Quando que surge o uso do livro didático?

Após algum tempo, surgiram os khartés, que eram cilindros de folhas de papiro fáceis de transportar. A inovação seguinte foi o pergaminho, que em pouco tempo substituiu o papiro. O pergaminho era feito com peles de animais (ovelha, cordeiro, carneiro, cabra) e nele era possível escrever com maior facilidade.  (ARAÚJO, grifos do autor). A trajetória do livro didático no Brasil começa em Portugal, no século XV, pequenos livros trazendo o abecedário, o silabário e documentos de casticismo, eram chamados de cartinhas, que mais tarde ficaram conhecidas como cartilhas. Como o valor dos livros era elevado, havia alguns professores que confeccionavam seus próprios materiais, seguindo modelo de fichas, em manuscritos, e os denominavam como “cartas do ABC”. Porque tem esse nome? O livro didático leva esse nome, pois é um livro de caráter pedagógico, surgiu com o objetivo de apresentar uma proposta de conteúdo selecionado no vasto campo do conhecimento em que se insere a disciplina a quem se destina, organizado segundo uma progressão claramente definida e apresentado sob forma didática adequadas aos processos cognitivos próprios a esses conteúdos e ainda própria a etapa de desenvolvimento e de aprendizagem em que se encontre o aluno.

O que é o livro didático? O livro didático é o auxiliador do professor, atua como um facilitador do trabalho do mesmo é um instrumento de trabalho no processo de ensino aprendizagem. Ele não veio substituir o planejamento do docente, ele existe para expandir os horizontes e dar azas a criatividade dos mesmos em sala de aula. Veio como apoio, mas não pode ser o alicerce do trabalho. Deve servir como uma janela para outras considerações de aprendizagem. Devemos levar em consideração que o livro didático não tem uma história própria. Esteve sempre relacionado com os interesses educacionais. Nada irá substituir o professor em sala de aula, mas a boa utilização dos livros didáticos e de todas as novas tecnologias e recursos disponíveis farão com que o trabalho em sala de aula seja mais eficiente e que ajude no objetivo final que é o de formar alunos conscientes do seu papel na sociedade.

Para que serve? O guia de livros didáticos do Plano Nacional do Livro Didático (PNLD) do ano de 2008 traz dados relevantes para a utilização desse recurso pedagógico em sala de aula, mostrando a importância de analisar um livro para bem utilizar. por sua vez, salientam que o mesmo precisa ser compreendido como: Elemento importante na construção do saber escolar e do processo educacional espera-se que contribua para o aprimoramento da ética, imprescindível ao convívio social e à construção da cidadania. Nesse sentido, há que se verificar, nos textos e nas atividades, a existência de uma real preocupação em despertar no aluno a prática participativa, a sociabilidade, a consciência política, enfim, a cidadania, entendida em seu sentido mais amplo.

O material didático, conforme aponta o mais recente Guia do Livro Didático, deve ter um conteúdo de qualidade, de modo a contribuir para a formação de cidadãos participativos e críticos. Ele também precisa respeitar os direitos humanos e garantir as representações igualitárias de diversas identidades em suas páginas, contemplando, por exemplo, as diversidades de gênero e raça presentes na sociedade brasileira.    O livro didático é uma referência para quem aprende, sua fonte primária de informação, um suporte teórico e prático, que traz uma organização possível dos conteúdos a serem desenvolvidos ao longo do ano letivo. pdf.