RECONFIGURAÇÕES DO TEMPO HISTÓRICO: PRESENTISMO, ATUALISMO E SOLIDAO NA MODERNIDADE DIGITAL

Tipo de documento:Fichamento

Área de estudo:História

Documento 1

n. e 2, p. jan. dez. Tema. É notável que, no entanto, esse conceito de História está passando por uma crise gravíssima, devido aos avanços na área tecnológica que nos colocam em um status quase "pós-humano". Nesse sentido eles citam White ao dizer que " o passado histórico existe somente nos livros e artigos escritos por investigadores profissionais do passado e dirigidos em grande medida para eles mesmos – mais do que para o público em geral”, ou seja, que a massa já não reconhece mais a História coletiva. Ao mesmo tempo os autores lançam a ideia de que pode não existir uma aceleração do tempo, mas uma dispersão e dissociação temporal. b) Vão apresentar a hipótese “presentista” de Hartog.

Para ele o fenômeno do presentismo é um regime temporal em que a experiência do tempo presente se impõe como único horizonte, em que não a nada além do evento. É nesse momento da compreensão que o ser humano se relaciona com a futuridade, projeta-se no futuro, mostra a sua face mais originalmente ontológica, própria, valorizada por Heidegger. A condição autêntica da Compreensão abre espaço para uma “Situação”. Ao contrário, a face imprópria da compreensão mantém o homem em estado de espera, apático frente ao futuro. Já a existencial da Decadência não possui a forma “autêntica-própria”, pois ela em si estabelece relações impróprias tanto com o passado quanto com o futuro, de modo que só a decisão (presenta no momento da abertura) pode suspende-la.

Dessa combinação da Decadência, necessariamente inautêntica, com uma Compreensão de igual natureza sucede na temporalização do pressente pelo que ele chama de atualização (Gegenwärtigen). a) Heidegger e Hartog são autores que estão no tema do artigo: O primeiro, em sua obra Ser e Tempo (mais especificamente os conceitos de” temporalidade da Compreensão” e da “Decadência”) é o substrato teórico que embasa a re-“atualização”, após a dura crítica, das teorias “presentistas” do segundo (Hartog). b) Sobre o status da História, e do historiador, como disciplina relevante no mundo contemporâneo os autores seguem Hayden White e Rodrigues, no diagnóstico de que a História como disciplina tem feito um trabalho ensimesmado e que esse afastamento do mundo, por parte dos historiadores, iniciou fortaleceu e tanto um processo de descrença em relação à esfera pública quantos aos próprios profissionais da área.

c) Com Koselleck eles concordam ao dizer que as expressões do Moderno Conceito de História, como “Bonde (ou trem) da História” não se sustentam mais em nosso mundo. d) Levantam questões relacionadas a um estado “Pós-humano” ou Pós-Moderno que a tecnologia nos possibilita, se apoiando em autores como Braidotti e Castro, sendo o primeiro mais positivo em relação à recusa atual do machismo, antropocentrismo e do eurocentrismo. e) Com Tiqqun os autores revelam que lhes agrada a ideia que está em curso a emergência de um novo paradigma soberano de poder (uma nova tecnologia de governo), de uma forma centralizada para uma cibernética (horizontal). No modo autêntico, a compreensão permite que o Ser-aí projetese em seu poder ser, antecipando o futuro, repetindo o passado no que tem de vigente, instaurando o que Heidegger chama de instante ou momento (Augenblick).

Já no modo impróprio da compreensão o Ser-aí relaciona-se com o futuro como espera.

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