitiba que apresenta 10% da população, sendo separado entre partes de trabalho e residência, embora o bairro seja afastado do centro da cidade possuí uma grande linha de transportes, permitindo transporte público e vias facilitadas de acesso. ARCHDAILY, 2021). O bairro ao apresentar uma melhor relevância, por possuir um grande fluxo de transporte coletivo, reflete diretamente na escola, uma vez que o fluxo consegue trazer alunos, a predominância de vias coletoras e arteriais se mostra em grande importância quanto a esse contingente de fluxos, outro fator chave é a predominância residencial, o que determina o resto dos ambientes, uma vez que toda a infraestrutura existente se direciona ao bairro propriamente dito, mesmo que consiga suprir necessidade de outros locais.

FIGURA 61 – Localização 48 Fonte: Google Earth Editado pela autora. Não há grande presença de arborização no perímetro da escola, devido a isso o arquiteto criou uma área verde em frente do colégio (Figura 64), trabalhou o paisagismo em áreas de recreação, no entanto no fundo da escola e em suas laterais, em terrenos vizinhos existe a presença de arborização, não sendo evidente para o projeto (ARCHDAILY, 2021). Existe pouca proporção vegetal no entorno da escola, a distribuição está separada, e alguns pontos de arborização se destacam, no entanto os pontos com grande presença arbórea não são significantes ao projeto, uma vez que se apresentam longe da implantação da escola. O Arquiteto responsável trabalhou o paisagismo, o que permitiu que a obra fosse redirecionada a falta de arborização, no entanto a insolação foi o fator chave do projeto, levando assim a utilização de cores proporcionais e materiais como brises em concreto e utilização de vidros.

FIGURA 64 – Colégio Positivo referências 51 Fonte: Google Earth (2021). Editado pela autora (2021). FIGURA 67 – Implantação no terreno, 53 Fonte Archdaily, Editado pela autora. O complexo apresenta direção correlata ao Norte, sendo assim o prédio pega sol o dia inteiro (Figura 68), dessa forma são utilizados elementos para se contornar esse aspecto, e favorecer outros como a ventilação, a direção das janelas, pé-direito duplo, o vento é predominante leste, embora a insolação atinja o prédio em todos os períodos do dia, o direcionamento da implantação sendo a frente para parte norte, acaba favorecendo o conforto, já que mesmo existindo insolação e ela sendo incidente, não causa grandes prejuízos a construção (ARCHDAILY, 2021). É possível a percepção que um dos partidos iniciais da obra foi a insolação, o que permitiu que a mesma não só fosse trabalhada, através de elementos vazados, mas com o posicionamento da estrutura, que fez uso da topografia permitindo uma melhor acessibilidade e proveito, já que além de posicionar a criação de sombra, leva a estrutura a evitar maiores períodos de insolação.

Dessa forma, o arquiteto leva a iluminação do projeto em sua insolação, ou seja, ele utiliza a insolação para gerar iluminação e a ventilação para sobrepor o calor, o que faz o projeto ser eficiente e confortável. FIGURA 68 – Insolação 54 Fonte Archdaily. É possível perceber a grande área direcionada ao convívio da instituição, áreas que levam a permanência e interação social, sendo um livre espaço de convivência, esse espaço é de fundamental importância, pois além de permitir essa maior interação social, consegue destacar a circulação, que se apresenta de maneira facilitada, através da distribuição das entradas e seus dimensionamentos. FIGURA 70 – Setorização Térreo 56 Fonte Archdaily, Editado pela autora. O primeiro pavimento, composto pelas marquises, é quase inteiramente destinado as salas de aula (Figura 71), apresentando espaços de interação comum, conseguindo ser também partes de circulação (ARCHDAILY, 2021).

A escola se separa em parte comum e educacional, sendo as voltadas a área comum predominante no primeiro pavimento, de forma que o grande vão que surge é de extrema importância quando analisamos o corte da escola e a planta do segundo pavimento. Já que a apresentação desse espaço, consegue aumentar alguns fatores, como ventilação cruzada e natural, além de gerir um espaço de convívio social. FIGURA 74 – Formas Croqui. Fonte Autora (2021). O posicionamento das formas se destaca não só pelo seu espelhamento, mas na sobreposição que direciona a uma falsa adição de formatos, ou seja embora apresente semelhanças, de acordo com Ching(2014), o posicionamento da forma reflete em sua volumetria, e embora a forma possua aspectos triangulares, sua projeção se dá como sendo um quadrilátero, assim reflete que a adição da forma não é executada, mas sim a modificação e espelhamento de alguns formatos do projeto.

Esse aspecto reflete na fachada da obra, uma vez que os brises posicionados refletem com o formato da estrutura, um posicionamento que pode ter ocorrido de forma involutaria no projeto, mas reflete as decisões e raciocínios do arquiteto, portanto a relação com a forma reflete até nos elementos da fachada. FIGURA 75 – Formas Croqui. Editado pela autora. O lado oeste conta com proteção em metal e vidro, para melhor iluminação, além de segurança, já que é o lado que apresenta as escadas, o pé-direito duplo permite uma melhor ventilação e circulação do ar, enquanto ainda auxilia em uma estética melhor para o projeto (ARCHDAILY, 2021). FIGURA 79 – Materiais e diferenciais construtivos do interior do prédio. Fonte Archdaily. Editado pela autora. FIGURA 82 – Salas por dentro Fonte: Archdaily (2021) Editado pela autora.

As salas de aula, apresentam ambientes mais dinâmicos, com uso de cores quentes e atrativas, que melhoram o desempenho escolar, a separação do layout (Figura 83), de espaço é pensada para que haja mais interação entre as crianças e adolescentes (ARCHDAILY, 2021). FIGURA 83 – Salas Fonte Archdaily. Editado pela autora. A entrada apresenta um paisagismo elaborado, e uma fachada trabalhada, dentre a metodologia construtiva, o uso de concreto (Figura 84) permite uma estruturação melhor do prédio. O projeto foi escolhido pelos seus diferenciais, tais como sua cor marcante, as paredes com pele de vidro e aberturas, permitindo mais conforto, os materiais permitem uma interação entre os alunos e cria um ambiente dinâmico. A necessidade de criar um projeto que traga interação e permita que as crianças participem de um local dinâmico, que incentive o estudo e crie essa ludicidade, diante disso o projeto foi usado como referência, com a intenção de criar uma escola mais lúdica, com materiais diferenciados que incentive a permanência estudantil e a interação, apresentando ainda, conforto, acústica e materialidade.

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