Que implicações sociais teríamos com a evolução da linguagem na produção textual?

Para efeitos didáticos destaca-se aqui as tecnologias em três grandes grupos: Tecnologias físicas: são as inovações de instrumentais físicos, tais como: caneta esferográfica, livro, telefone, aparelho celular, satélites, computadores. Estão relacionadas com a Física, Química, Biologia, etc. equipamentos); Tecnologias organizadoras: são as formas de como nos relacionamos com o mundo; como os diversos sistemas produtivos estão organizados. As modernas técnicas de gestão pela Qualidade Total é um exemplo de tecnologia organizadora. relações com o mundo). Uma educação permeada pelo uso de tais aparatos como ferramenta auxiliadora da aprendizagem, pode trazer mudanças aos mecanismos educacionais e beneficiará os alunos da instituição que acolher essa ferramenta, bem como o professor, ao ajudar no processo interativo entre professor e aluno.

A importância prática e teórica para tal pesquisa se dá pela necessidade de inserção na prática pedagógica das inúmeras possibilidades de uso de tecnologias, tornando as aulas mais prazerosas e proporcionando significativa aprendizagem para o corpo discente, a fim de dar um novo rumo às práticas educativas, saindo do tradicionalismo que ainda persiste em sala de aula. E através desta pretendida mudança caminhar para novas formas de se ensinar e aprender pode ser outro objetivo alcançado, e pensando nos efeitos disso a longo prazo pode ser que isso nos leve a uma educação que capta e utiliza-se mais das singularidades de seus participantes, saindo do atual modelo que acaba tendo o efeito de enquadrar os indivíduos em um padrão.

A proposta dos chats como ferramenta educativa é apresentar o conteúdo aos estudantes por meio de ambientes virtuais que tragam maior aproximação do seu cotidiano e que despertem seu interesse. Ivo José Both, Kátia Cristina Dambiski Soares e Kátia Cristina Dambiski Soares (2016), afirmam que na formação de professores e tecnologias é possível perceber que tal relação tem por finalidade propiciar uma dinâmica maior na organização do trabalho pedagógico, tendo por consequência a melhoria da qualidade da educação, pois é muito presente nas discussões sobre a educação brasileira, em que medida as tecnologias educacionais contribuirão para a melhoria da qualidade do ensino. COM); LINE; Facebook Messenger. Assim, se expressa o Dicionário Aurélio Século XXI em sua versão eletrônica em relação ao verbete já incorporado à língua portuguesa: “Chat - Forma de comunicação através de rede de computadores (ger.

a Internet), similar a uma conversação, na qual se trocam, em tempo real, mensagens escritas; bate-papo on-line, bate-papo virtual, papo on-line, papo virtual. ”Existem vários tipos de chats e os principais são: Chats em aberto, Chat reservado, Chat agendado e Chat privado. Malta (2017) explica que os chats, e outras plataformas virtuais instantâneas se assemelham com os diálogos cotidianos, em momentos de informalidade, conversações orais espontâneas, mostrando traços de oralidade. Dessa forma, é normal acharmos que nos bate-papos na Internet teríamos de usá-la também. Mas, ao empregarmos esses recursos, estamos simulando situações de fala e, por isso, é normal que, em vez de beijo, eu escreva bjo,bj ou bju. O ideal é que, em nossas aulas de Língua Portuguesa, devemos utilizar metodologias que mostrem aos alunos que a linguagem deve ser usada nas diversas situações comunicativas.

E principalmente que facilitem o processo de aprendizagem que levará a consciência do que de fato se faz ao abreviar ou modificar as palavras para se comunicar online, dessa forma é possível que eles assimilem que ali é um espaço com uma modalidade diferente de comunicação em língua portuguesa, como seria também no outro extremo, um ambiente muito formal, como um tribunal de justiça, em que o tipo de linguagem também não faz parte da forma que escrevemos formalmente, mas é necessário aprender um pouco dessas duas realidades, não só para simplesmente conhecê-las, mas porque este contato é uma experiência que agrega expertise em muitos sentidos. Nas aulas de língua portuguesa, as atividades pedagógicas devem estar relacionadas aos novos gêneros textuais.

Conceber a produção textual como algo vivo, dinâmico, que faz parte do nosso dia a dia e interage conosco de forma bilateral, percebemos que a principal preocupação e meta para o ensino-aprendizagem textual é a de não enfocá-lo em um procedimento único e global, como explica Ricardo Sanctis (2009) e isto se aplica as normatizações para qualquer texto, mas sim, compreendê-lo como uma engrenagem de aprendizagens específicas, que a cada contexto terá seu traço característico. A comunicação eficaz é essencial para que o aluno possa interessar-se pela aula que está sendo exposta e uma troca muito positiva entre educador e aluno aconteça. Lacerda (2016) comenta que a comunicação entre o professor e a classe nunca deve ser unilateral, e por isso os meios tecnológicos podem ser uma abertura para a comunicação entre o professor e o aluno que tem uma capacidade verbal debilitada.

A comunicação não garante a compreensão, a informação deve ser bem transmitida, para que permita a inteligibilidade e, por fim, possa ser colocada em prática. É possível ser um excelente comunicador, mas, se não passar um ensino que possibilite ao aluno praticar, a função de professor não alcançou os objetivos primários. Os alunos de hoje não podem pressupor que terão uma só carreira em suas vidas, porque os empregos que hoje existem estarão radicalmente alterados em pouco tempo, e eles mesmos, os alunos, podem não limitar-se a seguir uma única carreira, aliás temos visto que para que sejam bem-sucedidos, os indivíduos precisarão ser extremamente flexíveis, podendo, assim, mudar de uma companhia para outra, de um tipo de indústria para outro, de uma carreira para outra.

Aquilo de que os alunos de amanhã precisam não é apenas domínio de conteúdo, mas domínio das pró prias formas de aprender, e isso, com certeza, está muito mais perto de conseguirmos agora com as novas tecnologias educacionais. Fica evidente que este momento em que vivemos é a passagem para a suplantação do antigo modelo educacional, e para formas mais positivas da nossa interação como sociedade com a linguagem informal, por tanto muitos desafios surgem, e para que os desafios sejam vencidos é necessário empenho e dedicação dos professores e gestores que estão dispostos a oferecer um ensino de qualidade para a sociedade atual. Não é permitida, ao educador que deseja exercer suas funções com qualidade, a acomodação, estar sempre atento as mudanças que ocorrem no mundo é imprescindível para apresentar aos alunos, além de um conteúdo contemporâneo, um formato de ensino que proporcione a melhor maneira de aprender este conteúdo.

Tratar o processo de ensino dentro das salas de aula como um mero ritual, sem o compromisso com a construção educativa no ouvinte, não deve ser aceitável. pp 15-27. CHAVES, Eduardo, Tecnologia e educação: o futuro da escola na sociedade da informação, 1998, Mindware Editora, Campinas. DA SILVA, Ione de Cássia Soares, PRATES, Tatiane da Silva, RIBEIRO, Lucineide Fonseca, As Novas Tecnologias e aprendizagem: desafios enfrentados pelo professor na sala de aula, 2016, revista em debate, vol. pp 107-123. Guia de Tecnologias Educacionais da Educação Integral e Integrada e da Articulação da Escola com seu Território, 2013,MEC.